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g1 > Economia

Isenção do IR: como é hoje e como podem ficar as alíquotas por faixa de renda com o novo projeto

Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (1º), um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês. A proposta segue agora para análise do Senado Federal e, se aprovada, será encaminhada à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pelo texto, a isenção do IR passará dos atuais R$ 3.036 (equivalente a dois salários mínimos) para R$ 5 mil mensais — ou R$ 60 mil por ano. Além disso, trabalhadores que ganham até R$ 7.350 por mês terão direito a um desconto parcial na tributação. Caso seja aprovado ainda neste ano, a expectativa é que as novas medidas passem a valer já em 2026 — ou seja, terão efeito na declaração feita em 2027. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O projeto aprovado também prevê medidas para compensar a perda de arrecadação. Nesse sentido, a Receita Federal passará a tributar contribuintes de alta renda, definidos pelo governo como “super-ricos” — pessoas com rendimentos mensais acima de R$ 50 mil (equivalente a R$ 600 mil anuais). Atualmente, a tabela do IR funciona de forma progressiva: conforme a renda aumenta, o contribuinte paga mais imposto sobre a parcela que excede cada faixa. Hoje, quem ganha até R$ 3.036 está isento; acima desse valor, a tributação passa a incidir em alíquotas progressivas que chegam a 27,5%. Entenda como ficará a situação de cada faixa de renda caso o projeto seja aprovado pelo Senado: Isenção e alíquotas do Imposto de Renda: compare as mudanças. Arte/g1 💰Contribuintes com salário de até R$ 5 mil por mês Como é atualmente Quem ganha até R$ 5 mil já está sujeito ao pagamento de IR, podendo chegar à alíquota máxima de 27,5%. Segundo cálculos de Igor Montalvão, advogado, professor, sócio e diretor-jurídico do Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócios, a partir do Simulador de Alíquota Efetiva da Receita Federal, uma pessoa que recebe R$ 5 mil paga aproximadamente R$ 335,15 de IRPF mensal. Como pode ficar (caso o projeto seja aprovado) Trabalhadores com salário de até R$ 5 mil por mês ficarão totalmente isentos de IR. Veja mais abaixo, na calculadora do g1, o que muda para cada salário. 💰💰 Contribuintes com salário entre R$ 5 mil e R$ 7.350 por mês Como é atualmente Atualmente, o contribuinte paga mais imposto conforme a renda aumenta. Veja a tabela progressiva do Imposto de Renda : Tabela do Imposto de Renda 2025 Arte/g1 Como pode ficar (caso o projeto seja aprovado) Na nova proposta, os contribuintes nesta faixa de renda terão um desconto parcial, reduzindo a carga efetiva em relação ao modelo vigente. A ideia é que a cobrança seja progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350. Esse desconto, no entanto, ainda será regulamentado pelo governo, que definirá a forma exata de aplicação dessa transição. 💰💰💰 Contribuintes com salário acima de R$ 7.350 Como é atualmente Vale a tabela progressiva do Imposto de Renda com alíquota de 27,5%. Quem recebe R$ 7.350, por exemplo, paga atualmente cerca de R$ 1.125,24 mensais. Como pode ficar (caso o projeto seja aprovado) A regra da tabela progressiva permanece igual, com alíquota máxima de 27,5%. 👷‍♂️Profissionais com salário acima de R$ 50 mil ao mês Como é atualmente Quem ganha acima de R$ 50 mil por mês está sujeito à tabela progressiva do IR (até 27,5% sobre salários), mas pode reduzir o valor devido por meio de deduções. Lucros e dividendos são isentos. Como pode ficar (caso o projeto seja aprovado) Segundo Wagner Pagliato, coordenador do curso de ciências contábeis da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), e do Núcleo de Apoio Contábil e fiscal (NAF), a grande novidade no projeto aprovado ontem pela Câmara dos Deputados recai sobre os contribuintes de renda muito elevada. Segundo o projeto de lei 1087/25, pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estarão sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite. Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. Veja abaixo: Alta renda terá IR progressivo de até 10%. Arte/g1 🔎 A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. O mesmo vale para rendimentos maiores que R$ 100 mil por mês: continuam sujeitos à alíquota máxima de 27,5%, mas, com a regra do imposto mínimo de até 10% sobre os ganhos. "A medida busca aliviar a carga sobre a baixa e a média renda, ao mesmo tempo em que estabelece um piso de contribuição para os mais ricos. É uma tentativa de promover maior equilíbrio e justiça tributária. Agora, o texto segue para análise do Senado, onde pode sofrer ajustes antes de entrar em vigor", afirma Wagner Pagliato. Um profissional com renda de R$ 50.001 mensais, que não seja tributado pelo IRPF, pagará R$ 501; assim como um profissional de renda R$ 100.001 mensais, pagará R$ 10.001 de Imposto de Renda. imposto de renda 2025 Divulgação
02/10/2025 18:20:18 +00:00
Isenção do IR: quanto posso ganhar a mais? Já vale para 2026? Veja perguntas e respostas

Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (1º), um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que recebem até R$ 5 mil por mês. O texto também prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais. O projeto, aprovado com unanimidade, ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal e, em seguida, ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. Ao final desta reportagem, você poderá conferir quanto deixará de pagar, caso a proposta seja aprovada. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja abaixo as principais perguntas e respostas. O que está previsto no projeto? Quem será impactado? Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026? Quanto os trabalhadores vão economizar por ano? A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil? Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado? Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto? Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação? Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto? Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF? Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado? Saiba quanto você deixará de pagar com a nova isenção 1. O que está previsto no projeto? O projeto, aprovado na última quarta-feira (1º) por unanimidade na Câmara dos Deputados, amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais. Para compensar a perda de arrecadação, a proposta prevê a tributação da alta renda — quem ganha acima de R$ 600 mil por ano — com uma alíquota progressiva de até 10%. (Entenda mais abaixo) O texto aprovado também isentou da alíquota mínima do IRPF pagamentos, créditos, entregas ou remessas de lucros, ou dividendos, de: governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo governo brasileiro; fundos soberanos; entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, tais como aposentadorias e pensões, conforme definidas em regulamento. Além disso, a proposta também trata sobre a compensação de estados e municípios, oferece alívio tributário para profissionais que atuam em cartórios — como notários e registradores —, e cria um mecanismo de compensação sobre lucros e dividendos. Vale lembrar que o texto ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. Volte ao início. 2. Quem será impactado? Segundo o economista Bruno Carazza, doutor direito econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e comentarista do Jornal da Globo, cerca de 15 milhões de contribuintes serão beneficiados com a nova medida — seja deixando de pagar ou recolhendo menos imposto. Carazza destaca também que um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aquelas que recebem mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano — passará a arcar com parte do custo da medida. Carazza destaca também que um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aquelas que recebem mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano — passará a arcar com parte do custo da medida. Volte ao início. 3. Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026? Apesar de o texto ter sido aprovado com unanimidade na Câmara dos Deputados, a proposta ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Lula para entrar em vigor. A expectativa do governo é que, caso o texto seja aprovado pelo Congresso Nacional ainda neste ano, a medida passe a valer já a partir de janeiro de 2026 — ou seja, deve impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027. Volte ao início. 4. Quanto os trabalhadores vão economizar por ano? Como o g1 já mostrou, a nova isenção deve gerar ganhos mensais para os contribuintes que se encaixem nas novas regras. A expectativa é que os trabalhadores que recebem R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil por ano) tenham ganhos de R$ 312,89 na renda mensal — valor que vai reduzindo gradativamente conforme a renda cresce. Veja a simulação por faixa salarial mais abaixo. Volte ao início. 5. A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil? A isenção vale para quem tem rendimentos mensais brutos de até R$ 5 mil. Volte ao início. 6. Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado? Sim, desde que a soma dos rendimentos tributáveis não ultrapasse os R$ 5 mil mensais. Volte ao início. 7. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto? Sim. O texto aprovado na Câmara dos Deputados também estabelece um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 por mês. Pela nova regra, são beneficiados por esse desconto os contribuintes com rendas a partir de R$ 5.001. Assim, quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário. Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não foi alterada. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor. Veja abaixo uma tabela de simulações feita por Welinton Mota, da Confirp Contabilidade: Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1 Volte ao início. 8. Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação? Segundo dados do governo federal, a expectativa é que a isenção do imposto de renda custe R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos em 2026. Para compensar a perda de arrecadação, a Câmara manteve a proposta do governo de aplicar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. ENTENDA: cobrança mínima para alta renda começa em R$ 0,10 com nova regra A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. O relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL), também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios. 🔎 De acordo com parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária. Volte ao início. 9. Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto? Sim. A expectativa é que pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estarão sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite. Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. Veja alguns exemplos: Quem ganha R$ 600.001,00 paga cerca de R$ 0,10, com alíquota de 0,000017%; Uma renda um pouco maior, de R$ 600.010,00 ao ano, passa a ter alíquota de 0,000167%, gerando imposto de R$ 1,00; Quem recebe R$ 601 mil por ano terá alíquota de 0,0167%, equivalente a R$ 100,17 de imposto; Com R$ 602 mil anuais, a alíquota sobe para 0,0333%, resultando em R$ 200,67 de imposto mínimo; Para uma renda de R$ 605 mil, a alíquota mínima é de 0,0833%, correspondendo a R$ 504,17 de imposto; Quem recebe R$ 610 mil por ano terá alíquota de 0,1667%, com imposto mínimo de R$ 1.016,67; Com R$ 615 mil anuais, a alíquota chega a 0,25%, e o imposto mínimo será de R$ 1.537,50. Como o g1 já mostrou, a proposta busca corrigir uma distorção comum entre os contribuintes de maior renda: muitos declaram um pró-labore baixo, sujeito a poucos impostos, enquanto a maior parte dos ganhos vem da distribuição de lucros, que atualmente isenta. Volte ao início. 10. Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF? Ainda não houve uma definição sobre alguma eventual mudança no processo de declaração do Imposto de Renda para pessoas físicas que entrem na nova faixa de isenção. A expectativa é que eventuais novas regras devem ser detalhadas pela Receita Federal após a sanção da lei. Volte ao início. 11. Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado? Não. Quem tem vínculo CLT já tem imposto retido na fonte, sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Nada muda. A nova regra não afeta salários, honorários, aluguéis ou outras rendas que já sejam tributadas na fonte. Volte ao início. 12. Saiba quanto você deixará de pagar com a nova isenção O g1 elaborou, com o apoio da Confirp Contabilidade, uma calculadora que mostra quanto você vai deixar de pagar de IR a partir de janeiro 2026, caso o projeto seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula. 🔎 A calculadora indica a redução do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 7.350 mensais, mas não considera a sobretaxa aplicada a quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. Faça a simulação abaixo: ENTENDA: veja mais detalhes sobre a calculadora do g1 e outras simulações Volte ao início. Notas, moeda, Real, dinheiro, notas de dinheiro Reprodução/Pixabay
02/10/2025 16:30:57 +00:00
Porco: produtor de SP atinge maior poder de compra de farelo de soja em 20 anos, aponta Esalq-USP

Em fevereiro, o preço da carcaça suína registrou elevação de 10,8% na comparação com janeiro, passando para R$ 13,20 o quilo. Arquivo Secom Os produtores paulistas de carne de porco vivem o momento mais favorável em relação ao poder de compra do farelo de soja, insumo essencial para a suinocultura. Os pesquisadores do campus da USP em Piracicaba (SP), ressaltam que o poder de compra atual está 54% acima da média da série histórica do Cepea, iniciada em janeiro de 2024, que é de 3,62 quilos. Com a venda de um quilo do suíno vivo no interior de São Paulo, especialmente na região de Campinas (SP), o produtor conseguiu comprar 5,57 quilos de farelo em setembro. Essa é a maior quantidade registrada pelo Cepea desde dezembro de 2004, quando a relação de troca atingiu recorde, de 6,49 quilos. A informação é do boletim mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), divulgado nesta quinta-feira (2). Farelo de soja Caíque Rodrigues/g1 RR Preços Além dos preços mais firmes de venda do suíno vivo, levantamento do Cepea aponta que o valor médio do animal em setembro, de R$ 9,25 o quilo , foi o maior de 2025 –, esse cenário favorável ao suinocultor é influenciado pelas recentes fortes desvalorizações do farelo de soja. A Equipe de Grãos do Cepea mostram que a tonelada do derivado negociado na região de Campinas registrou média de R$ 1.660,53 em setembro, sendo 21,7% abaixo da verificada no mesmo período do ano passado. Exportações em alta O volume exportado de carne suína brasileira cresceu cerca de 72% entre janeiro e agosto de 2025, aponta análise do Cepea na segunda quinzena de agosto de 2025. Em janeiro, foram 7,7 mil toneladas da proteína exportada. Em agosto, a quantidade passou para 13,3 mil toneladas. No ranking dos principais países destinos dos embarques, Chile e Filipinas são destaques. Entenda panorama, abaixo. "O destaque foi em julho, quando 14,5 mil toneladas de carne suína foram escoadas ao Chile. O dobro do volume de janeiro", aponta o Cepea. Destinos Chile foi, em julho e agosto o segundo maior destino da proteína brasileira, assumindo a posição que até então vinha sendo sustentada pela China. As Filipinas se mantêm como maior destino da carne suína brasileira desde fevereiro deste ano. "O aumento dos embarques ao Chile está atrelado ao fato de o governo daquele país ter reconhecido, em abril deste ano (e oficializado em julho), o estado do Paraná (segundo maior produtor nacional), como livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica", destaca o Cepea. USP analisa movimentos de preços das carnes concorrentes e reflexos da estiagem em agosto Preços Os preços do suíno vivo e da carne de porco mantiveram altas desde o fim do primeiro semestre de 2025 e as cotações de agosto seguiram firmes, contrariando cenário típico de recuos para esse período do ano. 🐖O mercado independente do suíno vivo, segundo o Cepea, foi favorecido pela demanda aquecida, típica no começo do mês e que ajudou a impulsionar as cotações. Na segunda metade de agosto, a procura seguiu firme, e os valores não recuaram como tradicionalmente ocorre. Desta forma, as médias mensais dos preços do vivo em quase todas as praças acompanhadas pelo Cepea avançaram em relação a julho", observa o Cepea em boletim desta quinta-feira. Quanto à carne, pesquisadores explicam que a demanda também esteve bastante elevada em agosto, levando a aumentos nas cotações da maior parte dos produtos suinícolas no período. 📈O indicador do Suíno Vivo Mensal Cepea/Esalq fechou em R$ 8,57 em Minas Gerais, R$ 8,27 no Paraná, R$ 8,15 no Rio Grande do Sul, R$ 8,19 em Santa Catarina e R$ 8,76 em São Paulo em agosto. Preços da carne suína aumentam em junho Reprodução/TV TEM VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
02/10/2025 16:21:33 +00:00
Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido até setembro; veja o ranking

Volkswagen T‑Cross Comfortline 2025 divulgação/Volkswagen O Volkswagen T-Cross foi o SUV zero km mais vendido do Brasil em 2025 até setembro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pela Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave). O utilitário da VW marcou 65.987 emplacamentos em todo país, durante os nove primeiros meses deste ano. O vice-líder foi o Toyota Corolla Cross, que acumula 51.973 unidades no período. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja a lista de SUVs mais vendidos até setembro de 2025. Volkswagen T-Cross: 65.987 unidades; Toyota Corolla Cross: 51.973 unidades; Hyundai Creta: 51.632 unidades; Honda HR-V: 45.153 unidades; Chevrolet Tracker: 44.809 unidades; Jeep Compass: 42.471 unidades; Fiat Fastback: 41.748 unidades; Nissan Kicks: 40.588 unidades; Volkswagen Nivus: 37.102 unidades; Fiat Pulse: 33.135 unidades. Brasil emplaca quase 2 milhões de veículos novos no 3º trimestre de 2025 Volkswagen Tera: veja os 5 pontos positivos e negativos do novo SUV da marca alemã LEIA MAIS Royal Enfield Guerrilla 450 chega por R$ 28.990 para brigar com Triumph Speed 400 Toyota suspende produção e adia lançamento do Yaris Cross após temporal Leilão do Detran-SP tem Chevrolet Vectra mais barato que iPhone e VW Gol a R$ 2,9 mil Vendas de setembro Na comparação mensal, o Toyota Corolla Cross continuou como o SUV mais vendido do país em setembro, na liderança do ranking pelo segundo mês consecutivo. A grande surpresa foi o Nissan Kicks. O SUV tinha média de emplacamentos de 4 mil unidades e, no mês passado, disparou para 6.319 carros emplacados, saltando para a segunda colocação. Veja abaixo a lista dos mais vendidos de setembro. Toyota Corolla Cross: 7.282 unidades; Nissan Kicks: 6.319 unidades; Hyundai Creta: 5.953 unidades; Chevrolet Tracker: 5.657 unidades; Fiat Fastback: 5.344 unidades; Jeep Compass: 5.291 unidades; Honda HR-V: 5.041 unidades; Volkswagen T-Cross: 4.736 unidades; Jeep Renegade: 4.547 unidades; Volkswagen Nivus: 4.173 unidades. Brasil emplaca quase 2 milhões de veículos novos Os brasileiros compraram 1.910.519 veículos novos no terceiro trimestre de 2025. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Este é o melhor resultado para desde a Covid-19, em 2019 — quando foram emplacados 2.029.590. Houve uma ligeira alta de 2,79% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,8 milhão de veículos novos. Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 1.411.116 emplacamentos até o terceiro trimestre de 2025, aumento de 3,05% contra 2024. 178.548 emplacamentos em setembro, alta de 3,65% contra agosto; Comparado a setembro de 2024, houve alta de 4,02% (171.640 unidades). COMERCIAIS LEVES 396.322 emplacamentos até o terceiro trimestre de 2025, aumento de 4% contra 2024. 52.822 emplacamentos em setembro, alta expressiva de 25,14% contra agosto; Comparado a setembro de 2024, houve alta de 3,40% (51.083 unidades). CAMINHÕES E ÔNIBUS 103.081 emplacamentos até o terceiro trimestre de 2025, redução de 4,72% contra 2024. 11.895 emplacamentos em setembro, alta de 9,55% contra agosto; Comparado a setembro de 2024, houve queda de 12,54% (13.600 unidades). Somando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 3,26% no terceiro trimestre de 2025. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave foi revisada em outubro, e o número de emplacamentos de automóveis e comerciais leves foi reduzido: o crescimento previsto caiu de 5% para 3% na comparação entre as vendas acumuladas de 2024 e 2025. Segundo a entidade, a expectativa é que sejam emplacadas 2.559.345 unidades — antes, a estimativa era de 2.765.906 veículos. Confira os demais segmentos: Automóveis e comerciais leves: alta de 3% (de 2.484.740 para 2.559.345); Caminhões: queda de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336). A revisão para baixo na projeção de crescimento em 2025 está relacionada à preocupação com os cenários internacional e nacional, além da queda nas vendas de caminhões. "A concorrência no país é intensa. Com uma taxa de juros menor, o crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves seria bem mais forte — ultrapassaria os 5% que projetamos no início do ano. Esperávamos uma queda nos juros até o fim de 2025, mas o Copom indicou que isso só deve acontecer em 2026", afirmou Arcelio Júnior, presidente da Fenabrave. "O consumidor que pode comprar um carro incluído na redução do IPI para veículos sustentáveis, em geral, depende de crédito. Por isso, a taxa de juros é decisiva para ele", completou o executivo.
02/10/2025 16:15:13 +00:00
Brasil compra mais vinho do Chile e compensa impacto do tarifaço para exportadores do país vizinho

Garrafas de vinho Júlia Reis/g1 As exportações de vinho do Chile para o Brasil, seu principal mercado, aumentaram em 2025 e estão ajudando a compensar a queda nas vendas do país para os Estados Unidos, na esteira do tarifaço de Donald Trump. Os produtos chilenos estão taxados em 10% desde abril, quando Trump anunciou as chamadas "tarifas recíprocas" para a maior parte dos países. Diferentemente do Brasil, tarifado em 50% desde agosto, o Chile não foi alvo de sobretaxas. Dados da Wines of Chile, associação de produtores, mostram que os EUA, segundo maior mercado chileno, reduziram em 13% as compras nos primeiros sete meses do ano. “Passamos de tarifa zero para 10%”, disse Angelica Valenzuela, diretora comercial da Wines of Chile. “Sempre que há uma tarifa ou obstáculo, ocorre congelamento ou desaceleração [nas vendas].” Ela explicou que, no início, produtores e importadores absorveram o custo das tarifas. Com a manutenção do tarifaço, o valor começou a ser repassado ao consumidor americano. “O que vemos agora é um mercado americano menos dinâmico e em declínio”, acrescentou. Em compensação, o Brasil aumentou as compras e se consolidou como principal destino das exportações chilenas, com crescimento de quase 10% no período. O Chile representa quase metade do mercado de importação de vinhos do Brasil, disse Valenzuela, acrescentando que há “um enorme potencial de expansão.” De onde vem o vinho O número de consumidores regulares de vinho no Brasil está crescendo, especialmente entre mulheres e pessoas com maior renda disponível, segundo a diretora do Wines of Chile. Já as exportações chilenas para a China caíram quase 23% no mesmo período. Segundo Valenzuela, no entanto, isso ocorreu devido à redução do consumo local, que afetou vários exportadores. No geral, as exportações de vinho do Chile se mantiveram estáveis em 2025. Canadá, Japão, Irlanda e Coreia do Sul registraram crescimento, enquanto México, Holanda e Reino Unido apresentaram queda. Valenzuela afirmou que a estratégia de marketing do Chile agora se concentra em reforçar a imagem do país como fornecedor de vinhos premium e sustentáveis.
02/10/2025 15:01:45 +00:00
Entenda a proposta que amplia isenção do IR e taxa ricos

Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (01), por unanimidade, o texto-base do projeto de lei (PL) que prevê isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas com renda mensal de até R$ 5 mil e desconto para quem ganha até R$ 7.350 mensais. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A proposta, encaminhada pelo governo federal, terá ainda de ser aprovada pelo Senado e depois sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para entrar em vigor, em 2026. A redução do IR foi uma das principais promessas de campanha de Lula em 2022, e o projeto foi enviado para a Câmara em março deste ano. A forte pressão popular que se formou em torno da chamada PEC da Blindagem, que mobilizou manifestações nas ruas e nas redes sociais, acabou criando um ambiente político favorável à medida. O governo também fez uma campanha intensa de comunicação, sobretudo nas redes sociais, ressaltando a desigualdade na tributação entre pobres e ricos no Brasil. Segundo o governo, a desoneração do IR deve beneficiar até 26,6 milhões de pessoas, o que representa 65% dos contribuintes. O custo estimado da isenção para até R$ 5 mil é de R$ 25,8 bilhões, o que será compensado pela criação de um imposto mínimo sobre a alta renda. "Um dia histórico. Começamos a enfrentar nossa principal chaga: nossa inaceitável desigualdade", escreveu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na rede social X. Initial plugin text O presidente Lula comemorou a medida como uma "vitória em favor da justiça tributária e do combate à desigualdade no Brasil" e agradeceu ao presidente da Câmara, Hugo Motta, e ao relator do texto, o deputado Arthur Lira, pela aprovação. Base da pirâmide A tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva – o brasileiro passa a pagar um imposto maior à medida que seus rendimentos crescem, como uma escada. Atualmente, são isentos do imposto quem ganha até R$ 3.036. Acima desse valor, a tributação começa a ser cobrada em "faixas", que chegam a 27,5% de imposto. Caso seja aprovado no Senado, o projeto determina que, em 2026, quem ganha até R$ 5 mil não precisará pagar IR. A isenção garantiria um desconto mensal de até R$ 312,89. Quem ganha de R$ 5.000,01 a R$ 7.350,00 terá de pagar menos imposto, e esse desconto pode chegar a até R$ 978,62. Para os que ganham mais de R$ 7.350 por mês, nada muda – continua valendo a tabela atual de cobrança do imposto. Em resumo, haverá dois sistemas de tributação: um para quem ganha até R$ 7.350 e outro para quem recebe mais que isso. Compensação Para compensar o impacto da medida aos cofres públicos, o projeto prevê a tributação das pessoas com rendimentos acima de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano), com uma alíquota progressiva de até 10%. O valor efetivo será calculado com base em toda a renda do contribuinte e no que já foi recolhido. O chamado imposto mínimo recairá também sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do IR. A alíquota máxima de 10% incidirá para quem recebe anualmente a partir de R$ 1,2 milhão por ano. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida atingirá cerca de 141 mil pessoas, o que representa 0,13% dos contribuintes. Eles atualmente pagam de forma efetiva, em média, apenas 2,5% de IR. Quem tem o salário como única fonte de renda não será afetado, pois continua enquadrado na tabela progressiva do IR, pagando a alíquota máxima de 27,5%. O novo imposto entrará em cena sempre que a cobrança regular estiver abaixo do piso estabelecido. Por exemplo, quem ganha mais de R$ 1,2 milhão e paga 2,5% de imposto, terá de pagar mais 7,5% para chegar aos 10%. Resistência à medida Parlamentares da oposição e de parte do centrão articularam uma derrubada da taxação dos mais ricos, mas a proposta do governo foi mantida no texto aprovado. Ela é essencial para isenção da base da pirâmide, uma vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exige uma compensação para medidas com impacto negativo no Orçamento. Segundo um estudo do Ministério da Fazenda, sem a criação do imposto mínimo para as altas rendas, o problema iria além do desequilíbrio das contas públicas, agravando ainda a desigualdade no país. O relator do projeto, deputado Arthur Lira, estima que haverá ainda uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027 com a taxação. Em seu parecer, Lira destinou esses recursos para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária. Não ficarão sujeitos à incidência do imposto sobre a renda na fonte os lucros e dividendos relativos a resultados apurados até 2025, e cuja distribuição tenha sido aprovada até 31 de dezembro de 2025. Declaração do imposto de renda Roberto Sungi
02/10/2025 14:25:52 +00:00
Brasil emplaca quase 2 milhões de veículos novos em 2025, melhor resultado em 6 anos

Carros no pátio da montadora Volkswagen em São José dos Campos, no interior de São Paulo Roosevelt Cassio/Reuters Os brasileiros compraram 1.910.519 veículos novos em três trimestres de 2025. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O número inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 contabiliza motos à parte e desconsidera implementos rodoviários. Este é o melhor resultado para desde a Covid-19, em 2019 — quando foram emplacados 2.029.464. Houve uma ligeira alta de 2,79% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram emplacados 1,8 milhão de veículos novos. Veja abaixo os resultados por segmento. AUTOMÓVEIS 1.411.116 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, aumento de 3,05% ante 2024. 178.548 emplacamentos em setembro, alta de 3,65% em relação a agosto; Comparado a setembro de 2024, houve avanço de 4,02% (171.640 unidades). COMERCIAIS LEVES 396.322 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, aumento de 4% ante 2024. 52.822 emplacamentos em setembro, alta expressiva de 25,14% em relação a agosto; Comparado a setembro de 2024, houve avanço de 3,40% (51.083 unidades). CAMINHÕES E ÔNIBUS 103.081 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, redução de 4,72% ante 2024. 11.895 emplacamentos em setembro, alta de 9,55% em relação a agosto; Comparado a setembro de 2024, houve queda de 12,54% (13.600 unidades). Somando automóveis e comerciais leves, os principais segmentos em vendas, a alta foi de 3,26% no terceiro trimestre de 2025. Projeções para 2025 A projeção da Fenabrave sofreu uma pequena alteração em relação às projeções divulgadas em julho. A expectativa, agora, é que haja uma venda menor de automóveis e uma alta em motos ao longo deste ano. Automóveis e comerciais leves: alta de 5% para 3% (de 2.608.977 para 2.559.345); Caminhões: redução de 7% (de 127.593 para 113.552); Ônibus: alta de 6% (de 27.675 para 29.336); Motos: alta de 10% para 15% (de 2.063.493 para 2.157.288). A revisão nas projeções de crescimento para 2025 acontece em meio a preocupações com os cenários nacional e internacional, e diante da queda observada nas vendas de caminhões. Segundo a Fenabrave, a economia gerada pelas novas normas de controle de emissões para motores a diesel, com o Euro 6, tem retardado o processo de renovação da frota. De acordo com a economista Tereza Fernandez, responsável pelas projeções macroeconômicas da federação, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação. “Até o momento seguem as incertezas de que alíquotas de Donald Trump serão aplicadas efetivamente. Ele já está atrapalhando o mercado internacional e vai provocar uma diminuição no comércio internacional”, disse Fernandez. A Fenabrave ainda indica que as altas taxas de juros no país também afetam as vendas. O Comitê de Política monetária (Copom) do Banco Central do Brasil manteve as taxas básicas de juros em 15% ao ano e indicou que as taxas devem continuar neste patamar até o final de 2025. "Com uma taxa de juros menor, o crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves seria bem mais forte — ultrapassaria os 5% que projetamos no início do ano. Esperávamos uma queda nos juros até o fim de 2025, mas o Copom indicou que isso só deve acontecer em 2026, revela Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. "Carro sustentável depende muito do crédito e a taxa de juros para esse consumidor é muito essencial", complementa o executivo. Novo Nissan Kicks: saiba o que há de bom e ruim no lançamento
02/10/2025 14:12:21 +00:00
Isenção do IR vai beneficiar 15 milhões, enquanto 150 mil de alta renda pagam a diferença

Isenção do IR: Bruno Carazza comenta medida A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda promete alterar de forma significativa o peso da tributação sobre diferentes grupos de contribuintes no Brasil. Segundo dados da Receita Federal, a mudança representa um impacto direto sobre o universo de 40 milhões de declarantes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O economista Bruno Carazza, doutor em direito econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e comentarista do Jornal da Globo, destacou que cerca de 15 milhões de contribuintes deixarão de pagar ou passarão a recolher menos imposto. 🔎 Prevista para valer a partir de 2026, a medida prevê que quem ganha até R$ 5 mil mensais ficará isento do pagamento. Já rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350 terão uma isenção parcial, com descontos na alíquota. 🔎 Atualmente, a tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva. Ou seja, conforme o valor da renda aumenta, o contribuinte passa a pagar um imposto maior sobre aquela parcela de rendimentos. Hoje, estão isentos os contribuintes com renda tributável de até R$ 3.036 por mês — equivalente a dois salários mínimos. Segundo ele, o desenho do projeto, no entanto, também deixa claro a dimensão da desigualdade de renda no Brasil: enquanto milhões de trabalhadores que ganham até R$ 7.350 serão beneficiados, um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aqueles que ganham mais de R$ 50 mil mensais, ou R$ 600 mil por ano — passará a financiar a conta. “Essa medida dá concretude à ideia de retirar os mais pobres da base de cobrança e transferir a responsabilidade para os mais ricos”, afirmou. Esse contingente, ainda que pequeno, concentra parte significativa da renda do país e será atingido por alíquotas progressivas que podem chegar a 10%. Impacto para o contribuinte com a isenção do IR Arte/g1 Carazza lembra que, após duas décadas de cobrança "mais suave", os contribuintes de alta renda voltarão a ter uma participação proporcional maior no sistema tributário. Isso porque, no Brasil, diversos mecanismos reduzem a carga efetiva sobre os mais ricos, como a isenção de lucros e dividendos e a menor tributação sobre aplicações financeiras. “Quanto maior a renda, menor é a proporção de imposto paga no país. O projeto busca corrigir essa distorção, estabelecendo um patamar mínimo de 10%”, aponta o economista. 🔎 A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Apesar do avanço, o economista ressalta que a proposta ainda mantém brechas importantes. Continuam isentos, por exemplo, valores transmitidos por herança, seguros de vida e planos de previdência privada. Apesar disso, para Carazza, a expectativa é que o debate em torno da reforma tributária avance gradualmente para reduzir privilégios e ampliar a justiça fiscal. “A medida sinaliza uma mudança no modelo de arrecadação, ampliando o alcance da isenção para milhões de contribuintes de renda média e transferindo parte da responsabilidade para os que estão no topo da pirâmide econômica”, reforça o economista. Imposto de Renda Joédson Alves/Agência Brasil
02/10/2025 13:18:40 +00:00
Dólar oscila e bolsa opera em queda com investidores atentos à paralisação nos EUA

Por unanimidade, Câmara aprova isenção do imposto de renda O dólar oscila nesta quinta-feira (2). Após começar o dia em queda, a moeda inverteu a tendência e subia 0,22% às 15h55, cotada a R$ 5,3400. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuava 0,95%, aos 144.133 pontos. Os mercados reagem a uma agenda esvaziada de dados nos Estados Unidos, onde o impasse fiscal em Washington afeta serviços, trabalhadores e a divulgação de indicadores. Por aqui, a pauta tributária ganhou destaque no Congresso. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ A paralisação do governo americano, iniciada na quarta (1º), deve durar ao menos três dias. O Senado não terá sessões nesta quinta por conta do feriado de Yom Kippur, o que impede a votação de medidas emergenciais de financiamento. O "shutdown" já atinge 750 mil servidores federais sem salário, com perdas estimadas em US$ 400 milhões. Diversas agências tiveram de suspender ou limitar serviços temporariamente. ▶️ Entre os dados impactados, estão o índice de preços ao consumidor e o payroll, considerado essencial para orientar as decisões do Banco Central americano, o Federal Reserve. ▶️ No Brasil, os investidores acompanham a aprovação, pela Câmara, do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil mensais. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,18%; Acumulado do mês: +0,11%; Acumulado do ano: -13,77%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,05%; Acumulado do mês: -0,49%; Acumulado do ano: +20,98%. Câmara aprova isenção do IR A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (1º) o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A votação foi unânime: 493 votos a favor. O texto ainda terá que passar pelo Senado Federal e depois ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. ➡️Atualmente, a tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva. Ou seja, conforme o valor da renda aumenta, o contribuinte passa a pagar um imposto maior sobre aquela parcela de rendimentos. Pela tabela atual, quem ganha até R$ 3.036 está isento. A partir daí, a tributação começa a incidir em "faixas", que chegam a 27,5% de imposto. Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, aponta que o mercado observa dois aspectos principais. O primeiro, considerado positivo, é a isenção de imposto para quem recebe até R$ 5 mil, além de uma escala de alíquotas que favorece quem ganha até R$ 7.350. “Ao reduzir a carga tributária, essa medida busca ampliar o poder de compra da população, liberando mais recursos. Com isso, espera-se um crescimento do consumo, o que pode impulsionar setores como o varejo e os serviços”, afirma. No entanto, há uma contrapartida relevante: o impacto fiscal da isenção. O mercado observa com atenção as propostas de compensação, como a taxação de rendimentos superiores a R$ 600 mil e a tributação de dividendos, LCA e LCI. “A principal dúvida é: essas medidas serão suficientes para equilibrar as contas públicas?”, questiona o especialista. Segundo Moreira, é essencial analisar se a compensação fiscal será suficiente para evitar um déficit — e, por consequência, a adoção de novas medidas, como uma possível revisão do arcabouço fiscal. “Em resumo, a medida também exerce pressão sobre as finanças públicas, o Banco Central, a dívida pública e os DIs, afetando o mercado financeiro — especialmente os ativos de maior risco, como se observou no pregão de hoje.” Paralisação orçamentária nos EUA O governo dos EUA entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. No centro do impasse está o setor de saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A crise ganhou novos contornos com as ameaças do presidente norte-americano. Trump afirmou que poderia "fazer coisas ruins e irreversíveis", como demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas, caso o governo fosse paralisado. Vale dizer que a paralisação do governo americano, após o Congresso não aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal, deve afetar o câmbio e os mercados financeiros pelo mundo. Isso porque o impasse orçamentário entre Democratas e Republicanos vai além do fechamento de museus, parques nacionais e aeroportos americanos. A instabilidade em Washington também pode interromper ou atrasar a divulgação de indicadores econômicos importantes para os investidores — dados que orientam as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre a política de juros na maior economia do mundo. Em teoria, esse cenário pode aumentar a aversão ao risco (o medo de perdas financeiras), provocar oscilações no valor do dólar frente a outras moedas e impactar o investimento estrangeiro em mercados emergentes — como o Brasil. Bolsas globais Em Wall Street, índices americanos abriram em alta nesta quinta-feira, com os investidores animados pela expectativa de novos cortes na taxa de juros. Com poucos dados econômicos previstos para os próximos dias, o mercado se apoia na perspectiva de estímulos e na ausência de grandes eventos que possam gerar instabilidade. O Dow Jones subia 0,04%, aos 46.461,11 pontos. O S&P 500 avançava 0,30%, para 6.731,31 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganhava 0,57%, aos 22.885,91 pontos. As bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, impulsionadas principalmente pelo bom desempenho de empresas industriais e de tecnologia. Empresas ligadas à produção de chips se destacaram, especialmente após o anúncio de que duas gigantes sul-coreanas vão fornecer componentes para a OpenAI. Com isso, o índice geral europeu STOXX 600 subiu 0,53% e fechou em um novo recorde, aos 567,60 pontos. Em outros mercados, Frankfurt (DAX) teve alta de 1,28%, Paris (CAC-40) avançou 1,13% e Lisboa (PSI20) teve leve alta de 0,06%. Já Londres (FTSE 100) caiu 0,20%, Madri (Ibex-35) recuou 0,27% e Milão (Ftse/Mib) ficou estável. As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira, com destaque para o Japão, que interrompeu uma sequência de quatro quedas. O avanço foi liderado por ações de empresas ligadas a semicondutores, como a Tokyo Electron, que subiu quase 8% após o índice de chips da Filadélfia atingir máxima histórica nos EUA. Em Tóquio, o Nikkei subiu 0,87%, aos 44.936,73 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,61%, enquanto o Kospi de Seul teve alta de 2,70%. Em Taiwan, o Taiex subiu 1,52%, o Straits Times de Cingapura ganhou 1,63%, e o S&P/ASX 200 de Sydney avançou 1,13%. As bolsas de Hong Kong, Xangai e Shenzhen seguirão fechados até 8 de outubro. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik
02/10/2025 12:00:17 +00:00
'Foi um golaço do Congresso', diz Haddad sobre votação da isenção do IR para até R$ 5 mil

'Foi um golaço do Congresso', diz Haddad sobre aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (2) que a votação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês, aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados, "foi um golaço do Congresso". O ministro disse ainda que não espera problemas para a aprovação do texto no Senado. "Foi uma votação histórica, 493 votos, sem nenhum voto contra. Todo mundo que marcou presença ontem votou a favor do projeto", disse o ministro. "Acredito que foi um golaço do Congresso Nacional e nós não vamos ter problemas no Senado, a julgar pelo que o Senado já votou". A votação na Câmara dos Deputados, na noite dessa quarta (1º), aprovou o texto do governo federal de forma unânime. A proposta ainda terá que passar pelo Senado Federal e depois ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. "Esse projeto não busca apenas justiça tributária, mas busca justiça tributária com equilíbrio fiscal. Ou seja, ele está ancorado no equilíbrio fiscal", pontuou Haddad a jornalistas, reunidos no Ministério da Fazenda. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala em coletiva de imprensa sobre o bloqueio do Orçamento e elevação do IOF Diogo Zacarias/MF Segundo ele, o projeto vai beneficiar 15 milhões de trabalhadores formais. Desses, 10 milhões deixarão de pagar IR com a ampliação da faixa de isenção para até R$ 5 mil; e outros cinco milhões terão redução de imposto — com o desconto progressivamente menor para rendas até R$ 7.350. O ministro disse, ainda, que "a unanimidade alcançada em torno do projeto que ampliou a isenção do IR, com votos favoráveis inclusive da oposição, nos deu esperança que temos muito a construir juntos". Ele fez referência à relação entre governo e Congresso. Medida Provisória que eleva impostos Questionado por jornalistas sobre a Medida Provisória que eleva uma série de impostos, como LCIs, LCAs, fintechs, bets e empresas (juros sobre capital próprio), entre outros, Fernando Haddad afirmou que a equipe econômica passou a quarta-feira (1º) negociando com líderes dos partidos. Apresentada inicialmente para compensar a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que havia sido derrubada pelo Congresso, mas foi retomada após decisão judicial, a medida provisória que eleva uma série de impostos faz parte da estratégia do governo para equilibrar as contas públicas em 2026, ano eleitoral, e tentar evitar uma restrição maior de gastos. A previsão inicial era de arrecadar R$ 21 bilhões no próximo ano. Publicada em junho, a MP está em vigor, mas tem de ser votada pelo Congresso Nacional até o início de outubro para não perder a validade. As medidas sofrem resistência do setor produtivo, que reclama de nova alta de tributos. "Acredito que amadureceu o consenso em torno da necessidade de corrigir essas distorções [que o governo diz que busca com a Medida Provisória]. Temos que compor maioria. Estamos processando e amadurecendo argumentos pata chegar em um denominador comum, buscando equilíbrio no projeto", afirmou o ministro Haddad a jornalistas.
02/10/2025 11:48:16 +00:00
Por que nem dinheiro de Trump encerra 'inferno astral' de Milei

O escândalo no governo Javier Milei Javier Milei está vivendo seus "piores dias" desde que assumiu a Presidência da Argentina, em dezembro de 2023, segundo têm observado analistas de diferentes tendências. O presidente argentino enfrentou uma derrota recente de seu partido na eleição legislativa da maior província do país, sinais de queda na popularidade, acusações de corrupção contra sua irmã, novas preocupações econômicas e problemas na relação com o Congresso. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O longo "inferno astral" de Milei — que completará 55 anos em 22 de outubro — começou em agosto . A BBC News Brasil conta as dores de cabeça pelas quais o presidente argentino tem passado desde então. As denúncias contra Karina Milei A irmã de Javier Milei, Karina, é uma de suas conselheiras mais próximas Reuters via BBC Em agosto foram revelados áudios de um suposto esquema de propinas envolvendo a irmã do mandatário, a secretária-geral da Presidência, Karina Milei. Além dela, o esquema envolveria empresas da indústria farmacêutica e a Agência Nacional de Pessoas com Deficiência (Andis, na sigla em espanhol). Em áudios vazados, o então diretor da Andis, Diego Spagnuolo, advogado de Milei, fala sobre percentuais de supostas propinas e cita os nomes de Karina Milei e de seu assessor direto, Eduardo "Lule" Menem, parente do ex-presidente Carlos Menem (1930-2021). Ambos estariam cobrando propina de farmacêuticas para a compra de medicamentos pelo governo — com exigência de até 8% sobre o faturamento dessas empresas para garantir contratos. Karina, praticamente desconhecida do público até a chegada de Milei à Casa Rosada, é chamada pelo irmão e presidente de "o chefe". Em várias ocasiões, ele tinha afirmado que a última palavra nas decisões do governo poderia ser dela, o que atraiu ainda mais as atenções para as acusações. A trama afetou a popularidade do presidente e atingiu a coluna vertebral do seu discurso da "motosserra" contra a corrupção, o tamanho do Estado e o que ele chama de "casta" política. "A casta está com medo", costuma cantar enquanto saltita e ergue os braços quando reúne seus apoiadores. O desgaste da imagem de Milei provocou fortes turbulências no mercado financeiro e incertezas sobre sua gestão. Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, saíram em defesa de Milei. Trump disse que o presidente argentino tem seu "apoio completo e total" para "sua reeleição como presidente". Trump disse ainda que Milei é "um líder verdadeiramente fantástico e poderoso". Por sua vez, Bessent anunciou no dia 22/09, um socorro financeiro para a Argentina de US$ 20 bilhões. "A Argentina é um aliado sistematicamente importante dos Estados Unidos na América Latina e o Tesouro dos Estados Unidos está disposto a fazer o que for necessário, dentro do seu mandato, para apoiar a Argentina", escreveu em suas redes sociais. Analistas disseram que foi "um resgate que evitou um naufrágio". Mas ainda faltam detalhes concretos sobre essa ajuda e quando ela chegará. Por enquanto, foi anunciado que Trump receberá Milei no dia 14 de outubro, em visita oficial, na Casa Branca. O analista político Facundo Nejamkis, da empresa de pesquisas e opinião pública Opina Argentina, disse à BBC News Brasil na terça-feira (30/09) que as declarações de Trump e Bessent não têm efeito no eleitorado argentino. "São duas coisas que correm por trilhos diferentes. Depois de um cenário sufocante, o governo respira aliviado para chegar às eleições legislativas do dia 26 de outubro. Mas o salva-vidas financeiro (dos EUA) e o humor, o cotidiano, a economia e o voto dos argentinos são outra coisa, outra realidade", disse Nejamkis. Ele está entre os que entendem que Milei vive "seus piores dias", mesmo depois das afirmações de Trump. Tradicionalmente, as eleições legislativas argentinas são consideradas um plebiscito do eleitorado ao governo, que busca ampliar o número de cadeiras no Congresso. Milei começou a fazer campanha para seus candidatos. Mas, nesta semana, na primeira escala, em Ushuaia, na Patagônia, foi obrigado a interromper sua caminhada diante de um protesto. Antes de ser demitido como "medida preventiva", após a divulgação dos áudios no canal de streaming Carnaval, Spagnuolo fazia parte do reduzido círculo de amigos do presidente argentino. O ex-diretor da Andis frequentava a residência presidencial de Olivos e era um dos poucos convidados de Milei para ouvir ópera aos domingos no local bucólico — formado por amplos jardins, cercado por muros altos e que está a cerca de 1h30 de carro da Casa Rosada, a sede da Presidência do país. Interlocutores que frequentam Olivos e que falaram à BBC News Brasil sob condição de anonimato relataram bastidores que ajudam a entender a personalidade e o entorno de Milei, além da importância das poucas pessoas que o rodeiam, como Karina e Spagnuolo. Uma das sopranos do Teatro Colón afirmou que Milei conhece ópera "profundamente" e sente "deleite" ao falar sobre os músicos e as árias. "Ele é apaixonado por ópera e conhece a fundo", disse ela. Quando as pessoas vão embora, ele fica sozinho, contou também um dos frequentadores da residência presidencial. "É uma pessoa solitária", afirmou. Derrota para o kirchnerismo No início de setembro, veio mais um baque para o presidente argentino. Nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, a maior do país, o partido de Milei, A Liberdade Avança (LLA), registrou uma derrota significativa. A sigla ficou 13 pontos percentuais atrás da coalizão Força Pátria — liderada pelo governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, que é kirchnerista e opositor de Milei. A Força Pátria ficou à frente na maioria das seções eleitorais. Assim, o kirchnerismo cresceu na província, enquanto o LLA perdeu cadeiras de parlamentares locais. A província de Buenos Aires tem quase 40% do eleitorado nacional. E, neste ano, o partido de Milei já tinha registrado resultados negativos nas eleições locais de outras províncias. Uma semana depois da derrota, Milei, vestido de terno e gravata, fez um discurso em rede nacional com tom conciliador. Ele até evitou o típico bordão no final de suas falas, "Viva la libertad, carajo" ("Viva a liberdade", seguido de um palavrão). 'Cansaço' do eleitorado Marionete representando Milei em protesto em Buenos Aires por verbas para universidades públicas e hospitais pediátricos EPA via BBC Analistas ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que, apesar de algumas tentativas recentes de mudanças na postura de Milei, o eleitorado se cansou ou está se cansando do estilo agressivo de Milei e das dificuldades econômicas no país. Sinal disso é uma pesquisa recente da Bloomberg/AtlasIntel, realizada entre os dias 10 e 14 de setembro: 53,7% dos entrevistados afirmaram "desaprovar" o presidente argentino, enquanto 42,4% afirmaram que o "aprovam". O restante (3,8%) não sabe. Esta é a pior avaliação de Milei desde que ele tomou posse. Sobre o governo, na mesma pesquisa, 49,5% dos entrevistados o definem como "ruim ou muito ruim" enquanto 33,4% o consideram "bom ou excelente". A analista Shila Vilker, da empresa de pesquisas e opinião pública Trespuntozero, diz que nos dois meses anteriores às eleições legislativas na província de Buenos Aires, o apoio ao governo e ao presidente Milei caiu cerca de 10 pontos percentuais, ficando em 39,9%. No ano passado, estes percentuais estiveram entre 50% e 52%. "Mas, a partir dos vetos de Milei ao aumento dos aposentados e às pessoas com deficiência e do escândalo $Libra, no início do ano, esse apoio retrocedeu. A queda foi mais acentuada após o episódio dos áudios do [Diego] Spagnuolo", aponta, em entrevista à BBC News Brasil. $Libra é uma criptomoeda citada por Milei em uma postagem de fevereiro nas suas redes sociais. Na ocasião, o presidente argentino afirmou que a criptomoeda seria uma boa opção de investimento e teria sido idealizada para financiar pequenas empresas argentinas. Desconhecida até então, a criptomoeda viu seu valor aumentar até 1.300% — mas, quatro horas depois, desabou, e Milei apagou a postagem. A polêmica cresceu quando a imprensa local revelou, inclusive com fotos, que o presidente argentino teria tido reuniões com os criadores da criptomoeda. O caso está sendo investigado pela Justiça argentina e de Nova York. Enquanto isso, a Câmara dos Deputados instaurou uma comissão para investigar as acusações contra a irmã de Milei e outros envolvidos no caso. Karina Milei foi convocada para depor mas, segundo o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, ela não compareceria porque teria que acompanhar Milei na Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova York. Mas ela também faltou à uma segunda convocação feita pelos parlamentares da comissão. Em um novo levantamento da Trespuntozero, realizado entre os dias 10 e 15 de setembro, o apoio a Milei e ao seu governo parou de cair. Para Vilker, aqueles que não são simpáticos ao kirchnerismo, força que venceu em Buenos Aires, passaram a "temer" a volta deste setor da oposição — representado pela ex-presidente Cristina Kirchner, em prisão domiciliar após condenação na Suprema Corte; pelo ex-presidente Alberto Fernández; e por Axel Kicillof, que foi ministro da Economia no governo de Cristina. Mas em um sinal de que a situação não é simples para Milei, uma nova pesquisa, realizada entre 5 e 15 de setembro e divulgada na segunda-feira (29/09), mostrou queda inédita do governo Milei na trajetória do levantamento. O chamado Índice de Confiança da Universidade Di Tella (ICG) apontou que o governo Milei registrou o pior índice no levantamento desde que chegou à Casa Rosada. Em uma escala de 1 a 5 registrou, pela primeira vez, menos de 2 pontos (1,8 ponto). Depois da inflação, outras preocupações com a economia Ainda de acordo com Shila Vilker, a percepção dos argentinos sobre a economia pesou na queda recente na popularidade de Milei. Dados oficiais mostram que a economia tem dado sinais de estagnação e alguns especialistas especulam sobre riscos de recessão — o que Milei e sua equipe descartam. Nesta semana, Milei reconheceu, em entrevista a um canal de televisão local, que a economia está "paralisada" e atribuiu o fato a oposição no Congresso. Segundo algumas pesquisas, a própria derrota em Buenos Aires foi influenciada pela desaceleração da economia e a dificuldade das pessoas de adquirir produtos básicos e pagar suas contas. A preocupação dos argentinos já não é tanto com a inflação, que caiu no governo Milei. Em 2023, o índice anual chegou a 211,4%. Em 2024, foi de de 117,8%. Para 2025, a expectativa é que a inflação anual seja de 28,2%, segundo o Levantamento de Expectativas do Mercado (REM) divulgado pelo Banco Central. Economistas atribuem a queda inflacionária ao forte ajuste fiscal e monetário implementado pelo governo Milei. Mas, segundo analisa o economista Enrique Szewach, reduzir a inflação "não está sendo suficiente" para convencer a população. O custo de vida continua alto e faltam políticas de geração de empregos, ele aponta. Nos últimos tempos, os salários não acompanharam o ritmo dos preços. O salário mínimo, por exemplo, teve perda de 30% no poder de compra durante o governo Milei, segundo dados do Centro de Pesquisa e Formação da República Argentina (CIFRA), divulgados no início de setembro pelo jornal Clarín. "Nas diferentes pesquisas que realizamos, nos últimos meses, baseadas em focus groups [grupos focais], as classes média e baixa, não pobre, e que representam cerca de 24 milhões de pessoas, responderam que 'comprar é um estresse' e 'o dinheiro acaba muito antes do fim do mês'", aponta Guillermo Olivetto, especialista em consumo. "Até pouco tempo, muitos diziam que o esforço valia a pena e apoiavam [as medidas de Milei]." Há preocupações também com o acesso a empregos, inclusive os formais. Dados do Instituto de Estatísticas e Censos (Indec) divulgados em 18 de setembro mostram que, no segundo trimestre deste ano, o desemprego foi de 7,6% — levemente inferior aos três meses anteriores, quando o indicador foi de 7,9%, e igual ao último trimestre de 2024. Mas, segundo dados da Secretaria do Trabalho divulgados pela imprensa local, entre novembro de 2023 e abril deste ano caiu o total de empregos registrados, tanto privados quanto públicos. A redução foi de 258.300 postos de trabalho. E, de acordo com o Indec, os trabalhadores informais chegaram a 43,2% da população ativa no segundo trimestre deste ano. Este índice é levemente superior aos 41,6% do trimestre anterior. Além disso, os preços de serviços públicos como transporte, água, luz e telefonia aumentaram porque o governo Milei reduziu ou eliminou os subsídios que eram aplicados pelos governos anteriores. Para completar, a alta de investimentos estrangeiros que o governo esperava atrair não ocorreu, observam os economistas. Em um comunicado no mês passado, a União Industrial Argentina (UIA) elogiou a "organização macroeconômica, a queda na inflação e o equilíbrio fiscal" do governo Milei, mas criticou o custo de produção e as taxas de juros. Em seu levantamento mensal, a UIA informou, nesta semana, que a atividade industrial caiu 3% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado. O Banco Central da República Argentina (BCRA) fixou, em janeiro deste ano, em 29% a taxa básica de juros, chamada de Taxa Normal Nominal (TNA). Porém, este índice pode variar de acordo com o banco ou segmento econômico. Entre julho e agosto, por exemplo, os juros para as pequenas e médias empresas saltaram de 44% para mais de 60%, segundo reportagem do jornal Clarín. Em entrevista à BBC News Brasil, o economista Orlando Ferreres, da consultoria Ferreres e Associados, disse que a expectativa é de queda nos juros após as eleições legislativas nacionais de outubro. Segundo ele, o mercado financeiro espera que Milei saia fortalecido da votação, apesar dos resultados nas eleições legislativas das províncias. Na segunda-feira (22), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, fez declarações de apoio ao presidente argentino. As afirmações de Bessent foram feitas na rede social X após uma turbulência financeira na Argentina, que teve queda brusca nas ações e títulos, além da desvalorização do peso, a moeda nacional. "A Argentina é um aliado sistematicamente importante dos Estados Unidos na América Latina, e o Tesouro dos Estados Unidos está pronto para fazer o que for necessário, dentro do seu mandato, para apoiar a Argentina", escreveu Bessent, que já tinha visitado Milei na Casa Rosada em abril deste ano, num sinal de respaldo à administração argentina. As palavras de Bessent deram uma trégua na tensão recente do mercado financeiro. Derrotas de Milei no Congresso Parlamentares comemoram derrubada do veto de Milei a aumento de recursos para hospitais pediátricos Reuters via BBC Assim que tomou posse, Milei anunciou que não trabalharia da sede da Casa Rosada, mas da residência oficial. Porém, no dia seguinte à derrota eleitoral em Buenos Aires, Milei realizou reuniões na Casa Rosada. Sem a jaqueta preta que caracteriza muitas de suas aparições e vestindo terno, convocou seu reduzido grupo de assessores chamado de "Forças do Céu" — que inclui sua irmã e seu assessor Santiago Caputo. Ao reunir o grupo, Milei buscava estratégias para aprimorar o diálogo com governadores, fundamentais para seu apoio nas urnas e no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, o partido de Milei tem 37 cadeiras próprias, enquanto o principal opositor do presidente, o União pela Pátria, conta com 98 de um total de 257 cadeiras. Mesmo sendo um dos menores da Casa, o partido de Milei vinha conseguindo apoio de outras legendas até o ano passado. Quando foi aprovada a chamada "lei omnibus" (oficialmente, "Lei Bases e Pontos de Partida para a Liberdade"), com vários artigos de reformas da economia, o governo contou com 142 votos a favor, 106 contra e cinco abstenções. Mas, no caso da votação recente que derrubou o veto de Milei ao aumento de recursos para as universidades, realizada no último dia 17, o governo contou com apenas 67 votos enquanto que os demais partidos reuniram 174 votos. Naquele dia, professores, estudantes e ativistas ligados à educação e à saúde pública realizaram uma nova manifestação em frente ao Congresso. Desde março, 40 projetos oficiais do governo Milei foram rejeitados na Câmara dos Deputados e no Senado — onde o partido do presidente tem seis dos 72 assentos. A lista cresceu recentemente com a rejeição dos deputados ao veto de Milei ao aumento de recursos para hospitais do setor pediátrico. Os senadores, por sua vez, rejeitaram o veto de Milei que limitava transferências de recursos para as províncias. Após as derrotas recentes, o ministro da Economia, Luis Caputo, defendeu que as decisões do Congresso contra os vetos de Milei sobre a destinação de recursos afetam o equilíbrio fiscal e o déficit zero que o governo conseguiu. Em entrevista à BBC News Brasil, o historiador e analista político Rosendo Fraga diz que o problema de Milei não está na economia, mas justamente "na falta de apoio no sistema politico". Para recompor o apoio popular e suas alianças, além de ampliar sua base política, Milei precisaria mudar sua personalidade política, afirma Fraga, do Centro de Estudos Nova Maioria. O especialista, porém, reconhece que "mudar a personalidade de um político é impossível". "Milei se apresentava como uma espécie de Trump da Argentina. Era orgulhoso disso. Mas Milei não tem o controle do Congresso, da Corte de Justiça e dos governadores", aponta. Mandato até 2027? A situação de Milei se complicou a ponto de surgirem especulações de que ele, eleito com 56% dos votos, poderia não terminar seu mandato, previsto para acabar no final de 2027. Pelas regras, ele pode tentar a reeleição. No dia seguinte à eleição em Buenos Aires, em um evento no Teatro Colón que reuniu políticos, economistas e analistas, as perguntas nas rodas informais de conversa eram quase sempre as mesmas: "O que acontecerá com o governo Milei?"; "Milei termina o mandato?". Um executivo de um dos principais grupos empresariais da Argentina disse à reportagem, que estava presente no teatro, que Milei tinha perdido a eleição por "culpa própria". Segundo este empresário, Milei continuou agindo "como se estivesse no palanque de campanha, e não governando" e "mais voltado para os insultos, as divisões, do que para governar". O presidente argentino tem um estilo de discursar com insultos diretos àqueles que considera opositores. Milei já chamou jornalistas de "porcos", economistas de "farsantes" e Axel Kicillof de "sujo" e "imundo". Nos dias que se seguiram ao resultado em Buenos Aires e antes das declarações de apoio de Trump, alguns políticos de oposição declararam à imprensa local que o governo caminhava para o fim. O líder do peronismo no Senado, José Mayans, disse depois do pleito: "O governo está acabado. Perdeu a confiança da população.". O governador da província de La Rioja, Ricardo Quintela, disse que "o país vai explodir a qualquer momento". "Acho que o governo Milei não chega ao dia 26 de outubro. Tenho minhas sérias dúvidas", disse a senadora Sandra Mendoza, da União pela Pátria, outro braço do peronismo, corrente de oposição. Membros do governo reagiram às especulações negativas. O subsecretário de Políticas Universitárias, Alejandro Álvarez, disse que a oposição está tramando um "golpe suave" contra o governo Milei. O ministro da Economia, Luis Caputo, denunciou que opositores querem "derrubar" o governo. No dia 26 de outubro, uma nova prova de fogo: haverá eleição nacional para renovar metade das cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Estas eleições legislativas costumam ser consideradas um plebiscito sobre o governo, porque ocorrem na metade do mandato presidencial. Será que após celebrar seu aniversário, Milei verá o fim do seu inferno astral? Milei completará 55 anos em 22 de outubro — e parece estar vivendo um 'inferno astral' Getty Images via BBC
02/10/2025 10:09:20 +00:00
Elon Musk é primeira pessoa a atingir patrimônio de meio trilhão de dólares, segundo lista de bilionários da Forbes

Os bilionários brasileiros em 2025, segundo a Forbes O CEO da Tesla, Elon Musk, se tornou a primeira pessoa a atingir um patrimônio líquido de mais de US$ 500 bilhões (equivalente a cerca de R$ 2,6 trilhões), depois de um aumento no valor da empresa de carros elétricos e também de seus outros negócios neste ano. O patrimônio líquido do magnata da tecnologia atingiu brevemente US$ 500,1 bilhões na tarde de quarta-feira (1º), antes de cair ligeiramente para pouco mais de US$ 499 bilhões no final do dia, informou o índice de bilionários da Forbes. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Além da Tesla, o valor de seus outros empreendimentos — incluindo a startup de inteligência artificial xAI e a empresa de foguetes SpaceX — também subiu nos últimos meses. O marco consolida ainda mais o status de Musk como a pessoa mais rica do mundo, bem à frente de seus rivais no setor global de tecnologia. De acordo com o índice de bilionários da Forbes, o fundador da Oracle, Larry Ellison, é a segunda pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna de cerca de US$ 350,7 bilhões. Ellison ultrapassou Musk brevemente no mês passado depois que as ações da Oracle dispararam mais de 40%, impulsionadas pela perspectiva otimista da empresa em infraestrutura de nuvem e inteligência artificial (IA). A enorme riqueza de Musk se deve à sua participação de mais de 12% na Tesla, cujas ações subiram fortemente este ano. As ações da Tesla subiram mais de 3,3% no final do pregão de Nova York na quarta-feira e já subiram mais de 20% neste ano. As ações da empresa se beneficiaram da decisão de Musk de concentrar mais tempo em suas empresas, em vez de sua atuação política. Ele enfrentou críticas no início deste ano por seu trabalho com o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do governo Trump, o órgão encarregado de reduzir os gastos do governo dos EUA e cortar empregos públicos. Musk, que também é dono da plataforma de mídia social X, tem expressado suas opiniões pessoais sobre questões como imigração e programas de diversidade, equidade e inclusão. A presidente do conselho da Tesla, Robyn Denholm, disse em setembro que Musk agora estava "no centro" da montadora. O conselho da empresa disse que Musk poderia receber um pacote salarial de mais de US$ 1 trilhão se ele atingisse uma lista de metas ambiciosas na próxima década. Para obter o pacote, ele precisaria aumentar o valor da Tesla oito vezes, vender um milhão de robôs de IA, vender outros 12 milhões de carros Tesla e atingir várias outras metas. Também no mês passado, Musk anunciou que havia comprado cerca de US$ 1 bilhão em ações da Tesla, o que foi visto por alguns investidores como um voto de confiança na empresa. A Tesla enfrentou uma série de desafios nos últimos anos, incluindo forte concorrência de fabricantes rivais de carros elétricos, como a chinesa BYD. A empresa também está em processo de transição para um negócio de IA e robótica. Elon Musk REUTERS/Nathan Howard
02/10/2025 10:08:36 +00:00
Câmara aprova isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil - o que acontece agora?

Por unanimidade, Câmara aprova isenção do imposto de renda A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (01/10), por unanimidade, a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil mensais, além de uma redução para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350. O projeto de lei (PL) aprovado, prioritário para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agora segue para o Senado. Foram 493 votos pela aprovação do texto na Câmara. Em nota à BBC News Brasil, o Ministério da Fazenda afirmou que está trabalhando para que o projeto seja aprovado no Congresso até o fim do ano, para já valer para o ano-calendário de 2026 (o ano em que os rendimentos foram recebidos, os quais são declarados no ano-exercício; ou seja, a isenção se aplicaria ao imposto declarado em 2027). "Segundo a Constituição, o IR deve observar somente a anterioridade anual, ou seja, o prazo legal para aprovação do PL para que produza efeitos a partir de 2026 é o final deste ano", escreveu o ministério. O caminhar do projeto foi alinhado por Lula com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em reunião na terça (30/09). O projeto aprovado na Câmara foi relatado pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL). O texto foi enviado pelo governo ao Legislativo em março. Haddad, Motta e Lula em março, durante cerimônia que marcou o envio do projeto da isenção ao Congresso Ricardo Stuckert/PR O Senado também havia avançado com um projeto parecido, que estava parado há quatro anos e foi aprovado na semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos, após o senador Renan Calheiros (MDB-AL) assumir sua relatoria. No pano de fundo, está a rivalidade entre Calheiros e Lira, ambos políticos de Alagoas. Um ponto que causou apreensão no governo nesta quarta-feira, na véspera da aprovação na Câmara, foi a compensação da isenção. Pelo projeto do governo e aprovado na Câmara, será criado um imposto mínimo de até 10% para contribuintes pessoa física com ganhos a partir de R$ 50 mil ao mês — ou R$ 600 mil ao ano —, de forma a compensar a perda de arrecadação com a isenção para rendas mais baixas. A alíquota subiria gradativamente de zero a 10%, com o patamar máximo incidindo apenas sobre contribuintes com ganhos acima de R$ 1,2 milhão ao ano. Segundo dados do governo federal, 141,4 mil pessoas passariam a contribuir pelo patamar mínimo do imposto — ou 0,06% da população total do país. O governo afirma que essas pessoas, que recebem mais de R$ 600 mil por ano e que não contribuem atualmente com alíquota efetiva de até 10%, pagam atualmente uma alíquota efetiva média de 2,54%. O governo calcula que perderá R$ 25,8 bilhões em 2026 com a ampliação da isenção do Imposto de Renda — mas que a tributação mínima das altas rendas gerará receita de R$ 25,2 bilhões. Mas, ao longo de quarta-feira, emendas de deputados tentaram alterar essas medidas de compensação. Segundo reportagem do portal ICL Notícias, uma emenda apresentada na Comissão de Agricultura propôs, por exemplo, a eliminação do imposto para os mais ricos e exigiu que a isenção fosse compensada pelo corte de gastos do governo. Outras tentaram alterar o regime tributário para beneficiar o agronegócio, como uma emenda que incluiria na isenção a receita bruta de atividade rural até R$ 508 mil anuais, com correção inflacionária. Arthur Lira e Fernando Haddad em 18 de abril de 2023 TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO De mais de cem emendas apresentadas ao projeto, o relator Arthur Lira aceitou três, que tratam de detalhes sobre a cobrança do imposto de até 10% para os mais ricos e sobre a base de cálculo da tributação mínima do IR para cartórios e para empresas que aderem ao programa educacinal Prouni. O limite atual de isenção para todos os brasileiros é de R$ 2.259 e, nos ganhos acima disso, são cobradas alíquotas progressivas até 27,5%. Mas o governo Lula usa um mecanismo de "desconto simplificado" que faz com que, na prática, a isenção beneficie quem ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036). O cálculo do governo é que a nova isenção, uma vez aprovada, beneficie 10 milhões de pessoas. Opositores chamam a proposta de "eleitoreira" e criticam seu impacto sobre o equilíbrio fiscal do governo. Uma reportagem da BBC News Brasil com dados de um levantamento inédito do Sindifisco Nacional, sindicato que representa os auditores-fiscais da Receita Federal, mostrou que os super-ricos brasileiros (contribuintes com ganhos milionários) pagam proporcionalmente menos da metade do IR da classe média. Os dados revelam que a tributação da renda dos contribuintes mais ricos apresentou tendência de queda nas duas últimas décadas, recuando quase 40% entre 2007 e 2023, devido aos ganhos mais elevados com dividendos — lucros distribuídos pelas empresas a acionistas que não são tributados no país desde 1996. Por outro lado, brasileiros de ganho intermediário estão pagando cada vez mais imposto, devido ao congelamento da tabela do IR, que tem ficado defasada em relação à inflação. Com isso, desde 2009, brasileiros milionários, com ganhos mensais acima de 320 salários mínimos, passaram a pagar proporcionalmente menos IR que a classe média — e a diferença entre os dois grupos vem aumentando ao longo dos anos. Caso a proposta do governo seja aprovada no Congresso, brasileiros milionários passarão a pagar um patamar similar ao IR da classe média. *Com informações de Daniel Gallas, da BBC News Brasil em Londres; e de Mariana Schreiber, da BBC News Brasil em Brasília
02/10/2025 08:27:44 +00:00
Jornada de 13h, controle por app e férias flexíveis: PL trabalhista gera protestos na Grécia

Greve geral de um dia levou muitos trabalhadores às ruas de cidades como Tessalônica para protestar contra as mudanças na lei trabalhista Sakis Mitrolidis/AFP/Getty Images "Não posso trabalhar 13 horas por dia e também não espero isso das minhas funcionárias", diz a gerente do salão de beleza, Anni, no centro de Atenas, a capital da Grécia. Ela argumenta que suas clientes também não vão ficar satisfeitas com o trabalho de uma esteticista cansada. É por isso que Anni se pergunta por que a ministra grega do Trabalho, Niki Kerameos, está tão empenhada pela jornada de trabalho de 13 horas. A resposta da própria ministra, dada em várias entrevistas: trata-se de uma exceção que vale para apenas 37 dias do ano e que é "do interesse dos trabalhadores". Os sindicatos rejeitam os planos e estão tentando derrubar o projeto de lei sobre a "flexibilização da jornada de trabalho", que será apresentado em breve ao Parlamento Helênico. Eles convocaram uma greve geral de um dia para esta quarta-feira (1º) que afetou sobretudo o setor de transportes. Desde a meia-noite (horário local), principalmente trens e balsas que conectam o continente às ilhas pararam de funcionar, assim como metrôs e ônibus em determinados horários do dia. Trabalho no feriado: por que algumas lojas abrem e outras não? "Flexibilização" do mercado de trabalho Mesmo antes desse novo projeto de lei, o governo conservador do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis já havia transformado o mercado de trabalho grego num dos mais "flexíveis" da Europa. Desde julho de 2024, trabalhadores da indústria, do comércio, da agricultura e de alguns serviços devem trabalhar seis dias por semana se o empregador assim decidir. O sexto dia é remunerado com um adicional de 40%. Embora a Grécia ainda tenha uma semana de trabalho de 40 horas, os empregadores podem solicitar até duas horas extras não remuneradas por dia, por um período limitado, e oferecer mais tempo livre em troca. Em tese, trata-se de uma oferta voluntária, mas em muitas empresas os funcionários acabam sendo obrigados a trabalhar mais horas, e sem qualquer compensação. Também a jornada de trabalho de 13 horas deverá ser voluntária, enfatiza a ministra do Trabalho. Ninguém será obrigado a fazer horas extras, afirma. Ministra Niki Kerameos diz que sua reforma do mercado de trabalho adapta a legislação à realidade Michalis Karagiannis/Eurokinissi/ANE/picture alliance Efeito negativo na produtividade 🤔 Mas um funcionário pode mesmo se recusar a fazer horas extras? "Não. Isso não pode ser feito sem temer consequências, pois o funcionário tem pouco poder de barganha", diz o professor de relações trabalhistas Theodoros Koutroukis, da Universidade Demócrito da Trácia. Koutroukis diz que a nova regulamentação legal não terá um impacto positivo no mercado de trabalho, pois a extensão da jornada de trabalho diária provavelmente diminuirá a satisfação dos funcionários no trabalho e levará a uma queda na produtividade. Isso, por sua vez, levará a uma deterioração na qualidade dos bens e serviços produzidos e até mesmo a um aumento nos custos de produção, prevê. A extensão da jornada de trabalho pode ainda perturbar o equilíbrio entre vida familiar e profissional e diminuir o tempo que os funcionários podem dedicar para o aprendizado profissional, acrescenta o professor. Para atender as necessidades das empresas Além da jornada de trabalho de 13 horas, o projeto de lei de Kerameos prevê a distribuição "flexível" dos dias de férias, a atribuição flexível e de curto prazo de duas horas extras por dia e a disponibilidade dos funcionários por meio de um app. Os critérios para isso são "necessidades urgentes" das empresas. Uma semana de trabalho de quatro dias com 40 horas de trabalho também é possível. A ministra diz que sua reforma do mercado de trabalho adapta a legislação à realidade. Mas especialistas trabalhistas dizem que ela legaliza todas as violações da lei que os empregadores costumam cometer. Gregos já trabalham muito Devido aos baixos salários, muitos trabalhadores na Grécia têm dois empregos e já trabalham até 13 horas por dia. A nova lei permitirá que façam isso para um único empregador. "Se você já faz isso com dois empregadores, por que não ter a oportunidade de fazer isso com um só e ainda ganhar 40% a mais?", argumenta Kerameos. O que fica em aberto é a questão de por que tantas pessoas na Grécia não conseguem sobreviver com um emprego de 40 horas e dependem de horas extras ou de um outro emprego. De acordo com o órgão de estatísticas Eurostat, os gregos trabalham muito, mais de 1.886 horas por ano, o que é bem mais do que qualquer outra nação da União Europeia. No entanto, eles têm menor produtividade – talvez justamente por trabalharem tanto. E também menor poder de compra (30% abaixo da média da União Europeia). E agora o governo quer que eles trabalhem ainda mais. Sindicatos dizem "basta!" A confederação sindical grega GSEE, que representa 2,5 milhões de trabalhadores do setor privado, rejeita a jornada de 13 horas, assim como a Confederação dos Sindicatos dos Funcionários Públicos (Adedy). "Exaustão não é melhoria, a resiliência humana tem limites" será o lema dos protestos em Atenas. O sindicato defende a redução da jornada de trabalho para 37,5 horas semanais, como em muitos países europeus. De fato, o governo grego vai contra a tendência na UE, onde muitos cidadãos exigem uma semana de 35 horas ou de quatro dias. "Os trabalhadores gregos, que já trabalham mais horas por ano do que qualquer um de seus colegas na União Europeia e que relatam, em sua maioria, burnout e excesso de trabalho, agora enfrentam uma distopia. Chega. Não aguentamos mais", resumiu a liderança da GSEE. Veja ainda Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada Por que muitos jovens não querem trabalhar como ‘CLT’?
02/10/2025 07:02:38 +00:00
Diplomatas apostam em encontro de Lula e Trump durante cúpula na Malásia, no fim do mês
Mauro Vieira diz que Lula e Trump têm "contato" combinado Diplomatas ouvidos pela TV Globo afirmam que há boas chances de o encontro entre presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acontecer durante a Asean, a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático, prevista para acontecer a partir do dia 26 de outubro, na Malásia. O presidente Lula participará do encontro como convidado. Apesar de ainda não estar confirmado oficialmente, a expectativa é de que Donald Trump também participe da cúpula. Alguns integrantes do governo brasileiro defendem que uma ligação poderia “amaciar o terreno para um encontro mais proveitoso com Trump”. O diálogo entre os dois presidentes vem sendo construído através de gestos e ações por parte das diplomacias de Brasil e Estados Unidos. No mais recente deles, na última terça-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin conversou por um telefone com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. Segundo fontes, Alckmin reforçou ao representante norte-americano que o Brasil está avaliando possíveis medidas de resposta ao "tarifaço" imposto pelos EUA, mas que a preferência do país é sempre pelo diálogo e negociação. Na última segunda-feira (29), a Câmara de Comércio Exterior (Camex) também decidiu adiar por 30 dias a entrega do relatório que analisa a aplicação da chamada lei da reciprocidade contra os Estados Unidos.
02/10/2025 07:01:07 +00:00
CNU 2025: mínimo de acertos e zerar na redação são os critérios de eliminação; veja a lista

CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever Mais de 760 mil candidatos estão inscritos para as provas objetivas do Concurso Nacional Unificado (CNU) no próximo domingo, dia 5 de outubro. Diferentemente da primeira edição, realizada em um único dia, o CNU 2025 será dividido em duas etapas. Os aprovados na primeira fase farão a prova discursiva em 7 de dezembro. ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. Antes das provas, é importante que os candidatos fiquem atentos aos critérios de eliminação do Concurso Nacional Unificado (CNU). Veja abaixo quais são os critérios de eliminação Não atender aos requisitos básicos para assumir o cargo, incluindo: Não ter nacionalidade brasileira ou portuguesa (com estatuto de igualdade). Não estar em gozo dos direitos políticos. Não estar em dia com as obrigações eleitorais. Não estar em dia com as obrigações militares (para candidatos brasileiros do sexo masculino). Ter idade inferior a 18 anos completos na data de admissão. Não ser considerado(a) apto(a) no exame médico admissional. Não ser aprovado(a) no Concurso Público Nacional Unificado e/ou não preencher os requisitos previstos para o cargo (Anexos I ao IX do Edital). Não estar apto(a) para assumir outro cargo público federal, nos termos do art. 137 da Lei nº 8.112/1990. Falsidade em Declarações ou Fraudes que podem levar à anulação da inscrição, provas ou nomeação: Apresentar informações falsas ou irregularidades em declarações, provas ou dados fornecidos em qualquer momento. Fornecer dados falsos no pedido de isenção da taxa de inscrição. Declarar falsamente possuir deficiência. Cometer fraude ou agir de má-fé na comprovação de deficiência. Usar meios fraudulentos ou ilegais para obter aprovação própria ou de terceiros. Participar de processos ilícitos, como fraudes eletrônicas, estatísticas, visuais, grafotécnicas ou investigação policial. Descumprir instruções sobre conduta e segurança, configurando tentativa de fraude. Falsidade em documentos de títulos: Anula inscrição, provas, nomeação e posse. Constatação de falsidade em documentos apresentados para obtenção de condições especiais nas provas pode resultar na anulação da inscrição, provas e nomeação. Declarações falsas em relação à deficiência levará à exclusão do processo em qualquer fase do concurso. Condições Especiais (para PcD, Pessoas Negras, Indígenas, Quilombolas): Não ter a condição de pessoa com deficiência confirmada no procedimento de caracterização e não obter a nota mínima para a classificação na ampla concorrência. Ter a condição de pessoa com deficiência reconhecida, mas ser considerado(a) inapto(a) para o exercício das atribuições do cargo em razão de incompatibilidade com a deficiência. Não cumprir as regras, ter a deficiência não enquadrada ou não comparecer ao procedimento de caracterização. Autodeclaração para cotas raciais/étnicas não confirmada: Falta de confirmação, recusa em filmagem, coleta de dados biométricos ou exame grafológico implica perda do direito às vagas reservadas. Porte de arma sem autorização: Candidatos que portarem arma sem solicitar atendimento especializado serão eliminados. Durante a realização das provas, a eliminação do(a) candidato(a) pode ocorrer em casos como: Ausência em qualquer prova (objetiva ou discursiva): Deixar de comparecer a qualquer uma das provas, por qualquer motivo, resulta em eliminação. Aproveitamento insuficiente: Menos de 36 acertos (Nível Superior) ou 28 acertos (Nível Intermediário) na prova objetiva. Nota Zero na Prova Discursiva: Receber nota zero na prova discursiva, inclusive no critério de Conhecimentos Específicos para Nível Superior. Identificação na Folha de Textos Definitivos: Assinar, rubricar ou inserir qualquer marca de identificação na folha de textos definitivos da Prova Discursiva acarreta eliminação automática. Não Devolução da Folha de Textos Definitivos: Não devolver a folha de textos definitivos da Prova Discursiva também resulta em eliminação. Falta de Documento de Identificação Original: Não apresentar documento de identificação original e com foto conforme exigido impede a realização das provas e acarreta eliminação. Saída Antecipada ou Sem Autorização da Sala de Provas: Não permanecer o tempo mínimo exigido na sala de prova (2 horas para objetiva, 1 hora para discursiva) ou sair sem autorização/acompanhamento resulta em não correção da prova e eliminação. Porte de Aparelhos Eletrônicos ou Itens Proibidos: Ser surpreendido portando eletrônicos, calculadoras, livros, anotações, óculos escuros, chapelaria, lápis, lapiseira, corretivo, borracha e outros materiais não permitidos durante a prova leva à eliminação. Condutas irregulares durante as provas também levam a eliminação. Entre as ações estão: Dar ou receber auxílio. Comunicação com outras pessoas candidatas. Iniciar provas antes do horário. Faltar com respeito à equipe ou outras pessoas candidatas. Não entregar o material de provas assinado. Afastar-se da sala sem acompanhamento. Ausentar-se da sala portando cartão de respostas, folha de textos definitivos ou caderno de prova antes do tempo permitido. Descumprir instruções. Perturbar a ordem. Registrar ou divulgar imagens/vídeos/sons da prova. Usar meios fraudulentos. Não permitir coleta de assinatura e/ou impressão digital. Portar arma fora do envelope de segurança. Não se submeter ao detector de metal. Ingerir bebidas alcoólicas/drogas ilícitas/tabaco no local. Não se dirigir à sala após fechamento dos portões. Receber objetos de terceiros ou ter contato com ambiente externo após fechamento dos portões. Uso de Processo Ilícito: A constatação de uso de processo ilícito (eletrônico, estatístico, visual, grafológico ou investigação policial) a qualquer tempo anula as provas. Descumprimento de Instruções Gerais: O não cumprimento de instruções gerais, como portar alimentos em embalagens não transparentes ou usar celular em ambientes comuns da instituição, pode levar à eliminação. Após a Classificação, os candidatos também podem ser eliminados por: Não confirmação de interesse no cargo/especialidade: O candidato que não confirmar interesse no cargo ou especialidade para o qual foi classificado será eliminado dessa vaga específica. Nomeação em cargo de maior prioridade: Ser convocado e nomeado para um cargo elimina automaticamente o candidato da lista de classificação de cargos de menor prioridade indicados na inscrição. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). 📆 Confira o cronograma oficial Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7) Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025 Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso
02/10/2025 03:01:40 +00:00
Mega-Sena pode pagar R$ 7,5 milhões nesta quinta-feira

Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.922 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 7,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (2), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça (30), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
02/10/2025 03:01:04 +00:00
Isenção do IR: cobrança mínima para a alta renda começa em R$ 0,10 com nova regra; entenda

Isenção do IR: Bruno Carazza comenta medida A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais será compensada pela criação de uma cobrança mínima para os contribuintes considerados de alta renda. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo o projeto de lei 1087/25, pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estarão sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite. Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. (veja abaixo) 🔎 A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Alta renda terá IR progressivo de até 10%. Arte/g1 O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (1º) e agora será encaminhado ao Senado, onde ainda pode passar por alterações. Entenda como será a tributação para rendas entre R$ 600 mil e R$ 615 mil: É importante destacar que a cobrança mínima de imposto começa logo acima de R$ 600 mil — especificamente a partir de R$ 600.000,01 ao ano. Nesse valor, a alíquota é praticamente nula (0,000000%), e o imposto devido também é de R$ 0,00, embora tecnicamente já haja incidência. Conforme a renda anual aumenta, o valor do imposto também fica mais perceptível. Por exemplo: Quem ganha R$ 600.001,00 paga cerca de R$ 0,10, com alíquota de 0,000017%; Uma renda um pouco maior, de R$ 600.010,00 ao ano, passa a ter alíquota de 0,000167%, gerando imposto de R$ 1,00; Quem recebe R$ 601 mil por ano terá alíquota de 0,0167%, equivalente a R$ 100,17 de imposto; Com R$ 602 mil anuais, a alíquota sobe para 0,0333%, resultando em R$ 200,67 de imposto mínimo; Para uma renda de R$ 605 mil, a alíquota mínima é de 0,0833%, correspondendo a R$ 504,17 de imposto; Quem recebe R$ 610 mil por ano terá alíquota de 0,1667%, com imposto mínimo de R$ 1.016,67; Com R$ 615 mil anuais, a alíquota chega a 0,25%, e o imposto mínimo será de R$ 1.537,50. O que muda para a alta renda? A proposta busca corrigir uma distorção comum entre os contribuintes de maior renda: muitos declaram um pró-labore baixo, sujeito a poucos impostos, enquanto a maior parte dos ganhos vem da distribuição de lucros, que atualmente isenta. De acordo com Wesley Santiago, especialista em tributos e diretor da Macro Contabilidade e Consultoria, a medida passa a considerar toda a renda do contribuinte no cálculo do Imposto de Renda, já que esses perfis normalmente informam valores tributáveis menores. “A lógica é que, no ajuste da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF), seja calculado o total da renda de cada contribuinte, considerando o imposto já recolhido na fonte ou sob tributação exclusiva”, diz Santiago. 🔎 Dados de 2022 do Ministério da Fazenda mostram que a alíquota média efetiva do Imposto de Renda de quem ganha mais de R$ 600 mil por ano é de somente 2,54%. Esse grupo representa aproximadamente 0,13% dos contribuintes. Na prática, será avaliado quanto o contribuinte já pagou em todas as fontes de renda. Se esse cálculo mostrar que a contribuição alcançou ou superou 10% do total, não haverá cobrança extra nem direito à restituição; Por outro lado, se a alíquota efetiva ficar abaixo de 10%, será cobrado um valor complementar. Entenda os detalhes da proposta O projeto prevê ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda de R$ 3.036 (dois salários-mínimos) para R$ 5 mil mensais a partir de 2026. A proposta inclui ainda isenção parcial para rendimentos acima de R$ 5 mil e até R$ 7,35 mil, beneficiando parte dos trabalhadores com maior renda formal. Para compensar a perda de arrecadação com essa medida, a Receita Federal passará a tributar contribuintes de alta renda — chamados pelo governo de “super-ricos”, ou seja, aqueles com rendimento mensal acima de R$ 50 mil, equivalente a R$ 600 mil por ano. No cálculo do imposto adicional a ser cobrado desses contribuintes, será considerada toda a renda recebida no ano, incluindo salário, aluguéis, dividendos e outros rendimentos. Assim, não haverá um imposto específico para dividendos – mas eles passarão a ser incluídos na tributação da renda total da pessoa física. No entanto, alguns rendimentos são excluídos na hora de calcular o imposto devido, como: ganhos com poupança; títulos isentos (LCI, LCA, LCD, CRI, CRAs, FIIs, Fiagros e debêntures incentivadas); herança; aposentadoria; pensão de moléstia grave, venda de bens; outros rendimentos mobiliários isentos; indenizações. Imposto de Renda Joédson Alves/Agência Brasil
02/10/2025 01:48:51 +00:00
Imposto de Renda: calculadora mostra quanto você deixará de pagar com nova isenção

Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Além da isenção de IR para pessoas com renda mensal até R$ 5 mil (R$ 60 mil ao ano), o projeto prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais. (veja mais abaixo) O g1 elaborou, com o apoio da Confirp Contabilidade, uma calculadora que mostra quanto você vai deixar de pagar de IR a partir de janeiro de 2026, caso o projeto seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula. Faça a simulação abaixo: 🔎 A calculadora indica a redução do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 7.350 mensais, mas não considera a sobretaxa aplicada a quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. Na prática, esses são os valores que deixarão de ser descontados do salário todos os meses a partir de janeiro de 2026, caso o PL 1.087/25 seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula. O ganho para quem tem salário de R$ 5 mil será de R$ 312,89 por mês. Em um ano, considerando também o décimo terceiro salário, a economia pode chegar a R$ 4.067. Na prática, isso representa um aumento anual equivalente a 81,35% do salário de um mês. (veja exemplos mais abaixo) O projeto aprovado pela Câmara ainda prevê uma mudança na sistemática de cobrança do IR para quem ganha até R$ 7.350, com desconto progressivamente menor para rendas a partir de R$ 5.001. Com isso, esse público também será beneficiado, mesmo que em menor escala. Quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário. Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não foi alterada. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor. "Se a pessoa ganhar acima de R$ 7.350, ela não vai ter redução alguma: seguirá a tributação normal da tabela progressiva", pontua Welinton Mota, da Confirp. Veja simulações na tabela abaixo: Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1 O que mudou? 🔎 Hoje, estão isentos do Imposto de Renda os contribuintes com renda tributável de até R$ 3.036 por mês — equivalente a dois salários mínimos. Com a proposta, essa faixa de isenção será ampliada para rendimentos de até R$ 5 mil mensais. A ampliação da faixa de isenção do IR foi uma promessa de campanha do presidente Lula. Se sancionada sem novas mudanças, deve incluir cerca de 10 milhões de contribuintes na lista de isenção a partir de 2026, ano de eleições. O projeto entrou em pauta esta semana após o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que a Câmara precisava tirar da frente "pautas tóxicas". A medida faz parte de um esforço para aliviar a imagem dos deputados após, no fim de setembro, a Casa aprovar PEC da Blindagem, texto polêmico que virou alvo da opinião pública e que foi, posteriormente, derrubado no Senado. Qual o total de isentos no país? Caso o projeto seja posteriormente sancionado, o Brasil terá mais de 26,6 milhões de contribuintes isentos do Imposto de Renda (aproximadamente 65% dos declarantes). Esse número inclui: mais de 15,2 milhões de declarantes isentos atualmente; quase 2 milhões de pessoas isentas pela Lei n.º 15.191/25, que eleva a atual faixa de isenção para quem ganha até dois salários-mínimos por mês; e quase 10 milhões de contribuintes que passarão a ser isentos com o PL 1.087/25. Quanto vai custar aos cofres públicos? Em 2026, a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil terá um impacto estimado de R$ 25,8 bilhões. Para compensar a queda na arrecadação, a Câmara manteve a proposta do governo de aplicar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. Com a progressão do imposto, a alíquota máxima para pessoas de alta renda será aplicada a quem tiver ganhos anuais a partir de R$ 1,2 milhão. Segundo o projeto, a cobrança não irá atingir contribuintes que já pagam a alíquota de 27,5% do IR — ou seja, que já têm esse desconto em folha. "Atualmente, os lucros e dividendos são isentos do IR. O projeto prevê que, a partir de 2026, eles sejam tributados em 10%, desde que a distribuição mensal para um mesmo sócio da empresa seja acima de R$ 50 mil", explica Welinton Mota, da Confirp Contabilidade. Isenção do IR vai beneficiar 15 milhões, enquanto 150 mil de alta renda pagam a diferença Entenda o projeto: Em março, o governo federal propôs ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a partir de 2026, de R$ 3.036 (dois salários mínimos) para R$ 5 mil. Além de ampliar a faixa de isenção, a equipe econômica também propôs uma isenção parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super-ricos — ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil (equivalente a R$ 600 mil por ano). O projeto do governo, relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), impede que a cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa supere 34% para empresas e 45% para financeiras. Em paralelo, há outro projeto de isenção do IR em tramitação no Senado, apresentado por Renan Calheiros (PP-AL). O texto, originalmente apresentado em 2019, foi resgatado sob o argumento de que o texto da Câmara estava parado. Uma disputa política entre Lira e Renan é o pano de fundo da articulação dos projetos. Os dois devem concorrer ao Senado em 2026. Imposto de Renda 2023: prazo para declaração vai de 15 de março a 31 de maio. Marcos Serra/ g1
02/10/2025 01:48:33 +00:00
Imposto de Renda: nova isenção gera ganho mensal de até R$ 313; veja simulação por faixa salarial

Câmara aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil Os trabalhadores que recebem R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil ao ano) terão ganhos de R$ 312,89 na renda mensal a partir de 2026 com a isenção do Imposto de Renda aprovada nesta quarta-feira (1º) pela Câmara dos Deputados. O texto ainda precisa passar pelo Senado. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja a seguir os acréscimos mensais por faixa salarial. Os cálculos foram elaborados por Welinton Mota, diretor da Confirp Contabilidade, com base no projeto aprovado. Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1 Na prática, esses são os valores que deixarão de ser descontados todos os meses, por faixa salarial, a partir de janeiro de 2026, caso o PL 1.087/25 seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em um ano, considerando também o décimo terceiro salário, a economia pode chegar a R$ 4.067 para quem recebe R$ 5 mil mensais, segundo cálculos de Welinton Mota. Na prática, isso representa um aumento anual equivalente a 81,35% do salário de um mês. O projeto aprovado pela Câmara ainda prevê um desconto progressivamente menor para rendas entre R$ 5.001 e R$ 7.350 (veja na tabela acima). Com isso, esse público também será beneficiado, mesmo que em menor escala. Quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 19,98 mensais e de R$ 259,69 no ano, considerando o décimo terceiro salário. Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não foi alterada. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor. "Se a pessoa ganhar acima de R$ 7.350, ela não vai ter redução alguma: seguirá a tributação normal da tabela progressiva", pontua Welinton Mota, da Confirp. O que mudou? 🔎 Hoje, estão isentos do Imposto de Renda os contribuintes com renda tributável de até R$ 3.036 por mês — equivalente a dois salários mínimos. Com a proposta, essa faixa de isenção será ampliada para rendimentos de até R$ 5 mil mensais. A ampliação da faixa de isenção do IR foi uma promessa de campanha do presidente Lula. Se sancionada sem novas mudanças, deve incluir cerca de 10 milhões de contribuintes na lista de isenção a partir de 2026, ano de eleições. Qual o total de isentos no país? Caso o projeto seja posteriormente sancionado, o Brasil terá mais de 26,6 milhões de contribuintes isentos do Imposto de Renda (aproximadamente 65% dos declarantes). Esse número inclui: mais de 15,2 milhões de declarantes isentos atualmente; quase 2 milhões de pessoas isentas pela Lei n.º 15.191/25, que eleva a atual faixa de isenção para quem ganha até dois salários-mínimos por mês; e quase 10 milhões de contribuintes que passarão a ser isentos com o PL 1.087/25. Quanto vai custar aos cofres públicos? Em 2026, a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil terá um impacto estimado de R$ 25,8 bilhões. Para compensar a queda na arrecadação, a Câmara manteve a proposta do governo de aplicar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. Com a progressão do imposto, a alíquota máxima para pessoas de alta renda será aplicada a quem tiver ganhos anuais a partir de R$ 1,2 milhão. Segundo o projeto, a cobrança não irá atingir contribuintes que já pagam a alíquota de 27,5% do IR — ou seja, que já têm esse desconto em folha. "Atualmente, os lucros e dividendos são isentos do IR. O projeto prevê que, a partir de 2026, eles sejam tributados em 10%, desde que a distribuição mensal para um mesmo sócio da empresa seja acima de R$ 50 mil", explica Welinton Mota, da Confirp Contabilidade. Entenda o projeto: Em março, o governo federal propôs ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda, a partir de 2026, de R$ 3.036 (dois salários mínimos) para R$ 5 mil. Além de ampliar a faixa de isenção, a equipe econômica também propôs uma isenção parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês. Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do IR para rendimentos até R$ 5 mil mensais, o governo pretende taxar os super-ricos — ou seja, aqueles com renda mensal superior a R$ 50 mil (equivalente a R$ 600 mil por ano). O projeto do governo, relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), impede que a cobrança sobre dividendos de pessoa física e empresa supere 34% para empresas e 45% para financeiras. Em paralelo, há outro projeto de isenção do IR em tramitação no Senado, apresentado por Renan Calheiros (PP-AL). O texto, originalmente apresentado em 2019, foi resgatado sob o argumento de que o texto da Câmara estava parado. Uma disputa política entre Lira e Renan é o pano de fundo da articulação dos projetos. Os dois devem concorrer ao Senado em 2026. Imposto de Renda LUIS LIMA JR/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
02/10/2025 01:48:14 +00:00
Câmara aprova com votação unânime projeto que amplia faixa de isenção do IR para R$ 5 mil

Câmara aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A votação foi unânime: 493 votos a favor. 🖊️ O texto ainda terá que passar pelo Senado Federal e depois ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. O projeto entrou em pauta esta semana após o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que a Câmara precisava tirar da frente "pautas tóxicas". A medida faz parte de um esforço para aliviar a imagem dos deputados após, no fim de setembro, a Casa aprovar PEC da Blindagem, texto polêmico que virou alvo da opinião pública e que foi, posteriormente, derrubado no Senado. Relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), o projeto foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional em março e é uma promessa da campanha de Lula de 2022. O texto prevê isenção de Imposto de Renda para pessoas com renda mensal até R$ 5 mil – ou R$ 60 mil ao ano – e desconto para quem ganha até R$ 7.350 mensais. ➡️Atualmente, a tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva. Ou seja, conforme o valor da renda aumenta, o contribuinte passa a pagar um imposto maior sobre aquela parcela de rendimentos. Pela tabela atual, quem ganha até R$ 3.036 está isento. A partir daí, a tributação começa a incidir em "faixas", que chegam a 27,5% de imposto. Veja mais abaixo, na calculadora do g1, o que muda para cada salário. Custo aos cofres públicos Em 2026, a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil vai custar R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos. Para compensar a perda de arrecadação, Lira manteve a proposta do governo de tributar com uma alíquota progressiva de até 10% rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. 🔎 No direito tributário, alíquota é o percentual ou valor fixo que será aplicado sobre a base de cálculo para apurar o valor de um tributo. A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Lira também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios. 🔎 De acordo com parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária. O que diz o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda 'Justiça social' Após a aprovação da proposta, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que ampliar a isenção gera justiça social. "A ampliação do imposto de renda é um avanço da justiça social do país, garantindo mais dinheiro no bolso do trabalhador que ganha até R$ 5 mil. Esta não é apenas uma mudança técnica, é um alívio direto no bolso de milhões de trabalhadores. É dinheiro que volta para a economia, para o consumo, que garante comida na mesa da sua mesa", afirmou. Motta disse ainda que a votação unânime mostra que a Câmara se une quando o tema é de interesse do país. "Esta vitória é a prova de que, com liderança firme, responsabilidade e capacidade de articulação, o Congresso Nacional é capaz de promover mudanças que impactam positivamente a vida de todos". Leia também: CALCULADORA: quanto você deixará de pagar se proposta passar no Senado Isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil: como votaram os partidos e deputados A seguir, veja outros detalhes do projeto: Isenções Compensação para estados e municípios Cartórios Lucros e dividendos Andamento no Senado Qual é a estimativa de pessoas que vão ficar isentas? Quanto paga quem ganha hoje R$ 5 mil e quanto pagará? Qual a alíquota média por faixa das pessoas de alta renda? Isenções O texto aprovado isentou da alíquota mínima do IRPF pagamentos, créditos, entregas ou remessas de lucros, ou dividendos, de: governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo governo brasileiro; fundos soberanos; entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, tais como aposentadorias e pensões, conforme definidas em regulamento. Estados e municípios Como o governo está reduzindo o Imposto de Renda de algumas pessoas, a arrecadação cai. Para que estados e municípios não saiam no prejuízo, eles vão ser compensados automaticamente com mais recursos dos Fundos de Participação dos Estados. O relatório calcula aumento na arrecadação desses fundos. Se não for possível fazer a compensação com o fundo (o aumento do fundo não for suficiente), a União vai colocar mais dinheiro a cada três meses, usando a arrecadação extra que surgir com a nova lei. Ou seja: Primeiro, garante-se que ninguém perde arrecadação (estados e municípios). Depois, o que sobrar serve para baratear a CBS, beneficiando toda a economia. Cartórios De acordo com a proposta, os profissionais que atuam em cartórios, como notários e registradores, ganharam um alívio tributário com a nova legislação fiscal. A norma regula que os repasses obrigatórios previstos em lei, não serão mais incluídos no cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) na modalidade de tributação mínima. Na prática, isso significa que os valores que esses profissionais apenas arrecadam e repassam, como taxas destinadas ao poder público ou a fundos específicos, não serão considerados como rendimento próprio e, portanto, não serão tributados. Lucros e dividendos Outra mudança diz respeito à tributação dos lucros e dividendos pagos por empresas a pessoas físicas. A nova regra estabelece um mecanismo de compensação para evitar que a soma dos tributos pagos pela empresa e pela pessoa física ultrapasse os limites previstos pela legislação. Se for constatado que a carga tributária efetiva total, considerando o imposto pago pela empresa (IRPJ e CSLL) e o imposto mínimo pago pela pessoa física sobre os lucros recebidos foram maiores do que a carga nominal prevista em lei, a Receita Federal concederá e um redutor no valor do imposto devido pela pessoa física. Andamento no Senado ➡️ Em paralelo, há outro projeto de isenção do IR em tramitação no Senado, apresentado por Renan Calheiros (PP-AL). O texto, originalmente apresentado em 2019, foi resgatado sob o argumento de que o texto da Câmara estava parado. A proposta foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em caráter terminativo (ou seja, não precisa passar pelo plenário principal da Casa) e tem teor semelhante ao texto da Câmara. O projeto de Renan ainda precisa ser avaliado pelos deputados. 🔎 Uma disputa política entre Lira e Renan é o pano de fundo da articulação dos projetos. Os dois devem concorrer ao Senado em 2026. Qual a estimativa de pessoas que ficarão isentas?  Caso o PL do IR seja aprovado na forma enviada pelo executivo, serão mais de 26,6 milhões de contribuintes isentos do Imposto de Renda, aproximadamente 65% dos declarantes. Este número engloba: mais de 15,2 milhões de declarantes isentos atualmente; quase dois milhões de pessoas isentas em razão da lei que eleva a atual faixa de isenção para quem ganha até dois salários-mínimos por mês; e quase 9,4 milhões de declarantes que passarão a ser isentos com o projeto que Câmara vai analisar. Quanto paga quem ganha hoje R$ 5 mil e quanto pagará? O contribuinte com renda de R$ 5 mil paga atualmente R$ 335,15 por mês. Ou seja, R$ 4.467,55 por ano, considerando o 13º e férias. Com a aprovação do projeto, esse dinheiro seria diretamente revertido aos trabalhadores. 👉🏽 Outras simulações também foram elaboradas pela Receita Federal. Como exemplo: uma professora cujo salário mensal seja de R$ 4.867,77 paga R$ 305,40/mês de IR e passará a pagar zero, gerando uma economia de R$ 3.970,18; um profissional autônomo que recebe R$ 5.450/mês paga hoje R$ 447,43/mês de IR e passará a pagar somente R$ 180,56/mês, gerando uma economia de mais de R$ 3.202,50/ano. A Receita Federal e o relator calculam que mais de 5,5 milhões de pessoas terão redução no Imposto de Renda por receberem entre R$ 5 mil e R$ 7.350 por mês. Qual a alíquota média por faixa das pessoas de alta renda?  Considerando dados de 2022, a alíquota média efetiva atual de quem ganha mais de R$ 600 mil por ano é de somente 2,54%. O projeto propõe uma alíquota média efetiva de aproximadamente 9% por meio da cobrança de um Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas Mínimo (IRPFM), que afetará 141,4 mil pessoas.  Veja na calculadora abaixo o que muda a depender do salário de cada pessoa 🔎A calculadora indica a redução do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 7.350 mensais, mas não considera a sobretaxa aplicada a quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1
02/10/2025 01:47:58 +00:00
'Shutdown' no governo Trump piora cenário já difícil para agricultores dos EUA

Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação O 'Shutdown' (paralisação parcial) do governo federal dos Estados Unidos, iniciado nesta quarta-feira (1º), vai interromper alguns pagamentos aos agricultores e atrasar o acesso a empréstimos agrícolas federais. A situação deve prejudicar ainda mais os produtores dos EUA que já enfrentam preços baixos de safra, dívidas recordes e uma guerra comercial no auge da colheita de outono. A paralisação começou à meia-noite, depois que parlamentares republicanos e democratas não chegaram a um acordo sobre um plano para financiar as operações do governo. Ela durará até que um dos partidos obtenha votos suficientes para seu plano de financiamento. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça 'Calamidade': fazendeiros dos EUA enfrentam crise após tarifaço e pedem ajuda ao governo Nesse cenário, debates sobre os possíveis impactos da paralisação para os agricultores dos EUA ganharam força. Isso porque mesmo pequenas interrupções nos pagamentos poderiam aprofundar a turbulência econômica dos agricultores. "Custa dinheiro operar essas colheitadeiras", disse Chad Hart, economista agrícola da Universidade Estadual de Iowa (EUA). Durante paralisações do governo, um número significativo de funcionários federais é dispensado temporariamente e muitas operações são momentaneamente interrompidas. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) deixou cerca de metade de sua equipe de 85.907 pessoas em licença, segundo planos de paralisação da agência publicados em seu site. Apesar disso, algumas operações consideradas essenciais, como a administração de programas de nutrição e inspeções de alimentos, devem continuar, segundo o USDA. Mas grande parte de seu trabalho será interrompido, como o processamento de empréstimos agrícolas e a realização de pagamentos aos agricultores. Isso inclui bilhões de dólares para fundos de ajuda para desastres contidos na lei de corte de impostos e gastos de Trump. O governo dos EUA e o USDA culpam os democratas pela paralisação. Os democratas dizem que a culpa é dos republicanos porque eles controlam as duas Casas do Congresso e a Casa Branca. 'Beira do precipício': China aumenta compras de soja do Brasil e produtores dos EUA pedem ajuda a Trump Tarifaço vai gerar inflação e aumentar preço do café nos EUA, dizem exportadores brasileiros em audiência no país Guerra comercial EUA x China Agricultores colhem soja REUTERS/Enrique Marcarian Os agricultores têm grandes preocupações econômicas neste outono (no hemisfério norte). A guerra comercial de Trump com a China fez com que o principal comprador de soja do mundo evitasse os embarques dos EUA em favor do concorrente Brasil. Espera-se que as safras recordes de milho reduzam os preços, e os custos dos insumos agrícolas, como sementes e fertilizantes, estão subindo. O momento dessa paralisação é particularmente difícil porque os agricultores geralmente dependem dos empréstimos federais para pagar por maquinário, fertilizantes e outras despesas durante a época da colheita, disse o economista Hart. Os agricultores que estão planejando a temporada de cultivo do próximo ano também podem enfrentar obstáculos, disse Zach Ducheneaux, administrador da Agência de Serviços Agrícolas (FSA) do USDA durante o governo Biden. “Se você estiver tentando comprar terras com um empréstimo da FSA, essa oportunidade pode desaparecer”, disse Ducheneaux. Entenda o impacto do tarifaço de Donald Trump para o agro do Brasil
01/10/2025 23:54:28 +00:00
Sob risco de derrota para o governo, votação da MP alternativa ao IOF é adiada mais uma vez
Por resistência do Centrão, a votação da medida provisória (MP) que trouxe compensações para substituir a alta do IOF foi adiada mais uma vez. A MP é apontada pela equipe econômica como um dos itens “fundamentais” para fechar as contas do governo neste ano e garantir o cumprimento da meta fiscal. A análise da matéria, que ocorreria amanhã, ficou para a próxima terça-feira (7) — véspera da data limite para o texto ser apreciado. A partir do dia 8, a MP “caduca”, ou seja, perde a validade. O texto precisa ser apreciado inicialmente em comissão especial, para só depois poder seguir para os plenários da Câmara e do Senado. Com o novo cronograma, toda a tramitação terá que ocorrer em um dia. Entenda o que o governo quer com as novas regras para o IOF De acordo com integrantes do Ministério da Fazenda, o pedido de adiamento partiu do próprio governo, com o intuito de ter mais tempo para negociar com os parlamentares a aprovação do texto, ainda que parcialmente. Embora a equipe econômica minimize o adiamento e tente demonstrar otimismo, integrantes da Receita Federal lamentam a insegurança jurídica gerada pelo risco de a MP não ser votada, considerando que a maior parte do teor da matéria já está em vigor desde a edição. Em aceno à bancada ruralista, os governistas têm sinalizado que devem abrir mão da tributação imposta pelo governo sobre as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). O acordo também garantiria a retomada da isenção das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Na bancada ruralista, o presidente da frente parlamentar, Pedro Lupion (PP-PR), afirma que sem a tributação das LCAs haveria acordo por parte do grupo para a deliberação do texto. O impasse, porém, está na resistência do centrão ao aumento da tributação sobre bets e fintechs. A MP 1303 propõe o aumento de 12% para 18% a alíquota sobre a receita bruta das empresas de apostas esportivas, as bets. No caso das instituições financeiras, as fintechs, existe a previsão de que a Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) passa a ter duas alíquotas, de 15% e 20%. O intuito é equiparar a cobrança do tributo ao que já é feito no caso das instituições financeiras tradicionais.
01/10/2025 23:33:39 +00:00
BYD registra primeira queda de vendas trimestrais desde 2020

Navio da BYD no porto de Itajaí, Santa Catarina REUTERS/Anderson Cohelo/File Photo As vendas da BYD no terceiro trimestre registraram queda de 2,1% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo cálculos da Reuters com base em um documento divulgado pela empresa nesta quarta-feira (1º). Este é o primeiro recuo trimestral da fabricante chinesa de carros híbridos e elétricos em mais de cinco anos. A líder do mercado chinês vendeu 1,106 milhão de veículos entre julho e setembro, segundo dados da própria companhia. Essa foi a primeira retração desde os impactos na economia, gerados pelo surto de Covid-19. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp BYD Seal híbrido: o carro que faz até 29 km/l Em setembro deste ano, a BYD vendeu 5,88% menos veículos em relação ao mesmo mês do ano anterior — a primeira queda mensal desde fevereiro de 2024. A produção também foi reduzida em 8,47%, prolongando a tendência de desaceleração nas grandes fábricas da empresa. A desaceleração reforça os indícios de que o período de crescimento acelerado da BYD, impulsionado por incentivos governamentais à adoção de veículos elétricos, pode estar se aproximando do fim. A companhia enfrenta dificuldades cada vez maiores para se manter competitiva diante de uma guerra de preços que se intensifica no maior mercado automotivo do planeta. A BYD revisou sua meta de vendas para 2025, com uma redução de até 16%, totalizando 4,6 milhões de veículos, segundo informações anteriores da Reuters. O gerente-geral de marca e relações públicas da empresa, Li Yunfei, confirmou o novo objetivo ao jornal South China Morning Post, em reportagem publicada na última segunda-feira (29).
01/10/2025 21:54:03 +00:00
Lira inclui compensação a estados e municípios por perdas na ampliação da faixa de isenção do IR

Câmara vota projeto que amplia faixa de isenção do IR para R$ 5 mil O relator do projeto que altera regras do Imposto de Renda, deputado Arthur Lira (PP-AL), rejeitou nesta quarta-feira (1º) a grande parte das 102 emendas apresentadas em plenário ao projeto do Imposto de Renda, que prevê isenção para rendimentos de até R$ 5 mil mensais e cria uma tributação mínima sobre altas rendas a partir de 2026. Entre as sugestões descartadas estavam aquelas que buscavam compensar estados e municípios pelas eventuais perdas de arrecadação com a mudança no IR. Correção: na primeira versão desta reportagem, o g1 errou ao informar que Lira tinha rejeitado a compensação para estados e municípios. Na verdade, ele não acatou as emendas dos colegas sobre esse tema, mas criou uma regra nova para a compensação. A informação foi corrigida às 20h50. Nos artigos incluídos por Lira, ele prevê a compensação com receitas criadas pelo projeto de lei, como maior taxação de pessoas que ganham acima de R$ 50 mil (veja mais abaixo). Segundo o parecer, as emendas dos colegas tratavam de forma incompleta os diferentes tipos de impacto – algumas focavam na retenção na fonte dos salários de servidores, mas ignoravam os repasses dos Fundos de Participação; outras faziam o contrário. "Muitas emendas que têm carinho, representam setores, que tratam de problemas de setores da sociedade, que teriam até possibilidades, elas não prosperaram por não haver projeção de despesas, são impossíveis de serem mensuradas, não por questão de mérito", afirmou Lira antes da votação no plenário. Os estados e municipios poderiam perder receita com a mudança no IR porque alguns repasses da União para os entes federativos são compostos por arrecadação com o Imposto de Renda. Lira também rejeitou propostas que criavam novas contribuições, como a chamada Cide-Bets, que tributaria apostas esportivas para financiar saúde e educação. O relator argumentou que a medida poderia engessar orçamentos locais, não previa compensação a estados e municípios e geraria risco de contencioso judicial, já que um imposto seletivo sobre o setor passará a vigorar em 2027. De um total de 99 emendas, apenas três foram acatadas, com ajustes incluídos em uma subemenda substitutiva. O novo texto mantém os pilares da proposta original: Isenção para rendimentos até R$ 5 mil mensais; Redução gradual do imposto até R$ 7.350/mês; Tributação mínima de 10% sobre lucros e dividendos acima de R$ 50 mil/mês; Tributação anual progressiva para rendas acima de R$ 600 mil/ano. Se aprovadas, as mudanças começam a valer em 1º de janeiro de 2026. O relator do projeto do IR, Arthur Lira Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados via BBC Estados e municípios Como o governo está reduzindo o Imposto de Renda de algumas pessoas, a arrecadação cai. Para que estados e municípios não saiam no prejuízo, eles vão ser compensados automaticamente com mais recursos dos Fundos de Participação dos Estados. O relatório calcula aumento na arrecadação desses fundos. Se não for possível fazer a compensação com o fundo (o aumento do fundo não for suficiente), a União vai colocar mais dinheiro a cada três meses, usando a arrecadação extra que surgir com a nova lei. Cartórios De acordo com a proposta, os profissionais que atuam em cartórios, como notários e registradores, ganharam um alívio tributário com a nova legislação fiscal. A norma regula que os repasses obrigatórios previstos em lei, não serão mais incluídos no cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) na modalidade de tributação mínima. Na prática, isso significa que os valores que esses profissionais apenas arrecadam e repassam, como taxas destinadas ao poder público ou a fundos específicos, não serão considerados como rendimento próprio e, portanto, não serão tributados. Lucros e dividendos Outra mudança diz respeito à tributação dos lucros e dividendos pagos por empresas a pessoas físicas. A nova regra estabelece um mecanismo de compensação para evitar que a soma dos tributos pagos pela empresa e pela pessoa física ultrapasse os limites previstos pela legislação. Se for constatado que a carga tributária efetiva total, considerando o imposto pago pela empresa (IRPJ e CSLL) e o imposto mínimo pago pela pessoa física sobre os lucros recebidos foram maiores do que as carga nominal prevista em lei, a Receita Federal concederá e um redutor no valor do imposto devido pela pessoa física.
01/10/2025 21:45:48 +00:00
Angra 3: ministro diz querer até o fim do ano definição sobre futuro da usina nuclear; obras estão paradas desde 2015

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (1º) que quer decidir sobre o futuro da Usina Nuclear de Angra 3, localizada no Rio de Janeiro, até o final deste ano. As obras do empreendimento estão paralisadas desde 2015. Para isso, o ministro pediu informalmente que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entregue estudos complementares para ajudar na tomada de decisão final. “Eu pedi ao BNDES – de forma informal, mas destaquei a necessidade de urgência – que sejam entregues estudos complementares para tomarmos uma decisão segura sobre Angra 3”, disse Silveira, que falou a jornalistas após reunião do Conselho Nacional de política Energética (CNPE). Ele informou que a próxima reunião do colegiado deve ocorrer ainda neste mês ou, "no mais tardar", começo de novembro. O ministro explicou que a necessidade de novos estudos se deve ao lapso temporal em relação ao último levantamento realizado. Atualização sobre obras Justiça suspende embargo das obras da usina nuclear Angra 3 Nesta manhã, o CNPE aprovou uma resolução que determina que a Eletronuclear e o BNDES deverão atualizar estudos sobre a modelagem econômico-financeira para a conclusão de Angra 3, no Rio de Janeiro. A determinação estabelece que os estudos deverão considerar, no mínimo, três cenários: A manutenção dos termos do acordo com investimento firmado entre a Eletrobras e a ENBPar, com a participação de sócio privado; A conclusão do empreendimento com recursos exclusivamente públicos (ENBPar e União); Além do detalhamento do custo de abandono do projeto, com avaliação dos impactos para todas as partes envolvidas. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vem defendendo a retomada das obras da Usina. Para ele, o empreendimento robustecerá o sistema integrado nacional com energia limpa, firme e de base, o que tende a fortalecer a segurança energética do país. Fontes do setor nuclear ouvidas pelo g1 estão descrentes que haverá veredito sobre a usina até o final do ano. Angra 3 Eletronuclear
01/10/2025 20:50:06 +00:00
Lula diz estar convencido de que Câmara e Senado vão aprovar ampliação da isenção do IR
Câmara deve votar isenção do IR até R$ 5 mil nesta quarta (01) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (1º) que está “convencido” de que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal vão aprovar o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. “Eu acho que é importante a gente ver que esse desconto no imposto de renda, porque nesse país aqui, quem acompanha sabe que nem reajuste da tabela do imposto de renda saiu nesse país. Então eu acho que é um primeiro passo extraordinário, é uma conquista. É o primeiro sinal de justiça tributária que se faz nesse país. Eu estou convencido que a Câmara vai aprovar, que o Senado vai aprovar e eu que vocês encontraram um outro jeito ou mais um jeito de fazer novas lutas aqui nesse país”, disse Lula. Lula deu a declaração durante um encontro, no Palácio do Planalto, com representantes de movimentos sociais favoráveis ao projeto. Durante o encontro, o grupo apresentou ao presidente Lula o resultado parcial de um plebiscito com assinaturas favoráveis à isenção do Imposto de Renda. Também foi pauta da consulta entregue ao presidente a defesa da redução da jornada de trabalho 6x1. Antes da agenda com o presidente Lula, os sindicalistas se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta. Em um plebiscito, a população é chamada a votar e dizer se é a favor ou contra um determinado tema. Cerca de 1,5 milhão de votos foram computados. Segundo sindicalistas que participaram do encontro ouvidos pela GloboNews, Lula manifestou confiança de que os deputados vão aprovar o relatório de Lira sem grandes modificações. O presidente disse que o plesbicito entregue pelos movimentos sociais "é extremamente novo para a luta social das pessoas". "É muito importante, é um processo de conscientização, sobretudo numa época política em que a democracia está correndo risco. Em que o extremismo conservador tem crescido em várias partes do mundo. Em que o negacionismo tem criado corpo no mundo inteiro que as pessoas querem desvalorizar o multilateralismo que é a forma mais importante de se trabalhar em harmonia entre os estados nesse país. E quando a democracia corre risco, tudo que a gente conquistou vai para o beleléu", disse. O presidente do PT, Edinho Silva, que participou do encontro com Lula, afirmou que o presidente elogiou muito o relatório final de Lira e mostrou confiança na aprovação do relatório na Câmara. "A mesma confiança também o presidente Lula demonstrou, confiança nas lideranças, confiança nos partidos, também, além do presidente Hugo Motta, a confiança no presidente Davi Alcolumbre que seja mantido o relatório produzido pela Comissão Especial." Antes da agenda com o presidente Lula, os sindicalistas se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta. Em um plebiscito, a população é chamada a votar e dizer se é a favor ou contra um determinado tema. Cerca de 1,5 milhão de votos foram computados. "É um momento importante para que essas duas agendas tenham acontecido, porque mostra que tem mobilização da sociedade, e um plebiscito para que ele aconteça. Existe um diálogo com a sociedade, são reuniões que são feitas, são debates que são feitos. É importante dizer que está sendo entregue simbolicamente hoje, mas o plebiscito continua até o dia 12 de outubro", disse Edinho Silva.
01/10/2025 19:08:28 +00:00
Após aumento, arrecadação do IOF bate recorde e atinge maior valor da história em um mês

Jornal Nacional/ Reprodução A arrecadação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) bateu recorde e atingiu o maior valor da história para o período de um mês em agosto. O aumento ocorre após a batalha judicial que terminou com o aumento do imposto em diversas operações. O valor é recorde para todos os meses, segundo números da Secretaria da Receita Federal. A série histórica do órgão começa em 1995. 🔎O IOF é um imposto que o governo cobra sobre algumas transações financeiras que as pessoas e empresas fazem no dia a dia, como pegar um empréstimo, comprar moeda estrangeira ou fazer certos tipos de investimentos em seguros. O valor da alíquota varia de acordo com a operação. 👉🏽 Segundo a Receita, a arrecadação do IOF somou R$ 8,45 bilhões no mês retrasado, com impressionante crescimento de 42,5% na comparação com agosto de 2024. Com os valores corrigidos pela inflação, a alta também foi expressiva: de 35,6%.  A equipe econômica anunciou o aumento do IOF no fim de maio como estratégia para tentar atingir as metas fiscais deste ano e, também, de 2026 - diante da necessidade de atingir os objetivos fixados em lei (déficit zero em 2025 e superávit no próximo ano, com intervalo de tolerância). Entre idas e vindas, a alta foi confirmada em julho (veja mais abaixo nessa reportagem). Questionada pelo g1, a Receita Federal não soube dimensionar quanto do aumento da arrecadação do IOF, em agosto, está relacionada com a alta de tributos e quanto está vinculado ao comportamento da economia. "Não é possível fazer esta segregação", informou o órgão. Mas é fato que a arrecadação recorde do IOF acontece em um momento de desaceleração da economia, fruto da taxa básica de juros no maior nível em quase 20 anos, algo que já tem freado as receitas do governo. E, também, em um momento de queda das concessões de empréstimos - que se retraíram 0,2% em agosto, segundo informações divulgadas pelo Banco Central. Aumentos do IOF confirmados Compras internacionais com cartão de crédito e débito: alíquota do IOF sobe de 3,38% para 3,5%. Compra de moeda em espécie e remessas ao exterior: passa de 1,1% para 3,5%. Empréstimos a empresas: alíquota diária de IOF dobra, de 0,0041% para 0,0082%. Seguros VGBL (voltados às pessoas de alta renda): de 0% para 5% de IOF. Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs): passam a ter cobrança de 0,38%. Mercado financeiro criticou aumento ➡️O anúncio de aumento do IOF, em maio deste ano, gerou repercussão negativa nos agentes do mercado financeiro, que criticaram o foco do governo em novos aumentos de tributos — deixando em segundo plano cortes de gastos. Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, avaliou, naquele momento, que governo busca arrecadar recursos com o aumento do IOF sem mexer nos fundamentos da economia. "Aumentar o IOF significa elevar custos operacionais, especialmente para empresas que dependem de crédito rotativo e financiamento. Em vez disso, deveríamos estar discutindo como reduzir custos estruturais do Estado, incentivar eficiência na gestão pública e promover compliance fiscal como mecanismo de equilíbrio entre arrecadação e competitividade empresarial", disse. Theo Braga, CEO da SME The New Economy, por sua vez, apontou que o aumento de imposto é um desincentivo direto à inovação e ao crescimento empresarial. "O empreendedor brasileiro já lida com uma carga tributária pesada e uma série de incertezas. O IOF mais alto desestimula operações de crédito e investimento, justamente em um momento em que o país precisa impulsionar a nova economia. O foco deveria estar em simplificar, digitalizar e desburocratizar, não em criar novos custos", afirmou. Veja no JG: Mercado financeiro reage mal ao aumento do IOF Briga com o Congresso Nacional ➡️A proposta também enfrentou forte rejeição no Legislativo, mesmo com o governo tendo recuado parcialmente em alguns pontos. Parlamentares apontaram descontentamento com aumentos de tributos e com a demora na liberação de emendas parlamentares, além de terem feito críticas à condução da política econômica pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Diante das discordâncias, o Congresso Nacional derrubou o aumento do tributo no fim de junho. A última vez que o Legislativo tinha rejeitado um decreto presidencial havia sido em 1992, na gestão Fernando Collor. Congresso derruba alta do IOF O governo não aceitou a derrota e, no início de julho, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para restabelecer o aumento do IOF. O argumento foi de que a Constituição Federal conferiu ao presidente da República a prerrogativa de alterar o tributo. Em meados de julho, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, retomou, em parte, decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que elevou a cobrança do IOF, atendendo quase todo o pedido da equipe econômica. Moraes mantém quase totalidade do decreto do governo de aumento do IOF ➡️Com a derrubada momentânea do aumento do IOF, a equipe econômica alegou que precisava compensar a perda de recursos e propôs uma Medida Provisória elevando uma série de tributos, como sobre: bets, fintechs, LCIs e LCAs, juros sobre capital próprio e limitação de compensações. ➡️Mesmo com o retorno parcial da alta do IOF, as medidas de aumento de arrecadação foram mantidas e estão nas previsões do orçamento para tentar fechar as contas em 2026. Elas sofrem, porém, forte resistência do setor produtivo. O governo anunciou que negocia ajustes com o Legislativo, e a votação está prevista para ter início nesta semana. Mercado depois da alta do IOF Além de contribuir para frear mais o crédito bancário, com impacto na economia real, analistas apontam que o aumento do IOF também mudou a dinâmica do mercado ao passar a tributar os FIDCs. Para Walter Fritzke, Head de Mercado de Capitais no Martinelli Advogados, a arrecadação recorde do IOF em agosto é um dado fiscal, mas também um sinal regulatório que expõe a necessidade de empresas e investidores repensarem o uso de instrumentos de crédito e de mercado de capitais. "Diante deste cenário de crescimento do IOF, a tendência é que fundos e estruturas de securitização se tornem ainda mais relevantes como alternativa ao crédito bancário tradicional, já que não sofrem incidência do imposto por não se enquadrarem em operação de crédito, mas como cessão de recebíveis", avaliou Walter Fritzke, do Martinelli Advogados. De acordo com ele, a agenda de empresas e investidores passou a incluir não apenas custo financeiro, mas também uma arquitetura jurídica e tributária conjunta, para que a busca por liquidez não resulte em carga fiscal desproporcional.
01/10/2025 17:52:24 +00:00
Suprema Corte dos EUA vai analisar tentativa de demissão de Lisa Cook em janeiro

Quem é Lisa Cook, diretora do Fed que decidiu enfrentar Trump A Suprema Corte dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (1º) que ouvirá, em janeiro, os argumentos sobre a tentativa de Donald Trump de destituir a diretora do Federal Reserve (Fed), Lisa Cook. Por enquanto, ela permanecerá no cargo, podendo continuar até que a Justiça americana decida o caso no próximo ano. A Suprema Corte também negou de imediato analisar o pedido do Departamento de Justiça para anular a decisão da juíza Jia Cobb, que havia bloqueado temporariamente o afastamento de Lisa Cook. A análise desse pedido foi adiada até que os argumentos orais sejam apresentados. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Ao criar o Fed em 1913, o Congresso aprovou o Federal Reserve Act, que incluiu medidas para proteger o banco central de interferências políticas. A lei estabelece que os diretores só podem ser removidos pelo presidente "por justa causa", embora não defina o termo nem indique o procedimento para a remoção. Até hoje, a lei nunca foi testada em tribunal. Em 9 de setembro, a juíza distrital dos EUA em Washington, Jia Cobb, decidiu que as alegações de Trump, de que Cook teria cometido fraude hipotecária antes de assumir o cargo — o que a diretora nega — provavelmente não constituíam motivos suficientes para sua destituição, de acordo com o Federal Reserve Act. Cook, a primeira mulher negra a ocupar o cargo de diretora do Fed, processou Trump em agosto, após o presidente anunciar sua destituição. Ela argumentou que as alegações de Trump não davam ao presidente autoridade legal para removê-la e serviam apenas como pretexto devido à sua postura sobre a política monetária. “O presidente Trump removeu Lisa Cook do Conselho de Diretores do Fed por justa causa. Esperamos obter a decisão final favorável após apresentarmos nossos argumentos orais à Suprema Corte em janeiro”, disse Kush Desai, porta-voz da Casa Branca. Em 15 de setembro, o Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia, por 2 votos a 1, negou o pedido do governo de suspender a ordem da juíza Cobb. Nos últimos meses, a Suprema Corte permitiu que Trump destituísse membros de várias agências federais consideradas independentes do controle direto do presidente, mesmo com proteções de trabalho semelhantes. As decisões indicam que o tribunal, com maioria conservadora de 6 a 3, pode estar disposto a descartar um importante precedente de 1935 que manteve essas proteções em um caso envolvendo a Comissão Federal de Comércio dos EUA. No entanto, o tribunal indicou que pode tratar o Fed de maneira distinta em relação a outros órgãos do Executivo. Em maio, em um caso sobre a demissão de dois membros democratas de conselhos federais do trabalho por Trump, os juízes observaram que o Fed “é uma entidade quase privada, estruturada de forma única”, com uma tradição histórica singular. A tentativa de Trump de demitir Cook reflete sua visão ampliada do poder presidencial desde que retornou ao cargo em janeiro. Segundo o Departamento de Justiça, em seu pedido à Suprema Corte de 18 de setembro, desde que o presidente identifique uma causa para a demissão, isso se enquadra em seu “poder discricionário não passível de revisão”. “O presidente pode razoavelmente decidir que a taxa de juros paga pelos norte-americanos não deve ser definida por uma diretora que aparenta ter mentido sobre fatos relevantes para as taxas que garantiu para si mesma — e que se recusa a explicar essas supostas distorções”, afirma o documento. Segundo os advogados de Cook à Suprema Corte em 25 de setembro, a aprovação do pedido de Trump “destruiria a independência histórica do Federal Reserve, abalaria os mercados financeiros e criaria um precedente para que futuros presidentes moldassem a política monetária conforme suas agendas políticas e prazos eleitorais.” Um grupo de 18 ex-funcionários do Fed, ex-secretários do Tesouro e outras autoridades econômicas importantes que atuaram sob presidentes de ambos os partidos solicitou à Suprema Corte que não permita a demissão de Cook. Entre eles estão os três últimos presidentes do Fed: Janet Yellen, Ben Bernanke e Alan Greenspan. Em documento enviado à Suprema Corte, o grupo afirmou que permitir a demissão ameaçaria a independência do Fed e corroeria a confiança do público na instituição. Cook participou da aguardada reunião de dois dias do Fed em Washington, em setembro, na qual o banco central decidiu reduzir as taxas de juros em 0,25 ponto percentual. Ela foi uma das que votaram a favor do corte. Efeito cascata As preocupações sobre a independência do Fed frente à Casa Branca na definição da política monetária podem gerar efeitos em cascata em toda a economia global. A capacidade do Fed de definir a taxa de juros sem se submeter aos interesses políticos é considerada essencial para que qualquer banco central funcione de forma independente e cumpra seu papel, como controlar a inflação. Neste ano, Trump pressionou o Fed a cortar os juros de forma mais agressiva, criticando o presidente do banco, Jerome Powell, pela gestão da política monetária enquanto o banco se concentrava em controlar a inflação. Trump chegou a chamá-lo de “estúpido”, “incompetente” e “idiota teimoso”. Desde que Trump voltou ao cargo, a Suprema Corte tem favorecido sua administração na maioria dos casos analisados, permitindo que políticas bloqueadas por tribunais inferiores sigam adiante enquanto os litígios continuam. Em 25 de agosto, Trump anunciou a remoção de Cook do Conselho de Diretores do Fed, citando alegações de que ela teria falsificado registros em 2022 para obter condições favoráveis em uma hipoteca. O mandato de Cook estava previsto para expirar em 2038. Ao impedir a remoção de Cook, a juíza concluiu que sua demissão provavelmente violaria o Federal Reserve Act, que permite a remoção de diretores apenas por má conduta durante o mandato, além de violar os direitos de Cook ao devido processo legal garantido pela Quinta Emenda. As alegações de fraude hipotecária se referem a ações anteriores à confirmação de Cook pelo Senado em 2022. Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. Reuters
01/10/2025 16:45:36 +00:00
'Shutdown' no governo Trump: o que fechou e o que continua funcionando durante paralisação nos EUA

Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação Os Estados Unidos entraram nesta quarta-feira (1º) em paralisação após o Congresso não aprovar a proposta de orçamento do governo de Donald Trump. Na prática, isso significa que uma série de serviços públicos tiveram de ser interrompidos. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do shutdown do governo Trump Nesta manhã, o "shutdown" (termo em inglês para a paralisação) já começou a valer. Veja, abaixo, o que continuará aberto durante a paralisação e o que fechou: (Leia mais sobre a paralisação aqui). Monumento a Washington Aviso colado em porta de vidro do Monumento a Washington de que atração está fechada devido à paralisação do governo dos Estados Unidos em 1° de outubro de 2025. REUTERS/Nathan Howard O Monumento a Washington, uma das maiores atrações turísticas da capital Washington D.C., está "fechado até segunda ordem", segundo um comunicado do Serviço Nacional de Parques dos EUA nesta quarta-feira, que administra o monumento. Partes de Washington D.C. amanheceram desertas nesta quarta, segundo a agência de notícias Reuters. Estátua da Liberdade Visitantes de Nova York, nos EUA, fazem fila para visitar Estátua da Liberdade na véspera da paralisação, em 30 de setembro de 2025. Jeenah Moon/ Reuters A Estátua da Liberdade, cartão postal dos EUA localizado em Nova York, continuava aberta nesta quarta-feira até a última atualização desta reportagem, porém está sob risco de fechar. A governadora de Nova York, Kathy Hochul, afirmou ao jornal "New York Post" que não destinará recursos estaduais adicionais para manter o monumento aberto caso o dinheiro acabe. Hochul não disse até quando a Estátua da Liberdade ficaria aberta. A Estátua da Liberdade é administrada pelo Serviço Nacional de Parques e recebeu mais de 3,7 milhões de visitantes em 2024. Instituição Smithsonian A Instituição Smithsonian, que administra uma rede de museus, centros de pesquisa e o Zoológico Nacional em Washington, D.C., afirmou que permanecerá aberto pelo menos até segunda-feira (6). Ilha Ellis A Ilha Ellis, em Nova York, que abriga o Museu da Imigração dos EUA, deve ser oficialmente fechada para visitantes nesta quarta-feira, segundo a agência de notícias Reuters. Serviço Nacional de Parques Cúpula do Capitólio refletida na porta de vidro da Biblioteca do Congresso americano, com placa de "entrada fechada" no primeiro dia de paralisação do governo dos Estados Unidos em 1° de outubro de 2025. REUTERS/Nathan Howard O Serviço Nacional de Parques ainda não havia informado, até a última atualização desta reportagem, se fecharia seus mais de 400 parques e locais abertos à visitação espalhados pelos EUA. Autoridades disseram na terça-feira à tarde que os planos de contingência ainda estavam sendo atualizados e seriam publicados no site do órgão, o que até o momento não ocorreu. Muitos parques nacionais, incluindo Yellowstone e Yosemite, permaneceram abertos durante a paralisação de 35 dias no primeiro mandato de Trump. No entanto, a escassez de funcionários levou a casos de vandalismo, portões arrombados e outros problemas. Financiamento suspenso para obras em Nova York O diretor de orçamento da Casa Branca, Russ Vought, disse nesta quarta-feira (1°) que bloqueou cerca de US$ 18 bilhões (R$ 95,8 bilhões) destinados ao financiamento de grandes projetos na cidade de Nova York por conta do "shutdown": um túnel sob o rio Hudson e o metrô da 2ª Avenida. Departamento de Segurança Interna (DHS) A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, afirmou que agentes de segurança do Departamento de Segurança Interna americano continuarão trabalhando durante a paralisação do governo. O DHS colocou pouco mais de 14 mil funcionários de licença por conta do "shutdown", segundo dados no site do órgão. Ao todo, o departamento possui cerca de 272 mil funcionários. Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) O HHS colocará cerca de 41% de seus quase 80 mil funcionários de licença, segundo um plano de contingência publicado em seu site. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), sediados em Atlanta, continuarão monitorando surtos de doenças, mas atividades como pesquisas sobre riscos à saúde e formas de prevenir doenças serão suspensas. Já pesquisas e atendimentos no Instituto Nacional de Saúde (NIH) serão prejudicados e terão funcionamento limitado. Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) A FDA afirmou que continuará aberto, porém muitas atividades serão postergadas ou suspensas e a "capacidade de proteger e promover a saúde e a segurança públicas seria significativamente impactada". Administração Federal de Aviação (FAA) A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que 11 mil funcionários serão enviados para casa. Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem receber salário. Antes da paralisação, a FAA já operava no limite com um déficit de cerca de 3.800 controladores. Impactos internos O Capitólio dos EUA em 30 de setembro de 2025 Alex Wroblewski/AFP 💸 Para os moradores, alguns serviços continuarão funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde. O Serviço Postal seguirá operando, já que não depende do orçamento do Congresso. Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos. Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar. 🚨 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada. Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas. Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos. Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional. A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas. O 'shutdown' Trump durante encontro com Netanyahu na Casa Branca Kevin Lamarque/Reuters No centro do impasse entre democratas e republicanos está a pauta da Saúde. Os democratas dizem que só aprovarão o orçamento caso programas de assistência médica que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e orçamento devem ser tratados como questões separadas. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado.
01/10/2025 16:21:03 +00:00
'Shutdown': como a crise orçamentária nos EUA pode afetar o dólar e a bolsa brasileira

'Shutdown': Governo dos EUA é paralisado após Congresso não aprovar orçamento A paralisação do governo dos Estados Unidos, após o Congresso não aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal, deve afetar o câmbio e os mercados financeiros pelo mundo. Isso porque o impasse orçamentário entre Democratas e Republicanos vai além do fechamento de museus, parques nacionais e aeroportos americanos. A instabilidade em Washington também pode interromper ou atrasar a divulgação de indicadores econômicos importantes para os investidores — dados que orientam as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre a política de juros na maior economia do mundo. Em teoria, esse cenário pode aumentar a aversão ao risco (o medo de perdas financeiras), provocar oscilações no valor do dólar frente a outras moedas e impactar o investimento estrangeiro em mercados emergentes — como o Brasil. Empresas que dependem de exportações para os EUA ou do turismo também podem ser afetadas. Ainda assim, há chances de efeitos positivos. Entenda nesta reportagem de que forma a crise orçamentária nos EUA pode repercutir por aqui: Efeitos no dólar, no real e um aumento da procura por ouro Para os analistas consultados pelo g1, o shutdown aumenta a incerteza global, mas há nuances: pode haver valorização do real e do ouro, maior atratividade para investimentos no Brasil e mais volatilidade no mercado de ações, dependendo da duração da paralisação nos EUA e das decisões do Fed. Para Renato Nobile, da Buena Vista Capital, o efeito do atual shutdown é diferente da última paralisação ocorrida no primeiro mandato de Trump, em 2018. Naquele momento, a expectativa era de valorização do dólar, já que investidores tendem a buscar segurança na moeda americana em períodos de incerteza. “Porém, o que está acontecendo agora, principalmente no contexto macro dos Estados Unidos e no contexto geopolítico, é que o governo Trump atual já vem desvalorizando o câmbio intencionalmente. Tanto é que o dólar vem se desvalorizando frente a todas as moedas, inclusive a brasileira”, afirma. Trump tem adotado medidas que indicam uma certa intenção de enfraquecer o dólar. Em julho, antes viajar à Escócia, o republicano chegou a declarar que gostava de um dólar forte, mas ponderou que seria possível “ganhar muito mais dinheiro” com uma moeda mais fraca. Nesse cenário, investidores já têm buscado alternativas de proteção, como o ouro. No início desta quarta-feira, o metal atingiu um novo recorde com o início da paralisação do governo americano, chegando a US$ 3.895,38 (cerca de R$ 20 mil) a onça (medida padrão de peso para metais) — em alta pelo quinto dia consecutivo. 🔎O ouro é considerado mais seguro porque ele não depende de governos, bancos ou empresas para ter valor. Por isso, em momentos de crise, investidores o veem como um porto seguro — ele tende a manter valor mesmo quando outros investimentos se desvalorizam. “Vários países e bancos centrais estão realmente comprando mais ouro, porque não estão vendo tanta segurança na moeda americana e nos títulos do Tesouro americano. E isso acontece justamente por conta desse contexto: o governo americano desvalorizando a moeda intencionalmente e gerando muita imprevisibilidade para o investidor”, avalia Nobile. Esse movimento já tem sido visto no Brasil. Nesta quarta-feira, o dólar iniciou a sessão em queda de 0,35%, cotado a R$ 5,3038. Por volta das 13h35, a divisa oscilava entre altas e baixas. No acumulado do ano, a moeda americana já registra recuo de 13,87%. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subia 0,44%, aos 145.596 pontos. Apesar disso, há quem tenha uma visão oposta. Para Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, a crise orçamentária nos Estados Unidos tende a fortalecer o dólar frente ao real e elevar a aversão ao risco global, o que pressiona tanto o câmbio quanto os juros no Brasil. "Em momentos de incerteza global, investidores procuram ativos considerados mais seguros, o que costuma fortalecer o dólar e fragilizar moedas emergentes como o real. Esse movimento aumenta a volatilidade e pode até pressionar a inflação interna via importados", afirma. Ele acrescenta que, na bolsa, setores ligados a commodities e exportação podem ser prejudicados tanto pela queda de preços internacionais quanto pela menor disposição dos investidores a assumir riscos. Por outro lado, empresas com balanços sólidos, caixa robusto e menor dependência de crédito tendem a se tornar mais defensivas, ou seja, podem ser vistas como uma alternativa mais segura para os investidores. Gabriel Mollo, analista de investimentos da Daycoval Corretora, não vê o shutdown como uma crise, e acredita que a queda do dólar já era esperada pelo mercado, apesar da paralisação. Ele alerta, porém, que se o impasse orçamentário nos EUA se prolongar e não houver acordo, pode ocorrer fuga de recursos da bolsa brasileira, valorização do dólar e aumento da volatilidade. Fed e indicadores econômicos Com o shutdown nos EUA, alguns dados importantes da economia — como o número oficial de empregos (payroll) — deixam de ser divulgados. Sem essas informações, investidores e o banco central americano ficam “no escuro” e precisam usar outros sinais menos confiáveis para entender a economia. Isso aumenta a incerteza sobre os rumos do mercado. "O atraso na divulgação de indicadores econômicos também aumenta o prêmio de risco [o 'bônus' que o investidor exige para se expor a mais incertezas] e pode pressionar o mercado acionário, com queda nos preços das ações ou maior instabilidade", afirma o analista da Daycoval Corretora. Por outro lado, investidores seguem atentos a fatores externos que podem trazer alívio. A possível reunião entre Trump e o presidente Lula, por exemplo, se bem-sucedida, pode reduzir a pressão sobre o dólar e estimular a valorização da bolsa brasileira, que nos últimos dias tem renovado recordes. “Apesar de [o shutdown] ser ruim, o cenário tem um lado positivo. Com o impasse nos EUA, outros mercados ficam mais interessantes, e o Brasil se destaca para quem quer assumir risco, porque nossos concorrentes [outras nações emergentes] estão mais fracos e temos commodities essenciais para outros países”, diz Milene Dellatore, diretora da MIDE Mesa Proprietária. Segundo ela, o shutdown nos EUA é um risco que acontece quase todos os anos e, por isso, o mercado já está 'preparado'. No fim, a executiva acredita que o Congresso americano chegará a um acordo de qualquer maneira, seja ampliando o teto da dívida ou aumentando a emissão de dólares. A força do real ante o dólar contribui para conter os preços de produtos atrelados à moeda americana e, consequentemente, limita impactos em índices de inflação relacionados a esses itens. No entanto, mesmo com o dólar mais fraco facilitando possíveis cortes de juros aqui, Dellatore acredita que o Banco Central brasileiro deve levar mais em consideração a situação fiscal do governo Lula e o cumprimento da meta de inflação do que as decisões do Fed. 🔎 A política de juros nos EUA gera reflexos no Brasil. Quando as taxas americanas caem, tende a diminuir a pressão para que a taxa básica de juros brasileira (Selic) permaneça elevada. Além disso, há possíveis efeitos sobre o câmbio, com valorização do real frente ao dólar. Para Dellatore, se a paralisação durar mais do que o previsto e o Fed ficar sem os dados econômicos necessários, o banco central americano pode optar por manter os juros, o que seria positivo para o Brasil. No entanto, se decidir aumentá-los, pode haver saída de recursos da bolsa brasileira para lá. Diante de crises globais — como a guerra da Rússia, as negociações entre a China e os Estados Unidos e as tensões na Índia e no Paquistão —, Milene reitera: “O Brasil ainda é um país com instituições fortes e resilientes, e pode ser uma alternativa diante de concorrentes mais fracos”. Painel na sede da B3, em São Paulo, Ibovespa, bolsa, Bovespa Nacho Doce/Reuters
01/10/2025 14:40:39 +00:00
Governo publica norma para impedir beneficiários do Bolsa Família e BPC de fazer apostas em bets

Governo publica norma para impedir beneficiários do Bolsa Família e BPC de fazer apostas e O governo federal publicou nesta quarta-feira (1º) uma regra para impedir a realização de apostas por meio de contas utilizadas por beneficiários de programas sociais nas chamadas "bets". ➡️A proibição envolve contas utilizadas por beneficiários de Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). De acordo com o governo, as bets deverão realizar consultas em um sistema público em dois momentos: na abertura de cadastro; e na realização do primeiro login do dia. O prazo para implementar os procedimentos é de até 30 dias. Além disso, em até 45 dias contados a partir desta quarta (1º), as empresas de apostas online devem fazer consultas no sistema do governo de todos os CPFs cadastrados em seus sistemas de apostas. ➡️ Caso um usuário seja identificado como beneficiário de programas sociais, a empresa terá de encerrar a conta em até três dias. A decisão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que recursos de programas assistenciais sejam usados em apostas. A instrução normativa da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda foi publicada no "Diário Oficial da União". Em entrevista ao g1 no mês passado, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, explicou que as bets deverão realizar consultas em um cadastro centralizado do governo, no qual constam os dados dos beneficiários do Bolsa Família e do BPC. "Eles não receberão os dados [de todos os beneficiários de programas sociais], mas eles terão que consultar em determinados pontos, para garantir que esses beneficiários não possam depositar dinheiro", disse o secretário Dudena, na ocasião. Especialista alerta para riscos psicológicos de jogos de apostas online RPC Bolsa Família e BPC Segundo dados oficiais, o BPC contava, em junho deste ano, com 3,75 milhões de beneficiários em julho deste ano. As informações são do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. O BPC, no valor de um salário mínimo por mês, é pago a pessoas de baixa renda idosas ou com deficiências. Tem direito ao BPC quem: tem 65 anos ou mais ou alguma deficiência; é brasileiro nato ou naturalizado; tem nacionalidade portuguesa com residência no Brasil; tem renda familiar de até ¼ do salário mínimo por pessoa, calculada com as informações do Cadastro Único (CadÚnico) e dos sistemas do INSS. Em agosto, o governo realizou o pagamento do benefício para cerca de 19,2 milhões de famílias no Brasil, o equivalente a mais de 50 milhões de pessoas. Para ter direito ao Bolsa Família, a renda mensal por pessoa deve ser de até R$ 218, e o Cadastro Único para todos os membros familiares deve estar atualizado. O valor mínimo pago por família é de R$ 600,00. Além disso, há benefícios adicionais cumulativos: R$ 150,00 por criança de até 6 anos. R$ 50,00 por gestante. R$ 50,00 por jovem entre 7 e 18 anos incompletos. R$ 50,00 por bebê de até 6 meses. Valor mensal de apostas O secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, também relativizou, no mês passado, números do Banco Central, pelos quais as apostas online no país teriam um valor de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões por mês. Banco Central do Brasil (BC) estima que brasileiros gastam cerca R$ 20 bilhões por mês em apostas online. Marcello Casal/Agência Brasil Ele explicou que, nesse cálculo, o BC computa o fluxo de recursos, ou seja, quanto entra e quanto sai de todos os apostadores para as casas de apostas. Uma vez depositados os valores nas contas dos apostadores, o secretário informou que a taxa média de retorno, ou seja, devolução dos recursos aos apostadores (o RTP, ou 'return to player') é em torno de 93%. Ou seja, de R$ 100 apostados, em média, R$ 93 voltam para as contas. E esses recursos costumam ser apostados novamente. "Eventualmente, o dinheiro que ele depositou de novo é o mesmo dinheiro, porque ele ganhou pouco, perdeu um pouco. Então entra e sai muito mais dinheiro do que de fato é o total de dinheiro que o apostador perdeu", explicou. Segundo Dudena, no cálculo do Ministério da Fazenda, que considera o total de apostas, menos os prêmios pagos, o que pode ser indicado como o gasto efetivo dos apostadores no período. Nesse caso, o valor mensal de apostas é bem menor: cerca de R$ 2,9 bilhões por mês, o que está em linha com o valor de R$ 17,4 bilhões reportados no primeiro semestre deste ano. "O dinheiro que você ganha de prêmio é o dinheiro do apostador de qualquer forma. Então, se você pega o que é apostado menos o prêmio é o que de fato saiu dos bolsos de todos os apostadores. Então, não é maior do que isso. É só essa diferença que é o resultado do que saiu efetivamente do bolso dos apostadores e o que ficou efetivamente na casa de apostas. Por ano, dá uns R$ 36 bilhões por ano, e não R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões por mês", afirmou o secretário. Segundo o Ministério da Fazenda, os números mostram que 17,7 milhões de brasileiros realizaram apostas nos sites e aplicativos no primeiro semestre; e que a média de gasto por apostador ativo foi de cerca de R$ 164 por mês. O número de apostadores brasileiros, segundo Dudena, equivale a cerca de 12% da população acima de 18 anos (que pode apostar), o que não é muito diferente de outros países.
01/10/2025 13:14:09 +00:00
'Não tem previsão', diz Esther Dweck sobre novo CNU em 2026; governo deve chamar excedentes

Ministra Esther Dweck afirma que não há previsão para terceira edição do CNU em 2026 As provas da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) serão realizadas neste domingo (05). Para 2026, a ministra da Gestão, Esther Dweck, adiantou que não há previsão de um novo processo seletivo. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, do CanalGov, ela explicou que a expectativa para o próximo ano é convocar os excedentes dos concursos públicos já em andamento. (veja no vídeo acima) ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp “Não há previsão de um novo Concurso Público Nacional Unificado. O que está programado para 2026, já incluído no nosso orçamento, é a convocação de excedentes de diferentes concursos em andamento, incluindo a própria chamada da segunda edição do CNU”, explicou. A ministra explicou que a primeira chamada dos aprovados no CNU 2025 está prevista para 20 de fevereiro, com três convocações diferentes para garantir que os candidatos confirmem interesse nas vagas. A lista final deve ser divulgada em 16 de março. Segundo ela, em 2026 a previsão é realizar a convocação dos selecionados no CNU 2025 e em outros concursos em aberto, como o da Polícia Federal (PF). Na sequência, devem ser autorizadas as chamadas dos excedentes de processos seletivos já realizados. “Obviamente, não sei quem estará aqui [no governo] em 2027, mas o que buscamos garantir que isso se torne uma política permanente, independentemente de quem assumir. Antes da atual gestão do governo Lula, desde 2016 não havia autorização para concursos federais no Brasil, então tudo depende dessa autorização”, afirmou. A ministra também destacou que a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) passou a ser a responsável pela execução do concurso, junto ao Ministério da Gestão. Isso significa que a instituição do pode realizar uma outra edição do processo seletivo. “Esse processo e o conhecimento de como aplicar a prova estará com ENAP. Assim, em 2027, no próximo governo, haverá condições de realizar uma nova edição do Concurso Nacional Unificado, desde que haja autorização para novas vagas. Isso vai depender de quem estiver no comando e das definições do governo”, completou. A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. A seleção terá duas fases: a prova objetiva será aplicada em 5 de outubro, e a discursiva, apenas para os aprovados na primeira etapa, em 7 de dezembro. (veja como vai funcionar) A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil Clique no índice abaixo para saber mais sobre a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU): 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 💰 Salários 📝 Como serão as provas? ⏰ Horários 📵 O que pode ou não levar 📝 Folhas de respostas 📍 Locais de provas 📆 Confira o cronograma oficial CNU 2025: veja o que esperar das provas da FGV, nova banca do concurso 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). ⏰ Horários Os portões de todos os locais serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas começam às 13h. A duração da prova varia conforme o nível do cargo: Nível superior: 5 horas (13h às 18h) Nível intermediário: 3h30 (13h às 16h30) Os candidatos devem permanecer na sala por, no mínimo, duas horas. O caderno de prova só poderá ser levado caso a saída ocorra na última hora do período estabelecido para cada nível. 📵 O que pode ou não levar Confira as principais orientações para a 2ª edição do CNU g1 📲 O candidato pode apresentar o documento de identidade em versão digital, acessado pelo aplicativo no momento da identificação na entrada da sala. É importante que o app já esteja instalado e testado, pois funciona mesmo sem internet. 👕 O Ministério recomenda o uso de roupas e calçados confortáveis, já que o candidato ficará sentado por várias horas. A FGV fornecerá envelopes porta-objetos para guardar pertences, inclusive o celular, que deve permanecer desligado durante toda a prova. É necessário também desativar alarmes. Os envelopes devem ser lacrados e identificados antes do candidato ocupar a carteira, onde permanecerão guardados. Os pertences só poderão ser retirados, e o celular religado, após o término da prova e fora do local de aplicação. 📝 Folhas de respostas Todas as respostas devem ser obrigatoriamente marcadas no cartão de respostas, único documento aceito para correção. O preenchimento deve ser feito com caneta azul ou preta, de corpo transparente. É responsabilidade do candidato preencher corretamente o cartão, seguindo as instruções do edital e da capa da prova, salvo em casos de atendimento especializado previamente autorizado. A questão será anulada se mais de uma alternativa for assinalada, se nenhuma for marcada ou se o preenchimento descumprir as instruções. Ao concluir a prova, é obrigatório entregar o cartão de respostas junto com o caderno ao fiscal da sala. Após a divulgação dos resultados, a FGV disponibilizará imagens digitalizadas dos cartões de respostas por até 15 dias. Encerrado esse prazo, não serão aceitos pedidos de acesso. 📍 Locais de provas Os candidatos foram distribuídos em locais de aplicação em 228 cidades, de acordo com o CEP informado no momento da inscrição. 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025 Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026 Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026 Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso
01/10/2025 12:36:51 +00:00
Imposto de Renda 2025: quase 1,3 milhão de declarações ainda estão na malha fina do leão

Divulgação/ Imposto de Renda A Secretaria da Receita Federal informou nesta quarta-feira (1º) que 66% das declarações do Imposto de Renda 2025, ano-base 2024, que caíram na chamada malha fina do órgão já foram liberadas por terem sido regularizadas pelos próprios contribuintes. Ao todo, o Fisco recebeu 45,64 milhões de declarações neste ano. Destas, 3,97 milhões foram retidas para verificações por conta de inconsistências, ou seja, ficaram retidas na malha fiscal. A maior parte já foi liberada, segundo a Receita, mas ainda permanece retida em malha 1,29 milhão de declarações, o que corresponde a 2,8% do total de documentos recebidos em 2025. "A possibilidade de acesso à sua situação fiscal e a orientações para a correção de erros foram fundamentais para a promoção da conformidade", acrescentou o Fisco. Erros no preenchimento dos dados da declaração do imposto de renda podem impedir o pagamento da restituição Principais motivos de retenção em malha 32,6% — Deduções em despesas médicas: as despesas médicas são o principal motivo de retenção, correspondendo a 32,6% do total de retenções; 30,8% — Omissão de rendimentos: Inclui rendimentos não declarados pelos titulares das declarações ou por seus dependentes; 16% — Deduções, exceto despesas médicas: as demais deduções correspondem a 16,0% do total de retenções; e 15,1% — Diferenças no Imposto Retido na Fonte (IRRF): Diferença entre os valores declarados pelos contribuintes e os informados pelas fontes pagadoras na Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf). Pendências e autorregularização Para saber se há alguma inconsistência ou pendência na declaração do IR, os contribuintes podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal, no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada. As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, por meio de uma declaração retificadora do IR, ou após o contribuinte apresentar comprovação ao Fisco de que sua declaração está correta.
01/10/2025 12:20:23 +00:00
Último 'shutdown' dos EUA também ocorreu em governo Trump e foi o mais longo da história; relembre

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca Reuters/Kevin Lamarque Há quase sete anos, o governo dos Estados Unidos também entrava em "shutdown", assim como nesta quarta-feira (1°). Donald Trump também era presidente à época, e a paralisação foi a maior da história, o que marcou o primeiro mandato do republicano na Casa Branca. Em dezembro de 2018, o polêmico projeto do muro na fronteira com o México para frear a imigração para os EUA, uma promessa de campanha de Trump, tomou os holofotes e foi o pivô da paralisação, que se estendeu até janeiro de 2019 e durou um total de 35 dias. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do shutdown do governo Trump O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1°) por conta de um impasse orçamentário entre democratas e republicanos para o financiamento federal. No centro do impasse desta vez está a Saúde. (Leia mais abaixo) 👉 "Shutdown" é o termo dado a uma paralisação no governo federal dos EUA originada quando não há acordo no Congresso sobre o orçamento do ano seguinte. Durante a paralisação, apenas serviços considerados essenciais continuam funcionando, como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo. Veja demais impactos aqui. A paralisação em dezembro de 2018 começou após Trump exigir que o Congresso americano liberasse US$ 5,7 bilhões (cerca de R$ 22 bi na cotação da época, e R$ 30,3 bi atualmente) adicionais a seu governo para dar continuidade à construção do muro, iniciada ainda em 2017. (Relembre no vídeo abaixo) Initial plugin text A então presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, recusou-se a negociar os fundos adicionais para o muro a menos que Trump permitisse a reabertura do governo. Os democratas haviam conquistado a maioria na Câmara nas eleições "midterms" de 2018 e assumiram o poder no meio da paralisação parcial. Ao lado do vice-presidente Mike Pence, o presidente dos EUA, Donald Trump, reage contrariado durante conversa com a líder da minoria democrata na Câmara, Nancy Pelosi, durante encontro na Casa Branca, na terça-feira (11) AP Photo/Evan Vucci Trump eventualmente recuou em sua posição e encerrou o "shutdown", após atrasos nos aeroportos do país e nas folhas de pagamento para centenas de milhares de funcionários federais foram agravando ao longo dos dias a urgência para resolver o impasse. O custo estimado da crise foi de US$ 3 bilhões. O presidente dos EUA eventualmente conseguiu mais verbas para avançar na construção do muro na fronteira com o México. Ele declarou emergência nacional em fevereiro de 2019 e ao longo do ano redirecionou verba de agências federais, como do Pentágono, para angariar fundos para esse fim. 'Shutdown' em outubro de 2025 'Shutdown': Governo dos EUA é paralisado após Congresso não aprovar orçamento O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, uma série de serviços públicos deve ser suspensa já nas próximas horas. A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. No centro do impasse está a saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. Já os republicanos de Donald Trump defendem que saúde e financiamento federal sejam tratados separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. Nas redes sociais, a Casa Branca confirmou a paralisação, que chamou de: "shutdown democrata". Na terça-feira, republicanos e democratas trocaram acusações sobre quem seria culpado pelo shutdown. Initial plugin text A A crise ganhou novos contornos com as ameaças do presidente. Trump afirmou que poderia "fazer coisas ruins e irreversíveis", como demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas, caso o governo fosse paralisado. “Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, disse Trump na terça-feira. Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com Trump na Casa Branca para tentar negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo. Na noite desta terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários. LEIA TAMBÉM De atraso em voos a museus fechados: entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação 'Foi tão agressivo que fiquei apavorada': a equatoriana jogada no chão por agente de imigração nos EUA Trump e Milei vão se encontrar na Casa Branca para tratar de apoio de US$ 20 bilhões à Argentina O Capitólio dos EUA, horas antes de uma paralisação parcial do governo entrar em vigor, em Washington REUTERS/Elizabeth Frantz
01/10/2025 12:11:28 +00:00
PIX: bancos disponibilizam a partir desta quarta opção de autoatendimento para contestar fraudes

Reprodução/Redes sociais As instituições financeiras passaram a disponibilizar a partir desta quarta-feira (1º), no ambiente PIX de seus aplicativos, uma funcionalidade (botão de contestação) para que uma transação possa ser facilmente contestada, sem a necessidade de interação humana. De acordo com o Banco Central (BC), a nova ferramenta permitirá contestar fraudes, golpes ou cobranças indevidas de forma rápida e acessível, sem precisar ligar para o banco e esperar ser atendido. "O principal objetivo do autoatendimento é garantir agilidade na contestação", explicou. "Esse será o canal por meio do qual o usuário deve solicitar a devolução dos valores extraídos por meio de fraude. O autoatendimento do MED [mecanismo de devolução] dará mais agilidade e velocidade ao processo de contestação de transações fraudulentas, o que aumenta a chance de ainda haver recursos na conta do fraudador para viabilizar a devolução para a vítima", acrescentou a autoridade monetária. ➡️O BC explicou que o chamado “botão de contestação" não se aplica a casos de desacordos comerciais, arrependimento e erros no envio do PIX (como digitação errada de chave) ou que envolvam terceiros de boa-fé, por exemplo. Ele é específico para fraude, golpe e coerção. Pix automático será obrigatório em débitos entre bancos Segundo o Banco Central, o mecanismo vai funcionar da seguinte forma: O cliente reporta que há uma transação suspeita (como golpes, coerção ou acesso fraudulento, por exemplo); O banco envia uma notificação às instituições financeiras envolvidas; O saldo é bloqueado imediatamente na conta recebedora; As instituições financeiras analisam o caso posteriormente. "Em casos de golpes ou fraudes, a devolução dos recursos depende da análise das instituições envolvidas e da existência de saldo na conta do usuário recebedor", acrescentou o Banco Central. ➡️Os prazos de devolução são de até 11 dias em casos de fraudes, e em até 24 horas para falhas operacionais do PIX automático. Sistema financeiro De acordo com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), o mecanismo de devolução (MED) não é uma ferramenta que aumenta a segurança antifraude, mas que contribui para o monitoramento dos casos e permite que o cidadão forneça informações que agilizam o bloqueio e a devolução de valores em situações de fraude ou golpe. "O MED Autoatendimento não substitui os cuidados que cada cidadão deve ter para evitar golpes, mas facilita o acompanhamento e a participação do usuário no rastreamento e devolução de valores em casos de fraude ou erro", afirmou Leandro Vilain, CEO da ABBC. Para utilizar o MED Autoatendimento em casos de fraude ou golpe, a ABBC informou que os correntistas devem seguir estes passos: abra o aplicativo do seu banco e procure por “contestar PIX” ou “solicitar devolução (MED)”. siga as instruções, anexe evidências como prints, comprovantes e mensagens relacionadas, e acompanhe a contestação pelo app. O banco confirma a solicitação e encaminha o pedido de devolução para a instituição recebedora. Ao confirmar a veracidade da contestação, essa instituição fará o bloqueio parcial ou total do saldo, e os valores serão devolvidos em até 11 dias. Alex Hoffmann, CEO e cofundador da PagBrasil, observou que a contestação de forma digital, por meio de botão em aplicativo, é algo que já existia em muitos bancos. "A novidade com a resolução 493 foi obrigar todos os bancos a oferecer esse canal, padronizando o processo. Antes, algumas instituições só recebiam contestações por telefone, o que tornava o bloqueio mais lento e reduzia as chances de êxito para as vítimas", explicou Hoffmann, da PagBrasil. Mecanismo especial de devolução do PIX Reprodução de redes sociais
01/10/2025 12:04:53 +00:00
Dólar tem leve alta e fecha a R$ 5,32, com foco em 'shutdown' e dados de emprego nos EUA; bolsa cai

Sem acordo orçamentário, Casa Branca ordena shutdown federal O dólar fechou a sessão desta quarta-feira (1º) em leve alta, em meio às preocupações com a paralisação do governo dos Estados Unidos. A moeda subiu 0,11%, cotada a R$ 5,3285. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,49%, aos 145.517 pontos. O mercado começou o mês de outubro sob forte influência do cenário internacional, com destaque para a paralisação administrativa nos EUA, após um impasse entre democratas e republicanos no Congresso norte-americano. No Brasil, a agenda do dia combinou dados econômicos e a votação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) na Câmara dos Deputados. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️Nos EUA, iniciou-se à meia-noite desta quarta (1º) uma paralisação administrativa, após o Congresso do país não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, uma série de serviços públicos deve ser suspensa. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que suspenderá quase todas as atividades, incluindo a divulgação do payroll de setembro, que estava prevista para esta sexta-feira. A ausência desse dado aumenta a incerteza nas projeções dos juros americanos. Assim, o mercado acompanha de perto a duração do "shutdown", já que um prolongamento pode adiar dados importantes antes da reunião do banco central americano no fim de outubro. ▶️ Mesmo com a paralisação administrativa no foco, investidores também avaliaram uma série de divulgadores norte-americanos. Na agenda econômica dos EUA, o destaque ficou com o fechamento de 32 mil vagas de trabalho pelo setor privado em setembro, após um declínio de 3 mil postos em agosto. Os dados são da ADP. Dados da indústria e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) também ficaram no radar dos mercados. ▶️ Já na agenda brasileira, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) indicou que a indústria do país registrou um desempenho mais fraco em setembro. Em Brasília, a Câmara vota hoje o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,18%; Acumulado do mês: +0,11%; Acumulado do ano: -13,77%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,05%; Acumulado do mês: -0,49%; Acumulado do ano: +20,98%. Paralisação orçamentária nos EUA O governo dos EUA entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. No centro do impasse está o setor de saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. Já os republicanos de Donald Trump defendem que saúde e financiamento federal sejam tratados separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. Nas redes sociais, a Casa Branca confirmou a paralisação, que chamou de: "shutdown democrata". Na terça-feira, republicanos e democratas trocaram acusações sobre quem seria culpado pelo shutdown. A crise ganhou novos contornos com as ameaças do presidente norte-americano. Trump afirmou que poderia "fazer coisas ruins e irreversíveis", como demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas, caso o governo fosse paralisado. “Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, disse Trump na terça-feira. Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com Trump na Casa Branca para tentar negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo. Na noite desta terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários. Dados de trabalho e da indústria americana Mesmo com a paralisação administrativa do governo norte-americano no foco, investidores também avaliaram uma série de indicadores divulgados nesta quarta-feira. O destaque ficou com o corte de 32 mil vagas pelo setor privado dos EUA em setembro, segundo o relatório da ADP, empresa que acompanha o mercado de trabalho. Em agosto, o número também foi negativo, com 3 mil postos fechados (dado revisado). A expectativa era de abertura de 50 mil vagas, o que mostra uma desaceleração. 🔎 Esse relatório da ADP, feito em parceria com a Universidade de Stanford, ganhou mais atenção porque o Departamento do Trabalho dos EUA não vai divulgar seu relatório oficial nesta sexta-feira, devido à paralisação do governo. Com isso, os dados privados podem influenciar mais o mercado. A paralisação também suspendeu outras divulgações, como os gastos com construção e os pedidos de auxílio-desemprego. Segundo economistas, essa falta de informações pode dificultar o acompanhamento da economia e aumentar a reação dos mercados. Diante da fraqueza no mercado de trabalho, há expectativa de que o Federal Reserve (Fed) — o banco central dos EUA — reduza novamente os juros na reunião de outubro. Em setembro, o Fed já havia cortado a taxa básica em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 4,00% a 4,25%, como forma de estimular a economia. "Isso deve reforçar também a postura do Federal Reserve de tentar depender mais para o gerenciamento do risco do mercado de trabalho do que o risco inflacionário. E a perspectiva de juros mais baixos prejudica a rentabilidade de títulos americanos, com isso dificulta a atração de investimentos externos e o dólar cai globalmente", explica Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. Nos EUA também foram publicados dados do índice que mede a atividade do setor, calculado pelo Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM), que subiu de 48,7 para 49,1, indicando melhora. No entanto, como o número segue abaixo de 50, ainda aponta queda na produção. Foi o sétimo mês seguido de contração. Apesar da alta na produção, os pedidos e o emprego nas fábricas continuam fracos, afetados pelas tarifas sobre importações. O governo anunciou novas taxas de até 50% sobre produtos como caminhões, móveis e armários, o que tem gerado cancelamentos e atrasos nas entregas. Os preços dos materiais caíram um pouco, mas os gargalos na cadeia de suprimentos continuam. Indústria brasileira em contração No Brasil, a agenda econômica teve a divulgação do PMI de setembro, medido pelo S&P Global. O indicador mostrou que a indústria brasileira teve o pior desempenho em quase dois anos e meio no mês passado, tendo registrado uma queda de 47,7 em agosto para 46,5. Com isso, o dado fica ainda mais abaixo da marca de 50, que separa crescimento de queda na atividade. A demanda caiu, e os fabricantes receberam menos pedidos — no ritmo mais fraco desde abril. A produção também recuou pelo quinto mês seguido. As exportações diminuíram, afetadas por tarifas dos EUA, mas houve compensação com pedidos de países como Argentina, Itália e México. Por outro lado, os custos com insumos caíram pela primeira vez desde o fim de 2023, o que permitiu descontos para tentar estimular as vendas. A queda do dólar e a maior oferta de materiais ajudaram nesse alívio. Apesar do cenário ruim, os empresários seguem otimistas para os próximos 12 meses. Eles esperam melhora na demanda, acordos comerciais com os EUA e novos investimentos. Com isso, o número de empregos teve leve alta em setembro, após queda em agosto. Outros dados divulgado nesta quarta-feira, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), indicaram que as exportações de máquinas e equipamentos do Brasil para os EUA ainda devem passar por uma redução em setembro, diante do impacto das tarifas norte-americanas. O setor registrou uma queda de 10,7% em agosto na comparação com o mesmo período do ano anterior, com queda nas compras tanto de bens importados como de produzidos localmente, afirmou a associação. Por fim, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que a produção brasileira de petróleo somou 3,896 milhões de barris por dia (bpd) em agosto, umaumento de 16,6% em relação ao mesmo mês de 2024. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos inverteram o sinal negativo visto no começo do pregão e fecharam em alta, mesmo após os dados mais fracos de emprego e a paralisação do governo dos Estados Unidos. Segundo dados preliminares, o índice Dow Jones subiu 0,09%, aos 46.439,93 pontos. O S&P 500 avançou 0,34%, para 6.710,92 e o Nasdaq Composite avançou 0,42%, aos 22.754,03 pontos. As bolsas europeias fecharam em alta, impulsionadas pelos ganhos nos setores bancário e farmacêutico. Os investidores deixaram de lado os dados fracos da indústria, que mostraram nova contração na atividade, e se concentraram em ações que puxaram os índices para máximas de fechamento. O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 1,21%, aos 564,92 pontos. Em Londres, o FTSE 100 avançou 1,03%, aos 9.446,43 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,98%, aos 24.113,62 pontos, enquanto o CAC 40 de Paris ganhou 0,90%, aos 7.966,95 pontos. Na Ásia, as bolsas da China estão fechadas por conta de feriado. Enquanto isso, o mercado japonês teve queda nesta quarta-feira, com investidores vendendo ações para garantir lucros após uma sequência de altas. O índice Nikkei caiu ao menor nível em três semanas, pressionado por perdas em empresas como a Tóquio Electron e o SoftBank Group. O Nikkei do Japão caiu 0,85%, fechando em 44.550,85 pontos. Já o Topix recuou 1,37%, para 3.094,74 pontos. Em outros países asiáticos, o Kospi da Coreia do Sul subiu 0,91%, o Taiex de Taiwan avançou 0,63%, o Straits Times de Cingapura teve alta de 0,53%, e o S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,04%. Os índices de Hong Kong, Xangai e Shenzhen seguirão fechados até 8 de outubro. Notas de dólar. Luisa Gonzalez/ Reuters
01/10/2025 12:00:17 +00:00
Câmara vota isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil; entenda o que está em jogo

Câmara deve votar nesta quarta proposta de isenção de IR pra quem ganha até R$ 5 mil A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (1/10) um dos principais projetos econômicos do governo Luiz Inácio Lula da Silva: a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos mensais de até R$ 5 mil. Hoje, a isenção atinge apenas pessoas com rendimento mensal de até R$ 3.060. Para compensar a perda de arrecadação, o projeto cria um imposto mínimo de até 10% para contribuintes com ganhos a partir de R$ 50 mil ao mês — ou R$ 600 mil ao ano. Caso o projeto seja aprovado na Câmara, ele será encaminhado para o Senado. O relator do projeto, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), acredita que o Senado terá três meses para aprovar o projeto e devolvê-lo à Camara, em caso de mudança, ou enviá-lo direto para sanção do presidente Lula. O objetivo do governo é aprovar as mudanças até 31 de dezembro — com novas regras já entrando em vigor em 2026. Confira abaixo o que está em jogo no Congresso brasileiro. Quem se beneficia com faixa maior de isenção? Há dois projetos tramitando no Congresso sobre a faixa de isenção de imposto de renda — um no Senado e outro na Câmara dos Deputados. O projeto do governo Lula é o que está na Câmara dos Deputados — e é relatado pelo deputado federal Arthur Lira. É este projeto (PL 1.087/2025) que deve ser apreciado nesta quarta-feira. Caso seja aprovado, ele é encaminhado ao Senado. Lira afirmou que recebeu mais de 50 sugestões de mudanças no projeto de lei feitas por outros parlamentares. A proposta original encaminhada pelo presidente Lula ao Congresso em março visa ampliar a isenção do IR para rendas de até R$ 5 mil. Pela lei, o limite atual de isenção para todos os brasileiros é de R$ 2.259 e, nos ganhos acima disso, são cobradas alíquotas progressivas até 27,5%. Mas o governo Lula usa um mecanismo de "desconto simplificado" que faz com que, na prática, a isenção beneficie quem ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036). O cálculo do governo é que a nova isenção, se aprovada, vai beneficiar 10 milhões de pessoas. A reforma prevê ainda reduzir a tributação dos que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil — esse limite depois foi ampliado para R$ 7.350 pela comissão especial da Câmara que aprovou o projeto de lei enviado pelo governo, etapa anterior à votação no plenário da Casa. O governo deu exemplos de como essa medida poderia beneficiar alguns assalariados. Um motorista com salário de R$ 3.650,66 deixaria de pagar R$ 1.058,71 de IR ao ano se a isenção passasse a valer em 2026. Já uma professor com renda mensal de R$ 4.867,77 economizaria em um ano R$ 3.970,18 ao deixar de pagar a tributação. Defensores da proposta dizem que a tabela do Imposto de Renda está defasada em relação à inflação há anos, o que leva os contribuintes a pagarem mais impostos. Já opositores chamam a proposta de "eleitoreira" e criticaram seu impacto sobre o equilíbrio fiscal do governo. Além da proposta do governo Lula com relatoria de Arthur Lira, existe também outro projeto de lei no Congresso sobre este mesmo tema. O PL 1.952/2019 estava parado no Senado há quatro anos. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) assumiu a relatoria do projeto, que foi aprovado na semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos. Os dois projetos — o da Câmara e o do Senado — têm poucas diferenças substanciais sobre a isenção. Analistas políticos falam que existe uma disputa política entre Calheiros e Lira, que são rivais. Como os mais ricos são afetados? Para compensar a perda de arrecadação com essas mudanças, a reforma estabelece um imposto mínimo de até 10% para contribuintes com ganhos a partir de R$ 50 mil ao mês (R$ 600 mil ao ano). A proposta do governo é que a alíquota subirá gradativamente de zero a 10%, de forma que o patamar máximo incidirá apenas sobre contribuintes com ganhos acima de R$ 1,2 milhão ao ano. "A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados", disse Haddad ao apresentar a medida no ano passado. Segundo dados do governo federal, 141,4 mil contribuintes passariam a contribuir pelo patamar mínimo do imposto — ou 0,06% da população total do país. O governo afirma que essas pessoas, que recebem mais de R$ 600 mil por ano e que não contribuem atualmente com alíquota efetiva de até 10%, pagam atualmente uma alíquota efetiva média de 2,54%. O governo calcula que perderá R$ 25,8 bilhões em 2026 com a ampliação da isenção do Imposto de Renda — mas que a tributação mínima das altas rendas gerará receita de R$ 25,2 bilhões. Uma reportagem da BBC News Brasil com dados de um levantamento inédito do Sindifisco Nacional, sindicato que representa os auditores-fiscais da Receita Federal, mostrou que os super-ricos brasileiros (contribuintes com ganhos milionários) pagam proporcionalmente menos da metade do Imposto de Renda da classe média. Os dados revelam que a tributação da renda dos contribuintes mais ricos apresentou tendência de queda nas duas últimas décadas, recuando quase 40% entre 2007 e 2023, devido aos ganhos mais elevados com dividendos — lucros distribuídos pelas empresas a acionistas que não são tributados no país desde 1996. Por outro lado, brasileiros de ganho intermediário estão pagando cada vez mais imposto, devido ao congelamento da tabela do IR, que tem ficado defasada em relação à inflação. Com isso, desde 2009, brasileiros milionários, com ganhos mensais acima de 320 salários mínimos, passaram a pagar proporcionalmente menos IR que a classe média — e a diferença entre os dois grupos vem aumentando ao longo dos anos. Caso a proposta do governo seja aprovada, brasileiros milionários passarão a pagar um patamar similar ao imposto de renda da classe média (grupo que não é afetado pela proposta de Lula), enquanto brasileiros com ganhos abaixo de R$ 5 mil deixarão de contribuir. Ampliação da faixa de isenção de imposto de renda é uma das principais propostas econômicas do governo Lula Getty Images via BBC
01/10/2025 10:15:00 +00:00
MEI: dependentes podem receber pensão por morte? Veja o que diz a lei

A pensão por morte não exige um tempo mínimo de contribuição ou carência. Reprodução/Freepik Ao se regularizar como Microempreendedor Individual (MEI), os benefícios previdenciários de trabalhador são garantidos por lei. E alguns deles são voltados para os seus dependentes, como a pensão por morte. A pensão por morte não exige um tempo mínimo de contribuição ou carência. Porém, o período de duração pode variar conforme o tipo de dependente (cônjuge, companheira/companheiros ou filhos). Questões como idade dos filhos, tempo de casamento ou de união estável, além da idade do cônjuge ou companheiro, podem gerar uma variação do tempo de cobertura, que vai de um período determinado até o benefício permanente. LEIA MAIS MEI, Microempresa, EPP ou Nanoempreendedor? Entenda regras para cada negócio Ultrapassou o limite de faturamento anual do MEI? Veja o que fazer É #FAKE que o limite de faturamento de MEI tenha subido para R$ 130 mil ao ano MEIs: entenda o novo valor de contribuição mensal para 2025 Para o cônjuge ou companheiro ter direito ao benefício, é necessário que o MEI tenha realizado 18 contribuições mensais. Além disso, o casamento ou união estável precisa ter iniciado há pelo menos dois anos antes do falecimento do segurado. Em casos em que o óbito acontece antes dos 18 meses de contribuição, o benefício é pago em um regime reduzido, por apenas por 4 meses – já que o pagamento mínimo não foi efetuado. A regra também se aplica em uniões estáveis ou casamentos que tenham um período inferior a dois anos. Caso a morte do MEI aconteça depois das 18 contribuições mensais pagas e pelo menos dois anos após o início do casamento ou da união estável, a duração da pensão por morte varia de acordo com a idade do cônjuge: Duração da pensão por morte Para filhos, terão direito os menores de 21 anos, inválidos, com deficiência intelectual ou mental, ou deficiência grave. Em alguns casos, pais e irmãos também têm direito se comprovarem a dependência econômica. Vale lembrar que a pensão por morte também pode ser paga em casos de desaparecimentos que possuem morte presumida e declarada judicialmente. ⚠️ ATENÇÃO: Para ter direito, o microempreendedor precisa pagar as contribuições mensais em dia por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que é a soma da contribuição previdenciária (5% do salário-mínimo), com os impostos devidos pelos MEIs. (entenda como funciona) 🤔 COMO SOLICITAR? Todos os benefícios podem ser solicitados pelo telefone 135 ou no portal “Meu INSS” – em alguns casos é necessário agendar o atendimento ou ir a uma agência pessoalmente formalizar o pedido.
01/10/2025 07:02:45 +00:00
Qual cadeirinha usar no carro? Veja como evitar erros fatais no transporte infantil

Cadeirinhas infantis: veja as regras para usar cada uma A escolha e o uso correto da cadeirinha infantil ainda geram dúvidas entre pais e responsáveis, mesmo após a obrigatoriedade do equipamento em carros de passeio, em setembro de 2010. A principal recomendação dos especialistas é simples: mais importante do que seguir à risca idade, peso ou altura, é garantir que a criança esteja confortável e segura no dispositivo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp A regra do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) define faixas etárias para cada tipo de equipamento: Bebê conforto: até 1 ano ou 13 kg; Cadeirinha: de 1 a 4 anos ou entre 9 kg e 18 kg; Assento de elevação: de 4 a 7 anos; entre 15 kg e 36 kg ou até 1,45 m de altura; Banco traseiro com cinto de segurança: de 7 anos a 10 anos, desde que a criança tenha pelo menos 1,45 m de altura. Bebê conforto, cadeirinha e assento com elevação: os dispositivos indispensáveis para transportar crianças g1 O uso incorreto da cadeirinha, além da insegurança para o bebê ou a criança, inclui multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e retenção do veículo. O Inmetro, que certifica os produtos, classifica os dispositivos por grupos que combinam idade, peso e altura. Há modelos que abrangem mais de um grupo e podem ser usados por mais tempo. “Existem cadeirinhas certificadas que comportam de 0 kg a 25 kg, por exemplo. Outras duram praticamente todo o tempo em que a criança vai precisar usar dispositivo de retenção”, explica Gustavo Kuster, do Inmetro. Confira abaixo as principais dúvidas sobre transporte seguro de crianças em carros: Quando trocar a cadeirinha? Como usar e fixar o assento de elevação? Onde instalar a cadeirinha? Quando a criança pode ir no banco da frente? O que é e como usar o Isofix? Quando trocar a cadeirinha? A transição entre os dispositivos deve considerar o conforto e o tamanho da criança. Um bebê que já não cabe no bebê conforto (ou tenha peso acima de 13 kg) pode ir para a cadeirinha, mesmo que ainda não tenha completado um ano. “Se ela ainda cabe naquele dispositivo, está confortável, com o cinto bem preso, pode continuar nele”, afirma Kuster. A posição do bebê conforto — voltado para o encosto do banco — é recomendada por causa da anatomia dos recém-nascidos. “O bebê nasce com a cabeça maior que o corpo, como na forma de um martelo. Nessa posição, ele fica mais protegido”, explica Celso Arruda, especialista da Unicamp. Crianças devem utilizar a cadeirinha Reprodução/PRF Volte para o início. Como usar e fixar o assento de elevação? A altura é o fator mais importante na hora de dispensar o assento de elevação. Crianças com menos de 1,45 m não devem usar apenas o cinto de segurança, mesmo que tenham mais de 7 anos. O assento serve para posicionar corretamente o cinto de três pontos, que deve passar pelo peito. “Se ela ainda não tiver altura suficiente e quiser continuar usando inclusive a cadeirinha completa, sem dispensar o encosto, ainda que tenha mais de 4 anos ou mais de 36 kg, tudo bem. Desde que esteja confortável”, reforça Kuster. Volte para o início. Onde instalar a cadeirinha? O lugar mais seguro para transportar a criança é o banco traseiro, com cinto de três pontos e o dispositivo adequado. Mas há exceções. Em carros que só têm cinto de dois pontos no banco de trás — e não há cadeirinha certificada para esse tipo de cinto — o ideal é levar a criança no banco da frente, com cinto de três pontos e o equipamento de retenção. Mas é preciso desligar o airbag, nos carros equipamentos com o dispositivo, para não eclodir em caso de acidente e causar mais danos do que proteger a criança. “Dar um jeito de fixar a cadeirinha feita para cinto de três pontos em um cinto com dois pontos é ruim”, alerta Fábio Viviani, especialista em segurança veicular. Criança de dois anos morre após cadeirinha ser ejetada de carro em acidente no Paraná PRF “Pode até parecer que ficou firme, mas nos crash tests é impressionante ver as forças envolvidas. A cadeirinha sem esse terceiro ponto de fixação não vai trabalhar da maneira como foi projetada”. Nesses casos, a recomendação é recuar o banco dianteiro ao máximo, para afastar a criança do painel. Volte para o início. Quando a criança pode ir no banco da frente? O Contran permite o transporte no banco da frente em situações específicas: Crianças a partir de 10 anos, com cinto de segurança; Quando o banco traseiro só tem cinto de dois pontos; Em veículos sem banco traseiro, como picapes de cabine simples; Quando há mais crianças do que lugares no banco traseiro — a de maior estatura pode ir na frente; Equipamentos certificados. Segundo a Senatran, apenas bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação são considerados dispositivos adequados. O Inmetro reforça que não há certificação para outros tipos de equipamentos. “Sem um equipamento certificado, ou seja, que passou por testes rigorosos, a criança não estará devidamente protegida”, afirma Viviani. Volte para o início. O que é e como usar o Isofix? Uma das formas de prender o bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação nos carros é o Isofix, que ancora a cadeirinha ao assento traseiro do carro. Porém, a lei do Isofix foi sancionada em 2015 e somente em 2020 é que passou a ser obrigatória para todos os veículos novos fabricados ou importados no país. Este tipo de ancoragem exige pontos de fixação específicos, tanto no veículo quanto na cadeirinha. O sistema é composto por dois pontos de fixação na base da cadeirinha ou do bebê-conforto, que se encaixam a dois pontos no veículo, localizados no vão entre o assento e o encosto do banco traseiro. Pontos de ancoragem do Isofix em um Volkswagen Golf divulgação/Volkswagen Para fixar a cadeirinha, você precisa: Localizar os pontos de ancoragem no banco traseiro, que podem ser visíveis como na imagem acima, ou escondidos. Neste caso, um ícone de cadeirinha infantil ou o nome "Isofix" fica fisível. Guiar os pontos da cadeirinha aos locais do banco e empurrar, até escutar um "clique". Em algumas cadeirinhas, uma indicação em verde aparece próxima do local de ancoragem no assento do veículo. Ponto de ancoragem Isofix em um Volkswagen Golf divulgação/Volkswagen Um terceiro ponto pode estar no carro e ele se liga a uma espécie de gancho da cadeirinha, evitando que o dispositivo se movimente. Esse ponto tem nome de Top Tether e, se estiver no seu carro, estará em um dos seguintes locais: No assoalho; Na parte de trás do encosto (na área do porta-malas, como na imagem abaixo); Na lateral do carro (na mesma área de onde saem os cintos de segurança). Top tether em um Volvo XC40 divulgação/Volvo Volte para o início. Sul e Sudeste estão entre as regiões onde há a pior segurança veicular Conforme o estudo IRIS (Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança) do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), estados como Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro estão entre os piores no quesito "segurança veicular", ou seja, a segurança proporcionada pelos veículos. Dentre os indicadores revelados pelo estudo, divulgado na semana passada, está o "Percentual mínimo de veículos com Isofix na frota". Estes são os 10 estados onde esse percentual é mais baixo: Rio de Janeiro: 7,03%; Distrito Federal: 7,84%; São Paulo: 7,95%; Pernambuco: 8,96%; Rio Grande do Sul: 9,17%; Amazonas: 10,29%; Paraná: 10,44%; Sergipe: 11,42%; Ceará: 11,86%; Mato Grosso do Sul: 11,90%. De acordo com a PRF do Paraná, o veículo envolvido no acidente de Paranavaí era um Mitsubishi Pajero Sport cuja primeira geração foi fabricada até 2008, ou seja, não havia obrigatoriedade de Isofix naquela época. Desinformação No início deste ano, diversas postagens sobre alterações nas regras de transporte de crianças surgiram na internet. Mas eram todas falsas, segundo o Ministério dos Transportes. “Tem circulado algumas matérias falsas falando de uma suposta modificação na lei da cadeirinha, mas a última modificação do Código de Trânsito foi em 2021 e a Resolução Contran que regulamentou a esta lei também é de 2021. De lá para cá não houve nenhuma mudança nas normas. Então fique sempre atento e não caia em fake news”, alertou o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão.
01/10/2025 07:02:42 +00:00
Flores comestíveis ganham espaço no prato e na horta; conheça variedades

Flores comestíveis ganham espaço no prato e na horta Quem nunca escolheu um prato de comida no menu do restaurante pelo visual atraente? Pensando nisso, um sítio em Pedra Azul, em Domingos Martins, Região Serrana do Espírito Santo, focou na produção de flores comestíveis há quase vinte anos e viu a demanda aumentar desde 2015 com pedidos de chefes do Espírito Santo e até fora do estado. Eliana Brum Magalhães, de 60 anos, mudou de cidade para poder investir nas flores e hoje tem mais de 30 variedades de espécies que atendem restaurantes em todas as estações do ano. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp As bandejas coloridas são montadas com 25 a 50 flores das mais variadas espécies como margaridas, brincos de princesa, cravinas, amor perfeito, dentre outras. E para muitos cozinheiros, elas viraram itens essenciais na montagem de um prato. "A gente percebeu que a flores comestíveis agregam valor ao prato. Os chefes sentem que falta uma flor para compor, faz uma diferença do valor do prato com o visual quando tem uma flor ali. Não basta estar gostoso, tem que estar bonito", falou. Bandejas de flores comestíveis cultivadas no Espírito Santo das espécies cravinas, brinco de princesa, verbenas, boca de leão, tarjet e sino chinês Eliana Brum Magalhães "A cultura de comer com os olhos é muito viva, e as flores dão um toque todo especial até mesmo nos pratos dos maiores chefes" "Desde que começamos teve uma demanda legal pelos restaurantes mais finos, mas ficou mais popularizada, acho que devido a programas de televisão, as pessoas viajando mais e hoje as pessoas gostam de decorar até os pratos de casa", comentou a produtora. Conheça algumas variedades plantadas por ela: 🌼 Margarida: pétalas brancas com miolo amarelo; sabor suave e levemente picante; usadas para enfeitar saladas e sobremesas. 🌺 Brinco-de-princesa (Fuchsia): flores pendentes em tons de rosa, roxo ou vermelho; têm leve acidez; comuns em pratos doces e bebidas. 🌸 Cravina (Dianthus chinensis): pétalas coloridas (rosa, vermelha, branca); sabor levemente adocicado e picante; usadas em bolos, saladas e drinks. 💜 Amor-perfeito (Viola tricolor): pequenas flores multicoloridas (roxo, azul, amarelo, branco); sabor delicado, quase neutro; muito usado em confeitaria. 🌿 Capuchinha (Tropaeolum majus): flores vibrantes em laranja, vermelho e amarelo; sabor levemente picante, parecido com rúcula; ótima em saladas. 🌷 Beijo (Impatiens walleriana): flores em várias cores (rosa, vermelha, branca, laranja); sabor suave, levemente adocicado; usadas em pratos decorativos. As flores comestíveis compõem vários alimentos e são vistas principalmente em alguns pratos, como: 🥗 Saladas 🍚 Risotos 🍝 Massas 🍹 Drinks Plantação terapêutica Sítio de flores comestíveis em Pedra Azul, Domingos Martins, Espírito Santo Eliana Brum Magalhães Eliana tem 60 anos e é mineira e mora no estado desde 1987. Inicialmente, ela começou a trabalhar com hidroponia no sítio, método de cultivo de plantas em que as raízes ficam suspensas em uma solução de água com nutrientes. Mas a propriedade que ficava em Cariacica, na Grande Vitória, também tinha flores comestíveis. "Naquela época em 2007 tinha poucas pessoas que acreditavam em flores comestíveis. Eu trabalhava praticamente só com a capuchinha, que é a flor mais comum. Depois, conseguimos importar sementes e fomos procurar entender o que cada cliente gostava. Além disso, nós mudamos para a Região Serrana, com um sítio em Aracê por causa do clima", destacou a produtora. Produtora de flores comestíveis no Espírito Santo disse que procura aumentou Eliana Brum Magalhães Após anos se aperfeiçoando no cultivo, a agricultora, que trabalha com o filho, colhe ao menos três vezes por semana, e monta bandejas com as flores da estação para mais de 40 clientes fixos, dentre eles distribuidoras no Rio de Janeiro e na Bahia. Com tanta demanda, o sítio também montou uma produção VIP, que vai além das flores já cultivadas por Eliana. Ela também planta pedidos especiais dos chefes. "Eu tenho todo o tipo de cliente, tem aqueles que mandam mensagem pedindo qual tipo de flor eles querem, tem aqueles que não gostam de uma cor específica porque não combina com a louça do restaurante, mas de maneira geral meu público é muito versátil e entende a sazonalidade que tem na flores e eu sempre monto bandejas mistas com o que eu tenho de melhor" disse. Produção de flores comestíveis no Espírito Santo Além disso, Eliana também deixa o sítio a disposição para os cozinheiro que quiserem colher e escolher as flores. Trabalho que para ela, é mais do que o próprio sustento. "Me faz bem colher a flores, é terapêutico. Muita gente fala comigo que passaria o dia aqui, que queria estar de férias para ajudar a colher. Prato colorido O chefe Ari Cardoso tem um restaurante em Pedra Azul e acredita que a decoração com flores comestíveis dá um toque final essencial para os pratos, mas é uma arte que precisa ser feita com cuidado. "Tem que ser algo sutil, não pode ter muita informação. Então como toda a minha louça é branca, porque na minha opinião o ator principal é a comida. Eu coloco flores comestíveis para dar um ar mais natural possível. As flores além de trazer beleza, trazem frescor", apontou. Flores comestíveis de produtora do Espírito Santo compõem os mais variados tipos de pratos Reprodução Cozinheiro há 32 anos, ele faz consultoria para outros empreendimentos, e em 2019 abriu seu próprio restaurante. Para o chefe, outro detalhe faz a diferença na hora de escolher as flores: o aroma e o sabor. "A maioria das flores são comestíveis. Mas não é todo mundo que acha agradável comer flor, mas temos uma regra que tudo que a gente coloca no prato pode se comer. Nós podemos trabalhar com qualquer flor, mas tem que ter muito cuidado porque tem flores que tem aroma e que podem interferir no prato. Também tem flores mais ácidas", completou. O chefe se mudou da Paraíba mora para o Espírito Santo há 14 anos, e pôde participar da experiência de colher as próprias flores, e já tem a sua preferida. "Eu opto sempre por flores nem muito pequenas nem muito grande, suaves. Às vezes usamos o brotinho da flor, se o prato é branco usamos a flor de outra cor para fazer contraste com o alimento. Eu gosto muito de usar a beijo, porque ela é versátil, tem cores vibrantes. E para mim o prato que não pode faltar uma flor é o camarão VG com espaguete e molho parmentino", apontou. Outro restaurante em Vitória também utiliza as flores da Eliana. O chefe Pablo Pavon destacou a delicadeza na hora de montar os pratos com as diferentes espécies. "Em 2010 a gente ainda não conhecia quem cultivava flores comestíveis. Mas em 2013 conhecemos a Eliana. Para mim, as flores são um elemento estético decorativo que eleva o prato a outro patamar qualquer elaboração. É como uma especiaria, tem que saber bem que flor colocar em cada prato para que os sabores 'convivam' e nem todos os pratos precisam de flor", contou. Pratos variados de restaurantes no Espírito Santo usam flores comestíveis Soeta Restaurante VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
01/10/2025 07:01:33 +00:00
Chinesa é condenada após a 'maior apreensão de bitcoins da história'

Zhimin Qian foi condenada na segunda-feira Polícia de Londres Uma cidadã chinesa foi condenada após uma investigação de fraude que culminou com a maior apreensão de criptomoedas da história até agora, avaliada em mais de 5 bilhões de libras (cerca de R$ 36 bilhões). Zhimin Qian, também conhecido como Yadi Zhang, se declarou culpada na segunda-feira (29/09) no Tribunal da Coroa de Southwark, em Londres, por adquirir e possuir ilegalmente as criptomoedas. Entre 2014 e 2017, ela liderou um golpe em larga escala na China, enganando mais de 128 mil vítimas e armazenando os fundos roubados em ativos de bitcoin, disse a Polícia Metropolitana em um comunicado. A polícia metropolitana disse que a confissão de culpa do homem de 47 anos ocorreu após uma investigação de sete anos sobre uma rede global de lavagem de dinheiro. Um total de 61 mil bitcoins foram apreendidos de Qian, disse a polícia. A polícia disse que a investigação começou em 2018, após receber uma denúncia sobre a transferência de ativos criminosos. Qian fugiu da justiça por cinco anos até sua prisão, o que exigiu uma investigação complexa envolvendo múltiplas jurisdições, disse a sargento Isabella Grotto, que liderou a investigação da Polícia Metropolitana. Ela fugiu da China usando documentos falsos e entrou no Reino Unido, onde tentou lavar o dinheiro roubado comprando imóveis, disse a polícia. "Ao se declarar culpada hoje, a sra. Zhang espera trazer algum conforto aos investidores que esperam desde 2017 por indenização e tranquilizá-los de que o aumento significativo nos valores das criptomoedas significa que há fundos mais do que suficientes disponíveis para pagar suas perdas", disse o advogado de Qian, Roger Sahota, da Berkeley Square Solicitors. Jogador do Corinthians e Sasha Meneghel estão entre vítimas do Sheik do Bitcoins; veja esquema Mas há indicações de que o governo do Reino Unido tentará reter os fundos apreendidos. A BBC entrou em contato com o Tesouro e o Ministério do Interior, mas ainda não obteve resposta. As reformas na legislação criminal do governo conservador anterior visavam facilitar para as autoridades do Reino Unido a apreensão, o congelamento e a recuperação de criptoativos. As mudanças também permitiriam que algumas vítimas solicitassem a liberação de seus ativos mantidos em contas. 'A deusa da riqueza' Qian teve ajuda de uma funcionária de um restaurante chinês chamada Jian Wen, que foi presa por seis anos e oito meses no ano passado por sua participação na operação criminosa. Casa ao norte de Londres para onde Jian Wen se mudou em 2017 Divulgação Wen, de 44 anos, lavou os lucros do golpe e se mudou de uma casa em cima de um restaurante para uma "casa alugada de vários milhões de libras" no norte de Londres, disse o Crown Prosecution Service (CPS) no início deste ano. Ela também comprou dois imóveis em Dubai no valor de mais de 500 mil libras (cerca de R$ 3,7 milhões), disse o CPS. A polícia disse que apreendeu mais de 300 milhões de libras (cerca de R$ 2,1 bilhões) em bitcoins de Wen. Wen alegou ter comprado os imóveis para um empregador na China. Mas o CPS afirmou que a grande quantidade de bitcoins e a falta de evidências de como ela os obteve indicavam que a origem era criminosa. O meio de comunicação chinês Lifeweek relatou em 2024 que investidores, a maioria entre 50 e 75 anos, investiram "centenas de milhares a dezenas de milhões" de yuans em investimentos promovidos por Qian. Os esquemas alavancaram a popularidade das criptomoedas na China na época, prometendo dividendos diários e lucros garantidos, de acordo com a Lifeweek. A empresa de Qian afirmou que ajudaria a China a se tornar um centro de finanças e tecnologia e exibiu projetos e investimentos que disse ter em todo o país. Algumas das vítimas — incluindo empresários, funcionários de bancos e membros do judiciário — teriam sido incentivadas a investir no esquema de Qian por amigos e familiares. Os investidores supostamente sabiam pouco sobre Qian, que era descrita como "a deusa da riqueza". "Bitcoin e outras criptomoedas estão sendo cada vez mais usadas por criminosos organizados para disfarçar e transferir ativos, para que os fraudadores possam desfrutar dos benefícios de sua conduta criminosa", disse o vice-promotor-chefe da Coroa, Robin Weyell. "Este caso, envolvendo a maior apreensão de criptomoedas no Reino Unido, ilustra a escala de lucros criminosos disponíveis para esses fraudadores." A condenação de segunda-feira marca o "ápice de anos de investigação dedicada", que envolveu a polícia e equipes policiais chinesas, disse Will Lyne, chefe do Comando Econômico e de Crimes Cibernéticos da Polícia Metropolitana. A polícia disse que a investigação ainda está em andamento. O CPS está trabalhando para garantir que os fraudadores não se apropriem dos fundos roubados, informou a Polícia Metropolitana. Muitas das vítimas tiveram parte do seu dinheiro devolvido por meio de um esquema de indenização estabelecido na China, informou o CPS no ano passado. Qian está detida até a sentença, que ocorrerá após um julgamento envolvendo outras pessoas ligadas ao caso. A data da publicação da sentença ainda não foi definida. A BBC entrou em contato com a embaixada chinesa no Reino Unido para comentar, mas ainda não obteve resposta. Esta reportagem foi traduzida e revisada por nossos jornalistas utilizando o auxílio de IA na tradução, como parte de um projeto piloto Os bilionários brasileiros em 2025, segundo a Forbes
01/10/2025 06:01:13 +00:00
'Shutdown': Governo dos EUA é paralisado após Congresso não aprovar orçamento

Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, uma série de serviços públicos deve ser suspensa já nas próximas horas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do shutdown do governo Trump A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. No centro do impasse está a saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. Já os republicanos de Donald Trump defendem que saúde e financiamento federal sejam tratados separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. Nas redes sociais, a Casa Branca confirmou a paralisação, que chamou de: "shutdown democrata". Na terça-feira, republicanos e democratas trocaram acusações sobre quem seria culpado pelo shutdown. Initial plugin text Sem a extensão desses benefícios, os custos com saúde para 24 milhões de americanos aumentarão drasticamente, com impacto maior em estados controlados por republicanos, como Flórida e Texas — que não implementaram medidas que garantem cobertura médica para pessoas de baixa renda. A crise ganhou novos contornos com as ameaças do presidente. Trump afirmou que poderia "fazer coisas ruins e irreversíveis", como demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas, caso o governo fosse paralisado. “Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, disse Trump na terça-feira. Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com Trump na Casa Branca para tentar negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo. Na noite desta terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários. Com a paralisação, apenas serviços considerados essenciais continuarão funcionando, como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo. Veja os impactos mais abaixo. A última paralisação ocorreu entre 2018 e 2019, no primeiro mandato de Trump, quando ele exigiu que o Congresso aprovasse gastos para a construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México. O presidente recuou 35 dias depois. O custo estimado da crise foi de US$ 3 bilhões. LEIA TAMBÉM De atraso em voos a museus fechados: entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação RELEMBRE: Último 'shutdown' dos EUA também ocorreu em governo Trump e foi o mais longo da história 'Foi tão agressivo que fiquei apavorada': a equatoriana jogada no chão por agente de imigração nos EUA Impactos Aviões estacionados no aeroporto de LaGuardia, em Nova York Reuters A remuneração de trabalhadores de serviços essenciais, congelada com o "shutdown", será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado. ✈️ O "shutdown" também pode afetar turistas. Companhias aéreas alertam que atrasos em voos são prováveis nos próximos dias. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que 11 mil funcionários serão enviados para casa. Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem receber salário. Atualmente, os EUA enfrentam déficit de cerca de 3.800 controladores. O shutdown de 2019 provocou filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos. Na época, as autoridades reduziram o tráfego aéreo em Nova York. 🗽 Ainda no setor do turismo, parques nacionais, museus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços internos suspensos. A Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, devem interromper as visitas, por exemplo. 💸 Para os moradores, alguns serviços continuarão funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde. O Serviço Postal seguirá operando, já que não depende do orçamento do Congresso. Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos. Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar. 🚨 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada. Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas. Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos. Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional. A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas. VÍDEOS: mais assistidos do g1 O Capitólio dos EUA, horas antes de uma paralisação parcial do governo entrar em vigor, em Washington REUTERS/Elizabeth Frantz
01/10/2025 04:00:50 +00:00
Bolsa Família 2025: veja o calendário de pagamentos de outubro

Ministro Luiz Fux determina adoção de medidas para impedir apostas com recursos do Bolsa Família A Caixa Econômica Federal inicia os pagamentos de outubro do Bolsa Família 2025 no dia 20. Os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. (veja mais abaixo o calendário completo) O dinheiro vai ser disponibilizado nos últimos 10 dias úteis de cada mês, de forma escalonada. A exceção é o mês de dezembro, quando os pagamentos são antecipados. Confira o calendário do Bolsa Família para outubro de 2025: Final do NIS: 1 - pagamento em 20/10 Final do NIS: 2 - pagamento em 21/10 Final do NIS: 3 - pagamento em 22/10 Final do NIS: 4 - pagamento em 23/10 Final do NIS: 5 - pagamento em 24/10 Final do NIS: 6 - pagamento em 27/10 Final do NIS: 7 - pagamento em 28/10 Final do NIS: 8 - pagamento em 29/10 Final do NIS: 9 - pagamento em 30/10 Final do NIS: 0 - pagamento em 31/10 Ao longo do ano, a previsão de pagamentos é: Novembro: de 14/11 a 28/11; Dezembro: de 10/12 a 23/12. Bolsa Família Luis Lima Jr/FotoArena/Estadão Conteúdo Veja abaixo perguntas e respostas sobre o Bolsa Família. Quem pode receber o Bolsa Família? A principal regra para receber o benefício é ter renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para se enquadrar do programa, é preciso somar a renda total e dividir pelo número de pessoas. Caso o valor fique abaixo dos R$ 218, a família está elegível ao Bolsa Família. Os beneficiários também precisam arcar com contrapartidas, como: manter crianças e adolescentes na escola; fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes); manter as carteiras de vacinação atualizadas. Onde se cadastrar? Os beneficiários precisam se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) — principal instrumento do governo federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais — e aguardar uma análise de enquadramento. Estar no Cadastro Único não significa a entrada automática nos programas sociais do governo, uma vez que cada um deles tem regras específicas. Mas o cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja avaliada. VEJA COMO FAZER O CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários recebem e podem movimentar os valores pelo aplicativo Caixa TEM e internet banking. Assim, não é necessário ir até uma agência da Caixa Econômica Federal — que é responsável pelo pagamento do Bolsa Família — para realizar o saque. Segundo a Caixa, os beneficiários também podem utilizar o cartão do programa para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, por meio da função de débito. Além disso, há a opção de realizar saques nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, além das agências da Caixa.
01/10/2025 03:02:03 +00:00
CNU 2025: veja o que esperar das provas da FGV, nova banca do concurso

CNU 2025 tem edital publicado: veja datas, vagas e como se inscrever A segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) será organizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável, entre outras funções, por elaborar as questões das provas. Por isso, é essencial que os candidatos conheçam o perfil da banca organizadora. É uma forma de “prever, mais ou menos, os assuntos que serão cobrados”, explica o professor Bruno Bezerra, do Estratégia Concursos. ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. A seleção terá duas fases: a prova objetiva será aplicada em 5 de outubro, e a discursiva, apenas para os aprovados na primeira etapa, em 7 de dezembro. (veja como vai funcionar) 📚 O Perfil da banca A primeira edição do CNU foi organizada pela Fundação Cesgranrio. De modo geral, professores avaliam que as provas apresentaram nível de dificuldade médio e cobraram os conteúdos de forma direta. (relembre como foi) A FGV tem um estilo de prova mais exigente. Segundo o professor Eduardo Cambuy, do Gran Concursos, a banca varia entre nível médio e difícil, sendo conhecida pelo perfil “acadêmico” e por elaborar questões mais longas, interpretativas e cansativas. “É uma banca diferente, até mesmo peculiar, no mundo dos concursos. As provas tendem a ser mais cansativas por exigirem raciocínio, interpretação e atenção a textos longos e detalhados, o que torna a leitura e análise mais trabalhosa”, explica o professor. Cambuy observa que textos longos, gráficos e situações-problema são comuns nas provas da FGV. Por isso, recomenda que o candidato se prepare para avaliações mais densas do que as da Cesgranrio. Além de elaborar as questões, a FGV é responsável por todo o processo do concurso: administra o sistema de inscrições, imprime e distribui os cadernos de prova, realiza a correção e divulga os resultados. A banca também publica o edital, aplica as provas e, ao final, entrega ao órgão contratante a lista oficial de aprovados. Após a homologação do resultado, a gestão do concurso passa a ser de responsabilidade exclusiva do órgão contratante — neste caso, o Ministério da Gestão. 🤔 O que esperar da prova? Diferentemente da primeira edição, que teve provas aplicadas em um único dia, o CNU 2025 será dividido em duas etapas eliminatórias: Uma prova objetiva, no dia 5 de outubro; e Uma prova discursiva, marcada para 7 de dezembro, apenas para os aprovados na primeira fase. 📘 1ª FASE: PROVA OBJETIVA A prova objetiva será aplicada simultaneamente em todo o país no dia 5 de outubro e contará com questões de múltipla escolha, com cinco alternativas cada. Ela será dividida em duas partes: Conhecimentos gerais: questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades); Conhecimentos específicos: conforme o bloco temático escolhido no momento da inscrição. O número de questões varia de acordo com o nível do cargo. Nível superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos; Nível intermediário (médio e técnico): 68 questões, sendo 20 de conhecimentos gerais e 48 específicas. O tempo de prova também varia: Nível superior: 5 horas de duração, das 13h às 18h; Nível intermediário: 3h30 de duração, das 13h às 16h30. ✍️ 2ª FASE: PROVA DISCURSIVA A segunda etapa será a prova discursiva, marcada para o dia 7 de dezembro, e será aplicada apenas aos candidatos aprovados na primeira fase. Nessa fase, os participantes serão avaliados de acordo com o nível de escolaridade exigido para o cargo pretendido. Nível superior: os candidatos deverão responder a duas questões discursivas, com duração de três horas (das 13h às 16h); Nível intermediário: os candidatos farão uma redação dissertativa-argumentativa, com duração de duas horas (das 13h às 15h). Além de medir a capacidade de argumentação e o domínio do conteúdo, essa etapa será determinante para a classificação final dos candidatos. Serão aplicadas nove provas diferentes, uma para cada bloco temático (área de atuação) em que os candidatos puderam se inscrever. Nas provas da FGV, cada questão de múltipla escolha apresenta cinco alternativas. Outras bancas tradicionais costumam adotar formatos distintos, como questões com quatro alternativas ou enunciados para o candidato julgar como certos ou errados, muitas vezes com penalização em caso de erro. No CNU, as questões terão pesos distintos, variando de um a cinco pontos. Eduardo Cambuy destaca que as provas da FGV têm forte ênfase na interpretação de texto, inclusive em disciplinas técnicas como Direito. A banca costuma explorar a literalidade da lei — alterando palavras para confundir — e criar situações hipotéticas para contextualizar o conteúdo. “A FGV tem uma pegada muito forte em português e um perfil interpretativo maior do que outras bancas. Isso não se limita apenas à disciplina de Língua Portuguesa, mas se estende a toda a prova”, explica o professor. A banca frequentemente utiliza palavras ou estruturas de frases invertidas para testar a atenção do candidato. Mesmo nas provas de nível superior, que não trazem questões específicas de Português, a interpretação será decisiva. Comparando com provas anteriores, Cambuy avalia que o nível de dificuldade deve ser maior. “A FGV tende a forçar o raciocínio e exige leitura atenta. O candidato precisa estar preparado para enfrentar questões mais densas e um exame mais exaustivo”, conclui. ✍🏽 Vale a pena "chutar"? No CNU, é fundamental que o candidato responda a todas as questões, mesmo que não saiba a alternativa correta, afirma o especialista Bruno Bezerra, professor do Estratégia Concursos. Isso porque, diferentemente do que ocorre em provas de outras bancas tradicionais ou em sistemas de correção específicos, o candidato não perde pontos ao “chutar” questões neste exame. “No CNU não há penalização por erro, ao contrário de bancas como o Cebraspe. Marcar qualquer alternativa pode render pontos preciosos que fazem diferença na classificação", concluiu. O professor explica que uma das principais marcas das provas da FGV é o formato longo e denso, com enunciados extensos e grande exigência de interpretação. Segundo ele, isso pode comprometer o tempo dos candidatos. “Muitas vezes o participante não consegue sequer ler todas as questões. Se perceber no início que uma pergunta exigirá cerca de 20 minutos, deve deixá-la para o final”, alertou o professor. Segundo Bezerra, o tempo médio disponível é de apenas três minutos por questão, e insistir em apenas uma pode comprometer o desempenho no restante. Ele recomenda treinar com simulados para desenvolver estratégia e administrar a concentração. Em provas de cinco horas, é praticamente impossível manter alto rendimento do início ao fim. A mente se cansa e deixa de assimilar o conteúdo. Nesse momento, o ideal é fazer uma pausa. 📝 O que vai cair? As disciplinas cobradas nas nove provas estão detalhadas nos editais. ((veja aqui) De forma geral, o órgão responsável pelo concurso — neste caso, o Ministério da Gestão — define os temas, e a banca elabora as questões a partir deles. Cambuy destaca que a banca tende a priorizar legislação consolidada e jurisprudência, evitando temas controversos para reduzir recursos e anulações. Ano passado, a primeira edição do CNU teve oito perguntas anuladas. Para Bezerra, a FGV mescla texto literal da lei, doutrina, jurisprudência e atualidades, frequentemente em situações-problema. Em disciplinas específicas, a banca demonstra preferências claras: até 40% das questões de Português são de interpretação de texto; em Matemática, prevalecem problemas de lógica; em Contabilidade, são comuns cálculos extensos. “A FGV busca um candidato completo, por isso elabora questões em todas as frentes. Em Direito, muitas vezes a questão é apenas a reprodução de um trecho da Constituição Federal ou de uma lei prevista no edital”, explica Bruno Bezerra. A banca também valoriza a jurisprudência — os entendimentos consolidados dos tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF) — além de súmulas e doutrina jurídica. Segundo o professor, a FGV costuma contextualizar esses conteúdos em situações-problema ou em cenários atuais. Por isso, recomenda-se atenção às novidades legislativas e às decisões dos tribunais superiores federais. Além disso, é essencial ficar ligado aos acontecimentos políticos e sociais. “A banca exige uma preparação holística, que vai além da memorização das leis e envolve a capacidade de interpretação e aplicação do conhecimento em contextos reais”, concluiu. A professora Letícia Carneiro Bastos, do Gran Concursos, afirma que os conteúdos mais prováveis de Língua Portuguesa são cobrados de forma indireta, sem detalhar o tema nas perguntas. “Questões sobre crase, concordância, regência ou colocação pronominal aparecem dentro do contexto interpretativo, sem indicação explícita do assunto. Cabe ao candidato usar a leitura para identificar o conteúdo gramatical exigido”, explica a professora. Segundo Letícia, ao contrário do que muitos candidatos esperam, alguns enunciados são curtos: “A FGV utiliza trechos mínimos, às vezes de apenas uma linha ou um único período. Em certos casos, nem apresenta texto, e a interpretação deve ser feita diretamente pelas alternativas”, completa. A FGV também aborda gramática de forma implícita, integrando regras como crase, regência e concordância ao contexto interpretativo. Mesmo nos blocos de 1 a 7, onde em tese não há questões específicas de Português, os candidatos precisarão usar interpretação em toda a prova. ➡️ Prepare-se Segundo especialistas, os candidatos devem se preparar para um aumento no nível de dificuldade em relação a concursos anteriores da banca. Para a reta final, a professora Letícia recomenda intensificar a prática: “Eu dobraria o número de questões e simulados por dia, especialmente em Português, mas também nas demais disciplinas. Resolver perguntas de concursos anteriores é a melhor forma de revisar o conteúdo e compreender o perfil da banca”, explica. Cambuy destaca que o principal desafio é o cansaço mental e o domínio da interpretação, não apenas a memorização. Por isso, uma preparação estratégica pode fazer a diferença para um bom desempenho. Bezerra alerta que, no preparo emocional, é essencial administrar o estresse. Pequenas pausas durante a prova podem evitar queda de rendimento. “O diferencial da FGV é valorizar interpretação, aplicação prática e raciocínio crítico, tornando indispensável uma preparação focada e estratégica para alcançar bom desempenho”, afirma Bruno Bezerra. Como dicas finais, os especialistas sugerem: Simulados completos: Faça provas inteiras, cronometradas, simulando as condições reais. Isso ajuda na resistência física e mental. Estratégia de prova: Resolva primeiro as questões mais fáceis e rápidas. Marque as demoradas para o final. Resolver muitas questões da FGV: Isso ajuda a entender a linguagem e os padrões de cobrança da banca. Pausas inteligentes: Se sentir cansaço ou “branco”, pare 1-2 minutos, beba água ou coma algo leve. É melhor recuperar a concentração do que insistir sem entender. Cuide do emocional: a pressão é grande. Controle a ansiedade e mantenha o foco. Revisar conteúdos já estudados: Use resumos, mapas mentais ou fichas para relembrar rapidamente o que pode ter sido esquecido. Foque na objetiva agora: a prova discursiva será em dezembro, permitindo atenção exclusiva à primeira etapa. Se concentre na objetiva e, se classificado, use os dois meses seguintes para estudar e treinar respostas no padrão da FGV. Lembre-se: é melhor preparar-se para uma prova difícil e ser surpreendido positivamente do que o contrário. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso
01/10/2025 03:02:02 +00:00
Tarifas dos EUA sobre medicamentos e caminhões entram em vigor nesta quarta

Trump anuncia novas tarifas sobre produzidos fabricados em outros países As tarifas sobre importação de produtos farmacêuticos e caminhões pesados, anunciadas na última semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passam a valer nesta quarta-feira (1º). Segundo Trump, a medida busca proteger os fabricantes locais diante do que ele chamou de "concorrência externa desleal". Ele ainda citou “razões de segurança nacional”. As novas taxas são de 100% para medicamentos e de 25% para caminhões pesados. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Na segunda-feira, o republicano também anunciou tarifas de 10% para madeira importada e de 25% para armários de cozinha, pias de banheiro e móveis estofados. As cobranças entram em vigor em 14 de outubro. 💊 Produtos farmacêuticos Entre as tarifas anunciadas na última semana, a mais alta, de 100%, é para itens farmacêuticos. Trump afirmou que a taxa vale para importação de medicamentos de marca ou patenteados, exceto nos casos em que a empresa responsável esteja construindo fábricas no território americano. "Estar construindo' será definido como 'início das obras' e/ou 'em construção'. Portanto, não haverá tarifa sobre esses produtos farmacêuticos se a construção já tiver começado", escreveu o republicano na Truth Social. A Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (Associação de Pesquisa e Fabricantes de Produtos Farmacêuticos) se opôs às novas tarifas sobre medicamentos. A entidade informou que, no início deste ano, 53% dos US$ 85,6 bilhões em ingredientes utilizados em medicamentos consumidos nos EUA eram produzidos no país, enquanto o restante vinha da Europa e de outros aliados americanos. Trump anuncia tarifas sobre produtos farmacêuticos Reprodução/Truth Social 🚛 Caminhões pesados Para caminhões pesados, Trump anunciou tarifa de importação de 25%. O republicano afirmou que o objetivo da medida é proteger os fabricantes locais da "concorrência externa desleal". Embora tenha mencionado caminhões "grandes", Trump não especificou quais modelos seriam afetados. Segundo ele, a medida deve beneficiar fabricantes americanos como Peterbilt, Kenworth e Freightliner. “Precisamos que nossos caminhoneiros estejam financeiramente saudáveis e fortes, por vários motivos. Mas, acima de tudo, por razões de segurança nacional!”, acrescentou. O México é o principal exportador de caminhões médios e pesados para os EUA. Um estudo divulgado em janeiro mostrou que as importações desses veículos do país triplicaram desde 2019. As tarifas também podem impactar a Stellantis, controladora da Chrysler, que fabrica caminhões pesados Ram e vans comerciais no México. Além disso, o grupo sueco Volvo está construindo uma fábrica de caminhões pesados em Monterrey, no México, no valor de US$ 700 milhões, com início das operações previsto para 2026. No ano passado, os EUA importaram quase US$ 128 bilhões em peças para veículos pesados provenientes do México, o que representa cerca de 28% do total das importações do país, segundo informações oficiais. Trump anuncia tarifas sobre caminhões pesados Reprodução/Truth Social Gigantes farmacêuticas se manifestaram As novas tarifas levantaram dúvidas sobre os impactos em algumas das maiores farmacêuticas do mundo, sobretudo as sediadas na Europa. Mike Doustdar, CEO da Novo Nordisk — fabricante da popular caneta para emagrecimento, com sede na Dinamarca — afirmou que a empresa ainda analisa como a medida se encaixa no acordo comercial vigente entre União Europeia (UE) e EUA, segundo a Reuters. Em agosto, EUA e UE firmaram um acordo que estabeleceu uma tarifa de 15% sobre diversos produtos europeus, como carros, madeira, medicamentos e componentes eletrônicos. Na última sexta, a Casa Branca informou que vai manter esse limite como parte dos compromissos comerciais com os europeus e também com o Japão. Em contrapartida, a UE se comprometeu a zerar as tarifas sobre todos os produtos industriais dos EUA e a oferecer acesso preferencial a frutos do mar e itens agrícolas norte-americanos. Já a suíça Novartis afirmou hoje que a tarifa “não deve ter impacto” em suas operações. Isso porque, em abril, a companhia anunciou um investimento de US$ 23 bilhões em infraestrutura nos EUA e na construção de novas unidades no país — uma das exceções destacadas pelo presidente americano. Fachada da sede da Novartis em Basel, na Suíça. Arquivo/Arnd Wiegmann/Reuters "Estamos trabalhando para garantir que todos os principais medicamentos da Novartis para pacientes dos EUA sejam fabricados nos EUA", afirmou a empresa em comunicado. "Nesse contexto, a tarifa de 100% anunciada não deverá ter impacto sobre a Novartis ." O Reino Unido, por sua vez, decidiu pressionar os EUA sobre as novas tarifas farmacêuticas. O tema ganhou relevância para o governo britânico, já que grandes farmacêuticas do país, como AstraZeneca e GlaxoSmithKline, mantêm fábricas nos EUA e anunciaram novos investimentos recentemente. Em julho, a AstraZeneca, por exemplo, prometeu injetar US$ 50 bilhões nos EUA até 2030. "Sabemos que isso será preocupante para nós, e é por isso que estamos interagindo ativamente com os EUA e continuaremos a fazê-lo nos próximos dias", disse um porta-voz do governo britânico. Segundo a agência Reuters, ele ressaltou ainda que "setores como o farmacêutico são essenciais para nossa economia". "Então, continuaremos a pressionar os EUA por resultados que reflitam a força do nosso relacionamento e ofereçam benefícios reais para a indústria do Reino Unido". Trump chega à Assembleia na ONU em NY Kylie Cooper/Reuters O tarifaço de Trump O presidente dos EUA tem aplicado tarifas sobre vários produtos com base na Seção 232 da Lei de Expansão Comercial, que permite impor taxas sem a aprovação do Congresso quando as importações são consideradas uma ameaça à segurança nacional. Essa estratégia já foi utilizada para impor tarifas sobre importações de automóveis, cobre, aço e alumínio. Diante de várias contestações, o caso chegou à Suprema Corte dos EUA. No início deste mês, os magistrados decidiram que irão analisar a legalidade desse aumento tarifário. A Corte foi acionada após um recurso do Departamento de Justiça dos EUA contra uma decisão de instância inferior. O tribunal de apelações concluiu que Trump ultrapassou sua autoridade ao impor a maior parte das tarifas com base em uma lei federal destinada a situações de emergência. O processo terá andamento acelerado na Suprema Corte, que agendou os argumentos orais para a primeira semana de novembro. De acordo com a Bloomberg, novas tarifas sobre importações consideradas críticas, como semicondutores e minerais essenciais, devem ser anunciadas nas próximas semanas. A reportagem destaca que a gestão Trump também iniciou investigações sobre importações de robótica, máquinas industriais e dispositivos médicos, o que pode gerar impactos significativos para os fabricantes nacionais. Em abril, o Departamento de Comércio iniciou uma investigação sobre o impacto de todas as importações de medicamentos — incluindo genéricos, produtos de marca prontos e os ingredientes utilizados na fabricação — na segurança nacional dos EUA. Donald Trump comenta encontro com Lula na ONU
01/10/2025 03:01:39 +00:00
BC adia regulamentação do PIX parcelado e não dá novo prazo

BC adia regulamentação do PIX parcelado e não dá novo prazo Reprodução/Redes sociais O Banco Central adiou a regulamentação do PIX parcelado, que o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indica ser uma alternativa de empréstimo para 60 milhões de pessoas que não têm acesso ao cartão de crédito. A regulamentação estava prevista para o mês de setembro, mas o BC não divulgou as regras de padronização. Questionada pelo g1, por meio de sua assessoria de imprensa, a autoridade monetária não informou o motivo do atraso e nem mesmo o novo prazo para que as normas sejam divulgadas. ➡️O parcelamento por meio do PIX já é ofertado por várias instituições financeiras, uma linha de crédito formal, mas o BC pretende padronizar as regras — o que facilitará o uso pelo consumidor e tende a favorecer a competição entre os bancos. Parcelamento via cartão de crédito ➡️Ao comprar produtos com cartão de crédito parcelado, há casos em que são cobrados juros (valor do produto é diferente daquele com pagamento a vista, por meio do PIX, no qual é concedido um "desconto" pelos lojistas). ➡️Em outros casos não há cobrança aparente de juros, embora especialistas argumentem que eles geralmente estão "embutidos" no preço final dos produtos e serviços vendidos. ➡️Além disso, são cobradas taxas exorbitantes dos clientes bancários no cartão de crédito rotativo (acima de 15% ao mês) caso não paguem o valor total da fatura. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. Como vai funcionar o PIX parcelado O PIX parcelado possibilitará a tomada de crédito pelo comprador, em uma instituição financeira, preferencialmente com a qual já tenha relacionamento, para permitir o parcelamento de uma transação PIX. Quem estiver recebendo (lojista) terá acesso a todo o valor instantaneamente, mas quem estiver pagando (comprador) poderá parcelá-lo. O PIX Parcelado poderá ser usado para qualquer tipo de transação, inclusive para transferências. A instituição onde o comprador detém a conta dará o crédito e definirá o processo em caso de atraso no pagamento das parcelas ou de inadimplência (juros), considerando seus procedimentos de gerenciamento de riscos, conforme o perfil do cliente, como já acontece com outras linhas de crédito. O Banco Central já informou esperar que a modalidade de pagamento seja competitiva e permita o parcelamento com taxas vantajosas. "Quem paga juros no PIX Parcelado é o consumidor. Contudo, espera-se que os bancos ofertem linhas de crédito em que o valor final do bem no PIX Parcelado, mesmo com a cobrança de taxa de juros, seja menor ou igual ao valor final do bem no parcelado sem juros usando cartão de crédito", informou o Banco Central, em abril deste ano. Melhor para os lojistas De acordo com o BC, a novidade também é uma opção mais vantajosa para os lojistas, que receberão os valores a vista — sem precisar pagar juros aos bancos para antecipar o recebimento das parcelas mensais. "No PIX Parcelado, o lojista recebe o valor total do pagamento no momento da venda do bem ou serviço. Logo, por definição, não haverá antecipação nem cobrança de taxa de antecipação para o lojista. Ou seja, o modelo do PIX Parcelado é menos custoso do que o modelo do cartão de crédito para o lojista", informou o Banco Central. ➡️No cartão de crédito, o valor da compra é pago aos lojistas pela instituição financeira no mês da aquisição do produto ou serviço, ou de forma parcelada (se a compra for feita dessa forma). ➡️Os lojistas podem optar por antecipar as parcelas mensais, com a cobrança de juros pelos bancos, mas essa é apenas uma alternativa, não uma obrigação. ➡️No PIX parcelado, o lojista receberá os valores a vista, sem pagar juros aos bancos, mesmo que os compradores optem por parcelar mensalmente sua compra. Posição dos bancos Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o PIX parcelado representa uma evolução, um movimento natural do produto e uma modalidade complementar no sistema de pagamentos à disposição dos clientes. "Os clientes continuarão a escolher a forma de pagamento que melhor atenda às suas necessidades no momento da transação. Hoje, o PIX já é o meio de pagamento mais utilizado e preferido da população bancarizada. Trazer a opção de parcelamento da transação durante a jornada de pagamento via PIX pode ser uma nova alavanca para o uso do produto", avaliou a Febraban, em abril deste ano. Segundo a Federação, a oferta (disponibilidade da linha de crédito) e a precificação do produto (taxas de juros cobradas) serão de responsabilidade exclusiva de cada instituição financeira. Defesa do Consumidor O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) informou considera acertada a decisão do Banco Central de adiar a implementação do PIX Parcelado após as falhas de segurança e desvios recentes registrados no sistema financeiro. "O adiamento, ainda que motivado pela necessidade de reforçar a infraestrutura contra fraudes, deve ser entendido também como uma oportunidade para aprofundar o debate sobre os riscos que a nova funcionalidade pode trazer aos consumidores", informou o órgão. Segundo o Instituto, o PIX nasceu como um sistema de pagamentos instantâneos, gratuito e acessível, que ampliou de forma inédita a inclusão financeira no país. "Vincular sua marca a operações de crédito parcelado — com juros, encargos e contratos nada transparentes significa descaracterizar o funcionamento desse meio de pagamento e expor milhões de pessoas ao risco de endividamento, justamente em um cenário em que o superendividamento já atinge níveis críticos entre as famílias brasileiras", acrescentou o Idec, por meio de nota. Apesar das críticas, o órgão reconheceu que, enquanto o regulamento não é publicado, os "consumidores continuam expostos a ofertas de crédito atreladas ao PIX já disponíveis no mercado". "Essa realidade reforça a urgência de fortalecer a regulação e também de manter esforços de orientação, para que a população não seja induzida a assumir dívidas em condições injustas ou abusivas. A pausa anunciada pelo Banco Central precisa, portanto, ser utilizada para discutir medidas regulatórias robustas que assegurem a proteção do consumidor", acrescentou. Para o Idec, a regulação deve priorizar a proteção contra o superendividamento, preservando a essência do PIX como política pública de democratização dos pagamentos, e não como porta de entrada para dívidas. BC anuncia nova regra para Pix Automático de despesas recorrentes
01/10/2025 03:00:59 +00:00
De atraso em voos a museus fechados: entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação

Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA e os impactos da paralisação Serviços do governo dos Estados Unidos podem ser interrompidos nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não chegar a um acordo para aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, ações que dependem do poder público, como o controle aéreo e o pagamento de benefícios, podem ser afetadas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do shutdown do governo Trump A paralisação, também conhecida como "shutdown", é a 15ª desde 1981. A mais longa aconteceu durante o primeiro mandato de Donald Trump e durou 35 dias, entre 2018 e 2019. Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado. ✈️ O "shutdown" também pode afetar turistas. Companhias aéreas alertam que atrasos em voos são prováveis nos próximos dias. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que 11 mil funcionários serão enviados para casa. Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem receber salário. Atualmente, os EUA enfrentam déficit de cerca de 3.800 controladores. O shutdown de 2019 provocou filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos. Na época, as autoridades reduziram o tráfego aéreo em Nova York. 🗽 Ainda no setor do turismo, parques nacionais, museus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços internos suspensos. A Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, devem interromper as visitas, por exemplo. Aviões estacionados no aeroporto de LaGuardia, em Nova York Reuters Impactos internos 💸 Para os moradores, alguns serviços continuarão funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde. O Serviço Postal seguirá operando, já que não depende do orçamento do Congresso. Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos. Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar. 🚨 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada. Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas. Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos. Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional. A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas. Trump durante encontro com Netanyahu na Casa Branca Kevin Lamarque/Reuters Batalha política O último shutdown do governo dos Estados Unidos ocorreu entre 2018 e 2019. O centro da disputa foi um pedido de Trump para financiar a construção de um muro na fronteira com o México. Na ocasião, a paralisação custou US$ 3 bilhões à economia americana, o equivalente a 0,02% do PIB. Desta vez, o ponto de atrito é a saúde. Os democratas dizem que só aprovarão o orçamento caso programas de assistência médica que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e orçamento devem ser tratados como questões separadas. “Isso não faz nada, absolutamente nada para resolver a maior crise de saúde da América”, disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, ao pedir que colegas rejeitem o projeto de orçamento de Trump. Enquanto isso, republicanos acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas de sua base antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. “A determinação da extrema esquerda de se opor a tudo o que o presidente Trump disse ou fez não é um bom motivo para submeter o povo americano à dor de uma paralisação do governo”, disse o senador John Thune. O Capitólio dos EUA em 30 de setembro de 2025 Alex Wroblewski/AFP VÍDEOS: mais assistidos do g1
01/10/2025 03:00:38 +00:00
'Shutdown': Congresso não aprova orçamento, e governo dos EUA deve ser paralisado

O Capitólio dos EUA em 30 de setembro de 2025 Alex Wroblewski/AFP O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal. Com isso, uma série de serviços públicos poderá ser suspensa. A medida também é conhecida como "shutdown". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Na noite desta terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a última proposta discutida recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários. Em seguida, o Senado encerrou a sessão, indicando que retomará os trabalhos apenas na quarta-feira. O Congresso tem até as 23h59 desta terça-feira para aprovar o texto (0h59 de quarta-feira, em Brasília). Mesmo que o Senado reabra os trabalhos e tente votar uma nova proposta de orçamento, o texto ainda teria que passar pela Câmara, que não está em sessão. No centro do impasse que deve resultar na paralisação está a saúde. Os democratas afirmam que só aprovarão o orçamento se programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados. Já os republicanos de Trump defendem que saúde e financiamento federal sejam tratados separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso. Na segunda-feira (29), lideranças democratas e republicanas se reuniram com o presidente Donald Trump na Casa Branca para tentar negociar uma saída. As conversas não avançaram, e ambos passaram a se acusar de forçar a paralisação do governo. A crise ganhou novos contornos nesta terça-feira com as ameaças do presidente. Trump afirmou que poderia demitir servidores e encerrar programas ligados aos democratas caso o governo fosse paralisado. “Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, disse. Com a paralisação, apenas serviços considerados essenciais continuarão funcionando, como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo. Veja os impactos mais abaixo. A última paralisação ocorreu entre 2018 e 2019, no primeiro mandato de Trump, quando ele exigiu que o Congresso aprovasse gastos para a construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México. O presidente recuou 35 dias depois. O custo estimado da crise foi de US$ 3 bilhões. LEIA TAMBÉM Juiz decide que governo Trump agiu de forma inconstitucional ao prender estudantes estrangeiros pró-Palestina Trump e Milei vão se encontrar na Casa Branca para tratar de apoio de US$ 20 bilhões à Argentina Pressionado internamente, Netanyahu diz que não concordou com Estado palestino em reunião com Trump Impactos Aviões estacionados no aeroporto de LaGuardia, em Nova York Reuters Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos serão colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. A remuneração será paga de forma retroativa quando o orçamento for normalizado. ✈️ O "shutdown" também pode afetar turistas. Companhias aéreas alertam que atrasos em voos são prováveis nos próximos dias. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) informou que 11 mil funcionários serão enviados para casa. Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo terão de continuar trabalhando sem receber salário. Atualmente, os EUA enfrentam déficit de cerca de 3.800 controladores. O shutdown de 2019 provocou filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos. Na época, as autoridades reduziram o tráfego aéreo em Nova York. Ainda no setor do turismo, parques nacionais, museus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços internos suspensos. 💸 Para os moradores, alguns serviços continuarão funcionando, como o pagamento de aposentadorias e benefícios de invalidez, além de programas de saúde. O Serviço Postal seguirá operando, já que não depende do orçamento do Congresso. Programas de assistência alimentar funcionando podem continuar enquanto houver recursos. Tribunais federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas se a paralisação se prolongar. 🚨 Em relação à segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e de outras forças federais continuarão trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada. Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante a paralisação devem ser canceladas. Cerca de 2 milhões de militares americanos permanecerão em seus postos. Contratos fechados antes do início do shutdown seguem válidos, e o Departamento de Guerra poderá solicitar suprimentos para garantir a segurança nacional. A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos importantes, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas. VÍDEOS: mais assistidos do g1
01/10/2025 00:54:41 +00:00
Mega-Sena, concurso 2921: prêmio acumula e vai a R$ 7,5 milhões

G1 | Loterias - Mega-Sena 2921 O sorteio do concurso 2.921 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (30), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 7,5 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 09 - 12 -14 - 16 - 26 - 36. 5 acertos - 32 apostas ganhadoras, R$ 32.378,25 4 acertos - 2.240 apostas ganhadoras, R$ 762,43 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (2). concurso 2.921 da Mega-Sena Caixa / Reprodução Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. O pagamento da aposta online pode ser realizado via PIX, cartão de crédito ou pelo internet banking, para correntistas da Caixa. É preciso ter 18 anos ou mais para participar. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição. Bilhetes da Mega-Sena, em imagem de arquivo Marcelo Brandt/G1
30/09/2025 23:06:02 +00:00
Senado aprova segunda etapa da regulamentação da reforma tributária

Câmara já havia aprovado o projeto que estabelece regras para comitê gestor da reforma tributária O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (30) a segunda etapa de regulamentação da reforma tributária. O texto, antes de virar lei, ainda terá de passar por nova rodada de votação na Câmara dos Deputados. Em linhas gerais, o projeto: dita como será dividida entre estados e municípios a arrecadação do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que une os atuais ICMS (estadual) e ISS (municipal). Um comitê gestor com 54 conselheiros vai administrar o novo tributo, que passará a ser cobrado integralmente a partir de 2033; estende para caminhoneiros, taxistas e fretistas o benefício tributário em relação à cobrança do IBS e de um outro imposto, a nível federal, criado na reforma, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Todas essas categorias não terão de pagar os dois impostos se tiverem faturamento anual de até R$ 162 mil. O benefício para esses trabalhadores é maior por conta dos gastos com gasolina e manutenção do veículo. Para outros tipos de nanoempreendedores, como artesãos, fica fixado o limite de receita de R$ 40 mil por ano; estabelece também para bebidas açucaradas a transição de 2029 a 2033 da cobrança do chamado "imposto do pecado". Cigarros e bebidas alcoólicas já estavam contemplados nesse período de adaptação. O Senado ainda determinou um teto de 2% para cobrança desse tributo sobre as bebidas açucaradas; dá às empresas créditos pelo pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que será extinto com a criação do IBS. Saldos reunidos até o fim de 2032 poderão ser devolvidos ao contribuinte, por transferência, ou servirão para abater cobranças do novo imposto. diz que o imposto que incide sobre herança e doações não será cobrado sobre valores herdados de previdência privada complementar, seguro e pecúlio; reduz para 1% cada a alíquota do IBS e da CBS para as Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), O relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), acatou uma mudança no período de referência para cálculo do valor da alíquota do novo IBS. Será considerada agora a janela entre 2024 e 2026 de arrecadação de ICMS e ISS. Inicialmente Braga tinha fixado como base a receita média entre 2012 e 2021. Mas ele recuou após reclamação dos municípios de que poderiam sofrer perda de R$ 40 bilhões anuais. Reforma tributária vai mudar a forma como os impostos são arrecadados no Brasil Reprodução/TV Globo O Senado aprovou versão do texto que restringe, apenas para a indústria petroquímica, a isenção do IBS e da CBS sobre matérias-primas derivadas do petróleo, como a nafta. O objetivo é ajudar no combate à sonegação dos tributos pois alguns importares compram a nafta fingindo que irão produzir químicos quando, na verdade, a utilizam para produzir gasolina. Desta forma, o projeto exige que haja cobrança do ICMS, na importação, da nafta que vai para a gasolina. "Inicialmente, a cobrança só ocorreria em 2033. Com a mudança, o ICMS será cobrado já na importação da nafta destinada à gasolina, evitando desvios, fechando uma porta importante para fraudes, e ajudando os estados a aumentar a arrecadação no curto prazo", explicou o relator. Outro é a isenção (alíquota zero) dos novos impostos da reforma para Pessoas com Deficiência (PCDs) na compra de carros de até R$ 100 mil. Reforma Tributária O cerne da reforma tributária já virou lei: a transformação de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Confins) em dois (IBS e CBS), com aplicação de forma gradativa entre 2026 e 2033. De acordo com o Ministério da Fazenda, a transição funcionará da seguinte forma: 2026 será o ano teste do IBS e da CBS- os impostos não serão cobrados, mas os valores dos descontos vão aparecer nas notas fiscais, para que o contribuinte tenha familiaridade com a mudança; em 2027, começa a cobrança dos dois impostos. PIS e Cofins serão extintos e IPI terá alíquota zero, menos para produtos industrializados na Zona Franca de Manaus; em 2027 e 2028, IBS e CBS serão cobrados com alíquota simbólica de 0,1%; de 2029 a 2032, as alíquotas do ICMS e do ISS serão reduzidas em 10% ao ano, sendo a alíquota do IBS elevada progressivamente. Em 2033, o ICMS e o ISS serão extintos, e o IBS passará a ser cobrado integralmente, completando a transição para o novo sistema tributário. Imposto Seletivo O Poder Executivo ainda precisa enviar ao Congresso projeto para definir as alíquotas do Imposto Seletivo (IS), o "imposto do pecado". O tributo é aplicado sobre produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Na prática, essa categoria terá uma tributação maior do que a alíquota padrão. O texto aprovado nesta terça pelos senadores impôs o teto de 2% da cobrança do IS sobre todas as bebidas com alto teor de açúcar, como refrigerantes e sucos industrializados. Uma parte dos senadores criticou a medida. "A gente pode estabelecer um teto, mas 2%, levando em consideração que faz mal, que já é comprovado, que está acontecendo isso, as crianças e adolescentes estão consumindo e estão virando pessoas obesas e desnutridas", disse Mara Gabrilli (PSD-SP). O relator, Eduardo Braga, rebateu as críticas sob o argumento de que pessoas de baixa renda consomem esse tipo de produto. "A obesidade é um problema? É, mas a fome é mais do que um problema. A fome mata, a fome humilha, a fome tira a oportunidade das pessoas. Quem é obeso pode, por decisão própria, perder peso, pode, por decisão própria, emagrecer; mas quem passa fome não tem essa opção", afirmou Braga.
30/09/2025 21:11:31 +00:00
Gleisi cobra 'bom senso' e rebate TCU sobre meta fiscal: 'Decisão ilegal'

Haddad: Brasil tem legislação frouxa contra sonegadores A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (30) que o governo vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que viu conduta irregular do governo ao adotar o limite inferior do intervalo de tolerância, em substituição ao centro da meta de resultado primário, nas contas públicas. Segundo a ministra, a decisão do TCU é considerada ilegal pelo governo. Gleisi afirmou ainda que, se o TCU não reverter, ela acredita que o Judiciário vá rever a decisão. "Nós consideramos ilegal a decisão do TCU porque a Lei do Arcabouço fala da meta na sua centralidade das bandas. Então, ela permite, sim, que a gente faça a execução desse modo em relação ao resultado fiscal. O TCU não pode mudar o entendimento da lei", disse a ministra. Gleisi afirmou que o assunto foi pauta de um almoço entre o presidente Lula e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, nesta terça-feira (30), no Palácio da Alvorada. "Nós estamos entrando com recurso, conversamos hoje com os presidentes da Câmara e do Senado, até porque o TCU é um órgão auxiliar do Poder Legislativo para que também os presidentes conversem com o TCU e tomem as medidas cabíveis para reverter essa decisão", disse. "Espero que eles tenham um bom senso de rever a posição. E ela é ilegal. Se o TCU não rever, com certeza o Judiciário vai rever." A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann. Gil Ferreira/SRI-PR A meta fiscal de 2025 é de déficit zero – equilíbrio entre gastos e despesas, desconsiderando os precatórios. No entanto, o governo tem uma margem que flexibiliza o centro da meta, permitindo até um déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a R$ 31 bilhões. Na segunda-feira (23), o governo reviu a projeção para 2025 e prevê fechar o ano com um déficit de e R$ 73,5 bilhões. Mas, pelas regras de cumprimento da meta fiscal, é possível retirar do cálculo R$ 43,3 bilhões de gastos com precatórios. Com esse abatimento e o congelamento de despesas, o governo fecharia o ano com R$ 30,2 bilhões, ou seja, estima que o objetivo fiscal será atingido. Ainda que o objetivo fiscal seja atingido pelo governo, a análise do TCU diz que as contas públicas devem mirar o centro da meta fiscal. "(A adoção do limite inferior do intervalo de tolerância, em substituição ao centro da meta de resultado primário, como parâmetro para a limitação de empenho e movimentação financeira, revela-se incompatível com o regime jurídico-fiscal vigente", diz o TCU, em relatório sobre acompanhamento dos resultados fiscais e da execução orçamentária e financeira da União no segundo bimestre de 2025.
30/09/2025 20:43:01 +00:00
Prêmio Profissionais do Ano anuncia finalistas da 47ª edição
Os finalistas da 47ª edição do Prêmio Profissionais do Ano (PPA 2025), maior prêmio da publicidade brasileira, foram anunciados nesta terça-feira (30). Ao todo, foram selecionados 58 trabalhos, distribuídos em 16 categorias (veja a lista completa mais abaixo). A seleção foi conduzida por um júri formado por 70 profissionais de comunicação e marketing de diferentes regiões do país. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os vencedores serão revelados no dia 27 de novembro, em cerimônia em São Paulo. O processo de seleção ocorreu em duas etapas: primeiro de forma online e, em seguida, em encontro presencial na sede da Globo, em São Paulo. Na classe regional, concorrem campanhas exibidas localmente, premiando produções das regiões Sul, Sudeste Capital, Sudeste Interior, Norte-Nordeste e Leste-Oeste, nas categorias Filme e Campanha. Já na classe nacional, participam filmes veiculados em todo o país, com disputas em Filme 30”, Filme 30”+, Campanha, Ações em Conteúdo, Integrada e Valor Social. Cada categoria apresenta números distintos de indicados, reflexo da atualização nos critérios de avaliação, que desde o ano passado passou a privilegiar um olhar mais qualitativo do júri, com definição a partir de nota de corte. Neste ano, o PPA teve mais de 850 peças inscritas. Foram quase 12 horas de campanhas avaliadas, com destaque para as categorias regionais, em especial as da região Norte-Nordeste, que alcançou recorde de trabalhos submetidos. Os números também mostram diversidade de participantes, ao reunir 269 agências e 129 produtoras, representando 481 anunciantes de todo o país. Ao longo de deus 47 anos, o prêmio já analisou mais de 46 mil trabalhos e entregou mais de 3.200 troféus, consolidando-se como uma das maiores celebrações do talento criativo brasileiro. Confira a lista completa dos finalistas: Nacional Filme 30" Título: CAIU? DOEU? CATAFLAMPRO! Anunciante: HALEON Agência: WMCCANN Título: FORTE SÃO ELAS Anunciante: DIAGEO Agência: ALMAPBBDO Título: MONSTRO VS ROBÔ Anunciante: TELLANTIS / CITROËN Agência: BETC HAVAS Título: O BRINDE Anunciante: Heineken Agência: LePub Título: TEMPO DE MUDAR Anunciante: VIVO - TELEFONICA BRASIL Agência: AFRICA CREATIVE DDB Filme 30"+ Título: CASA DE VIDRO Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: ALMAPBBDO Título: CHEGADAS Anunciante: VOLKSWAGEN Agência: ALMAPBBDO Título: O APP DA VIDA Anunciante: VIVO - TELEFONICA BRASIL Agência: GALERIA.ag Título: PLANOS Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: ALMAPBBDO Título: TEMPO DE MUDAR Anunciante: VIVO - TELEFONICA BRASIL Agência: AFRICA CREATIVE DDB Campanha Título: É POR ISSO QUE EU CHAMO O MÉQUI DE MÉQUI Anunciante: MCDONALD'S Agência: GALERIA.ag Título: FÁCIL ASSIM Anunciante: SAMSUNG BRASIL Agência: SUNO UNITED CREATORS Título: NO PULLMAN, HISTÓRIAS ACONTECEM Anunciante: PULLMAN Agência: ALMAPBBDO Título: NOVA FASE Anunciante: VIVO - TELEFONICA BRASIL Agência: GALERIA.ag Título: NUBANC BY MATT LEBLANC Anunciante: NUBANK Agência: WIEDEN+KENNEDY SP Ações em conteúdo Título: APÊ DO LÍDER BBB Anunciante: MRV Agência: DM9 Título: CHEFS PLACEMENT Anunciante: AMBEV Agência: DROGA5 SÃO PAULO Título: ROUBANDO A CENA Anunciante: SHOPEE Agência: WE Integrada Título: ANTI MERCHAN Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: GUT Título: MALBEC: UM PSICOPATA (LATINO) AMERICANO Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: ALMAPBBDO Título: NOVELAVERSO Anunciante: BYD AUTO BRASIL Agência: WE Título: NU EXPLICA NO JN Anunciante: NUBANK Agência: WIEDEN+KENNEDY SP Título: O CORRE DAS NOVE Anunciante: PERNOD RICARD Agência: DENTSU CREATIVE BRASIL Valor social Título: A MANCHA INVISÍVEL Anunciante: RECKITT / VANISH Agência: BETC HAVAS Título: BABYTALK Anunciante: O BOTICÁRIO Agência: ALMAPBBDO Título: COMBATE ÀS ARBOVIROSES 2025 Anunciante: MUNICIPIO DO RECIFE Agência: AGÊNCIA UM Título: CORPO PRETO Anunciante: IDOMED Agência: ARTPLAN Título: TRABALHO INVISÍVEL Anunciante: INSTITUTO NÓS POR ELAS Agência: CALIA Sudeste capital Filme Título: ADVOGADOS BK® TASTE Anunciante: BURGER KING (São Paulo/SP) Agência: ALMAPBBDO (São Paulo/SP Título: GOL INTERROMPIDO Anunciante: FIAT (Betim/MG) Agência: LEO (São Paulo/SP) Título: VISTA PRO CAUÃ Anunciante: ZAP (São Paulo/SP) Agência: ALMAPBBDO (São Paulo/SP) Campanha Título: COMERCIAL QUE ULTRAPASSA Anunciante: BYD AUTO BRASIL (São Paulo/SP) Agência: WE (São Paulo/SP) Título: TELETRANSPORTE Anunciante: ALPARGATAS (São Paulo/SP) Agência: ALMAPBBDO (São Paulo/SP) Título: VAI COM TUDO Anunciante: BANCO BRADESCO (Osasco/SP) Agência: LOVELY (São Paulo/SP) Sudeste interior Filme Título: #SDDS Anunciante: DS PEÇAS AUTOMOTIVAS (São José Do Rio Preto/SP) Agência: F&MD (São José Do Rio Preto/SP) Título: SÓ QUEM É GATEIRO SABE Anunciante: MANFRIM Agência: NOMADS360 (Assis/SP) Título: WYDA EXTRATERRESTRE Anunciante: WYDA EMBALAGENS (Sorocaba/SP) Agência: CDR+ (Sorocaba/SP) Campanha Título: RECOMEÇAR Anunciante: UNIMED SOROCABA (São Paulo/SP) Agência: Atua Agência (Sorocaba/SP) Título: SAUDADE Anunciante: ECHOPE (Araraquara/SP) Agência: REBECA COME TERRA (Araraquara/SP) Título: TRAZ O DOURADO Anunciante: SANTA HELENA (Ribeirão Preto/SP) Agência: ARPEJO (Campinas/SP) Leste Oeste Filme Título: LEOZAP Anunciante: SÃO SALVADOR ALIMENTOS - 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30/09/2025 19:54:35 +00:00
Moratória da Soja será suspensa em janeiro de 2026, decide Cade

Agricultores colhem soja REUTERS/Enrique Marcarian O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu nesta terça-feira (30) adiar a suspensão da Moratória da Soja para janeiro de 2026. ➡️O que é a Moratória da Soja? É um pacto entre as empresas compradoras da oleaginosa, que está em vigor há quase 20 anos e proíbe a aquisição do grão cultivado de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008, visando preservar a floresta. A decisão de hoje manteve a suspensão determinada pelo superintendente-geral do órgão, em agosto, mas adiou sua aplicação para o próximo ano "a fim de criar um período de diálogo entre agentes públicos e privados". Na época, o Cade argumentou que o pacto "constitui um acordo anticompetitivo entre concorrentes que prejudicam a exportação de soja". Representantes da indústria, como a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), entraram com recurso contra a suspensão. No final de agosto, a Justiça Federal havia derrubado a ordem de suspensão do Cade, alegando que a decisão do superintendente-geral do órgão não poderia valer até que o recurso fosse julgado, o que ocorreu hoje. CADE decide suspender a moratória da soja Reação Entidades do agronegócio comemoraram a decisão do Cade desta terça-feira. A Confederação Nacional do Agronegócio (CNA), que havia pedido a suspensão do pacto no conselho, disse que a medida é um "reconhecimento dos efeitos nocivos da Moratória da Soja para o mercado e os consumidores". Já a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), que também denunciou a moratória no Cade, disse que "o fim da moratória é um marco histórico na defesa da livre concorrência e da produção legal no campo". Segundo a entidade, a suspensão também "devolve segurança jurídica e dignidade aos milhares de produtores que sempre atuaram em conformidade com o Código Florestal e as leis ambientais brasileiras". Favorável à Moratória, a Abiove disse que o novo prazo dará tempo para trabalhar em busca de uma solução. "A Abiove continuará monitorando os desdobramentos do Cade e permanece à disposição para colaborar com as autoridades competentes para promover a segurança jurídica e a previsibilidade regulatória no setor", afirmou em comunicado. Veja mais: Saiba quais frutas não podem ser guardadas juntas
30/09/2025 18:52:54 +00:00
Trump e Milei vão se encontrar na Casa Branca para tratar de apoio de US$ 20 bilhões à Argentina

Donald Trump cumprimenta Javier Milei durante encontro na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai se encontrar daqui a duas semanas com o presidente argentino, Javier Milei, anunciou nesta terça-feira (30) o Ministério das Relações Exteriores da Argentina. A reunião ocorre enquanto Milei busca assegurar um apoio bilionário dos EUA. A medida gerou críticas de alguns republicanos, depois que a Argentina vendeu bilhões de dólares em soja para a China, principal rival comercial de Trump. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os líderes se encontrarão na Casa Branca em 14 de outubro, na mesma semana em que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) se reúnem em Washington. O Ministério das Relações Exteriores da Argentina chamou o encontro de "nova oportunidade para continuar fortalecendo a parceria estratégica entre os dois países". O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou na semana passada negociações para uma linha de swap de US$ 20 bilhões com o banco central argentino, que daria à Argentina acesso a dólares tão necessários. 🔎 O swap cambial funciona como uma troca temporária de moedas entre países, usada para reforçar as reservas internacionais e dar mais estabilidade à economia local. Na prática, é uma forma de obter liquidez em moeda estrangeira sem recorrer diretamente a empréstimos tradicionais. Os preços dos títulos em dólar da Argentina e o peso subiram na semana passada, após o anúncio de Bessent, mas recuaram desde então — em parte devido à falta de detalhes sobre o apoio prometido pelos EUA. Na terça-feira, os títulos se mantiveram estáveis ou caíram 2 centavos cada, enquanto o peso perdeu 1,5% de seu valor. A política de austeridade radical de Milei, de perfil libertário, ajudou a enfrentar décadas de problemas de solvência. No entanto, preocupações com falta de liquidez persistem, e analistas alertam que as eleições de meio de mandato em outubro podem colocar seus avanços em risco. O apoio dos EUA parece ter provocado reação negativa no círculo próximo a Trump. Na semana passada, a Associated Press registrou uma imagem de Bessent lendo uma mensagem de texto, aparentemente enviada pela secretária de Agricultura, Brooke Rollins, que descrevia o acordo como “infeliz”. “Resgatamos a Argentina. E, em troca, os argentinos removeram as tarifas de exportação de grãos, baixando os preços, e venderam um grande volume de soja para a China, justamente quando normalmente estaríamos vendendo para lá”, disse a mensagem de um contato identificado como “BR”. Bessent e Rollins não comentaram publicamente sobre a troca de mensagens, e seus escritórios não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. Em nova tentativa de garantir moeda estrangeira e acalmar o mercado antes das eleições de meio de mandato, o governo argentino suspendeu temporariamente os impostos de exportação sobre grãos na semana passada. Em apenas alguns dias, os comerciantes registraram US$ 7 bilhões em vendas. Segundo comerciantes, a maior parte dessas cargas, especialmente de soja, seguirá para a China. Os acordos representam um golpe para os agricultores dos EUA, que perdem bilhões de dólares em vendas no auge de sua principal temporada. Enquanto negociações comerciais não resolvidas entre Washington e Pequim travam as exportações, fornecedores sul-americanos entram para suprir a demanda. Javier Milei perde legislativas em Buenos Aires e mercado reage
30/09/2025 18:43:53 +00:00
Tarifaço: Camex adia por 30 dias prazo para relatório sobre reciprocidade aos EUA
Lula diz que pretende levar Janja para conversa com Trump A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu adiar por 30 dias a entrega do relatório que analisa a aplicação da chamada lei da reciprocidade contra os Estados Unidos, em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros. A decisão foi tomada na 4ª Reunião Extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), realizada nesta segunda-feira (29). Segundo a deliberação, o prazo de apresentação do documento foi prorrogado por mais 30 dias. Na prática, o processo pode se estender por até 120 dias, já que a lei permite duas prorrogações consecutivas de 30 dias para a entrega do relatório pela Secretaria-Executiva da Camex e, depois disso, o próprio Gecex tem mais 30 dias, também prorrogáveis, para deliberar sobre a abertura do processo. Em nota divulgada na sexta-feira (26), a Camex afirmou que o relatório está em elaboração e será entregue dentro dos prazos legais. Expectativa de encontro Lula–Trump O adiamento ocorre em meio à expectativa de uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano Donald Trump. O tema comercial é considerado central no diálogo entre os dois países, depois de Trump afirmar em discurso na Assembleia Geral da ONU que teve “uma química excelente” com Lula. Lula diz que foi uma satisfação se encontrar com Trump na ONU Lei da reciprocidade Pela lei, o Brasil pode responder com medidas equivalentes e aplicar também tarifas adicionais a produtos importados dos EUA. O objetivo seria equilibrar os impactos do tarifaço que já atinge setores como o agronegócio brasileiro.
30/09/2025 18:34:54 +00:00
Trump diz que EUA caminham para paralisação do governo; democratas e republicanos trocam acusações

Donald Trump REUTERS/Ken Cedeno O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (30) que o país está caminhando para uma paralisação administrativa. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Questionado sobre o assunto por repórteres na Casa Branca, após o vice-presidente, J.D. Vance, não obter sucesso em negociações com o Congresso, Trump disse que, caso o 'shutdown' ocorra, muitos funcionários federais podem ser demitidos e benefícios podem ser cortados. "Provavelmente teremos uma paralisação. Podemos fazer coisas durante a paralisação que são ruins e irreversíveis para eles, como cortar um grande número de pessoas, cortar coisas que eles gostam, cortar programas que eles gostam", disse Trump. A paralisação, que seria a 15ª desde 1981, irá ocorrer se o Congresso não chegar a um acordo para aprovar um financiamento extra das contas públicas. O prazo para a aprovação é meia-noite desta quarta-feira (1º). Caso isso não aconteça, vários serviços públicos terão de parar até um novo Orçamento. Troca de acusações nas redes sociais A Casa Branca usou seu perfil oficial nas redes sociais para reforçar o discurso de Trump. Na rede social X, postou o print de uma reportagem com declarações do presidente afirmando que seus adversários políticos "querem destruir o sistema de saúde da América dando milhões a imigrantes ilegais" e escreveu: "Paralisação democrata: o presidente Trump coloca os americanos em primeiro lugar. Democratas? Eles colocam os americanos em último". Initial plugin text O Partido Democrata rebateu. Em um primeiro post, compartilhou o vídeo do início de uma sessão na Câmara dos Representantes dos EUA e acusou os republicanos de impedir o funcionamento da casa para não haver negociação: "Os republicanos acabaram de colocar a Câmara em sessão por um total de 2 minutos. Os democratas tentaram apresentar uma proposta para manter o governo funcionando, manter as crianças seguradas e evitar que os custos com saúde dobrassem, mas eles impediram. O Partido Republicano terá que se responsabilizar por essa paralisação". Em um segundo post, compartilhou uma fala da deputada Katherine Clark, defendendo que o partido quer apenas "manter os cuidados de saúde acessíveis" e estava lutando "para manter o governo aberto". Initial plugin text Reunião na noite desta segunda (29) terminou sem acordo Na noite de segunda-feira (29), Trump recebeu membros do Partido Democrata em uma reunião na Casa Branca, mas o encontro terminou sem acordo. Ambos os lados saíram da reunião afirmando que o oponente será o culpado caso o Congresso não conseguir prorrogar o financiamento do governo até esta noite. "Acho que estamos caminhando para uma paralisação", disse o vice-presidente JD Vance após o encontro. Os democratas argumentam que só aprovarão o financiamento caso programas de benefícios de saúde que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e financiamento do governo devem ser tratados como questões separadas. Risco de paralisação nos EUA: reunião na Casa Branca termina sem acordo para aprovação do Orçamento O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que os dois lados "têm diferenças muito grandes". Os impasses orçamentários se tornaram relativamente rotineiros em Washington nos últimos 15 anos e são geralmente resolvidos no último minuto. Mas a disposição de Trump de anular ou ignorar as leis de gastos aprovadas pelo Congresso injetou uma nova dimensão de incerteza. Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter de fechar, e os subsídios para pequenas empresas podem ser adiados. Foto do Senado dos EUA, no Capitólio, em Washington, na madrugada de terça-feira, 8 de novembro de 2022 J. Scott Applewhite/AP Trump se recusou a liberar bilhões de dólares já aprovados pelo Congresso e ameaça ampliar sua ofensiva contra servidores públicos federais caso os parlamentares permitam uma paralisação do governo. Até o momento, apenas algumas agências publicaram planos detalhando como procederiam no caso de uma paralisação. A Casa Branca divulgou um decreto na noite de segunda estendendo o prazo de mais de 20 comitês consultivos federais até 2027. Porém, não deixou claro como esses comitês — que assessoram o presidente em áreas como comércio e segurança nacional — serão financiados em meio à incerteza da paralisação. O que está em questão é US$1,7 trilhão (cerca de R$ 9 trilhões) em gastos discricionários que financiam as operações das agências, o que equivale a cerca de um quarto do orçamento total de US$7 trilhões (cerca de R$ 37 trilhões) do governo. O valor restante vai, principalmente, para programas de saúde e aposentadoria e pagamentos de juros sobre a crescente dívida de US$ 37,5 trilhões (cerca de R$ 199 trilhões).
30/09/2025 17:16:40 +00:00
UE aprova aquisição da Versace pela Prada para criar gigante italiana do luxo

Economia criativa transforma lixo em arte e moda A União Europeia aprovou, nesta terça-feira (30), a compra da grife italiana Versace pela compatriota Prada, após concluir que a operação não levanta problemas em matéria de concorrência. A Prada anunciou em abril a aquisição da Versace por 1,4 bilhão de dólares (R$ 7,7 bilhões na cotação atual) ao grupo americano Capri Holdings. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A união entre as duas marcas lendárias dará origem a um grupo de luxo italiano com um faturamento superior a 7 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 37,4 bilhões na cotação atual), capaz de competir melhor com gigantes do setor, como LVMH e Kering. A Versace foi fundada em 1978 pelo italiano Gianni Versace e ficou famosa pelo trabalho da diretora de criação Donatella Versace, irmã de Gianni. Ela deixou o cargo em março de 2025, depois de 30 anos na função. Em 2018, a Versace foi vendida para a Capri Holdings, que é o grupo controlador, também, de outras marcas famosas no mundo de luxo, como Michael Kors e Jimmy Choo. Na época do negócio, a Capri pagou mais pela compra da grife italiana do que vai receber com a venda para a Prada: US$ 2 bilhões. A Prada, que também é proprietária da marca jovem e transgressora Miu Miu, espera concluir a compra da Versace antes do final do ano. Gigante italiano A compra da Versace pela Prada dá forças à Itália no cenário de luxo global, dominado, principalmente, por grupos dos Estados Unidos e pela gigante francesa LVMH, dona da Louis Vuitton e Dior. Apesar de a Itália representar de 50% a 55% da produção global de bens de luxo pessoais, segundo estimativas da consultoria Bain, o país carece de um grupo com escala comparável às empresas do mesmo segmento de outros países. A capitalização de mercado da Prada é de cerca de 14 bilhões de euros (US$ 15 bilhões), o que o torna o maior grupo italiano de moda de luxo em receita. Mas, em comparação com empresas como a LVMH, o valor é bem menos relevante. O grupo francês, por exemplo, tem um valor de mercado estimado em cerca de US$ 259 bilhões. A longo prazo, os olhos estão voltados para empresas como a Armani e a Dolce & Gabbana, sediadas em Milão, entre as poucas na Itália que ainda são totalmente familiares e não listadas em bolsa. Neste mês, com a morte do estilista Giorgio Armani, aos 91 anos, o império do italiano deve tomar novos rumos. Segundo o testamento deixado por ele, a fundação que herdará a Giorgio Armani SpA terá de vender 15% da empresa para outros grupos — incluindo LVMH, EssilorLuxottica e L'Oreal. Seus destinos finais podem ser decisivos em qualquer esforço para criar uma verdadeira potência italiana na moda global. Donatella Versace no desfile de Primavera-Verão da Versace, na Semana de Moda de Milão Marco Bertorello/AFP
30/09/2025 16:23:41 +00:00
Electronic Arts, dona de 'The Sims' e 'Battlefield', aprova sua venda por US$ 55 bilhões em acordo histórico

Electronic Arts, dona de 'The Sims', aprova sua venda por US$ 55 bilhões A produtora de jogos Electronic Arts (EA) anunciou nesta segunda-feira (29) um acordo de US$ 55 bilhões com um grupo de investidores para fechar seu capital, em uma das maiores aquisições do setor, caso seja concluída. O acordo prevê que a produtora de franquias como "Battlefield" e "The Sims" será comprada por um consórcio formado pela empresa de investimentos de risco Silver Lake, pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) e pela Affinity Partners. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A transação, que deverá ser concluída no primeiro trimestre do ano fiscal de 2027, será financiada por uma combinação de dinheiro do PIF, Silver Lake e Affinity Partners, bem como por uma transferência da participação existente do PIF na EA. Fundada em 2021, a Affinity Partners pertence a Jared Kushner, genro de Donald Trump, e recebe investimentos de fundos da Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos. Aquisição histórica Battlefield 6 Reprodução/EA O negócio marca a maior aquisição alavancada da história, e os acionistas da EA receberão US$ 210 por ação em dinheiro, o que representa um prêmio de 25% em relação ao preço de fechamento na quinta-feira passada, antes do surgimento de rumores na mídia sobre a transação. A oferta chega em um momento crucial para a Electronic Arts, que está se preparando para lançar a nova versão do game de simulação de guerra "Battlefield 6". O portfólio de games da empresa se destacou por mais de uma década pela popularidade global e pela receita recorrente, sustentada pelos fortes gastos dentro dos jogos, considerados essenciais para a longevidade das franquias. O acordo também atrai o fundo soberano da Arábia Saudita, que busca diversificar a economia do país e tem direcionado investimentos para áreas como infraestrutura, turismo, esportes e jogos. LEIA TAMBÉM: ChatGPT agora permite controlar o uso por menores e avisa pais sobre conversas sensíveis; saiba como ativar IA da China pode detectar submarinos camuflados? Especialistas contestam declaração Projeto Stargate: como serão novos data centers bilionários da OpenAI nos EUA Electronic Arts REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Foto de arquivo Mãe processa Roblox e Discord após filho de 15 anos sofrer abuso online Tocanna: quem é a cantora feita por IA do hit proibidão 'São Paulo' iPhone Air: primeiras impressões do celular fininho e quais são seus rivais
30/09/2025 13:44:04 +00:00
Gabriel Galípolo, presidente do BC, é destaque brasileiro na lista da 'Time' de novas lideranças

Lula assina nomeação de Gabriel Galípolo como novo presidente do BC A revista norte-americana "Time" divulgou a nova edição da lista TIME100 Next, que reconhece personalidades de várias áreas com potencial para influenciar o futuro da liderança global. Entre os nomes deste ano está Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil. A lista reúne pessoas que, segundo a publicação, estão redefinindo os conceitos de progresso, influência e impacto em um cenário de rápidas transformações. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Para a "Time", a inclusão de Galípolo reforça o reconhecimento internacional ao trabalho que ele exerce no comando do Banco Central — especialmente no desafio de conter a inflação e garantir a independência da instituição em meio a forte pressão fiscal. O perfil assinado por Gita Gopinath, professora de economia em Harvard e ex-diretora-gerente adjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI), destaca que Galípolo tem conciliado firmeza com visão de longo prazo. Para ela, o economista brasileiro representa a importância de uma “liderança equilibrada e guiada por princípios”, capaz de adotar medidas técnicas que beneficiem sobretudo a população mais vulnerável, a mais atingida pela alta de preços. "O mundo precisa de mais bons exemplos, e Gabriel nos mostra que um formulador de políticas progressista não precisa ser populista. Ele é um trunfo valioso para o mundo da política econômica", escreveu Gita Gopinath. A "Time" ressalta ainda que a lista TIME100 Next busca dar visibilidade a lideranças em ascensão, mas que já exercem influência relevante em seus campos de atuação. No caso de Galípolo, a publicação destaca a versatilidade de sua trajetória, que combina experiência acadêmica com passagens por diferentes cargos no setor público. Quem é Gabriel Galípolo? Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Galípolo tem 42 anos e foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a Presidência do Banco Central em agosto de 2024. Ele atuou na campanha do petista à Presidência da República, na equipe de transição de governo e no Ministério da Fazenda antes de assumir a Diretoria de Política Monetária do BC. A indicação de Galípolo já era aguardada por agentes do mercado financeiro e foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O economista substituiu Roberto Campos Neto à frente do BC. Veja, em tópicos, a trajetória de Gabriel Galípolo até a indicação para a chefia do Banco Central: Professor universitário, deu aulas de 2006 a 2012 nos cursos de graduação da PUC-SP, onde se formou. Foi presidente do Banco Fator, instituição com tradição em programas de privatização e parcerias público-privadas (PPPs), de 2017 a 2021. O economista esteve à frente do banco durante os estudos para o processo de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). O desenvolvimento de um modelo de parceria público-privada para a Cedae começou em 2018 pelo consórcio liderado pelo Banco Fator, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Especialista no assunto, Gabriel Galípolo ministrou aulas sobre PPPs e concessões na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp). Em sua atuação na gestão pública, foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, em 2007, na gestão do então governador José Serra (PSDB). No ano seguinte, ainda durante governo do tucano, assumiu o cargo de diretor de Estruturação de Projetos na Secretaria de Economia e Planejamento de São Paulo. Em 2009, fundou a Galípolo Consultoria, onde trabalhava até chegar ao Ministério da Fazenda. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, durante a apresentação do Relatório de Política Monetária. Raphael Ribeiro/BC
30/09/2025 12:45:00 +00:00
Desemprego fica em 5,6% em agosto e repete mínima histórica, diz IBGE

Desemprego fica estável no trimestre fechado em agosto e repete mínima histórica A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual se manteve em relação ao trimestre encerrado em julho, quando a taxa de desocupação atingiu o menor nível da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em maio, a taxa era de 6,2%, enquanto no mesmo período de 2024 havia sido de 6,6%. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Ao todo, 6,084 milhões de pessoas estavam sem emprego no país — o menor número já registrado na série histórica. Esse resultado representa uma queda de 9% (605 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 14,6% (cerca de 1 milhão de pessoas) na comparação com o mesmo período de 2024. Emprego com carteira assinada no setor privado bate recorde A população ocupada no país atingiu um recorde de 102,4 milhões de pessoas no período. Desse total, os empregados com carteira assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) também bateram recorde na série do instituto, chegando a 39,1 milhões. Em relação ao trimestre encerrado em maio, o número permaneceu estável, mas cresceu 3,3% no ano, o equivalente a 1,2 milhão de pessoas que assinaram a carteira em 2025. Dois setores principais analisados puxaram a ocupação no trimestre: Administração pública, saúde, educação e serviços sociais (+1,7%, ou mais 323 mil pessoas); Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+4,4%, ou mais 333 mil pessoas). Por outro lado, o grupo de serviços domésticos registrou queda de 3,0%, o que equivale a 174 mil pessoas a menos. Os demais setores analisados pelo IBGE permaneceram estáveis. O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas em idade de trabalhar que estão empregadas, alcançou 58,8%, aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, embora o número de trabalhadores com carteira tenha atingido recorde, a redução da desocupação no período foi impulsionada pelos trabalhadores sem carteira no setor de educação pública. Esse grupo avançou 5,5% em relação ao trimestre encerrado em maio e permaneceu praticamente estável (0,8%) na comparação com o mesmo período de 2024. "A educação pré-escolar e fundamental fazem contratações ao longo do primeiro semestre. São trabalhadores sem carteira, com contratos de trabalho temporários", explica. A categoria de trabalhadores domésticos, estimada em 5,6 milhões de pessoas, registrou queda de 3,3% em relação ao trimestre de março a maio de 2025. Na comparação com o período de junho a agosto de 2024, o recuo foi de 197 mil pessoas. Kratochwill explica que, em períodos de maior dificuldade econômica, há migração para os serviços domésticos. Atualmente, o movimento é inverso: “Os trabalhadores encontram melhores oportunidades, com condições e rendimentos mais vantajosos, e deixam os serviços domésticos”, avalia. Veja os destaques da pesquisa Taxa de desocupação: 5,6% Taxa de subutilização: 14,1% População desocupada: 6,084 milhões População ocupada: 102,4 milhões População fora da força de trabalho: 65,8 milhões População desalentada: 2,7 milhões Empregados com carteira assinada: 39,1 milhões Empregados sem carteira assinada: 13,5 milhões Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões Trabalhadores informais: 38,6 milhões Menor subutilização desde 2012; desalentados registram recuo De acordo com a pesquisa do IBGE, a taxa composta de subutilização atingiu 14,1%, repetindo o menor patamar da série. Esse índice representa queda de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (14,9%) e de 1,9 ponto percentual ante o mesmo período de 2024 (16,0%). Atualmente, 16 milhões de pessoas estão nessa situação. O IBGE classifica como força de trabalho subutilizada aqueles que estão desocupados, subocupados por insuficiência de horas, ou que não procuraram trabalho apesar de estarem disponíveis, assim como aqueles que buscaram emprego, mas não estavam disponíveis para assumir a vaga. O percentual de desalentados, que são aqueles que desejam trabalhar, mas desistiram de buscar emprego, ficou em 2,4%, apresentando queda de 0,2 ponto percentual no trimestre e 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior. Segundo o analista da PNAD Contínua, a melhora no mercado de trabalho tem incentivado esse grupo a retomar a busca por emprego e reintegrar-se à força de trabalho. "A queda na quantidade de desalentados indica que o mercado de trabalho está conseguindo absorver rapidamente esse contingente, uma vez que a taxa de desocupação segue caindo", diz. Informalidade aumenta A taxa de informalidade atingiu 38% da população ocupada, equivalente a 38,9 milhões de pessoas, contra 37,8% (38,6 milhões) no trimestre anterior e 38,9% (39,1 milhões) no trimestre encerrado em agosto de 2024. O crescimento foi impulsionado pelos trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que chegaram a 19,1 milhões, alta de 1,9% em relação ao trimestre anterior e de 2,9% em comparação com 2024. Segundo o IBGE, esse movimento reflete a preferência de muitos brasileiros pelo trabalho autônomo. São, em geral, pessoas com menor escolaridade, atuando principalmente em comércio e alimentação. Parte dos desalentados, por exemplo, pode ter migrado para a informalidade. Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Divulgação/Agência Brasil Entenda como o desemprego é calculado no Brasil
30/09/2025 12:01:10 +00:00
Dólar fecha estável a R$ 5,32 com temor de paralisação nos EUA; Ibovespa recua

Risco de paralisação nos EUA: reunião na Casa Branca termina sem acordo para aprovação do Orçamento O dólar fechou em leve alta de 0,02% nesta terça-feira (30), cotado a R$ 5,3225. Já o Ibovespa , principal índice da bolsa brasileira, encerrou em baixa de 0,07%, aos 146.237 pontos. Os investidores acompanharam uma série de indicadores no Brasil e no exterior. Nos Estados Unidos, a possível paralisação do governo e os números do mercado de trabalho ficaram no centro das atenções, enquanto, por aqui, os dados fiscais e de emprego completaram a agenda. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, cresce a expectativa em torno de um possível “shutdown” já a partir de amanhã (1º), diante da falta de acordo entre democratas e republicanos. Analistas avaliam que, desta vez, o impacto pode ser maior, dado o cenário de fragilidade econômica. ▶️ Ainda na agenda americana, o número de vagas de emprego disponíveis (Jolts) permaneceu estável em agosto, totalizando cerca de 7,2 milhões. O resultado veio dentro do esperado, já que o mercado previa algo próximo de 7,1 milhões. Agora, os investidores estão atentos à divulgação do relatório de empregos, conhecido como “payroll”, prevista para sexta-feira — isso, claro, se o governo americano não entrar em paralisação. ▶️ No Brasil, após o Caged ter apontado na véspera a criação de 147.358 vagas em agosto — o menor número para o mês desde 2020 —, o IBGE mostrou que a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, em linha com as previsões dos economistas. ▶️ Também mais cedo, o Banco Central divulgou que o setor público brasileiro teve um déficit primário de R$ 17,3 bilhões em agosto. Apesar do resultado negativo, o valor foi menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, quando o rombo passou de R$ 21 bilhões. ▶️ No Ibovespa, as ações da Petrobras operam em baixa, influenciadas pela queda no preço do petróleo no mercado internacional, o que acaba puxando o índice da bolsa para baixo. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,29%; Acumulado do mês: -1,83%; Acumulado do ano: -13,87%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,54%; Acumulado do mês: +3,40%; Acumulado do ano: +21,58%. Desemprego em agosto repete mínima histórica A taxa de desemprego no Brasil ficou 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado repetiu o percentual do trimestre encerrado em julho, quando a taxa de desocupação atingiu o menor nível da série histórica do instituto, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego estava em 6,2%. Um ano antes, no mesmo período, havia sido de 6,6%. A desocupação atingiu 6,084 milhões de pessoas no trimestre — o menor já registrado na série histórica. O resultado representa uma queda de 9% (605 mil pessoas) em relação ao trimestre até maio contra o trimestre anterior e de 14,6% (menos 1 milhão) em relação ao mesmo trimestre de 2024. A população ocupada no país chegou ao recorde de 102,4 milhões de pessoas no período. Dessa parcela, o número de empregados com carteira assinada no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) também alcançou novo recorde da série do instituto, com 39,1 milhões. Na comparação com o trimestre móvel encerrado em maio, o número ficou estável, mas cresceu 3,3%, ou seja, mais 1,2 milhão de pessoas assinaram a carteira no ano de 2025. Batalha orçamentária nos EUA Com o orçamento do governo dos Estados Unidos prestes a expirar à meia-noite desta terça-feira (30), republicanos e democratas no Congresso não dão sinais de chegar a um acordo sobre uma solução provisória que evite a paralisação. O presidente Donald Trump marcou uma reunião com líderes do Congresso na Casa Branca nesta segunda-feira (29), em uma última tentativa de superar o impasse. Os democratas, porém, indicaram que não pretendem aprovar o plano de curto prazo defendido pelos republicanos sem alterações. Caso não haja consenso sobre uma nova lei orçamentária, a paralisação — que já ocorreu outras vezes no país — deve começar em 1º de outubro, e tudo aponta para esse cenário. 🔎 Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter que fechar e os subsídios para pequenas empresas podem sofrer atrasos. No entanto, essa disputa vai além do financiamento temporário. Trata-se da continuidade de um embate que começou quando Trump assumiu o cargo, em janeiro, e se recusou a liberar bilhões de dólares já aprovados pelo Congresso. Os democratas querem usar a ameaça de paralisação para recuperar parte desses recursos e manter os subsídios de saúde que expiram no fim do ano. Estão em jogo US$ 1,7 trilhão (cerca de R$ 9 trilhões) em gastos discricionários que mantêm as operações das agências e expiram no fim do ano fiscal, na próxima terça-feira, caso o Congresso não aprove a prorrogação. Mercado de trabalho nos EUA Em agosto, os EUA registraram um leve aumento nas vagas de emprego abertas, chegando a 7,2 milhões, mas as contratações caíram para pouco mais de 5,1 milhões. Isso mostra que o mercado de trabalho está perdendo força. Com menos contratações e mais dificuldade para preencher vagas, o banco central americano (Federal Reserve) pode cortar novamente os juros para estimular a economia. Além disso, uma possível paralisação do governo pode atrasar a divulgação de novos dados econômicos, como o relatório de empregos previsto para esta semana. A expectativa é que o número de novos empregos criados em setembro seja de 50 mil, um pouco melhor que os 22 mil registrados em agosto. A taxa de desemprego deve continuar em 4,3%. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos fecharam em alta, apesar da preocupação com a possibilidade de paralisação do governo. O Dow Jones avançou 0,18%, o S&P 500 teve ganhos de 0,39% e o Nasdaq subiu 0,31%. As bolsas europeias operam sem direção definida, refletindo a tensão causada por decisões políticas nos EUA, como as tarifas comerciais e o impasse sobre o orçamento do governo. Entre os principais índices, o STOXX 600 recuava 0,06%. O DAX, da Alemanha, subia 0,10%, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, avançava 0,01%. O CAC 40, da França, caía 0,35%, e o FTSE MIB, da Itália, tinha leve alta de 0,01%. Na Ásia, as bolsas fecharam com resultados mistos. Na China e em Hong Kong, os índices subiram, impulsionados pela expectativa de medidas de apoio à economia antes dos feriados. Esse otimismo ajudou a manter a sequência positiva dos últimos meses. No fechamento, Xangai subiu 0,52%, o CSI300 avançou 0,45% e Hong Kong teve alta de 0,87%. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,25%. Seul recuou 0,19%, enquanto Taiwan subiu 0,94%. Cingapura teve alta de 0,46% e Sydney fechou com queda de 0,16%. Dólar Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo
30/09/2025 12:00:14 +00:00
Governo publica norma que exige eficiência energética mínima em novas construções

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma resolução que torna obrigatória a adoção do Índice Mínimo de Eficiência Energética em novos projetos da construção civil. Na prática, isso significa que tanto empreendimentos da iniciativa privada quanto os da administração pública deverão atender a padrões mínimos de eficiência energética. A norma, publicada na edição desta terça-feira (30) do Diário Oficial da União(DOU), será implementada de forma gradual. Construção Civil tem patamar alto de emprego e já faltam profissionais 🔎O Índice Mínimo de Eficiência Energética, implementado pela Lei de Eficiência Energética (2001), visa estabelecer níveis mínimos de desempenho energético em diversos segmentos, que contempla desde equipamentos até edificações. A ideia é que os produtos ou espaços construídos sejam mais eficientes e consumam menos energia. A nova regra começará exigindo dos prédios de órgãos públicos federais, depois estaduais e municipais, o desempenho equivalente ao nível "A" da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence), que vai de "A" (mais eficiente) a "E" (menos eficiente) — o sistema de etiquetagem já existe, mas a aderência até então era voluntária. As demais edificações devem apresentar, no mínimo, desempenho equivalente ao nível C, o que significa, basicamente, comprovar o atendimento de normas técnicas já vigentes. Quem alcançar o nível "A" geral da Ence poderá receber o Selo Procel Edificações. As exigências atenderão ao seguinte cronograma: 2027: construções de edifícios públicos federais; 2030: construções comerciais, residenciais em cidades com mais de 100 mil habitantes e de habitação de interesse social construída no âmbito dos programas habitacionais públicos ou financiada com recursos públicos; 2032: construções de edificações públicas estaduais; 2035: construções de edificações públicas municipais em cidades com mais de 100 mil habitantes; 2040: todas as novas edificações públicas, comerciais e residenciais em municípios com mais de 50 mil habitantes Concessionária seleciona projetos de eficiência energética Energisa/Divulgação Até 2040, projeta-se que cerca de 17 milhões megawatt-hora (MWh) sejam economizados, segundo estimativas do MME. Isso daria para suprir o consumo de uma cidade de 1 milhão de habitantes durante 7 anos ou o consumo de 7 cidades de 1 milhão de habitantes durante 1 ano. Além disso, espere-se que a implementação dessas regras leve a um menor consumo de energia elétrica, mais conforto térmico para as edificações e mais segurança. Empreendimentos habitacionais de programas sociais também serão contemplados pela medida.
30/09/2025 11:46:55 +00:00
Contas públicas têm déficit de R$ 17,3 bilhões em agosto; dívida fica estável em 77,5% do PIB
As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 17,3 bilhões em agosto deste ano, informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira (30). 🔎 O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se o contrário acontece, o resultado é de superávit primário. 🔎O resultado não leva em conta o pagamento dos juros da dívida pública, e abrange o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. Segundo o Banco Central (BC), houve melhora na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 21,4 bilhões. Esse também foi o melhor resultado, para julho, desde 2022, mês em que houve um superávit de R$ 10,7 bilhões. Os valores não foram ajustados pela inflação. Veja abaixo o desempenho que levou ao déficit das contas em agosto deste ano: governo federal registrou saldo negativo de R$ 15,9 bilhões; estados e municípios tiveram saldo deficitário de R$ 1,3 bilhão; empresas estatais apresentaram déficit de R$ 6 milhões. Parcial do ano No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 61,8 bilhões — o equivalente a 0,74% do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, houve uma melhora na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado um saldo negativo de R$ 86,2 bilhões (1,12% do PIB). No caso somente do governo federal, o resultado ficou negativo em R$ 84,6 bilhões na parcial deste ano, informou o BC, contra um déficit de R$ 101,6 bilhões nos oito primeiros meses de 2024. Para este ano, a meta fiscal do governo federal é de zerar o rombo das contas públicas. Mas, pelas regras do arcabouço fiscal, que reúne as regras de equilíbrio para as contas públicas, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões. Para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 44,1 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais. Após despesas com juros Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional –, houve déficit de R$ 91,5 bilhões nas contas do setor público em agosto. ➡️No acumulado em doze meses até agosto, foi registrado um resultado negativo (déficit) de R$ 969,6 bilhões, ou 7,81% do PIB. 🔎Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores. O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do resultado mensal das contas, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Segundo o BC, as despesas com juros nominais somaram R$ 946,5 bilhões (7,63% do PIB) em doze meses até agosto deste ano. Dívida pública A dívida do setor público consolidado registrou estabilidade em agosto, no patamar de 77,5% do PIB — o equivalente a R$ 9,61 trilhões. ➡️No acumulado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, em pouco mais de dois anos e meio, a dívida já avançou 5,8 pontos percentuais. A dívida atingiu esse patamar no formato de cálculo do governo brasileiro. ➡️Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), que considera os títulos públicos na carteira do BC, o endividamento brasileiro foi bem maior em julho: 91% do PIB. A proporção com o PIB é considerada por especialistas como o conceito mais apropriado para medir e comparar a dívida das nações. E o formato de cálculo do FMI é adotado internacionalmente. ➡️Em cerca de 90% do PIB, o patamar da dívida brasileira está bem acima de nações emergentes e de países da América do Sul, ficando próxima de nações da Zona do Euro (segundo dados do FMI). Para tentar conter o crescimento da dívida, em 2023 o governo aprovou o chamado "arcabouço fiscal", ou seja, novas regras para as contas públicas em substituição ao teto de gastos. Por estas regras: a despesa não pode registrar crescimento maior do que 70% do aumento da arrecadação; a alta de gastos fica limitada, em termos reais, a 2,5% por ano; o arcabouço busca justamente conter o crescimento da dívida pública no futuro. Sem um corte robusto de despesas, necessário para manter de pé o arcabouço fiscal, especialistas em contas públicas estimam que a regra terá de ser abandonada nos próximos anos. 🔎Eles argumentam que, no atual formato, as regras ficarão insustentáveis. Por conta disso, preveem uma expansão maior da dívida pública no futuro, o que pode resultar em aumento das taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras ao setor real da economia. Analistas do mercado financeiro estimaram, na semana passada, que a dívida pública brasileira deve atingir 94% do PIB em 2034 (pelo conceito brasileiro) — patamar distante dos países emergentes e mais próximo da Europa. ➡️Pelo conceito adotado pelo FMI, a dívida brasileira superaria 100% do PIB em 2034.
30/09/2025 11:36:41 +00:00
Vice de Trump diz que EUA 'estão caminhando para paralisação'

Risco de paralisação nos EUA: reunião na Casa Branca termina sem acordo para aprovação do Orçamento O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, disse nesta terça-feira (30) que o governo de Donald Trump está "caminhando para uma paralisação", diante da falta de acordo do Congresso para aprovar um financiamento extra das contas públicas. O prazo para a aprovação é meia-noite de quarta-feira (1º), e, caso isso não aconteça, vários serviços públicos terão de parar até um novo Orçamento. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A medida irá à votação nesta noite, mas o Partido Republicano, do presidente dos EUA, Donald Trump, precisa do apoio de sete senadores democratas para alcançar maioria e aprovar o texto. Na noite de segunda-feira (29), Trump recebeu membros do Partido Democrata em uma reunião na Casa Branca, mas o encontro terminou sem acordo. Ambos os lados saíram da reunião afirmando que o oponente será o culpado caso o Congresso não conseguir prorrogar o financiamento do governo até esta noite. "Acho que estamos caminhando para uma paralisação", disse o vice-presidente JD Vance após o encontro. Os democratas argumentam que só aprovarão o financiamento caso programas de benefícios de saúde que estão prestes a expirar sejam prolongados. Já os republicanos de Trump insistem que saúde e financiamento do governo devem ser tratados como questões separadas. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que os dois lados "têm diferenças muito grandes". Os impasses orçamentários se tornaram relativamente rotineiros em Washington nos últimos 15 anos e são geralmente resolvidos no último minuto. Mas a disposição de Trump de anular ou ignorar as leis de gastos aprovadas pelo Congresso injetou uma nova dimensão de incerteza. Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter de fechar, e os subsídios para pequenas empresas podem ser adiados. Foto do Senado dos EUA, no Capitólio, em Washington, na madrugada de terça-feira, 8 de novembro de 2022 J. Scott Applewhite/AP Trump se recusou a liberar bilhões de dólares já aprovados pelo Congresso e ameaça ampliar sua ofensiva contra servidores públicos federais caso os parlamentares permitam uma paralisação do governo. Até o momento, apenas algumas agências publicaram planos detalhando como procederiam no caso de uma paralisação. A Casa Branca divulgou um decreto na noite de segunda estendendo o prazo de mais de 20 comitês consultivos federais até 2027. Porém, não deixou claro como esses comitês — que assessoram o presidente em áreas como comércio e segurança nacional — serão financiados em meio à incerteza da paralisação. O que está em questão é US$1,7 trilhão (cerca de R$ 9 trilhões) em gastos discricionários que financiam as operações das agências, o que equivale a cerca de um quarto do orçamento total de US$7 trilhões (cerca de R$ 37 trilhões) do governo. O valor restante vai, principalmente, para programas de saúde e aposentadoria e pagamentos de juros sobre a crescente dívida de US$ 37,5 trilhões (cerca de R$ 199 trilhões).
30/09/2025 10:57:18 +00:00
Trump fixa tarifa de 10% para madeira importada e de 25% para armários e móveis

O que é ordem executiva, instrumento usado por Trump para impor tarifa ao Brasil O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (29) tarifas de 10% para madeira importada e de 25% para armários de cozinha, pias de banheiro e móveis estofados. A medida já havia sido antecipada por Trump na última quinta-feira (25), quando ele afirmou em sua rede social que também imporia tarifas sobre produtos farmacêuticos, caminhões pesados, móveis e artigos de cozinha e banheiro. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O decreto oficial assinado ontem determina que as tarifas sobre madeira e móveis passam a valer em 14 de outubro, enquanto as taxas para medicamentos patenteados e caminhões pesados entram em vigor já nesta quarta-feira, 1º de outubro. Trump assinou o documento alegando que as importações de madeira e móveis enfraquecem a segurança nacional dos Estados Unidos. Com esse argumento, justificou a adoção de novas tarifas com base na Seção 232 da Lei de Comércio de 1974. O uso cada vez mais frequente da Seção 232 ocorre enquanto Trump ainda aguarda uma decisão da Suprema Corte sobre a legalidade de suas tarifas “recíprocas” contra parceiros comerciais — medidas já derrubadas por duas instâncias inferiores. De acordo com o documento, as tarifas entram em vigor em 14 de outubro e serão elevadas em 1º de janeiro: 30% para produtos de madeira estofados e 50% para armários e pias importados de países que não fecharem acordo com os EUA. Trump declarou que as importações de madeira estão enfraquecendo a economia americana, causando o fechamento de serrarias, a ruptura nas cadeias de suprimento e o subaproveitamento da indústria local. “Com a atual situação da indústria de madeira nos EUA, o país pode não conseguir suprir a demanda por produtos essenciais à defesa nacional e a infraestruturas críticas”, diz o comunicado. A ordem acrescenta que produtos de madeira são utilizados na “construção de infraestrutura para testes operacionais, alojamento e armazenamento de pessoal e equipamentos, transporte de munições, como insumo em armamentos e como componente de sistemas de defesa antimísseis e de proteção térmica de veículos nucleares de reentrada”. Canadá, Vietnã e México entre os mais afetados As tarifas têm marcado o segundo mandato de Trump, impondo novos obstáculos a empresas já prejudicadas por cadeias de suprimento instáveis, custos elevados e incertezas dos consumidores. O governo, por sua vez, ressalta o aumento da arrecadação com as medidas. A medida aumenta as taxas sobre o Canadá, maior fornecedor de madeira serrada para os EUA, cujos produtores já enfrentam tarifas de cerca de 35% em razão de uma disputa antiga sobre a exploração de florestas públicas. O governo canadense, que busca negociar reduções tarifárias na revisão do acordo comercial de 2020 entre EUA, México e Canadá, anunciou até C$ 1,2 bilhão (US$ 870 milhões) em apoio a seus produtores de madeira. México e Vietnã, por sua vez, vêm ganhando espaço como fornecedores de móveis de madeira aos EUA, após Trump impor tarifas de até 25% sobre móveis chineses em 2018 — alíquotas que subiram para cerca de 55% e agora podem quase dobrar para armários e pias. O decreto assinado ontem trouxe algum alívio a países com acordos de redução tarifária já firmados com os EUA. As tarifas sobre madeira do Reino Unido foram limitadas a 10%, e as da União Europeia e do Japão, a 15% — valores em linha com os acordos existentes. O comunicado, no entanto, não mencionou o acordo firmado com o Vietnã em julho, que previa tarifa de 20%, mas ainda não foi formalizado. Em abril, quando o Departamento de Comércio iniciou a investigação sobre o impacto das importações de madeira na segurança nacional, a Câmara de Comércio dos EUA se posicionou contra qualquer restrição à entrada de madeira, papel, papelão e derivados. “As importações desses produtos não representam risco à segurança nacional”, afirmou a entidade. “Impor tarifas aumentaria os custos para empresas e para a construção civil, prejudicaria as exportações da indústria de papel dos EUA e reduziria a renda de muitas comunidades americanas.” Trump na ONU Reuters
30/09/2025 10:36:06 +00:00
Super-ricos pagam menos Imposto de Renda que classe média desde 2009, revela estudo inédito

Os bilionários brasileiros em 2025, segundo a Forbes Os super-ricos brasileiros, contribuintes com ganhos milionários, pagam proporcionalmente menos da metade do Imposto de Renda da classe média, mostra um levantamento inédito do Sindifisco Nacional, sindicato que representa os auditores-fiscais da Receita Federal. Os dados detalhados para a BBC News Brasil revelam que a tributação da renda dos contribuintes mais ricos apresentou tendência de queda nas duas últimas décadas, recuando quase 40% entre 2007 e 2023, devido aos ganhos mais elevados com dividendos — lucros distribuídos pelas empresas a acionistas que não são tributados no país desde 1996. Por outro lado, brasileiros de ganho intermediário estão pagando cada vez mais imposto, devido ao congelamento da tabela do IR, que tem ficado defasada em relação à inflação. Com isso, desde 2009, brasileiros milionários, com ganhos mensais acima de 320 salários mínimos, passaram a pagar proporcionalmente menos IR que a classe média — e a diferença entre os dois grupos vem aumentando ao longo dos anos (entenda melhor os números ao longo da reportagem). O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta mudar essa realidade com uma reforma do Imposto de Renda prevista para ser votada na Câmara dos Deputados na quarta-feira (1/10). A proposta é criar um imposto mínimo de até 10% para brasileiros de renda elevada, ao mesmo tempo que aumenta o limite de isenção do IR para rendas mensais de até R$ 5 mil. Caso a proposta seja aprovada, brasileiros milionários passarão a pagar um patamar similar ao imposto de renda da classe média (grupo que não é afetado pela proposta de Lula), enquanto brasileiros com ganhos abaixo de R$ 5 mil deixarão de contribuir. Levantamento do Sindifisco mostra que a tributação da classe média não para de subir desde 2010 Getty Images via BBC Como ricos passaram a pagar menos que a classe média O levantamento do Sindifisco mostra que a tributação da classe média não para de subir desde 2010. A partir dos dados disponíveis da Receita Federal, o sindicato dos auditores fiscais pôde calcular a alíquota efetiva média de imposto paga por cada faixa de renda de 2007 a 2023. A alíquota efetiva é o percentual da renda total que de fato é consumida pelo IR. Por exemplo, se uma pessoa ganhou R$ 200 mil em um ano (cerca de R$ 16 mil por mês) e pagou R$ 20 mil de Imposto de Renda no mesmo período, sua alíquota média foi de 10%. Já se um contribuinte ganhou R$ 6 milhões em um ano e pagou R$ 300 mil de IR, sua alíquota efetiva foi de 5%. Ou seja, embora essa pessoa tenha contribuído para a Receita Federal com um valor absoluto maior que contribuintes de renda mais baixa, ela perdeu uma parcela menor de seus ganhos. O levantamento do Sindifisco mostra que contribuintes com ganhos acima de 320 salários mínimos por mês em 2023 — o equivalente a R$ 5,068 milhões de renda total naquele ano — pagaram, em média, uma alíquota efetiva de 4,34%. É menos da metade do que pagaram aqueles com ganhos mensais entre 5 e 30 salários mínimos (uma renda anual entre 79,2 mil a R$ 475,2 mil em 2023), que foram tributados, em média, em 9,85% no mesmo ano. Os dados históricos calculados pelo Sindifisco mostram que a situação era diferente em 2007, quando os dois grupos tinham alíquotas efetivas próximas, sendo que os mais ricos pagavam um pouco mais. Naquele ano, os contribuintes com ganho mensal acima de 320 salários mínimos pagavam, em média, alíquota efetiva de 6,9%. E o grupo com renda mensal entre 5 e 30 salários mínimos tinha uma taxa efetiva média de 6,3%. O salário mínimo em 2007 era de R$ 380, ou seja, uma renda de 320 salários mínimos significava um ganho anual de R$ 1,459 milhão naquela época. Atualizado pela inflação, seria o equivalente a quase R$ 4 milhões hoje. Já uma renda de 5 a 30 salários mínimos de 2007 equivaleria nos dias de hoje, já atualizado pela inflação, a um ganho anual em torno de R$ 61 mil a 370 mil. Segundo o Sindifisco, o que explica o recuo da alíquota efetiva paga pelos milionários nos últimos anos é o aumento da sua parcela de renda que não sofre tributação, principalmente devido aos ganhos maiores com dividendos — parte dos lucros que as empresas distribuem para seus acionistas. Ou seja, parte da renda dos super-ricos é isenta de IR e esse tipo de ganho tem crescido. Segundo o auditor fiscal Dão Real, presidente do Sindifisco Nacional, o aumento dos ganhos com dividendos é um processo que já vinha ocorrendo antes, mas se intensificou recentemente, após a pandemia de covid-19. Ele diz que ainda não está claro a correlação desse processo com a pandemia, mas os dados mostram que, nesse período, os lucros das empresas cresceram mais que outras rendas. "Há um crescimento muito expressivo. Quando comparamos o ano de 2020 com o ano de 2023, a gente vê que a renda de lucros e dividendos cresceu 43% e as rendas totais cresceram 31%. Então, a renda isenta cresce mais do que o crescimento normal das rendas totais", ressalta. Na outra ponta, nota ele, o fato de a tabela do Imposto de Renda estar há muitos anos sem ser atualizada pela inflação explica o aumento da alíquota efetiva para grupos de renda média e baixa. Como os salários costumam ter algum reajuste anual para compensar a inflação, trabalhadores acabam subindo de faixa de contribuição e passam a pagar mais IR, mesmo que seu poder de compra não tenha necessariamente aumentado. Desde 2009, a tabela brasileira tem cinco faixas de renda. Após a faixa isenta, a alíquota sobre gradativamente, de 7,5% até 27,5%. A taxa mais alta incide sobre ganhos mensais acima de R$ 4.664.68 — esse valor é o mesmo desde 2015, por exemplo. "O congelamento da tabela faz com que todas as rendas tributáveis paguem a cada ano um pouco mais de imposto", ressalta Dão Real. "No entanto, quando a gente coloca as rendas totais, a gente vê que a alíquota efetiva, que deveria subir sempre em um congelamento na tabela, está caindo para as altas rendas. E essa redução para as altas rendas se dá pela elevação da renda isenta", reforçou. Entenda a proposta do governo Lula Lula enviou sua proposta de mudança do IR em março para o Congresso Reuters via BBC Na lei, o limite atual de isenção para todos os brasileiros é de R$ 2.259 e, nos ganhos acima disso, são cobradas alíquotas progressivas até 27,5%. Com o mecanismo de "desconto simplificado" adotado pelo governo Lula desde 2023, na prática, a isenção já beneficia quem ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036). A proposta encaminhada pelo presidente ao Congresso em março é ampliar a isenção do IR para rendas de até R$ 5 mil. A reforma prevê ainda reduzir a tributação dos que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil — esse limite depois foi ampliado para R$ 7.350 pela comissão especial da Câmara que aprovou o projeto de lei enviado pelo governo, etapa anterior à votação no plenário da Casa. Para compensar a perda de arrecadação com essas mudanças, a reforma estabelece um imposto mínimo de até 10% para contribuintes com ganhos a partir de R$ 50 mil ao mês (R$ 600 mil ao ano). A proposta do governo é que a alíquota subirá gradativamente de zero a 10%, de forma que o patamar máximo incidirá apenas sobre contribuintes com ganhos acima de R$ 1,2 milhão ao ano. O levantamento do Sindifisco indica, por exemplo, que pessoas com renda entre 80 e 320 salários mínimos em 2023 (de R$ 1,267 milhão a R$ 5,068 milhões em valores daquele ano) pagavam alíquota média efetiva de 6,11%. Caso a proposta do governo seja aprovada na Câmara e no Senado, essas pessoas passarão a pagar no mínimo 10%. Funcionará assim: o contribuinte com renda anual a partir de R$ 1,2 milhão que tiver pago menos do que o patamar mínimo, terá que pagar a diferença até completar a alíquota de 10%, no ajuste anual do IR. Se por acaso, a pessoa já tiver contribuído com mais de 10% de sua renda, não terá qualquer cobrança adicional. Para o presidente do Sindifisco, Dão Real, a reforma do governo "resolve parcialmente" as distorções da tributação de renda no Brasil. Segundo ele, o ideal era que as alíquotas efetivas fossem progressivas, ou seja, quanto maior a renda, maior o IR pago. Com a proposta do governo, porém, a classe média ainda pagará uma alíquota similar a dos ricos. Por outro lado, ressalta, a proposta interromperá a alta do IR sobre os contribuintes de menor renda, aumento também provocado pelo congelamento da tabela. Segundo o levantamento do Sindifisco, a alíquota efetiva média dos declarantes com renda de até 5 salários mínimos era de 2,66% em 2023, cerca de 12 vezes maior que a de 2007 (0,22%). Caso seja aprovada a isenção para rendas de até R$ 5 mil e a tributação menor para rendas de até 7.350, a alíquota média paga pelos que ganham até 5 salários mínimos (atualmente R$ 7.590) terá forte redução. "Ou seja, a proposta do governo vai mexer nos dois extremos: vai derrubar a alíquota efetiva dos que ganham até cinco salários mínimos e subir a dos mais ricos", destaca Dão Real. O Sindifisco defende que a mudança poderia ser ainda maior, com a correção da tabela do IR pela inflação passada, reduzindo a cobrança sobre a classe média. O sindicato apresentou ao Congresso uma proposta em que o imposto mínimo sobre os mais ricos teria alíquota maior, de até 15%, o que cobriria a desoneração de rendas intermediárias. O governo, porém, já enfrenta resistências para criar o imposto mínimo de 10%, o que indica ser difícil, no momento, aprovar uma alíquota ainda maior sobre os super-ricos. Super-ricos pagam menos Imposto de Renda que classe média desde 2009, revela estudo inédito vergani_fotografia/ GETTY via BBC
30/09/2025 10:09:22 +00:00
'Perdi o contato com a minha família': preconceito com uso medicinal de maconha dificulta tratamentos e pesquisa no Brasil

O cultivo medicinal da cannabis Capaz de gerar mais de 1.800 produtos, a cannabis sativa, a maconha, ainda tem seu cultivo proibido no Brasil, que só pode ser realizado com autorização judicial. O documento também é necessário para a realização de pesquisas. Essa paralisação aconteceu no final da década de 30, quando o cultivo foi classificado como droga por conter substâncias entorpecentes. Apenas recentemente, com a permissão de uso terapêutico, é que ela voltou a entrar em cena. Em Campina Grande (PB) fica um dos maiores plantios medicinais de cannabis do Brasil, da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace). A associação possui uma área plantada de 2 hectares protegida por estufas. Veja como é o plantio no vídeo no início da reportagem. Luta contra o preconceito Apesar da importância do medicamento, muitas pessoas que o usam sofrem preconceito. "A partir do momento que o meu remédio passou a ser esse, eu perdi meus amigos, perdi o contato com a minha família", relata Camila Moraes, diretora administrativa da Abrace, que sofre com convulsões. O neurocirurgião Pedro Pierro também relata que, ao tratar crianças com epilepsia, os pais preferem cirurgias cerebrais ao medicamento à base de maconha. Pierro afirma que escuta frases como a seguinte: "Doutor, abre a cabeça do meu filho, mas não dá maconha para ele". Os canabinoides, componentes extraídos da maconha, podem ser usados, por exemplo, para tratar dor oncológica, depressão e idosos que precisam ganhar peso. "O que faz ele virar um veneno é a forma como se usa, fumar faz mal", explica o neurocirurgião. Além do medicamento, a maconha pode ser transformada em fibra e até mesmo combustível. Veja a segunda parte da reportagem a seguir: A cannabis no uso veterinário Leia também: 'Parece até uma praga': produtor encontra pasto completamente coberto com teias de aranha; veja vídeo Tomate é fruta ou hortaliça? Entenda a classificação e por que ele não vai na salada de frutas Brasileiro come mais vaca que boi: abate de fêmeas superou o de machos pela primeira vez
30/09/2025 07:01:56 +00:00
Por que marcas de varejo europeias são mais caras no Brasil?

Por que marcas de varejo europeias são mais caras no Brasil? Reuters No final de agosto, a varejista de roupas H&M estreou no mercado brasileiro com a promessa de oferecer aos consumidores "moda de qualidade por um preço acessível". Brasileiros já acostumados a consumir produtos da marca em outros países, no entanto, notaram que as peças chegaram a preços mais elevados do que aqueles a que estão habituados. É o que aponta também um relatório publicado pelo Banco BTG Pactual sobre as primeiras semanas de operações da marca sueca no mercado nacional: comparadas a uma cesta de oito produtos de varejistas locais, as peças da H&M estão pelo menos 40% mais caras – embora 28% mais baratas que as de sua principal concorrente no Brasil, a espanhola Zara. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "O que a gente viu até agora é que H&M fica no meio do caminho [entre a Zara e outras varejistas brasileiras], e isso é proposital", explica Luiz Guanais, um dos especialistas do BTG Pactual que assinam o relatório preliminar de operações da H&M no Brasil. "É como se a marca estivesse tentando desenvolver uma moda mais aspiracional, mas com um nível de preço maior que os players locais", acrescenta. O relatório sugere que os preços da H&M ainda podem mudar significativamente nos próximos meses, mas seus resultados levantam o questionamento: por que o preço de marcas consideradas mais baratas fora do Brasil sobe tanto quando elas chegam ao país? Trump amplia 'taxa das blusinhas' nos EUA e encarece produtos chineses 'Índice Zara' e diferenças de preços Guanais aponta três possíveis fatores: a carga tributária brasileira; o custo logístico e operacional das marcas em um país de dimensões continentais como o Brasil; e a competitividade do mercado nacional. Um tripé que recebe o nome de "Custo Brasil". O especialista do BTG Pactual assina também outro relatório que ajuda a compreender melhor essa questão: o "índice Zara", em alusão à marca espanhola. Desde 2014, o banco avalia os preços de uma cesta de produtos da marca em 54 mercados onde ela opera e os compara com os preços da Zara nos EUA. Os resultados de 2025 levam em consideração as operações da Zara em 2024 e demonstraram que, em média, os preços da marca espanhola no Brasil estão cerca de 7% mais baratos em comparação ao mercado americano. Contudo, ao serem ajustados ao poder de compra nos países, o consumidor brasileiro paga um preço cerca de 135% mais pela mesma peça da Zara vendida nos EUA. "A diferença é que o nível de renda aqui no Brasil é menor do que nos Estados Unidos. Então, para um consumidor brasileiro, é muito mais difícil comprar esse tipo de produto do que para um consumidor americano, que tem uma renda média maior", explica o analista. Esses fatores, segundo Guanais, levam marcas como a Zara a se posicionarem no mercado brasileiro como high end, ou seja, uma marca que oferece produtos e serviços mais exclusivos, se distanciando da imagem de varejista que a Zara tem na Europa. O relatório de 2025 aponta também que os preços da Zara no Brasil diminuíram em relação à amostragem anterior, embora o país ainda seja um dos lugares mais caros para se comprar da marca no mundo. Ao mesmo tempo, é possível perceber que o preço de outras varejistas brasileiras subiu, uma reação à alta da inflação e ao aumento da demanda por vestuário após a pandemia. "Mas o gap ainda é alto", destaca. O "Custo Brasil" entra inclusive no preço de varejistas nacionais, mas Guanais explica que as marcas brasileiras conseguiram desenvolver uma cadeia produtiva e de fornecedores nacional tão competitiva quanto no exterior. Marcas europeias como Zara e H&M costumam alocar suas produções para outros países, especialmente no Sudeste Asiático, o que também influencia os preços praticados por conta dos impostos de importação e da necessidade de produzir peças antecipadamente. A H&M, por exemplo, já produz em território brasileiro calçados e biquínis, pontua o especialista do BTG Pactual. Fast Fashion e 'luxo acessível' A professora do curso de design moda da Universidade Federal do Ceará (UFC) Syomara Duarte destaca também fatores geográficos e sazonais para a diferença de preços: porque as estações do ano são diferentes, as coleções da Zara lançadas no Hemisfério Norte costumavam ser lançadas com atraso no Hemisfério Sul, e a preços mais altos. "De uns 10 anos para cá, essa diferença diminuiu. Acho que foi por uma exigência do público brasileiro, mesmo porque nós temos uma produção própria muito significativa, e isso fez com que a marca [Zara] trouxesse coleções e preços em maior equilíbrio com os lançamentos da Europa", argumenta. Essa necessidade está no cerne do chamado fast fashion, moda produzida em larga escala com o intuito de suprir as demandas imediatas do consumidor e obter grandes margens de lucro. As peças passam então a ser descartáveis assim que uma nova coleção surge – a chamada obsolescência programada. "H&M e Zara são fast fashion", crava Syomara. A professora também chama atenção para o marketing das marcas. A Zara se posiciona como uma marca de "luxo acessível" no Brasil, mas as lojas brasileiras são bem mais simples que as europeias. "Existem prédios históricos em Madrid e em Lisboa, que são utilizados para lojas da Zara, onde eles montam cafés e usam várias estratégias para se aproximar do consumidor que tem real acesso ao produto. Talvez, se essas lojas mais luxuosas chegassem aqui, o público ficaria inibido de entrar num prédio histórico com uma loja Zara. Porque teria a ideia de que seria um produto muito luxuoso e de difícil acesso", pondera Syomara. A H&M, por sua vez, abriu sua primeira loja em um shopping de São Paulo com shows da sul-africana Tyla, Gilberto Gil e Anitta – um movimento estratégico para chamar atenção dos jovens, na opinião da professora da UFC. Em que prestar atenção Syomara destaca que a indústria têxtil nacional é de alta qualidade e por isso o consumidor brasileiro deve prestar atenção justamente à qualidade das peças de marcas estrangeiras: o acabamento, o caimento, a modelagem e o tipo de tecido devem ser adequados às necessidades do consumidor. "Se você vai consumir uma peça, esse produto tem um alto preço e é completamente sintético, que valor tem esse produto se você vai usar num calor de 30 ou 33 graus?", questiona. A transparência das marcas também entra em cheque na hora de escolher onde comprar. Syomara afirma que nem sempre o consumidor tem acesso às tributações e acordos fiscais que influenciam o preço das roupas. Já Bárbara Poerner, consultora do Instituto Febre, destaca a necessidade de cobrar iniciativas e atitudes mais sustentáveis das marcas, embora pondere que nem sempre isso seja possível por falta de mecanismos de transparência. "A gente não consegue nem ter mecanismos de cobrança, quem dirá saber minimamente o que as marcas estão fazendo, onde elas estão produzindo, qual é o tipo de material mais utilizado, de onde vem, por exemplo, esse algodão que elas estão utilizando, como são as condições dos trabalhadores", explica. Poerner também atuou no Movimento Fashion Revolution que elabora um ranking global de transparência das marcas, considerando a quantidade de informações públicas que elas disponibilizam sobre os direitos humanos e trabalhistas de seus funcionários, bem como iniciativas sustentáveis nas suas cadeias produtivas e logísticas. Zara e H&M estavam entre as 250 marcas analisadas no último relatório de 2023 cujos resultados positivos foram significativos – mas ainda há muito o que fazer para melhorar. Inclusive no preço. Por que milhões seguem fora do mercado há anos?
30/09/2025 06:01:23 +00:00
Cavalo encontrado com perna em carne viva tem regressão de câncer após uso de maconha; entenda

Cavalo encontrado com perna em carne viva tem remissão de câncer após uso de maconha A dor fazia parte da rotina de Hope ("esperança", em português), um cavalo com câncer, até que a maconha passou a fazer parte de seu tratamento. Desde então, a doença tem regredido. Veja no vídeo acima. O uso veterinário da planta é liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde o final de 2024. O animal foi encontrado abandonado em outubro do ano passado, em Florianópolis (SC). Na ocasião, a perna esquerda traseira estava em carne viva. A criadora Nina Hausen Kuhn encontrou Hope em um terreno baldio e decidiu tratar ele em seu haras. O genro de Nina e estudante de veterinária João Medeiros conta que, no começo, tentaram curar o machucado como uma ferida comum, por exemplo, usando antibióticos. Na época, eles não sabiam ainda que se tratava de um câncer. "Ele tinha muita dor. O pior, para mim, era a dor dele. Ele só ficava deitado, porque era o único momento que conseguia aliviar a dor", relata Duda Hausen Kuhn, filha de Nina e veterinária. Quando os tratamentos não geraram resultado, Hope foi diagnosticado com um sarcoide equino, um tumor agressivo na pele, que afeta os cavalos. Com o diagnóstico, a família decidiu dar gotas de canabidiol para Hope, para tratar a dor crônica. "Na primeira semana, já deu para ver diferença", relata Duda. Antes e depois da perna de cavalo após o uso de cannabis no tratamento de tumor Reprodução / GRU Para continuar o tratamento, a família procurou o veterinário Rodrigo Zamith, pesquisador da Universidade de Bolonha, na Itália, e especialista em terapias com uso de canabinoides em cavalos. Ele ajustou as doses da medicação e a ferida começou a fechar e o câncer a diminuir. O veterinário afirma que ainda falta 1 terço da remissão do tumor para completar o tratamento. Leia também: 'Parece até uma praga': produtor encontra pasto completamente coberto com teias de aranha; veja vídeo Tomate é fruta ou hortaliça? Entenda a classificação e por que ele não vai na salada de frutas Brasileiro come mais vaca que boi: abate de fêmeas superou o de machos pela primeira vez
30/09/2025 06:01:16 +00:00
Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada; veja como aproveitar

Feriados de 2026: quase todos caem em dias úteis e viram folga prolongada Em 2026, nove dos 10 feriados nacionais cairão em dias úteis, um dos calendários mais favoráveis dos últimos anos para quem deseja planejar grandes folgas ao longo do ano. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Sete dessas datas ocorrerão em segundas ou sextas-feiras, o que facilita a formação de feriados prolongados sem a necessidade de folgas adicionais. ⚠️ As chances de feriadões, no entanto, podem ser ainda maiores. Além dos feriados que já coincidem com o início ou o fim da semana, como o Dia do Trabalho (sexta-feira) e a Independência do Brasil (segunda-feira), outras datas podem ser estendidas com algum planejamento. É o caso da Confraternização Universal (quinta-feira) e o feriado de Tiradentes (terça-feira). Com um dia de folga extra, essas datas também podem se transformar em feriadões. Se houver essa possibilidade, até nove feriados nacionais poderão ser emendados. Ao incluir os pontos facultativos, como o Carnaval e o Corpus Christi, o número de dias úteis com chance de folga ou emenda ultrapassa 10. 📎 No caso do Carnaval, que abrange três dias consecutivos (segunda, terça e quarta-feira de Cinzas), esta reportagem considerou o período como um único feriadão, já que as datas se sucedem e costumam ser tratadas em conjunto como ponto facultativo. Embora não sejam feriados nacionais, essas datas costumam ser tratadas como tal em diversos estados e municípios. ➡️ Feriados estaduais e municipais, como aniversários de cidades ou celebrações religiosas, podem deixar o calendário ainda mais favorável, dependendo da região. Em São Paulo, por exemplo, o aniversário da cidade (25 de janeiro) é feriado municipal. O governo ainda não divulgou a portaria oficial com os pontos facultativos, mas as datas citadas a seguir costumam ser tradicionalmente adotadas. Confira a seguir os feriados e pontos facultativos de 2026: Calendário 2026 g1 Praia de Ipanema lotada no Dia de São Sebastião Felipe Figueiredo/@figfelipefoto
30/09/2025 05:01:08 +00:00
Mega-Sena pode pagar R$ 3,5 milhões nesta terça-feira

Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.921 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (30), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso do último sábado (27), uma aposta de Porto Alegre (RS) levou o prêmio de R$ 80,6 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
30/09/2025 03:01:18 +00:00
CNU 2025: vale a pena chutar? Sistema de correção é diferente do Enem e não penaliza erros

CNU 2025: veja datas, vagas e como se inscrever Ao contrário do que acontece em algumas provas, no Concurso Nacional Unificado (CNU) o "chute" não é desencorajado. O sistema de correção da Fundação Getulio Vargas (FGV), organizadora do exame, não penaliza o candidato que recorrer a essa estratégia. "A FGV é uma banca que não pune o candidato por errar, e isso ajuda bastante. O aluno pode se sentir livre para chutar quando não souber a resposta, sem medo de perder pontos. Por isso, sempre recomendo que comecem pelas questões mais simples, que exigem menos esforço mental", explica Eduardo Cambuy, professor da Gran Concursos . ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp As provas objetivas da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) acontecem neste domingo (5), em 228 cidades do país. Nesta edição, os candidatos concorrem a 3.652 vagas distribuídas em 32 órgãos do governo federal. No Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio, a correção utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que procura identificar “chutes” e valorizar quem de fato se preparou para a prova. Na TRI, quem acerta as questões mais difíceis, mas erra as fáceis, acaba recebendo uma nota menor do que o candidato que manteve coerência, acertando as básicas e errando apenas as mais complexas. O Cebraspe, banca tradicional de concursos, também adota um sistema para desestimular os “chutes”. No chamado “método Cespe”, não há alternativas. O candidato responde apenas “certo” ou “errado”, e cada erro anula um acerto. No CNU, nada disso se aplica: o participante não perde pontos ao errar uma questão nem tem nota reduzida caso acerte “no chute”. Por isso, especialistas em concursos recomendam que o candidato responda a todas as questões, mesmo quando não souber a alternativa correta. A seguir, algumas dicas para “chutar” de maneira mais estratégica. Técnicas para aumentar as chances de acerto no chute 🦶🤭 Deixe as questões mais difíceis para o final. “Leia a questão e, se não souber, siga para a próxima”, orienta o professor Bruno Bezerra, do Estratégia Concursos. “Assim o candidato evita se atrapalhar e acabar chutando no fim perguntas que poderia responder sem dificuldade.” Depois de responder às questões que sabe, o candidato pode, se houver tempo, revisar as demais para tentar acertar — e, só então, recorrer ao “chute”. Observe possíveis proporções. Eduardo Cambuy sugere que, antes de chutar, o candidato analise as respostas em que tem mais segurança para perceber eventuais padrões de proporcionalidade. “Se eu tenho 10 questões de português e tenho certeza em cinco, e nelas marquei as alternativas A, B e C, nas demais prefiro chutar D e E”, exemplifica. Cuidado com respostas muito parecidas. Segundo Cambuy, a prova pode trazer alternativas quase idênticas, apenas escritas de modo diferente. Nesses casos, dificilmente são corretas, pois haveria mais de uma resposta certa para a mesma questão. Ele exemplifica: “Se a questão perguntasse a cor do céu e as alternativas fossem ‘preto’ e ‘escuro’, uma excluiria a outra. Como são muito próximas, nenhuma seria correta. Assim, já é possível eliminar duas opções.” Evite alternativas que generalizam. “As opções podem conter termos que ampliam ou restringem demais, como ‘só’, ‘apenas’ ou ‘exclusivamente’. Normalmente, quando isso ocorre, a alternativa é falsa”, alerta o especialista Eduardo Cambuy. Busque correlações. Outra dica do professor é buscar correlações entre os assuntos abordados na prova, numa tentativa de deduzir a resposta correta. “Se o candidato tiver dúvida em uma questão, pode tentar lembrar como o tema aparece em outra disciplina que domina. Por exemplo: ‘Se no orçamento público funciona assim, na política pública deve ser semelhante’”, orienta Cambuy. “Muitas vezes, os temas das questões estão conectados. Assim, a resposta de uma pode estar na seguinte ou trazer uma explicação que ajude a resolver a anterior”, acrescenta. 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). Em todos os casos, os portões serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), trinta minutos antes do início. Para evitar imprevistos, o MGI recomenda que candidatos e candidatas se organizem para chegar com antecedência ao local da prova. No mapa abaixo, é possível pesquisar o nome da cidade e verificar se ela está entre os locais onde serão aplicadas as provas objetiva e discursiva. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso
30/09/2025 03:01:14 +00:00
Disparada do preço do café leva brasileiros a reduzir consumo e mudar critério para compra, diz pesquisa

Café bom vai todo pra fora do Brasil? Os brasileiros reduziram o consumo de café e passaram a escolher as marcas mais baratas da prateleira para enfrentar a disparada dos preços nos últimos meses, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (29). O levantamento, que ouviu 4.200 pessoas em setembro de 2025, indicou que 96% dos brasileiros tomam café todos os dias. Muitos, no entanto, mudaram seus hábitos devido ao aumento dos preços: 24% diminuíram o consumo da bebida neste ano; 39% dizem escolher a marca mais barata que está na prateleira. Em 2019, eram 7%. A pesquisa foi feita pelo Instituto Axxus a pedido da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e indica, a cada dois anos, os hábitos e preferências dos consumidores. Ela é realizada desde 2019. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Exportação de café: decreto de Trump e aceno a Lula renovam otimismo do setor Café proibido pela Anvisa falsificou selo de pureza; lote continha material similar a vidro O impacto no consumo Segundo a Abic e os pesquisadores, a mudança de hábitos está ligada diretamente ao aumento dos preços, provocado por problemas climáticos e outros fatores globais e locais (veja mais abaixo). O índice de brasileiros que diminuíram o consumo de café no ano (24%) foi o maior já registrado e superou, pela primeira vez, o número daqueles que aumentaram o consumo (apenas 2%). Consumo de café dos brasileiros no ano, segundo pesquisa de 2025 Instituto Axxus O critério de compra também mudou. Antes, os consumidores escolhiam entre suas marcas favoritas e, dentro delas, optavam pela de menor preço. Em 2025, no entanto, a maioria (39%) diz que está comprando a marca mais barata da prateleira – em 2019, eram 7%. Critério de escolha na compra do café g1/Kayan Albertin “A pesquisa revela que o consumidor não abre mão da bebida, mas está adaptando seus hábitos ao novo contexto econômico”, diz Sérgio Parreiras Pereira, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e coautor do estudo. A taxa de brasileiros que consomem café diariamente (96%) segue estável em relação às duas pesquisas anteriores. Quase metade (44%) toma entre três e cinco xícaras de 50 ml todos os dias. Consumo diário de café dos brasileiros, segundo pesquisa de 2025 Instituto Axxus 🔎Metodologia: A pesquisa do Instituto Axxus entrevistou presencialmente 4.200 pessoas em todas as regiões do país, em setembro de 2025. A margem de erro é dois pontos percentuais, e o nível de confiança, de 99%. LEIA TAMBÉM: Exportações de café especial e solúvel do Brasil aos EUA despencam após tarifaço Tarifaço aumentará preço do café nos EUA, dizem exportadores brasileiros em audiência no país Com queda nas exportações para os EUA, produtores de café do Brasil buscam novos mercados Preço do café disparou Dados mais recentes da Abic, de agosto de 2025, mostram que o quilo do café está custando R$ 62,83. É quase o dobro em relação a dois anos atrás, quando o valor nas prateleiras era de R$ 32,40. Já o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) aponta que o valor da bebida já subiu 60,85% nos últimos 12 meses, apesar de ter caído em julho e agosto. Além disso, os preços devem voltar a subir cerca de 15% já nas próximas semanas, segundo a Abic. Isso tem acontecido porque a indústria está pagando mais caro pelo café que vem das fazendas. O aumento é o reflexo de fatores como: a concretização do tarifaço de 50% dos EUA sobre o café brasileiro, que fez o preço do grão disparar na bolsa de Nova York, que é referência mundial para a negociação do grão; os baixos estoques de café no mundo, resultado de quatro anos seguidos de queda na colheita dos principais produtores do mundo em razão dos problemas climáticos; a queda na produção brasileira de café arábica, principal variedade produzida no país, neste ano; geadas no Cerrado Mineiro, que causaram um prejuízo de 424 mil sacas (25 mil toneladas), segundo a StoneX Brasil. Grãos de café em plantação perto de Brasilia Adriano Machado/Reuters
30/09/2025 03:01:11 +00:00
VÍDEO: burro mais alto e o mais ‘orelhudo’ do mundo entram para o Guinness 2026

O burro mais alto e o mais ‘orelhudo’ do mundo vivem lado a lado na Inglaterra Derrick e Bambou, que vivem no mesmo santuário na Inglaterra, foram reconhecidos pelo Guinness World Records 2026 como o burro mais alto vivo e o de maiores orelhas do mundo, respectivamente. A informação foi divulgada pela Reuters na última semana. Publicado desde 1955, o Guinness reúne feitos extraordinários e é considerado a principal referência mundial em recordes. Os dois animais moram no Radcliffe Donkey Sanctuary, em Huttoft, uma vila no condado de Lincolnshire. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Derrick, o gigante brincalhão Derrick, o burro vivo mais alto do mundo Facebook/Radcliffe Donkey Sanctuary Derrick mede 1,67 metro de altura e foi medido oficialmente em 24 de fevereiro de 2025 pelo Guinness. Segundo o Facebook do santuário, ele “não faz ideia do seu tamanho ou força, e um empurrãozinho seu pode facilmente derrubar alguém. Ele é muito carinhoso e busca interação humana. Todos o adoram e ele é muito amado”. Derrick e outros burros. Reprodução/Reuters Bambou, o ‘orelhudo’ Bambou Facebook/Radcliffe Donkey Sanctuary Bambou foi confirmado como o detentor das maiores orelhas entre burros vivos, com impressionantes 35 cm de comprimento, também no dia 24 de fevereiro. “Ele tem orelhas muito compridas, então era de se esperar que tivesse uma audição muito boa. Mas, às vezes, acho que ele é surdo. Ou será que é só para nos ignorar?”, brinca o voluntário Bill Tambay em vídeo divulgado pela Reuters. Além de orelhudo, Bambou também gosta de tomar banho de lama. Veja o vídeo compartilhado no Facebook do santuário abaixo: Initial plugin text Derek (à esquerda) e Bambuo (à direita). Facebook/Radcliffe Donkey Sanctuary Abóbora gigante de quase 1 tonelada é erguida por guindaste em festival na Rússia Saiba quais frutas não podem ser guardadas juntas
30/09/2025 03:01:03 +00:00
Lula veta parcialmente mudanças na Lei da Ficha Limpa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou trechos do projeto aprovado pelo Congresso Nacional com mudanças na Lei da Ficha Limpa, mas sancionou alterações que reduzem o período no qual esses políticos não podem disputar eleições. (CORREÇÃO: a primeira versão deste post dizia que Lula havia vetado essa mudança no prazo de inelegibilidade. Na verdade, ele vetou trecho que alterava a redação da lei para casos de condenação eleitoral por abuso de poder econômico ou político. A informação foi corrigida às 12h10 desta terça-feira, 30 de setembro) Lula tinha até esta segunda-feira (29) para sancionar ou vetar o projeto. O veto foi publicado na edição desta terça-feira (30) do "Diário Oficial da União". Os vetos de Lula terão de ser analisado pelo Congresso Nacional, que poderá manter ou derrubar a decisão do presidente. ➡️ Lula sancionou a antecipação do início da contagem do prazo de oito anos de inelegibilidade para políticos cassados ou condenados por uma série de crimes — ou seja, na esfera criminal (entenda mais abaixo). Mas vetou um trecho que alterava a redação da lei para casos de condenação eleitoral por abuso de poder econômico ou político. A medida, contudo, não tem impactos imediatos, já que o trecho vetado está garantido em um entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). ➡️ Além disso, Lula vetou trechos que permitiriam que as mudanças beneficiassem políticos já condenados ou cassados. Ao barrar a chamada retroatividade da lei, o presidente citou um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que reafirmou a regra que impede que casos anteriores desse tipo sejam beneficiados. O Planalto também argumentou que a retroatividade permitiria que decisões definitivas da justiça "fossem esvaziadas" com a sanção de novas leis, o que afrontaria "diretamente o princípio da segurança". Contagem do período de inelegibilidade Lula veta parcialmente projeto que flexibiliza a Lei da Ficha Limpa Para certos crimes, a lei sancionada antecipa o momento em que o período de 8 anos de inelegibilidade passa a ser contado. Pelo trecho sancionado, a contagem do prazo de oito anos de inelegibilidade terá início a partir da condenação de um órgão colegiado da Justiça. Antes, passava a valer somente quando a decisão fosse definitiva, sem possibilidade de recursos. 🔎 Isso, na prática, reduz o tempo sem poder disputar eleições para os condenados pelos seguintes crimes: contra a economia popular, a fé pública e o patrimônio público; contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; contra o meio ambiente e a saúde pública; eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; e de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública. Para outras situações, a lei não foi alterada. Quem for condenado por órgão colegiado ou em decisão definitiva, fica impedido de se candidatar do momento da condenação até oito anos após cumprir toda a pena. 🔎 Isso seguirá valendo para: crimes contra a administração pública; lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores; tráfico de entorpecentes e drogas, racismo, tortura, terrorismo e crimes hediondos; crimes de redução à condição análoga à de escravo; crimes contra a vida e a dignidade sexual; crimes praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando. O que foi vetado? Lula vetou um trecho que tinha o objetivo de atualizar a regra em vigor que impede políticos condenados por abuso de poder econômico ou político de disputar eleições. ➡️ O trecho vetado estabelecia na legislação que, no caso de políticos condenados por abuso de poder econômico ou político no âmbito eleitoral, a inelegibilidade de oito anos seria contada a partir da data da eleição na qual o crime foi cometido. Apesar de o texto ter sido vetado, a jurisprudência aplicada pelo TSE não muda, segundo juristas especialistas em direito eleitoral consultados pelo g1. Uma súmula da Corte Eleitoral define que o período de inelegibilidade conta a partir do dia da eleição e termina no “dia de igual número no oitavo ano seguinte”. ➡️ O Congresso também havia incluído que somente seriam considerados inelegíveis os condenados por "comportamentos graves aptos a implicar a cassação de registros, de diplomas ou de mandatos". A proposta havia causado divergência entre parlamentares, e o veto de Lula busca evitar interpretações divergentes que poderiam beneficiar políticos responsabilizados por essa prática. 🔎 Exemplo de caso: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado, em 2023, à inelegibilidade por abuso de poder político. Por essa condenação, ele ficará impedido de disputar eleições por oito anos, a partir da data da eleição pela qual concorreu (2 de outubro de 2022). 🗳️Tanto pela regra atual do TSE quanto pela proposta barrada por Lula, Bolsonaro voltaria a estar elegível em 2 de outubro de 2030. Isso significa que, em 2030, ele estaria apto a disputar a eleição por dias — o pleito ocorrerá em 6 de outubro. ⛓️‍💥 No entanto, Bolsonaro também foi condenado por golpe de Estado e, por isso, estará inelegível por 8 anos após o cumprimento da pena, fixada em 27 anos e 3 meses de prisão.
29/09/2025 22:54:38 +00:00
Contas do governo têm déficit de R$ 15,6 bilhões em agosto, melhor número para o mês desde 2021

As contas do governo registraram um déficit primário de R$ 15,6 bilhões em agosto, informou Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29). 🔎 O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo as despesas do governo. Se as receitas excedem as despesas, o resultado é um superávit primário. Esses valores não englobam os juros da dívida pública. O resultado representa uma melhora na comparação com agosto de 2024, quando foi registrado um déficit de R$ 22,2 bilhões. Este é o melhor número para o mês de agosto desde 2021, quando o déficit foi de R$ 11,3 bilhões. Parcial do ano 🗓️ No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, as contas do governo registraram um déficit de R$ 86,1 bilhões, segundo dados oficiais. Comparado ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 98,4 bilhões, o resultado das contas foi melhor. Ministério da Fazenda Agência Brasil 📈 Nos oito primeiros meses deste ano, a receita líquida totalizou R$ 1,527 trilhão, um aumento real de 3,9%. 📈 Ao mesmo tempo, as despesas totais do governo somaram R$ 1,611 trilhão de janeiro a agosto deste ano, com um aumento real de 2,4% no período. Meta fiscal 🔎 Para este ano, a meta é déficit zero, ou seja, equilíbrio entre receitas e despesas. Mas, pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões. O governo projeta que irá encerrar o ano com rombo de R$ 73,5 bilhões. Mas é permitido descontar despesas com precatórios na hora de calcular o cumprimento da meta. Por isso, a estimativa oficial é encerrar o ano com déficit de R$ 30,2 bilhões — ou seja, dentro do limite inferior da meta. Na semana passada, um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou conduta irregular do governo federal ao adotar o limite inferior do intervalo de intolerância, em substituição ao centra da meta de resultado primário, nas contas públicas. Em nota horas depois da decisão do TCU, os ministérios do Planejamento e da Fazenda defenderam a sistemática usada atualmente pelo governo e, assim como Haddad, afirmaram que a legislação considera o piso como cumprimento da meta. "Esclarecemos que o contingenciamento é instrumento utilizado, nos termos da LRF e do Regime Fiscal Sustentável, quando houver risco de descumprimento da meta que, segundo a LC 200/2023, é uma meta em banda e não em ponto", disse o comunicado. "Assim, a meta de primário é descumprida quando o resultado primário não alcançar o limite inferior da banda. Trata-se, portanto, de mecanismo jurídico obrigatório e vinculado, aplicado ao orçamento de todos os Poderes", complementaram. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) estão analisando a decisão e preparam um recurso junto à Corte de Contas. 👉🏽 Também há a preocupação de garantir que a previsão do governo seja cumprida, sem surpresas com possíveis decisões do TCU. "Esse cuidado está sendo tomado para não trazer surpresa nem para o governo nem para os gestores. É um processo que é natural ter um recurso, tem espaço para um diálogo, uma solução", disse Ceron.
29/09/2025 20:46:12 +00:00
'Parece até uma praga': produtor encontra pasto completamente coberto com teias de aranha; veja vídeo

Produtor encontra pasto completamente coberto com teias de aranha Um pasto completamente coberto de teias de aranhas: foi este cenário que o produtor Bruno Boaventura, de Sandolândia (TO), encontrou em sua propriedade. "Parece até uma praga. [A teia] está em tudo", comenta no vídeo enviado ao Globo Rural (veja acima). Apesar de causar estranhamento, isso é comum, segundo o biólogo do Instituto Butantan Antonio Brescovit. As responsáveis por essa paisagem são aranhas imaturas que nascem em grande número e ficam escondidas em tufos de grama. Em geral, quando isso acontece, não dá para notar a presença delas. No caso de Bruno, o nevoeiro deixou as teias úmidas, as tornando mais visíveis. De acordo com o biólogo, as próprias teias servem de alimento para as aranhas e desaparecem nas primeiras horas do dia, retornando de noite, formando um ciclo. Leia também: Tomate é fruta ou hortaliça? Entenda a classificação e por que ele não vai na salada de frutas Exportação de café: decreto de Trump e aceno a Lula renovam otimismo do setor por isenção de tarifas Brasileiro come mais vaca que boi: abate de fêmeas superou o de machos pela primeira vez
29/09/2025 18:49:57 +00:00
Brasil cria 147 mil empregos formais em agosto; queda de 38% frente ao mesmo mês de 2024

A economia brasileira gerou 147,4 mil empregos formais em agosto deste ano, informou nesta segunda-feira (29) o Ministério do Trabalho e do Emprego. Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em agosto: ➡️2,29 milhões de contratações; ➡️2,09 milhões de demissões. O resultado representa queda de 38,3% em relação a agosto do ano passado, quando foram criados cerca de 239 mil empregos com carteira assinada. Emprego com carteira assinada perdeu força e teve o pior julho em cinco anos Esse também foi o pior resultado para meses de agosto desde o início da série histórica em 2020, ou seja, em cinco anos. Veja os resultados para os meses de agosto: 2020: 214,6 mil vagas fechadas; 2021: 387,8 mil empregos criados; 2022: 288,9 mil vagas abertas; 2023: 219,8 mil vagas abertas. A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que o resultado mostra desaceleração do mercado de trabalho formal. “Cresce menos, mas continua crescendo”, afirmou. Segundo ele, há um pequeno impacto do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em setores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, como nas empresas de calçados e de madeira. “Mas o impacto maior é dos juros”, concluiu o ministro, que tem reclamado do patamar da taxa básica de juros, definida pelo Banco Central, em 15% ao ano, a mais alta em quase 20 anos. Empregos com carteira assinada tem saldo positivo registrados nos primeiros quatro meses de 2024. Arquivo Parcial do ano De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,5 milhão de empregos formais foram criados no país de janeiro a agosto deste ano. O número representa queda de 13,8% na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram abertas 1,74 milhão de vagas com carteira assinada. Essa foi a menor geração de empregos para os seis primeiros meses de um ano desde 2023, quando foram abertas 1,39 milhão de vagas formais. Ao fim de agosto de 2025, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 48,68 milhões de empregos com carteira assinada. O resultado representa aumento na comparação com julho deste ano (48,55 milhões) e com relação a agosto de 2024 (47,35 milhões). Empregos por setor Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto de 2025 mostram que foram criados empregos formais em quatro dos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços. A agropecuária foi o setor que registrou perda de vagas no mês passado. Regiões do país Os dados também revelam que foram abertas vagas em quatro das cinco regiões do país no mês passado. Salário médio de admissão O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.295,01 em agosto deste ano, o que representa alta real (descontada a inflação) em relação a junho de 2025 (R$ 2.282,31). Na comparação com agosto do ano passado, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.275,42. Caged x Pnad Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais. Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad). Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego no Brasil foi de 5,6% no trimestre encerrado em julho. De acordo com o IBGE, essa foi a menor taxa da série histórica iniciada em 2012.
29/09/2025 17:30:24 +00:00
Leilão do Detran-SP tem Chevrolet Vectra mais barato que iPhone e VW Gol a R$ 2,9 mil

Como funcionam os leilões O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) divulgou a agenda de próximos leilões de carros e motos. Os lances começam em R$ 1.800 por uma Yamaha Factor YBR 125 K 2008, e chegam a R$ 12,9 mil para levar uma Chevrolet Vectra Hatch GT-X quatro portas, versão esportivada, de 2010. O leilão vai até a próxima quarta-feira (1º) de forma virtual, mas os veículos estão em um pátio da cidade de Bebedouro (SP). A visitação pública aconteceu entre os dias 22 e 26 de setembro, das 9h às 16h e a oferta é de carros e motos recolhidos por infrações de trânsito. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp Atenção às datas de lances públicos: Veículos conservados destinados à circulação: acontece nesta segunda-feira; Sucata aproveitável e sucata com motor inservível: acontece nesta terça-feira; Sucata para reciclagem: acontece nesta quarta-feira. Chevrolet Vectra GT-X custa R$ 12.950, exatos R$ 5.549 mais em conta que um iPhone 17 Pro Max 2TB Divulgação | Detran-SP Neste leilão, existem: 🚗 13 veículos aptos a circular; ⚙️ 17 sucatas com motor ainda podendo ser aproveitado; 🔧 14 sucatas com motor condenado, mas podendo servir como peças sobressalentes para outros veículos; ♻️ 39 sucatas para fundição e reciclagem. Segundo o edital do leilão, um carro apto a circular significa que ele pode retornar a andar em via pública, ficando o comprador responsável pelo registro do veículo perante o órgão ou entidade executivo de trânsito, com o pagamento das respectivas taxas. O Detran-SP não é responsável pelas peças e afirma que o comprador já está ciente da situação mecânica do veículo, não aceitando posteriores reclamações. Neste leilão, a Yamaha Factor YBR 125 K de 2008 é a moto mais barata, com lance mínimo de R$ 1.800. Já o carro mais em conta é um Volkswagen Gol 1.0 16V de 2000, com lance partindo de R$ 2,9 mil. Yamaha Factor YBR 125 K tem lance inicial de R$ 1.800 Divugalção | Detran-SP Veja outros destaques do leilão Chevrolet Vectra Hatch 4P GT-X 2009 Lance inicial: R$ 12.950 Volkswagen Gol 16V 2000 Lance inicial: R$ 2.900 Yamaha Factor YBR 125 K 2008 Lance inicial: R$ 1.800 Renault Logan Automático 1.0 16V 2008 Lance inicial: R$ 6.300 Volkswagen Gol 1.0 2011 Lance inicial: R$ 9.400 Ford Fiesta 2010 Lance inicial: R$ 8.000 Honda CG 160 Start 2018 Lance inicial: R$ 4.100 Volkswagen Gol 1.6 MI 1996 Lance Inicial: R$ 3.000 Honda CG 125 Fan KS 2013 Lance inicial: R$ 2.500 Honda NX-4 Falcon 2005 Lance inicial: R$ 5.200 A avaliação estimada para cada veículo é calculada com base nos valores praticados pelo mercado e no estado de conservação da unidade. O lance mínimo é o valor de partida para as ofertas. Os leilões são abertos a todas as pessoas e empresas, mas são vedadas as participações de: Servidores do Detran-SP e parentes de servidores até o segundo grau; Leiloeiro, seus parentes até segundo grau e membros de sua equipe de trabalho; Proprietários, sócios e/ou administradores dos pátios terceirizados, licitados ou conveniados onde se encontram custodiados os veículos, seus parentes até segundo grau e os membros da equipe de trabalho; Pessoas físicas e jurídicas impedidas de licitar e contratar com a administração, sancionadas com as penas previstas nos incisos III e IV do art. 156 da Lei federal nº 14.133, de 2021 ou, ainda, no art. 7º da Lei federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Veja dicas para participar de leilões Leilão de veículos feito pelo Detran-SP divulgação/Governo de São Paulo Como em qualquer leilão, é preciso analisar minuciosamente cada item para saber qual faz sentido na sua garagem. Para te ajudar, o g1 reuniu as principais dicas e as opiniões de especialistas para que você tome a melhor decisão. Existem dois tipos de leilões: os particulares e os públicos. A primeira pergunta que o consumidor pode se fazer é: de onde vêm esses veículos? Os leilões públicos costumam ofertar modelos que foram apreendidos ou abandonados. De acordo com Otávio Massa, advogado tributarista, esses veículos têm origem em operações de fiscalização aduaneira e foram retidos por questões legais, fiscais ou por abandono em recintos alfandegados. Existem também os carros inservíveis de órgãos públicos, como os que já não têm mais utilidade para o propósito governamental e são vendidos para reutilização ou como sucata. “Os veículos são vendidos no estado em que se encontram, sem garantias quanto ao seu funcionamento ou condições, e o arrematante assume todos os riscos”, explica Massa. Em meio aos riscos, há excelentes preços. Porém, existe um passo a passo para verificar o estado do carro, que vamos falar adiante. Diferentemente das revendas oficiais ou multimarca, não é oferecida uma garantia para o produto. É nesse momento que o consumidor tem que ligar o alerta: produtos de leilões particulares podem ter garantia para apenas alguns itens. Os públicos, por sua vez, não têm garantia. Por isso, é importante checar se é possível fazer uma vistoria presencial no modelo antes de pensar no primeiro lance. Luciana Félix, que é especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina em Belo Horizonte, lembra ainda que a burocracia pode ser um grande empecilho para o uso do item leiloado. Um exemplo que ela cita é o de um carro aprendido, que pode ter problemas na documentação. “Esses carros já vêm com burocracias devido ao seu histórico. (...) Às vezes, são carros que necessitam de uma assistência jurídica. Você tem que contratar um advogado para fazer toda a baixa dessa papelada”, alega a especialista. Leilões particulares De acordo com a especialista em mecânica automotiva Luciana Félix a maioria dos pregões particulares oferece carros de seguradoras (geralmente de sinistros, com perdas totais ou parciais), de locadoras, e de empresas com pequena frota, que colocam a antiga para leilão quando precisam fazer a substituição. Simplificando o conceito: 🔒Leilões particulares: frotas de empresas, devoluções de leasing, de seguradoras 🦁Leilões da Receita Federal: apreendidos, confiscados ou abandonados. Tipo de compra Segundo Ronaldo Fernandes, especialista em Leilões da SUIV, empresa que possui um banco de dados de peças automotivas, é fundamental entender que existem duas maneiras de adquirir automóveis ofertados em leilões: para restaurar ou utilização; e aqueles voltados exclusivamente para empresas de desmanche legal. “Não há um tipo específico de veículos que vai a leilão, mas é muito importante verificar qual o tipo de venda que está sendo oferecida para o veículo de interesse, pois alguns veículos poderão circular normalmente e outros servirão somente para desmonte ou reciclagem devido à sua origem”, afirma Fernandes. Nos casos em que os carros são vendidos para desmanches, a origem deles se dá por conta do tamanho do sinistro. “Dependendo do tamanho do sinistro, o automóvel só poderá ser vendido como sucata, ou seja, sem documentação para rodar novamente”, afirma Fernandes. Critérios para venda Segundo o advogado tributarista Otávio Massa, os critérios para que um carro vá a leilão incluem: Valor comercial: veículos com valor residual significativo que justifique a venda; Condição recuperável: mesmo que parcialmente danificados, se ainda tiverem peças reutilizáveis ou puderem ser reparados; Procedimento legal: veículos apreendidos ou abandonados que legalmente devem ser vendidos em leilão público. Resumindo, o que define se um veículo vai ser leiloado é o quanto ele ainda pode despertar o interesse financeiro de novos compradores. Thiago da Mata, CEO da plataforma Kwara, afirma que é feita uma avaliação prévia para determinar o valor a ser cobrado. “Normalmente, ativos que possuem débitos superiores ao seu valor de mercado são considerados sucata e vão para descarte. Da mesma forma, veículos cujo estado de conservação seja muito crítico podem ter o mesmo destino para que possam ser aproveitadas as peças”, argumenta. Otávio Massa corrobora com a visão de da Mata ao afirmar que “não há uma porcentagem mínima específica estabelecida por lei, mas o critério principal é se o veículo tem valor comercial residual. Veículos sem valor ou severamente danificados podem ser descartados”. Carros, caminhões, ônibus e outros modelos destinados a desmanche têm seus respectivos números de chassis cancelados. É como se o automóvel deixasse de existir. Prudência e dinheiro no bolso De acordo com Thiago da Mata, da Kwara, inspecionar o veículo é de suma importância. Afinal, os carros podem ter distintos estados de conservação, o que tem que entrar na lista de preocupações de quem participa de um pregão. “[Os veículos] podem tanto estar em bom estado de conservação, como também é possível que tenham ficado em pátio público durante um período de tempo importante”, afirma. Os carros podem ter marcas provocadas pelo período em que ficaram expostos ao clima: pintura queimada, oxidação da lataria, manchas provocadas pela incidência solar. E esses reparos também precisam entrar no planejamento financeiro do comprador. Idealmente, a inspeção deve ser feita de forma presencial, segundo os especialistas consultados nesta reportagem. Ao verificar um carro, por exemplo, é preciso verificar tudo: bancos, painéis de porta, console central, volante, conferir os equipamentos, a quilometragem, ligar o carro, abrir o capô, checar a existência de bateria de 12V e, se possível, levar um especialista ou mecânico de confiança para checar as partes técnicas e prever possíveis custos extras com manutenção. Luciana Félix, que é especialista em manutenção, diz que o consumidor precisa ver até o histórico de manutenção, se possível. E documentar tudo com fotos. “Comprar carros em leilão é tipo um investimento de risco, você pode se dar muito bem ou muito mal, pois você não poderá andar com o carro para saber como está o seu motor ou câmbio, pois todos os veículos estão lacrados”, argumenta a proprietária da Na Oficina. É importante ressaltar que essa é a mesma verificação que se faz ao comprar um automóvel usado, seja presencial ou via marketplace: deve ser feita uma avaliação técnica, além de checagem da quilometragem rodada e documentação do ativo. “Importante que seja feita a verificação de débitos ou algum tipo de bloqueio para venda, pois a responsabilidade por estes pagamentos pode ser diferente de leilão para leilão. Estas informações devem estar presentes no Edital, que deve ser lido com atenção antes que qualquer lance seja dado”, alerta Thiago da Mata, da Kwara. Quando a compra é feita pela internet e não existe a possibilidade de visitar o produto, é indicado solicitar uma vídeo-chamada para fazer essa inspeção. Não é o ideal, mas já ajuda a verificar o estado do carro, mesmo que seja à distância. O que verificar: Documentação: incongruências jurídicas; Custos para regularização; Estado de conservação do carro; Custos para restauro; Condições de compra; Inspeção mecânica e de equipamentos. Assim, se você vai participar de um leilão pela primeira vez, atente-se para os seguintes passos. Estude: leia o edital e entenda as regras do leilão; Verifique a procedência: se certifique que o veículo não tem pendências legais; Defina um orçamento: estabeleça um limite máximo de gastos; Inspecione: se possível, veja o veículo pessoalmente ou solicite um relatório detalhado; Experiência: participe de leilões menores para entender a lógica de funcionamento. ▶️ LEMBRE-SE: Utilize apenas canais oficiais para se comunicar com o leiloeiro e verifique sempre a autenticidade das mensagens. Evitar fraudes já é um bom começo.
29/09/2025 16:24:36 +00:00
Tarcísio prioriza visita a Bolsonaro e faltará à posse de Fachin e Moraes no comando do STF

Tarcísio de Freitas deve visitar Bolsonaro em Brasília Em passagem por Brasília nesta segunda-feira (29), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez uma escolha que novamente o aproxima da radicalização bolsonarista e o afasta da moderação política a que aliados de centro tentavam associá-lo. Tarcísio viajou a Brasília com um único compromisso na agenda: visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O encontro com o aliado ocorre no dia em que Luiz Edson Fachin toma posse como novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); e Alexandre de Moraes, como novo vice da Corte. O blog apurou que Tarcísio foi convidado pelo STF para o evento – uma praxe em cerimônias desse tipo – mas não irá comparecer. A presença do governador de São Paulo na posse de Fachin seria lida como um sinal de moderação e aceno aos ministros da corte. Recentemente, em manifestações a favor da anistia e em entrevistas, Tarcísio fez críticas ao STF. Ele disse que "ninguém mais aguenta a tirania de um ministro" ao se referir a Alexandre de Moraes, que é relator de ações contra Bolsonaro e o filho Eduardo. E também afirmou não confiar na Justiça do Brasil, acrescentando que, se fosse presidente do Brasil, daria um indulto a Jair Bolsonaro. O governador esteve em Brasília há poucos dias para tentar ajudar na articulação do projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e tentativa de golpe. O movimento ocorreu na mesma semana em que a Primeira Turma do STF iniciava a fase final do julgamento do núcleo crucial da trama golpista, composto por Bolsonaro e sete aliados. Os oito foram condenados. As declarações foram acenos à ala mais radical do entorno do ex-presidente Bolsonaro e causaram mal-estar entre os defensores de uma candidatura de Tarcísio à Presidência como uma opção política mais moderada. Mesmo assim, o governador foi alvo de ataques do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Na semana passada, o blog mostrou que aliados de Tarcísio já dão como certa sua candidatura à reeleição ao governo de São Paulo e, portanto, a desistência da corrida ao Planalto. O tema das eleições de 2026 deve entrar na pauta da conversa desta segunda de Tarcísio com o ex-presidente. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na inauguração das Estações de Tratamento de Esgoto (ETES) Cabuçú e Fortaleza, na cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, nesta quinta-feira, 25 de setembro. RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
29/09/2025 16:10:08 +00:00
Voepass ganha mais prazo para não pagar credores e muda controle da empresa para impulsionar plano de recuperação

Voepass: relembre a trajetória da companhia até a cassação do registro na Anac Em sua pior crise financeira e impedido de operar voos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Grupo Voepass acaba de conseguir mais 180 dias da Justiça para não ser cobrado por credores enquanto tenta viabilizar seu plano de recuperação judicial. Além disso, realizou mudanças em seu controle societário para ter mais recursos para pagar dívidas. Em agosto, segundo documentos obtidos pelo g1, as ações das empresas da companhia de Ribeirão Preto (SP) passaram a ser 100% controladas pela MAP Transportes Aéreos (entenda mais abaixo) e não mais pela Passaredo Transportes Aéreos (Voepass), que teve o Certificado de Operador Aéreo (COA) cassado pela Anac. Com a inversão das empresas subsidiárias, o objetivo é tentar viabilizar a negociação de 92 slots - cotas de pouso e decolagens em aeroportos do Brasil ainda pertencentes à companhia - avaliados em mais de R$ 182 milhões e, com isso, garantir o pagamento de dívidas. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "A conclusão exitosa dessa recuperação judicial depende da possibilidade de as recuperandas conseguirem transacionar o direito de exploração desse ativo com terceiros", argumenta a empresa, em uma petição encaminhada à Justiça. A mudança no comando foi um dos argumentos usados pela companhia em uma petição de tutela de urgência apresentado no início de setembro para tentar evitar que a Anac redistribua os slots remanescentes da Voepass. O pedido ainda não foi avaliado pela Justiça. A expectativa é de que a assembleia de credores para definir o plano de recuperação judicial ocorra em outubro, segundo apuração do g1. Em nota enviada na tarde desta segunda-feira (29), a Anac informou que já redistribuiu para outras companhias aéreas tanto os slots da temporada de verão quanto da temporada de inverno deste ano com base na Resolução 682/2022. "Importante esclarecer que os slots não integram o patrimônio das empresas aéreas: tratam-se de autorizações temporárias para uso de infraestrutura aeroportuária, condicionadas ao cumprimento dos critérios técnicos estabelecidos pela Agência." A reportagem também entrou em contato com a assessoria de comunicação da Voepass, mas não obteve uma resposta até a publicação desta notícia. Hangar da Voepass em Ribeirão Preto (SP). Sergio Oliveira/EPTV Crise financeira e recuperação judicial Já chamada de Passaredo, a Voepass atendia 16 destinos e já foi considerada uma das maiores do país, mas desde março foi proibida de operar, depois que a Anac identificou falhas de segurança e determinou providências, sobretudo após um desastre que matou 62 pessoas em agosto de 2024 em Vinhedo (SP). Mais tarde, a agência cassou em definitivo o certificado de operador aéreo (COA) após apontar irregularidades não solucionadas pela companhia, além de determinar a redistribuição das cotas de pousos e decolagens, os chamados slots, para utilização de outras companhias no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Essas restrições já vinham agravando a crise financeira da companhia, que ajuizou um pedido de recuperação judicial em abril. Na época, as dívidas estavam calculadas em mais de R$ 400 milhões, sem contar débitos em dólares, e, desse total, R$ 215 milhões tinham sido abrangidos pelo plano. Em maio, o grupo conseguiu um parecer favorável para parte das empresas do grupo. A Passaredo Transportes Aéreos e a MAP Transportes Aéreos não tinham sido contempladas sob o argumento de que não havia atividade a ser recuperada, já que todos os voos estavam parados. Em decisão posterior, de junho, a Justiça incluiu a MAP no plano de recuperação sob a justificativa de que a empresa comprovou ter serviços de hangaragem. Com a exclusão da Passaredo Transportes Aéreos, o valor atualmente abrangido pela recuperação judicial é de R$ 25 milhões, embora o passivo das três empresas em recuperação - MAP, Passaredo Gestão Aeronáutica e Joluca Participações - seja superior a R$ 193 milhões. Apesar dessas decisões, o grupo ainda tenta, por meio de outros recursos não analisados, incluir a Passaredo Transportes Aéreos na RJ. Voepass operava voos para localidades como Fernando de Noronha Ana Clara Marinho/TV Globo A suspensão no pagamento de dívidas Desde o início deste ano, a Voepass, por meio de diversos recursos, tem conseguido manter suspensas as cobranças de seus credores. Em um primeiro momento, ainda quando ajuizou uma tutela cautelar antecedente, em fevereiro, obteve o prazo inicial de 60 dias. Em maio, depois que formalizou o pedido de recuperação judicial, conseguiu mais 120 dias, que venceram na última sexta-feira (26). Na mesma data, após um novo pedido dos advogados, a companhia conseguiu mais 180 dias - seis meses - de suspensão de cobranças. Na decisão, a Justiça considerou que a demora processual - a assembleia de credores ainda não foi realizada - não foi causada por um descuido ou negligência das empresas do grupo em recuperação. A mudança no comando e a negociação dos slots Em uma petição apresentada em setembro, os advogados do grupo informaram uma mudança ocorrida em agosto no controle societário da Voepass, de modo que a MAP Transportes Aéreos - adquirida pelo grupo em 2019 - passou a ser a controladora das demais empresas e não mais a Passaredo Transportes Aéreos. Na mesma proposta, o grupo sugere que, com essa reconfiguração, a companhia não teria impedimentos para negociar os slots com companhias aéreas, caso seja aprovado um aditamento no plano de recuperação para a criação de uma unidade produtiva isolada (UPI), que contaria principalmente com 92 slots da temporada de inverno, ou seja, válidos entre outubro deste ano e março de 2026. 🔎Uma UPI é um conjunto de bens de uma empresa em recuperação ou falência que podem ser negociados de forma independente, sem estarem atrelados a outras operações de um grupo empresarial que estejam com pendências e passivos. LEIA TAMBÉM Justiça nega recuperação judicial para empresas da Voepass que operam transporte aéreo 'Não recebi nada': funcionários demitidos da Voepass após desastre aéreo cobram verbas rescisórias Em pedido de recuperação judicial, Voepass culpa Latam por crise financeira: 'Principal responsável' Da queda à cassação na Anac: o que aconteceu com a Voepass 1 ano após desastre com 62 mortes Nessa UPI, em outras palavras, o interessado na negociação conseguiria adquirir ativos como os slots, sem precisar assumir outros débitos da empresa. Na petição, os advogados citam que já existem interessados na obtenção desses slots, que poderiam ser arrendados. Para isso, no entanto, eles solicitaram à Justiça que impeça a Anac de remanejar essas cotas, já que os slots da temporada de verão já foram redistribuídos. As cotas ainda disponíveis, avaliadas em R$ 182 milhões, seriam suficientes não só para o pagamento de credores como também para a manutenção das atividades das três empresas em processo de recuperação, segundo os advogados. "As requerentes não podem aguardar, por tempo incerto, o julgamento dos recursos mencionados acima pelo e. TJSP. (...) O direito de exploração dos slots remanescentes de titularidade da Passaredo representa o principal ativo detido pelo Grupo Voepass, o qual foi avaliado em R$ 182 milhões, de modo que a conclusão exitosa dessa recuperação judicial depende da possibilidade de as recuperandas conseguirem transacionar o direito de exploração desse ativo com terceiros. Simples assim." Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região
29/09/2025 15:00:46 +00:00
'BC não pode agir com emoção': Galípolo explica por que Copom manteve Selic a 15%

Selic a 15%: o que muda no seu bolso O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (29) que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 15% demonstra a necessidade de cautela diante de um cenário ainda incerto. Segundo ele, “o BC não pode agir com emoção”, mesmo após a deflação recente e a melhora nas expectativas do mercado. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Durante participação em evento do Itaú, em São Paulo, Galípolo disse que o Copom entrou em uma nova fase, mais focada em “esperar e recolher evidências sobre a convergência da inflação para a meta”, conforme já indicado na última comunicação divulgada pelo Comitê na semana passada. “Essa postura mais humilde do BC, de reunir mais informações antes de incorporar cenários, tem se mostrado correta", afirmou. 🔎O objetivo do BC é reduzir a inflação acumulada em 12 meses para 3%. A meta é considerada atingida se estiver entre 1,5% e 4,5%. Galípolo destacou que os sinais de desaceleração da economia brasileira reforçam a percepção de que o país está passando por um processo gradual de moderação econômica. No segundo trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,4%. Por outro lado, o consumo das famílias aumentou, impulsionado pelo mercado de trabalho aquecido. Questionado sobre a manutenção da Selic em um nível elevado, mesmo após os dados recentes de deflação e desaceleração econômica no segundo trimestre, Galípolo afirmou que não existe um único indicador capaz de definir a trajetória da política de juros. Ele ressaltou que o mercado de trabalho continua resiliente no Brasil, vivendo um dos melhores momentos das últimas três décadas, o que contribui para a pressão sobre a inflação de serviços. “Mesmo com juros em patamar restritivo, vemos um mercado de trabalho robusto. Esse é um debate que o Brasil precisará enfrentar como sociedade: como conviver com juros altos e, ainda assim, uma economia resistente”, disse. Em agosto, a inflação de serviços desacelerou em relação a julho, mas permanece em um patamar considerado elevado pelos economistas. Em 12 meses, o núcleo de serviços acumula alta de 6,17%, bem acima do IPCA cheio e da meta de inflação. Essa fatia da inflação que compõe IPCA é vista como termômetro da demanda na economia brasileira, já que reflete a situação do consumo e do mercado de trabalho. BC mantém taxa básica de juros em 15% ao ano Na reunião do dia 17 de setembro, o Comitê decidiu manter taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15% ao ano. A decisão pela manutenção da taxa foi unânime. Esse é o maior nível em quase 20 anos — em julho de 2006, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Selic estava em 15,25% ao ano. 🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para conter as pressões inflacionárias, que afetam principalmente a população de menor renda. O Copom justificou a decisão citando instabilidades no cenário externo e a inflação ainda acima da meta no Brasil. O Comitê reconheceu que a atividade econômica perdeu força, mas o mercado de trabalho permanece aquecido. Nas condições atuais do país, segundo o Copom, o cenário continua inflacionário, e a manutenção dos juros contribui para o controle da inflação. Na ata divulgada pelo Copom na última terça-feira (23), o BC avaliou que a recente queda do dólar e a desaceleração do crescimento econômico ajudam a conter a inflação, mas observou que as projeções de preços para os próximos anos ainda estão acima da meta. Isso é visto no boletim "Focus", divulgado na segunda-feira (29): mesmo com a projeção de inflação do mercado para 2025 recuando de 4,83% para 4,81%, e de 2026 caindo de 4,29% para 4,28%, ambas continuam acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 'Vigilante, sereno e persistente' Para o presidente do BC, a taxa de 15% é alta, mas necessária. “O BC jamais disse o contrário [que a taxa não é alta] quando comparamos com outros países ou com períodos de crise, como 2008 e 2020. "Mas a meta que recebemos é levar a inflação para 3%, não para a média internacional”, afirmou, citando a pesquisa Focus, na qual nenhuma das projeções atuais aponta inflação exatamente na meta. Galípolo fez referência ao fato de o Brasil ainda ter o segundo maior juro real do mundo, ficando atrás apenas da Turquia, que registrou uma taxa real de 12,34%. Em terceiro, está a Rússia, com 4,79%. Mesmo assim, segundo o presidente do Banco Central, a postura da autoridade monetária deve ser “vigilante, serena e persistente”. O objetivo é manter a Selic em nível restritivo pelo tempo necessário para assegurar que a inflação siga de forma consistente rumo à meta. “Não existe atalho. Mais difícil do que elevar a Selic é mantê-la. Precisamos conviver com uma dose maior de remédio por um período mais longo”, explicou. Galípolo acrescentou que a credibilidade do Banco Central depende da firmeza na condução da política monetária. “Cabe ao BC ancorar as expectativas e colocar a Selic em um nível suficientemente restritivo para assegurar a convergência da inflação para a meta. Não é função da autoridade monetária se antecipar a algo que não existe. Nossa missão é ser vigilantes e pacientes, sem agir com emoção”, concluiu. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, durante a apresentação do Relatório de Política Monetária. Raphael Ribeiro/BC
29/09/2025 14:45:52 +00:00
PIX fora do ar: usuários relatam problemas com o sistema de pagamentos em diferentes bancos

Saiba como funciona a modalidade de pagamento do Pix parcelado O PIX ficou fora do ar na manhã desta segunda-feira (29). Nas redes sociais, usuários relataram falhas generalizadas que impactaram o sistema de pagamentos em diferentes instituições financeiras. O g1 encontrou relatos de instabilidade no PIX nos aplicativos do Bradesco, Itaú, Mercado Pago, Nubank e Santander. De acordo com o site DownDetector, que monitora interrupções em serviços online, os problemas começaram a ser registrados por volta das 11h, totalizando cerca de 8.400 notificações de instabilidade. Usuários relatam instabilidade no PIX nesta segunda-feira (29), segundo o site Downdetector. Reprodução/Downdetector O site também apontou aumento nas reclamações em pelo menos cinco bancos, sugerindo que a falha está no sistema do Banco Central, e não em uma instituição específica. O g1 entrou em contato com o BC, que não posicionou sobre o tema até a última atualização desta reportagem. Nas redes sociais, usuários também relataram falhas em plataformas de comércio eletrônico, reforçando que o problema ocorre no sistema de transferência e não em uma instituição específica. "Estou tentando pagar no Mercado Pago, mas está dando erro. O problema está no Banco Central", escreveu um deles no X. Veja alguns dos relatos sobre os problemas no PIX: Usuários relatam falhas no PIX nesta segunda-feira (29) pelas redes sociais. Reprodução/X Usuários relatam instabilidade no PIX nas redes sociais nesta segunda-feira (29). Reprodução/X Usuários relatam instabilidade no PIX nas redes sociais nesta segunda-feira (29). reprodução/Threads Usuários relatam instabilidade no PIX nas redes sociais nesta segunda-feira (29). reprodução/Threads Usuários relatam instabilidade no PIX nas redes sociais nesta segunda-feira (29). reprodução/Threads Golpe PIX Augusto Castro
29/09/2025 14:37:36 +00:00
Trabalhadores da Toyota de Indaiatuba aprovam layoff após paralisação de unidades

Assembleia realizada com trabalhadores da fábrica da Toyota, nesta segunda-feira (29), em Indaiatuba (SP) Derci Jorge Lima/Arquivo pessoal Os trabalhadores da montadora Toyota de Indaiatuba (SP) aprovaram, na manhã desta segunda-feira (29), a proposta de layoff apresentada pela empresa. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região. 🔎 Layoff é a suspensão temporária do contrato de trabalho ou a redução da jornada, uma alternativa à demissão em massa, que permite às empresas evitar crises econômicas ou reestruturações que envolvam dispensar funcionários. Segundo Derci Jorge Lima, diretor do sindicato, a adesão dos trabalhadores foi de aproximadamente 99%. A proposta garante estabilidade no emprego e pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A fábrica de Indaiatuba, assim como a unidade de Sorocaba (SP), foi impactada pelo vendaval que atingiu a fábrica de motores da Toyota, em Porto Feliz (SP), na segunda-feira (22). Toyota suspende produção de veículos por tempo indeterminado na fábrica de Indaiatuba O que prevê a proposta? Entre os pontos aprovados na assembleia estão: Férias emergenciais de 20 dias, de 1º a 20 de outubro, para colaboradores das operações de produção. Layoff de 60 dias, a partir de 21 de outubro, podendo ser prorrogado mensalmente por até 150 dias. Pagamento de 100% do salário para trabalhadores que recebem até R$ 10 mil. Pagamento integral do PLR. Manutenção de benefícios como vale-alimentação e assistência médica. Planta de Indaiatuba Instalada em 1998, a fábrica da Toyota em Indaiatuba foi a segunda da marca no Brasil e fabricou mais de 1 milhão de unidades do modelo Toyota Corolla. Atualmente, a unidade conta com 1600 trabalhadores. Em maio do ano passado, a empresa acertou acordo para fechar a unidade de Indaiatuba até 2026, transferindo a operação para a fábrica de Sorocaba, que seria ampliada. A previsão é de que isso aconteça até julho. Segundo Lima, o planejamento não será alterado por conta da suspensão das atividades após o vendaval. Fábrica de motores da Toyota, em Porto Feliz (SP), teve a cobertura arrancada pelo vento Vinicius Rogillim/Arquivo Pessoal O que diz a Toyota? Leia, abaixo, o posicionamento divulgado pela empresa em 25 de setembro: "A Toyota informa que, felizmente, encontram-se bem todos os seus colaboradores e prestadores de serviço afetados pelas fortes chuvas e ventos que danificaram severamente a estrutura da fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz (SP), na última segunda-feira (22/09), e que segue cuidando das pessoas de forma ativa. Ainda nesse sentido, a companhia aproveita a oportunidade para agradecer as várias manifestações de solidariedade recebidas de fornecedores, concessionários, governo, fabricantes e clientes. Também manifesta sua solidariedade a todas as pessoas que vivenciaram esse episódio sem precedentes. No que tange à Planta de Porto Feliz em si, o levantamento de danos prossegue com bastante cuidado, a fim de permitir o desenvolvimento dos respectivos planos de reparo, mantendo a segurança das pessoas como a maior prioridade. Em uma primeira análise, a retomada da planta de motores deverá levar meses e, considerando essa situação, a empresa está buscando alternativas de fornecimento de motores junto a unidades da Toyota em outros países, com o objetivo de retomar a produção de veículos nas plantas de Sorocaba (SP) e Indaiatuba (SP). Por esse motivo, no dia de ontem a Toyota iniciou tratativas com os sindicatos em busca de alternativas que visem à manutenção dos empregos dos colaboradores das três unidades produtivas. As propostas serão apresentadas a partir de hoje, para votação nos próximos dias e, assim que aprovadas, serão aplicadas de forma emergencial. Mesmo diante desse cenário desafiador, a Toyota do Brasil segue confiante na superação de todos os obstáculos para uma rápida recuperação de suas atividades de produção de motores e veículos no país". VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas
29/09/2025 13:11:40 +00:00
Lufthansa anuncia corte de 4 mil cargos administrativos

g1 em 1 Minuto: conheça novas regras de check-in e check-out em hotéis A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou nesta segunda-feira (29) um corte de 4 mil cargos administrativos até 2030, à medida que avança em um processo de automação, digitalização e consolidação do trabalho com a ajuda da inteligência artificial (IA). O Grupo Lufthansa expôs seus planos estratégicos em uma apresentação para investidores e analistas em Munique. O planejamento prevê a elevação de suas metas financeiras de médio prazo, com lucro operacional – ajustado antes de juros e impostos (Ebit) – de 8 a 10% da receita, acima da meta anterior de 8%. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Para este ano, a empresa disse que espera que o Ebit ajustado supere significativamente o 1,9 bilhão de dólares (R$ 10,1 bilhões) obtido no ano passado. O grupo prevê uma forte demanda por viagens aéreas em meio a limites na oferta de voos devido à sobrecarga nas cadeias de suprimentos de aviões e motores. Segundo os administradores, isso significa um mercado aquecido que mantém os aviões lotados e impulsiona a receita. Em nota, o Grupo Lufthansa disse esperar um "aumento significativo na lucratividade" até o final da década e que estava preparando o que chamou de "a maior modernização da frota da história da empresa", que adicionaria mais de 230 novas aeronaves até 2030, incluindo 100 aviões para percursos de longa distância. A Lufthansa também planeja colocar as várias companhias aéreas administradas pelo grupo sob um controle central mais rigoroso. Além da Lufthansa, o grupo opera as companhias aéreas Swiss, Austrian Airlines e Brussels Airlines e detém uma participação minoritária na italiana ITA. A companhia aérea de baixo custo Eurowings, que também pertence ao grupo, será fortalecida, assim como as unidades de logística e manutenção, sendo que esta última deve se expandir para o setor de defesa. A Lufthansa afirmou que as medidas visam colocar o grupo em uma posição melhor para o futuro, gerando retornos sustentáveis para os acionistas. A empresa informou que os investidores podem continuar a esperar dividendos de 20% a 40% dos lucros do grupo. Em 2024, a empresa tinha 101.709 funcionários e gerou uma receita de 37,6 bilhões de euros (R$ 23,2 bilhões). Sindicato rejeita cortes "às custas dos funcionários" O sindicato dos trabalhadores do setor de serviços Verdi criticou os cortes planejados de 4 mil empregos. "Não aceitaremos um corte radical nas operações terrestres da Lufthansa às custas dos funcionários", disse o negociador-chefe do sindicato Marvin Reschinsky, nesta segunda-feira. "Usaremos a próxima rodada de negociação coletiva para isso", acrescentou, argumentando que os funcionários não devem estar entre as vítimas das medidas de austeridade da empresa. Segundo o Verdi, a Lufthansa possui cerca de 20 mil funcionários de terra. Na rodada de negociação coletiva, que começa na virada do ano, o sindicato pretende discutir salvaguardas "e, se necessário, instrumentos de redução de pessoal que impeçam demissões compulsórias", citando como exemplo a reintrodução da aposentadoria parcial. Ao mesmo tempo, o sindicato criticou a política de aviação alemã e europeia. "Os padrões ambientais europeus e nacionais cada vez mais rigorosos, bem como o aumento da carga tributária e de taxas, que recai exclusivamente sobre as companhias aéreas alemãs e europeias, minam a essência do modelo de negócios da Lufthansa e, portanto, a própria existência da companhia". Reschinsky declarou que a política de aviação alemã e europeia está "destruindo os empregos locais" e pediu uma mudança de rumo ao governo alemão. Modelo Boeing 747-8 da companhia Lufthansa Divulgação
29/09/2025 12:56:25 +00:00
'O debate fica mais difícil quando mexe em interesses particulares', diz Haddad sobre isenção do IR

Senado avança em projeto alternativo sobre isenção do imposto de renda O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (29), durante evento no Itaú, que as reformas do Imposto de Renda e do consumo devem avançar nesta semana no Congresso. Para ele, trata-se de um movimento “raro” que conseguiu unir Executivo e Legislativo em torno de pautas estruturais. “Raramente tantos temas avançaram juntos assim. [É] motivo de agradecimento. Legislativo e Executivo conseguiram dar ordem ao caos e trazer um pouco mais de justiça ao sistema tributário”, disse Haddad. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo o ministro, a proposta de isenção para rendas de até R$ 5 mil busca aumentar a justiça tributária. Hoje, grande parte da população tem o imposto descontado direto no salário, enquanto pessoas de renda muito alta ficavam praticamente sem tributação. Ao comentar a ampliação da faixa de isenção, Haddad lembrou que a medida já havia sido defendida por governos anteriores e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou da área econômica uma "solução sustentável". Para compensar a medida, será criado um imposto mínimo de 10% sobre rendas acima de R$ 1 milhão por ano. Segundo o ministro, é um passo necessário para "equilibrar justiça social e responsabilidade fiscal". “É uma proposta razoável, talvez até acanhada, quando olhamos a experiência internacional”, afirmou, ressaltando que a iniciativa foi bem recebida no Congresso. O ministro destacou ainda o otimismo com a votação da reforma tributária. Ele afirmou que a expectativa é que a reforma do Imposto de Renda seja votada ainda nesta semana, enquanto a etapa final da reforma do consumo caminha para conclusão. Haddad reconheceu que mudanças desse porte geram resistência, mas destacou a maturidade da discussão e a convergência política em torno do tema. Gastos primários e ajuste fiscal Se, de um lado, Haddad mostrou avanços na arrecadação, de outro reconheceu as dificuldades em controlar os gastos do governo. As despesas chamadas de primárias — que incluem saúde, educação e benefícios sociais, e são em grande parte obrigatórias pela Constituição — tornam mais difícil para o governo fazer ajustes no médio prazo. Além disso, ele lembrou que novos gastos, que não existiam antes, ganharam "peso" no orçamento. As emendas parlamentares foram citadas como exemplo: saíram de R$ 5 bilhões há alguns anos para mais de R$ 50 bilhões atualmente. “Alguém pensou em como honrar essas contas? [Alguém] lembrou que precisava de uma fonte de financiamento? São gastos contratados por governos anteriores, mas quem está sentado na cadeira [agora] é quem precisa lidar com eles”, afirmou. O ministro também citou dívidas herdadas, como a curva de precatórios e programas sociais criados sem previsão de recursos, como BPC e LOAS. Segundo ele, o governo tem buscado corrigir distorções, revisando cadastros e centralizando processos judiciais que oneram a União. O ministro ressaltou que o gasto público, que chegou a 19,5% do PIB na última década, caiu para menos de 19%, excluindo a pandemia. O desafio, segundo Haddad, é manter o ajuste sem penalizar os mais vulneráveis. “O debate fica mais difícil quando mexe em interesses particulares, mas é o caminho mais correto ao longo do tempo. [Mas] a justiça deve guiar o processo.” Haddad durante discurso no lançamento do Plano Safra para agricultura familiar Reprodução/Canal Gov
29/09/2025 12:29:38 +00:00
Juro do consignado ao setor privado na nova modalidade está maior do que nos contratos antigos com convênios, diz BC

O Crédito Trabalhador é uma modalidade em que as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento Pegatroco/Divulgação O Banco Central informou que a taxa de juros da nova modalidade de crédito consignado, ou seja, com desconto na folha de pagamentos do trabalhador, é mais cara do que os contratos que foram feitos no modelo antigo — nos quais as empresas precisam fechar convênios com as instituições financeiras. Por meio do relatório de política monetária, divulgado na semana passada, o BC informou que as operações do novo consignado "se mostraram mais caras do que os empréstimos consignados dos convênios, porém bem mais baratas do que o crédito pessoal não consignado". "A diferença de taxa observada entre esses dois tipos de crédito consignado pode estar relacionada ao perfil do tomador do crédito, incluindo características da empresa em que ele trabalha", diz o documento. "Observa-se que o tomador médio do novo consignado, nesse período, trabalha em empresas de menor porte, tem menos tempo de vínculo com a empresa atual e recebe renda inferior à do tomador médio dos convênios", informou o Banco Central. Segundo a autoridade monetária: A taxa média do novo consignado atingiu 3,9% ao mês nas operações contratadas até o final de julho; Isso representa cerca de 60% da taxa de 6,2% ao mês cobrada em média no crédito pessoal não consignado; A taxa média do consignado baseado em convênios existentes antes de março era de 2,6% ao mês. O BC informou, ainda, que nas concessões do novo consignado, as taxas foram mais altas para empregados nas menores empresas, decrescendo gradualmente até se estabilizarem a partir de empresas de porte mediano. "Assim, os dados sugerem associação entre o porte do empregador e a percepção de risco do crédito pelas instituições financeiras, mas apenas para as faixas de porte mais baixas. Nas concessões do consignado por convênio, os resultados não indicam relação tão clara entre porte do empregador e taxa de juros", concluiu a instituição. Saiba como trocar seu empréstimo para o Crédito do Trabalhador Taxa ficou estável em agosto Nesta segunda-feira (29), o Banco Central informou que a taxa média de juros do crédito consignado ao setor privado foi de 3,79% ao mês em agosto. O resultado representa um leve aumento em relação a julho, quando a taxa era de 3,75% ao mês (valor revisado). ➡️O patamar ainda é o dobro da taxa de juros registrada no crédito com desconto em folha para aposentados (1,81% ao mês) e servidores públicos (1,86% ao mês) no mesmo período. Veja as taxas médias de juros de outras linhas de crédito em agosto: ➡️ Crédito pessoal não consignado: 6,12% ao mês; ➡️ Cheque especial das pessoas físicas: 7,49% ao mês; ➡️ Cartão de crédito rotativo: 15,29% ao mês. Ranking do Banco Central O Banco Central também divulgou um ranking com as taxas de juros praticadas pelos bancos entre os dias 9 e 15 de setembro. As taxas variam de 1,47% a 6,1% ao mês. ➡️ As taxas médias divulgadas pelo BC não garantem que esse será o juro final para os trabalhadores. O valor efetivo dependerá da análise de risco feita pelas instituições financeiras, considerando fatores como garantia oferecida, tempo de trabalho e histórico de crédito. ➡️ Especialistas recomendam que os trabalhadores pesquisem amplamente no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, incentivando a concorrência entre os bancos antes de contratar um empréstimo. Sem teto no consignado ao setor privado Até o momento, não há teto nos juros da nova linha de crédito do consignado ao setor privado. As taxas cobradas são definidas livremente pelas instituições financeiras com base no perfil de cada cliente. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem defendido que não é necessário fixar um teto para os juros, pois as taxas cobradas, segundo a entidade, serão mais baixas com a garantia dos recursos do FGTS. No lançamento da nova modalidade de crédito, em cerimônia no Palácio do Planalto na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que, caso seja "observado que o sistema financeiro esteja abusando, o governo poderá estabelecer teto de juros no futuro". Em março, o governo publicou um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinando que o Comitê Gestor das Operações de Crédito Consignado será responsável por definir os parâmetros, termos e condições dos contratos para empréstimos garantidos com recursos do FGTS. Com isso, o governo abriu a porta para que seja criado, no futuro, um teto de juros na nova modalidade de crédito – caso julgue ser necessário. Nova linha de crédito A nova modalidade de crédito, com garantia do FGTS, foi lançada oficialmente em 21 de março, por meio de plataforma disponibilizada pelo governo. 🔎 As regras incluem o uso de até 10% do saldo do FGTS como garantia e, também, 100% da multa rescisória na demissão sem justa causa (que equivale a 40% do valor do saldo). As garantias, porém, ainda não foram regulamentadas. 💲 Nesta linha de crédito, as parcelas são quitadas com desconto no contracheque, ou seja, no salário do funcionário que pega um empréstimo em uma instituição financeira. 💲 O consignado ao setor privado já existia, mas, com as regras antigas, havia uma exigência de um acordo entre as empresas e os bancos — o que travava a liberação dos recursos. 💲 Desde 21 de março, a busca pelo crédito pode ser feita pelos trabalhadores diretamente por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), sem a necessidade de acordo com os empregadores. 💲Desde 25 de abril, os trabalhadores podem contratar o empréstimo também por meio dos canais eletrônicos dos bancos habilitados. 💲De 6 de junho em diante, foi autorizada a portabilidade interbancária, possibilitando a troca de contratos antigos por outro em condições melhores em instituição financeira diferente.
29/09/2025 12:01:27 +00:00
Dólar cai e fecha a R$ 5,32 com maior apetite a risco; Ibovespa retoma os 146 mil pontos

Secretário de Trump diz que é preciso 'consertar' o Brasil para que o país pare de adotar O dólar fechou em queda de 0,31% nesta segunda-feira (29), cotado a R$ 5,3217. Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,61%, aos 146.337 pontos. Mais cedo, o principal índice da bolsa brasileira chegou aos 147.558 pontos, atingindo um novo recorde intradiário — depois, perdeu força. Os investidores acompanharam uma agenda intensa de indicadores econômicos no Brasil e no exterior, em um dia de maior apetite ao risco, com a maioria das moedas emergentes avançando frente ao dólar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos Estados Unidos, investidores observaram o risco de paralisação do governo, no chamado shutdown (entenda mais abaixo). Além disso, foram publicados dados das vendas pendentes de moradia, que aumentaram 4,0% no mês passado — as estimativas eram de um avanço de 0,2%. ▶️ No Brasil, o Banco Central divulgou o boletim Focus, no qual os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação em 2025 e 2026. Durante a manhã, também saiu a Pesquisa Firmus, sobre percepção de empresas não financeiras. ▶️ Também foi publicado o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto, que mostrou a geração de 147.358 empregos formais. O resultado ficou abaixo da expectativa dos analistas, que projetavam 160 mil vagas. ▶️ Ainda no país, o mercado reagiu a falas do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. Mais cedo, ele afirmou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 15% demonstra a necessidade de cautela diante de um cenário ainda incerto. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,31%; Acumulado do mês: -1,85%; Acumulado do ano: -13,88%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,61%; Acumulado do mês: +3,48%; Acumulado do ano: +21,66%. Boletim Focus Os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação em 2025 e 2026. As expectativas fazem parte do boletim "Focus", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana. ➡️ A projeção de inflação do mercado para 2025 recuou de 4,83% para 4,81%, ➡️ Para 2026, a projeção recuou de 4,29% para 4,28%; ➡️ Para 2027, a expectativa continuou em 3,90%; ➡️ Para 2028, a previsão permaneceu em 3,70%. A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu estável em 2,16%. Para 2026, a projeção de crescimento do PIB continuou em 1,80%. Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025. Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção continuou em 12,25% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado permaneceu em 10,50% ao ano. Vendas pendentes de moradias nos EUA A Associação Nacional de Corretores de Imóveis informou que o número de contratos assinados para compra de casas aumentou 4% no mês passado. Esse resultado foi bem acima do que esperavam os analistas, que previam uma alta de apenas 0,2%. Na comparação com agosto do ano passado, o crescimento foi de 3,8%. "As taxas hipotecárias mais baixas estão permitindo que mais compradores de casas assinem contratos", disse o economista-chefe da associação, Lawrence Yun O banco central dos EUA, o Federal Reserve, reduziu sua taxa de juros de referência este mês em 25 pontos-base, para o intervalo de 4% a 4,25%. A taxa da popular hipoteca de 30 anos está próxima de uma mínima de 11 meses, segundo dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac. Apesar disso, o efeito positivo pode ser limitado pela piora no mercado de trabalho. Nos últimos três meses, o número médio de novos empregos foi de 29 mil por mês, bem abaixo dos 82 mil registrados no mesmo período do ano anterior. Batalha orçamentária nos EUA Com o orçamento do governo dos Estados Unidos prestes a expirar à meia-noite de terça-feira (30), republicanos e democratas no Congresso não dão sinais de chegar a um acordo sobre uma solução provisória que evite a paralisação. O presidente Donald Trump marcou uma reunião com líderes do Congresso na Casa Branca nesta segunda-feira (29), em uma última tentativa de superar o impasse. Os democratas, porém, indicaram que não pretendem aprovar o plano de curto prazo defendido pelos republicanos sem alterações. Caso não haja consenso sobre uma nova lei orçamentária, a paralisação — que já ocorreu outras vezes no país — deve começar em 1º de outubro, e tudo aponta para esse cenário. 🔎 Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter que fechar e os subsídios para pequenas empresas podem sofrer atrasos. No entanto, essa disputa vai além do financiamento temporário. Trata-se da continuidade de um embate que começou quando Trump assumiu o cargo, em janeiro, e se recusou a liberar bilhões de dólares já aprovados pelo Congresso. Os democratas querem usar a ameaça de paralisação para recuperar parte desses recursos e manter os subsídios de saúde que expiram no fim do ano. Estão em jogo US$ 1,7 trilhão (cerca de R$ 9 trilhões) em gastos discricionários que mantêm as operações das agências e expiram no fim do ano fiscal, na próxima terça-feira, caso o Congresso não aprove a prorrogação. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados fecharam em alta nesta segunda-feira, com investidores avaliando o risco de uma possível paralisação do governo. O Dow Jones subiu 0,15%, a 46.316 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,26%, a 6.661 pontos. O Nasdaq Composite teve ganhos de 0,48%, para 22.591 pontos. As bolsas europeias fecharam em leve alta nesta segunda-feira, impulsionadas principalmente pelas empresas dos setores de saúde e de luxo. Entre as notícias corporativas, a companhia aérea Lufthansa anunciou que espera gerar mais de 2,5 bilhões de euros por ano em fluxo de caixa livre, estabelecendo metas de lucro de 8% a 10% nos próximos dois anos. O índice geral das bolsas europeias, o STOXX 600, subiu 0,2%. Em Londres, o Financial Times avançou 0,16%, enquanto em Frankfurt o DAX teve leve alta de 0,02%. O CAC-40, em Paris, ganhou 0,13%. Já em Milão e Madri, os índices Ftse/Mib e Ibex-35 recuaram 0,22%. Lisboa foi destaque positivo, com o PSI20 subindo 0,36%. Na Ásia, os mercados tiveram movimentos variados, mas no geral avançaram, impulsionadas por compras de ações de montadoras, empresas de energia solar e produtores de metais. No fechamento, Xangai subiu 0,9% (3.862 pontos), o CSI300 avançou 1,54% (4.620 pontos), e o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 1,89% (26.622 pontos). Em outros mercados: Tóquio recuou 0,69% (45.043 pontos), Seul avançou 1,33% (3.431 pontos), Taiwan caiu 1,70% (25.580 pontos), Cingapura subiu 0,09% (4.269 pontos) e Sydney ganhou 0,85% (8.862 pontos). Dólar freepik
29/09/2025 12:00:23 +00:00
'Shutdown': entenda a batalha orçamentária que pode provocar paralisação do governo dos EUA

Trump se reúne com Netanyahu nesta segunda-feira (29) Com o orçamento do governo dos Estados Unidos prestes a expirar à meia-noite de terça-feira (30), republicanos e democratas no Congresso não dão sinais de chegar a um acordo sobre uma solução provisória que evite a paralisação. O presidente Donald Trump marcou uma reunião com líderes do Congresso na Casa Branca nesta segunda-feira (29), em uma última tentativa de superar o impasse. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Os democratas, porém, indicaram que não pretendem aprovar o plano de curto prazo defendido pelos republicanos sem alterações. Caso não haja consenso sobre uma nova lei orçamentária, a paralisação — que já ocorreu outras vezes no país — deve começar em 1º de outubro, e tudo aponta para esse cenário. O que é 'shutdown'? “Shutdown” significa literalmente paralisação. Nos Estados Unidos, o termo é usado para descrever quando o governo federal suspende parte de suas atividades porque o Congresso não aprovou a lei do orçamento ou um crédito temporário para financiar os gastos públicos. Sem autorização para gastar, o governo dos EUA precisa suspender parte de suas atividades. 🔎 Se o Congresso não agir, milhares de funcionários do governo federal poderão ser dispensados, desde a Nasa até os parques nacionais, e uma ampla gama de serviços será interrompida. Os tribunais federais podem ter que fechar e os subsídios para pequenas empresas podem sofrer atrasos. No entanto, essa disputa vai além do financiamento temporário. Trata-se da continuidade de um embate que começou quando Trump assumiu o cargo, em janeiro, e se recusou a liberar bilhões de dólares já aprovados pelo Congresso. Os democratas querem usar a ameaça de paralisação para recuperar parte desses recursos e manter os subsídios de saúde que expiram no fim do ano. Estão em jogo US$ 1,7 trilhão (cerca de R$ 9 trilhões) em gastos discricionários que mantêm as operações das agências e expiram no fim do ano fiscal, na próxima terça-feira, caso o Congresso não aprove a prorrogação. Esse valor representa cerca de um quarto do orçamento total de US$ 7 trilhões (aproximadamente R$ 37 trilhões) do governo. A maior parte do restante é destinada a programas de saúde, aposentadoria e ao pagamento de juros da dívida, hoje em US$ 37,5 trilhões (R$ 200 trilhões). As atenções estarão voltadas para Trump, que culpa os democratas pelo impasse, e para o líder da oposição no Senado, Chuck Schumer, que precisará manter sua base unida para alcançar os objetivos do partido. A Câmara dos Deputados, sob controle republicano, aprovou por margem apertada, em 19 de setembro, um projeto para manter o financiamento das agências até 21 de novembro. No Senado, onde eram exigidos 60 votos para aprovação, a proposta foi rapidamente rejeitada. O ouro atingiu um recorde acima de US$ 3.800 (R$ 20 mil) por onça nesta segunda-feira (29), acompanhando a valorização dos metais preciosos diante da queda do dólar e preocupações dos investidores com o 'shutdown'. Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos AP Photo/Julia Demaree Nikhinson
29/09/2025 11:34:30 +00:00
Boletim Focus: mercado financeiro baixa estimativa de inflação em 2025 e 2026

Os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação em 2025 e 2026. As expectativas fazem parte do boletim "Focus", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ➡️ A projeção de inflação do mercado para 2025 recuou de 4,83% para 4,81%, ➡️ Para 2026, a projeção recuou de 4,29% para 4,28%; ➡️ Para 2027, a expectativa continuou em 3,90%; ➡️ Para 2028, a previsão permaneceu em 3,70%. Inflação do 'PF': índice dos itens que compõem o 'prato feito' estão acima da inflação geral Desde o início de 2025, com a adoção do sistema de meta contínua, o objetivo é manter a inflação em 3%, sendo considerado dentro da meta se variar entre 1,5% e 4,5%. Pelo sistema de metas, cabe ao Banco Central (BC) ajustar os juros para manter a inflação dentro do intervalo estabelecido. Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, o BC já considera a expectativa de inflação acumulada em 12 meses até o primeiro trimestre de 2027. Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses passou a ser comparada com a meta e seu intervalo de tolerância. Se a inflação permanecer fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos (leia mais abaixo). Com a inflação acima do teto do sistema de metas por seis meses consecutivos até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisou enviar uma carta pública ao ministro Fernando Haddad explicando os motivos do novo descumprimento da meta. Segundo ele, a inflação brasileira ultrapassou o teto da meta (4,5%) no acumulado de 12 meses até junho devido à atividade econômica aquecida, da variação cambial, do custo da energia elétrica e de anomalias climáticas. 🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor o poder de compra da população — especialmente entre quem recebe salários mais baixos. Isso ocorre porque os preços sobem, mas os salários não acompanham esse aumento. Inflação x vida real: por que os preços do dia a dia podem subir muito mais do que o IPCA PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é utilizado para medir o desempenho da economia. Jornal Nacional Produto Interno Bruto A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu estável em 2,16%. Para 2026, a projeção de crescimento do PIB continuou em 1,80%. ➡️ O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é utilizado para medir o desempenho da economia. Taxa de juros Economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025. Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção continuou em 12,25% ao ano. Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado permaneceu em 10,50% ao ano. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 recuou de R$ 5,50 para R$ 5,48. Para o encerramento de 2026, a estimativa caiu de R$ 5,60 para R$ 5,58. Balança comercial: a projeção de superávit da balança comercial em 2025 diminuiu de US$ 64,8 bilhões para US$ 64,6 bilhões. Para 2026, a estimativa de saldo positivo ficou estável em US$ 68,4 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa também permaneceu inalterada, em US$ 70 bilhões.
29/09/2025 11:32:31 +00:00
Trabalhador pode ter desconto no salário pelo plano de saúde ou vale-refeição? Veja o que diz a lei

Trabalhador pode ter desconto no salário pelo plano de saúde ou vale-refeição? Planos de saúde, vale-refeição e outros benefícios extras têm ganhado cada vez mais peso na disputa por talentos. Mas afinal, eles são obrigação das empresas ou apenas um diferencial competitivo? Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o empregador não tem a obrigação de fornecer vale-alimentação, vale-refeição ou plano de saúde ao empregado. Porém, se houver a liberação desses benefícios em convenção ou acordo coletivo, além da previsão em contrato de trabalho, eles passam a ser obrigatórios para todos os trabalhadores da empresa. “As normas coletivas podem estabelecer a obrigatoriedade, valores, formas de concessão e condições de utilização, a possibilidade ou não de descontá-los do salário do empregado, além de limites para esse desconto”, explica a advogada trabalhista Maria Fernanda Redi. Por outro lado, especialistas em gestão de pessoas defendem que os benefícios são importantes para atrair colaboradores. Segundo Luiz Eduardo Drouet, conselheiro da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP), os profissionais priorizam cada vez mais as melhores condições de trabalho. “Empresas que oferecem melhores benefícios conseguem atrair os melhores talentos e as que não seguem este caminho têm muito mais dificuldade para contratar bons profissionais, e convivem com uma rotatividade superior de colaboradores”, completa o especialista. Self-service; quilão; restaurante por quilo; almoço; vale-refeição Marcos Serra Lima/g1 O g1 conversou com especialistas no assunto, e explica abaixo o que diz a lei sobre descontos desconto no salário referentes ao plano de saúde ou vale-refeição: 💸 Como funciona o desconto do vale-refeição/alimentação? 🤔 Posso ser demitido por uso indevido do vale-refeição/alimentação? 🚫 Existe um valor máximo de desconto do plano de saúde? 📝 Como funciona a coparticipação? 🚑 Fiz um procedimento caro, e agora? Por que os jovens pedem mais demissão? Saiba o que cada geração valoriza e por que pensam tão diferente 💸 1. Como funciona o desconto do vale-refeição/alimentação? O vale-alimentação e o vale-refeição são regulamentados pela lei federal 6.321/1976, que institui o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). O benefício também é previsto no artigo 457 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em ambas as leis, os descontos referentes ao vale-refeição/alimentação devem ser previstos em norma coletiva ou acordo individual por escrito com o empregado. Porém, o valor não pode ultrapassar 20% do salário do funcionário. Segundo a advogada trabalhista Maria Fernanda Redi, os descontos precisam ser previstos em cláusula no contrato de trabalho ou com autorização expressa em caso de adesão ao recebimento do benefício. Esses valores precisam ser descritos no holerite, e todos os funcionários da empresa precisam estar cientes. No caso do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), são oferecidos incentivos fiscais para incentivar as empresas a concederem os benefícios. “A empresa que realize a adesão voluntária ao PAT, pode fornecer o vale-alimentação/refeição ao funcionário e, em troca, recebe uma série de incentivos fiscais, como a dedução no Imposto de Renda”, completa a advogada trabalhista Luciana Guerra Fogarolli. Volte ao início. 🤔2. Posso ser demitido por uso indevido do vale-refeição/alimentação? Sim. Esse é um benefício precisa ser utilizado apenas com a finalidade destinada, ou seja: refeição e alimentação do trabalhador, conforme previsto pela lei federal 14.442/22, que prevê expressamente que: “As despesas destinadas aos programas de alimentação do trabalhador deverão abranger exclusivamente o pagamento de refeições em restaurantes e estabelecimentos similares, e a aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais”. Segundo a advogada Luciana Guerra Fogarolli, ao receber o benefício, o funcionário precisa ser informado com muita clareza todas as regras e políticas do vale-refeição/alimentação da empresa. O mau uso do benefício pode levar o trabalhador a ser demitido por justa causa, e trazer implicações até mesmo para o empregador. Veja abaixo alguns exemplos que podem ser caracterizados como uso indevido: Deixar que outras pessoas utilizem o vale; Vender ou trocar o vale por dinheiro; Comprar produtos que não sejam alimentícios, como utensílios domésticos, bebidas alcóolicas, cigarros, entre outros. “O empregador, além de deixar muito claras as regras de uso do benefício, deve observar a gradatividade das penalidades de advertência e suspensões, antes de tomar a decisão drástica de dispensar o trabalhador por justa causa”, afirma a especialista. No ano passado, mais de 20 funcionários da Meta foram demitidos por comprarem itens de casa com o dinheiro do vale refeição. Eles usaram parte dos US$ 70 (cerca de R$ 390) que ganhavam por dia para comprar produtos como sabão em pó, pasta de dente e taças de vinho. Volte ao início. 🚫 3. Existe um valor máximo de desconto do plano de saúde? Quando se trata do plano de saúde, que é regulamentado pela lei federal 9.656/98, não existe um limite mínimo ou máximo para desconto no salário do trabalhador. Na prática, costuma-se adotar o parâmetro de que o valor descontado não ultrapasse 30% do salário líquido do empregado. Além disso, a orientação Jurisprudencial (OJ) nº 18 da Seção de Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) estabelece que todos os descontos salariais somados não podem ultrapassar 70% do salário base do empregado. Isso porque, os valores debitados não podem comprometer o sustento e sobrevivência do trabalhador. As normas, acordos ou convenções coletivas também podem estabelecer os valores e limites de descontos referentes ao plano de saúde. “Qualquer desconto do salário (para pagar uma parte ou valor mensal do plano) deve ser autorizado pelo empregado, por escrito, como cláusula no seu contrato de trabalho. Outra possibilidade é o funcionário assinar termo de adesão ao benefício ou à política de concessão do benefício”, completa Maria Fernanda Redi. Volte ao início. 📝 4. Como funciona a coparticipação? Na prática, existem duas formas de mais comuns que a empresa disponibiliza o plano de saúde para o trabalhador. São elas: ➡️ Com coparticipação: a empresa paga a mensalidade do convênio, e os colaboradores arcam com parte dos valores dos procedimentos realizados. ➡️ Sem coparticipação: a empresa arca com o valor integral do plano de saúde dos funcionários, que ficam livres de qualquer despesa. Em ambos os casos, o valor debitado também deve ser previamente autorizado por escrito pelo empregado. No plano com coparticipação, o trabalhador deve arcar com até 40% dos custos por consulta, procedimento ou exame realizado. Segundo a advogada Luciana Guerra Fogarolli, é muito comum algumas empresas aderirem a coparticipação do empregado nesses benefícios, através de descontos da remuneração, que podem ser simbólicos ou não, dependendo do que foi acordado. Volte ao início. 🚑 5. Fiz um procedimento mais caro, e agora? Em planos que existem a coparticipação, procedimentos mais caros (como parto ou cirurgias) pode ter um valor variado de desconto conforme as regras do plano de saúde ou acordos feitos em convenção coletiva. “Mesmo com a aplicação do percentual de coparticipação, o custo final para o trabalhador é geralmente bem menor do que o valor total do procedimento. No entanto, ainda pode representar um impacto significativo na renda do empregado”, explica Luciana Guerra Fogarolli. Para o trabalhador não ter a renda comprometida, é comum que a empresa permita o parcelamento do valor da coparticipação em procedimentos mais caros. Dessa forma, o desconto mensal não ultrapassa o limite de 30% do salário líquido do trabalhador. "Essa prática visa proteger a subsistência do empregado, respeitando o equilíbrio entre o benefício e a capacidade financeira do segurado", completa a advogada trabalhista. Volte ao início. LEIA MAIS Cerca de 450 mil vagas temporárias serão abertas no fim de ano; veja dicas de como conquistar uma Analista contábil, desenvolvedor: pesquisa revela profissões em alta e perspectiva de salários para 2025 VEJA TAMBÉM Fui demitido, e agora? Veja dicas do que fazer Por que os jovens pedem mais demissão? Veja como pensa cada geração
29/09/2025 07:01:54 +00:00
Como a família Trump vem enriquecendo com criptomoedas

Trump confirma acordo com a China sobre operações do TikTok nos EUA Desde seu retorno à Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua família embolsam bilhões de dólares com empreendimentos em criptomoedas, capitalizando um mercado pouco regulamentado e ativamente moldado pelo próprio Trump. De memecoins a stablecoins, moedas digitais projetadas para manter um valor fixo, o lucro inesperado é estimado em mais de 5 bilhões de dólares (R$ 25,5 bilhões), gerando acusações de uma especulação sem precedentes por parte de um presidente em exercício. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Duas empresas impulsionam os lucros da família Trump com criptomoedas: a World Liberty Financial (WLF), uma plataforma de finanças descentralizada que permite que usuários com tokens $WLFI ajudem a moldar as regras de empréstimo da plataforma, e a American Bitcoin Corp. (ABTC), uma mineradora de bitcoin listada na Nasdaq. A WLF arrecadou milhões com a venda de tokens $WLFI vinculados ao nome de Trump, enquanto a ABTC, que conta com o suporte dos filhos do presidente, detém ativos significativos em bitcoin e viu suas ações subirem 110% em sua estreia, antes de fecharem 16,5% acima do preço de abertura de 6,90 dólares. A agência de notícias Reuters informou que uma entidade comercial de Trump detém 60% da WLF e tem direito a 75% da receita com a venda de moedas. Preocupações com influência e acesso Os críticos acreditam que o duplo papel do presidente como beneficiário das criptomoedas e formulador de políticas mina a confiança pública e confunde a linha entre governança e enriquecimento pessoal. Ross Delston, advogado americano independente e perito, acredita que os empreendimentos com criptomoedas podem oferecer a agentes inescrupulosos a chance de comprar influência com Trump apenas investindo em suas moedas digitais. "Esta é uma nova maneira de permitir que o presidente receba dinheiro de qualquer pessoa, incluindo indivíduos e estados estrangeiros que seriam proibidos [de enviar dinheiro ao presidente] pelas leis de campanha [eleitoral] dos EUA, ou [a] alguém condenado por um crime ou sob investigação", disse Delston à DW. Embora Trump e seus filhos estejam por enquanto proibidos de vender seus próprios tokens na WLF, é quase certo que lucrarão muito a médio prazo. A Casa Branca, porém, insiste que não há conflitos de interesse. Como Trump mudou em relação às criptomoedas As políticas favoráveis de Trump em relação às criptomoedas após seu retorno ao cargo surpreenderam alguns, depois que ele chamou moedas digitais como o bitcoin de "golpe" e de uma ameaça ao dólar em seu primeiro mandato. Agora, ele quer tornar os Estados Unidos a capital mundial das criptomoedas. Antes de retornar à Casa Branca, Trump nomeou Paul Atkins, defensor de longa data das criptomoedas, para liderar a Comissão de Valores Mobiliários (SEC), o órgão regulador dos mercados financeiros dos EUA. Ele foi confirmado no cargo em abril. Uma das primeiras ordens executivas de Trump, assinada em janeiro, proibiu qualquer agência dos EUA de criar ou promover uma moeda digital de banco central (CBDC), uma versão criptografada do dólar emitida pelo governo. Em março, ele criou a Reserva Estratégica de Bitcoin, financiada por criptomoedas apreendidas pelas autoridades americanas, e o Estoque de Ativos Digitais, que opera com outras moedas. Esses ativos são agora tratados como reservas nacionais. Há poucos meses, Trump assinou a chamada Lei Genius, a primeira estrutura federal para stablecoins. Jantares suntuosos e regalias políticas A adoção das criptomoedas se estendeu além das políticas, chegando a eventos sociais de alto nível, com destaque para os jantares promovidos pela Casa Branca para magnatas dos ativos digitais. Esses encontros, frequentemente com cardápios suntuosos e acesso exclusivo ao presidente, têm sido alvo de críticas por mesclarem poder político com interesses financeiros privados. Um evento de destaque foi o jantar Crypto Kings, em maio de 2025, no Trump National Golf Club, na Virgínia, para onde os maiores detentores da moeda meme de Trump, $TRUMP, foram convidados após gastarem coletivamente 148 milhões de dólares. Os 25 maiores investidores receberam acesso privado ao presidente, enquanto os quatro maiores detentores ganharam relógios Trump Tourbillon de luxo. Justin Sun, bilionário do setor de criptomoedas nascido na China e consultor da World Liberty Financial, foi o convidado principal, gastando US$ 18,5 milhões. Os críticos argumentam que tais eventos servem menos como fóruns de inovação e mais como vitrines para tráfico de influência, onde a proximidade com a Presidência parece ser um benefício do investimento. "Este é talvez apenas mais um passo que este governo deu para combinar cargos públicos com ganhos privados", disse Richard Briffault, professor da Faculdade de Direito de Columbia, à DW. "Isso inclui tomar decisões regulatórias, mas também usar o prestígio da Casa Branca e da Presidência para impulsionar a fortuna da família Trump." Como reguladores dos EUA lidam com criptomoedas Os reguladores federais americanos adotaram uma abordagem claramente passiva em relação à supervisão de criptomoedas, em grande parte devido a uma ordem executiva emitida em janeiro que desmantelou muitas das barreiras da era [do antecessor de Trump, Joe] Biden e as substituiu por uma estrutura projetada para promover a inovação e acelerar a adoção de criptomoedas. Washington removeu algumas regras confusas sobre como as empresas de criptomoedas deveriam reportar suas finanças, o que dificultava a apresentação de ativos cripto em seus balanços ou o trabalho com bancos. Ao revertê-las, o governo facilita a operação e o crescimento das empresas de criptomoedas. Anteriormente, a SEC era muito rigorosa, especialmente sob a liderança de Gary Gensler. A Comissão lançou muitas investigações e processos judiciais contra empresas de criptomoedas. Essas ações foram praticamente suspensas deste o retorno de Trump ao poder. Enquanto a abordagem de Biden era mais de controle e cautela, a de Trump foi descrita por um membro do setor como "capitalismo cripto com esteroides". Embora o setor de criptomoedas esteja em expansão, as políticas mais recentes dos EUA levantam sérias questões sobre ética, transparência e estabilidade a longo prazo. Expurgo de funcionários gera alarme Preocupações com a lealdade política dentro das agências federais também se intensificaram, com críticos apontando para um padrão crescente de demissões de funcionários de carreira vistos como fora de sintonia com a agenda do governo Trump. Entre eles estão a governadora do Federal Reserve [o Banco Centra dos EUA], Lisa Cook, a diretora do Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Susan Monarez, o regulador ferroviário, Robert Primus, e, principalmente, Erika McEntarfer, chefe do Departamento de Estatísticas do Trabalho. "O governo não teve escrúpulos em demitir pessoas, incluindo servidores públicos comuns que estão apenas fazendo seu trabalho, se estiverem politicamente fora de sintonia com o governo", disse Briffault. "Não há sinal maior do que a demissão do chefe do Departamento de Estatísticas do Trabalho. Se eles estão dispostos a fazer isso, então estão dispostos a demitir qualquer um." Esse clima de medo e retaliação tornou os reguladores cada vez mais cautelosos em desafiar os empreendimentos de criptomoedas de Trump, mesmo quando surgem preocupações éticas. Os legisladores americanos agora pressionam o Congresso para trazer de volta uma supervisão mais rigorosa e um controle mais rígido sobre as mais recentes políticas voltadas às criptomoedas. Eles pedem regras mais claras sobre moedas digitais, mais transparência por parte de empresas como a WLF e limites para funcionários que detêm criptomoedas. Críticos alertam que a configuração atual beneficia os insiders e coloca os usuários comuns em risco. "O resultado mais provável é um enorme aumento nos processos criminais, ações de fiscalização regulatória, bem como uma desorganização econômica após esta presidência", alertou Delston. Trump surpreendeu ao se tornar um dos grandes apoiadores do Bitcoin em seu segundo mandato Ian Maule/AFP/Getty Images via DW
29/09/2025 06:01:00 +00:00
CNU 2025: vai fazer prova domingo? Saiba como consultar o cartão de confirmação e local de prova

CNU 2025: veja datas, vagas e como se inscrever O cartão de confirmação de inscrição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) já está disponível para impressão. O documento informa o endereço onde cada candidato fará as provas objetivas, marcadas para o próximo domingo, 5 de outubro. (veja como vai funcionar) ➡️ CLIQUE PARA VER O EDITAL COMPLETO ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. As provas serão aplicadas em 228 cidades distribuídas pelas cinco regiões do país. (veja mapa abaixo) Os candidatos foram alocados nos locais de prova de acordo com o CEP informado no momento da inscrição. O cartão também traz dados como o número definitivo de inscrição, os horários das provas e eventuais informações sobre atendimento especializado ou uso do nome social. 💻 COMO ACESSAR: O candidato deve entrar na mesma página utilizada para a inscrição: inscricao-cpnu.conhecimento.fgv.br. É necessário fazer login com os dados da conta gov.br e acessar a Área do Candidato. Embora não seja obrigatório, o Ministério da Gestão e a FGV recomendam levar o cartão impresso no dia da prova para facilitar a localização da sala. (veja abaixo passo a passo de como acessar) CNU 2025: veja como acessar cartão de confirmação e local da prova Arte g1 📝 Como serão as provas? A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido. A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação. ▶️ PROVA OBJETIVA A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo: Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos. Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos. ▶️ PROVA DISCURSIVA Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo: Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h. Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h. O tempo de prova também é diferente: Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração). Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração). Em todos os casos, os portões serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), trinta minutos antes do início. Para evitar imprevistos, o MGI recomenda que candidatos e candidatas se organizem para chegar com antecedência ao local da prova. No mapa abaixo, é possível pesquisar o nome da cidade e verificar se ela está entre os locais onde serão aplicadas as provas objetiva e discursiva. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresenta os detalhes do edital da 2ª edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). Valter Campanato/Agência Brasil 💼 Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades 🔍 Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais. Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles: Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social) Bloco 2: Cultura e Educação Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia Bloco 4: Engenharias e Arquitetura Bloco 5: Administração Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico Bloco 7: Justiça e Defesa Bloco 8: Intermediário – Saúde Bloco 9: Intermediário – Regulação Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição. Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país. 💰 Salários Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido. Consulte as remunerações iniciais previstas na tabela abaixo. 🧮 Política de cotas A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira: 25% para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; 2% para pessoas quilombolas; 5% para pessoas com deficiência (PcD). Nos casos em que o número de vagas é inferior ao mínimo exigido para aplicação das cotas, o MGI realizou um sorteio para definir a reserva proporcional, conforme previsto na norma. ♀️ Reserva de vagas para mulheres na 2ª fase Outro ponto de destaque é a adoção de uma ação afirmativa inédita voltada às mulheres: caso o percentual de candidatas classificadas para a segunda fase do concurso seja inferior a 50%, será feita uma equiparação para promover maior equilíbrio de gênero nessa etapa. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", diz a ministra da Gestão, Esther Dweck. 🔎 Na primeira edição do CNU, aproximadamente 63% dos aprovados eram homens e 37% mulheres. Esse resultado foi o oposto da proporção entre os inscritos confirmados, composta por 56% de mulheres e 44% de homens. 📆 Confira o cronograma oficial Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h Convocação para prova discursiva: 12/11/2025 Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025 Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025 Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025 Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026 Segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) Ministério da Gestão e Inovação Veja dicas de como estudar para concurso: Como estudar legislação para concurso? Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso
29/09/2025 03:00:53 +00:00
Trabalhadores da Toyota de Sorocaba aprovam layoff após paralisação de unidades

Fábrica de motores da Toyota é destelhada e carro é encontrado capotado após temporal Redes Sociais Os trabalhadores da montadora Toyota, de Sorocaba (SP), aprovaram na manhã deste domingo (28) a proposta de layoff apresentada pela empresa. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal). Mais de 96% dos trabalhadores votaram a favor da proposta que garante estabilidade no emprego e pagamento integral do PPR. 🔎 Layoff é a suspensão temporária do contrato de trabalho ou a redução da jornada, uma alternativa à demissão em massa, que permite às empresas evitar crises econômicas ou reestruturações que envolvam dispensar funcionários. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp A fábrica de Sorocaba, assim como a unidade de Indaiatuba, na região de Campinas, foi impactada pelo vendaval que atingiu a fábrica de motores da Toyota, em Porto Feliz, na segunda-feira (22). Conforme a instituição, a proposta foi aprovada por 96,28% dos votantes. Dos 4.492 trabalhadores aptos a votar, 3.709 participaram da votação. Ainda de acordo com o sindicato, com a aprovação, o acordo entra em vigor já na sequência das férias emergenciais de 20 dias, que terão início em 1º de outubro de 2025. Trabalhadores da Toyota de Sorocaba aprovam layoff após paralisação de unidades A partir de 21 de outubro, será implementado o layoff - medida temporária que afeta a jornada e o salário, sem que haja demissões -, com possibilidade de prorrogação mensal por até 150 dias. Os trabalhadores receberam garantia de que todos os trabalhadores que recebem salário bruto de até R$ 10 mil terão 100% do pagamento líquido preservado durante o período do layoff. “Mesmo diante das dificuldades, conseguimos assegurar conquistas importantes, como o pagamento integral do PPR e a estabilidade no emprego durante o período do layoff. Esse resultado mostra a confiança da categoria no trabalho do Sindicato e reafirma nosso compromisso com a defesa dos direitos e dos empregos”, diz Leandro Soares, presidente do SMetal. A fábrica de Sorocaba é responsável por montar os modelos Corolla, Corolla Cross e Yaris. São cerca de 4.500 trabalhadores. Temporal causou estragos em fábrica da Toyota em Porto Feliz (SP) Thiago Ariosi/TV TEM Relembre o caso O vendaval atingiu a região de Porto Feliz na segunda-feira (22), causando diversos estragos pelo município, principalmente na região da fábrica. Segundo a Defesa Civil, a cidade registrou rajadas de vento de até 90 km/h em diferentes pontos. A força do vento arrancou a cobertura e provocou danos. Ainda conforme a Defesa Civil, Porto Feliz foi atingida por uma microexplosão, quando o vento sai da nuvem de chuva, a cumulonimbus, em alta velocidade, em direção ao solo. Um vídeo gravado de dentro da fábrica mostra a situação. Alguns funcionários se esconderam dentro das máquinas para se proteger. Temporal destelha fábrica de motores e carro capotado durante temporal em Porto Feliz Confira outros destaques do g1: Dia Nacional do Rádio: acervo de colecionador do interior de SP ajuda a preservar a memória do veículo Aluno de escola pública de Ibitinga conquista 1º lugar em programa de intercâmbio e vai estudar no Reino Unido Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM
28/09/2025 16:36:45 +00:00
Babosa é matéria-prima para diferentes setores da indústria

Babosa é matéria-prima para diferentes setores da indústria TV TEM/Reprodução Resistente e adaptada ao clima do interior paulista, a babosa não gosta de excesso de água e tem um manejo considerado simples pelos produtores. Em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), uma plantação de aloe vera ocupa uma área significativa e já se consolidou como fornecedora para diferentes segmentos da indústria. A colheita é feita manualmente e cercada de cuidados, já que os espinhos da planta podem causar acidentes. O trabalho diário garante matéria-prima tanto para o setor de cosméticos quanto para a fabricação de adubos e defensivos naturais. O produtor Guilherme Kato explica que nada da babosa se perde durante o processamento. “Primeiro fazemos a pré-lavagem, depois a limpeza completa. Retiramos a base, a ponta e os espinhos. O que interessa para os cosméticos é o gel interno. Ele pode ser usado pela indústria farmacêutica, de cosméticos e até em fertilizantes”, disse. O gel, de consistência transparente e gelatinosa, passa por um processo de liofilização, no qual toda a água é retirada, e segue para empresas de cosméticos. Já a parte verde que sobra é transformada em biofertilizante, utilizado para revitalizar o solo e ajudar no controle de pragas. Resultados no campo Segundo o empresário Magno, que atua no processamento, o uso do fertilizante à base de babosa tem dado bons resultados nas lavouras. “Quando os agricultores usam nosso produto, eles colhem com mais lucro e menos gastos, além de conseguirem um alimento mais saudável. Também conseguimos revitalizar solos desgastados há anos e controlar pragas que prejudicam a produção”, afirmou. Ele relata casos em que lavouras tratadas com o biofertilizante se desenvolveram bem, enquanto propriedades vizinhas, sem o insumo, chegaram a perder toda a produção. Apesar de ser popularmente associada ao uso nos cabelos e em produtos de beleza, a babosa vem mostrando potencial além do setor cosmético. “A babosa é muito conhecida para uso capilar, mas temos mostrado outras funcionalidades importantes, especialmente para a agricultura”, completou Guilherme Kato. Com o aproveitamento integral da planta, Santa Cruz do Rio Pardo se destaca como referência em inovação no uso da babosa, reforçando a importância de culturas alternativas no agronegócio paulista. Veja a reportagem exibida no programa em 28/09/2025: Babosa é matéria-prima para diferentes setores da indústria VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
28/09/2025 10:30:47 +00:00
Furtos e roubos tiram a tranquilidade na zona rural

Agricultores investem em câmeras TV TEM/Reprodução Entre janeiro e julho de 2025, as áreas rurais de São José do Rio Preto (SP) e Fernandópolis (SP) registraram mais de 500 ocorrências de furtos e roubos, segundo a Polícia Ambiental. O número representa um aumento de 43% em relação ao mesmo período do ano passado. Na tentativa de evitar crimes, propriedades da região têm investido em monitoramento. Em Monte Aprazível (SP), câmeras instaladas na entrada, nas baias e em frente ao escritório de uma fazenda mostram, em tempo real, a rotina do local. O sistema pode ser acessado pela TV, computador e até pelo celular. O agropecuarista Marcos Gemano afirma que nunca houve registros de ocorrências na propriedade, mas decidiu reforçar a segurança. Os dados da Polícia Ambiental mostram que os casos variam entre furtos de pequenos objetos, animais e maquinários. O produtor de cana Túlio Miguel de Abreu conta que, em uma mesma madrugada, teve dois tratores levados. Depois do prejuízo, ele passou a mudar a rotina de armazenamento das máquinas. Como as terras são arrendadas, usa barracões de vizinhos durante a noite. Na base da Polícia Ambiental, um mapa indica os locais com maior número de ocorrências e orienta o patrulhamento. Segundo o capitão Emerson Mioranci, a área de cobertura da polícia é ampla, e o novo projeto de Vizinhança Solidária Rural deve contribuir para aumentar a prevenção. Veja a reportagem exibida no programa em 28/09/2025: Furtos e roubos tiram a tranquilidade na zona rural VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
28/09/2025 10:30:46 +00:00
Colheita de alho-poró dura o ano todo no Sudoeste de SP

Agricultores cultivam alho-poró em Piedade (SP) TV TEM/Reprodução Em Piedade (SP), o solo fértil e as temperaturas mais amenas favorecem o cultivo de alho-poró. As lavouras ocupam diversas áreas no relevo acidentado do município, que reúne cerca de 200 produtores da hortaliça. O caule branco e grosso é a parte mais valorizada e que chega às cozinhas. Para garantir maior produtividade, que varia entre 25 e 40 toneladas por hectare, produtores recorrem à irrigação, já que a estiagem prejudica tanto o crescimento quanto a colheita. O produtor Giovane Torres decidiu não plantar. Ele compra lavouras já formadas e assume apenas a etapa da colheita, o que, segundo ele, garante agilidade e trabalho o ano todo. A comercialização é feita principalmente na Ceagesp, em São Paulo, onde o maço com 12 unidades custa, em média, R$ 15. Na propriedade de Antônio Expedito, a expectativa é colher 4,5 mil maços. Para facilitar o arranquio, o solo é molhado antes da colheita. O transporte é feito em caixas colocadas em pé. O colhedor Willian Santos também optou por não plantar. Ele foca na colheita, beneficiamento e venda do alho-poró, chegando a movimentar 40 toneladas por mês. Veja a reportagem exibida no programa em 28/09/2025: Colheita de alho-poró dura o ano todo no Sudoeste de SP VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
28/09/2025 10:30:45 +00:00
Plantas tóxicas podem colocar a boiada em risco

Alimentação adequada e os cuidados para que os animais não comam ervas tóxicas que nascem no campo Reprodução/TV TEM A boiada costuma passar horas pastando o capim verde, macio e nutritivo, muito bem aceito pelos animais. Mas, durante esse tempo em que o gado circula pelo pasto, pode acabar ingerindo algo nocivo à saúde — como ervas tóxicas que nascem entre a vegetação, muitas vezes longe dos olhos dos produtores. Plantas como erva-de-rato (ou cafezinho), maria-mole, samambaia-do-campo e cicuta (também conhecida como funcho selvagem) devem ser mantidas longe do pasto. Caso o animal consuma essas espécies, pode se intoxicar e, em muitos casos, morrer. "As plantas que causam morte súbita não vão deixar muitos sintomas nítidos, somente a presença do veterinário e, de acordo com a avaliação dele, a necessidade de uma necrópsia para definir exatamente. Outras plantas podem apresentar sintomas como diarreia, constipação, animais com dificuldade de se alimentar, animais com todo o conjunto de sintomas, principalmente relacionados a doenças do fígado e do rim", diz o médico veterinário Ronerio Bach. A baixa notificação de mortes causadas por ervas tóxicas dificulta a comprovação dos casos. Muitas vezes, essas mortes são atribuídas a picadas de cobras ou a doenças como as clostridioses, segundo o veterinário. "Existem estudos que mostram até 15% de toda a mortalidade de animais relacionada a plantas tóxicas. O problema que temos é a baixa notificação, porque, como é muito difícil bater o martelo sobre o diagnóstico, muitas dessas mortes são atribuídas a outros animais, como cobras, ou a outras doenças, como as clostridioses, que também provocam mortes súbitas. A raiva também pode causar esse tipo de morte e não deixa sinais muito evidentes. Então, existe uma subnotificação da mortalidade por plantas tóxicas." O criador João Flávio relata que já perdeu animais por intoxicação e, há dez anos, intensificou os cuidados com o pasto, realizando vistorias frequentes e aplicando herbicidas. “Já perdemos, acho, três animais e não havia explicação, não havia nada. Foram localizadas essas ervas tóxicas e fizemos a erradicação delas. Os funcionários estão em alerta, sempre observando as ervas daninhas e tóxicas. E sempre, se houver alguma planta suspeita, colocam dentro do saquinho, levam, colocam as vagens e as sementes, levam tudo para a sede e incineram." Outra forma de combater a proliferação dessas plantas, segundo o administrador de uma fazenda no noroeste paulista, é o revezamento de pasto com o plantio de milho. "A gente usa anualmente a integração lavoura-pecuária. Rotacionamos na fazenda, fornecendo milho que precisamos para o nosso confinamento. Saindo do milho, plantamos capim para seguir com a cultura do gado. Vamos começar o preparo do solo agora para semear o capim, a braquiária. E tem esses controles. Precisamos controlar a praga", comenta o administrador Vinicius Gonçalves. Mesmo com essa técnica, o produtor reforça que ela não é suficiente sozinha. É necessário manter o uso de herbicidas, já que as sementes das ervas tóxicas podem permanecer escondidas no solo. Por isso, o controle químico precisa ser feito anualmente. "É bem simples: é um trator, uma bomba e, graças às tecnologias de hoje, conseguimos ter esse controle com um único produto, com um único herbicida. E, se houver plantas tóxicas, se vierem a aparecer, o herbicida as elimina", finaliza Vinicius. Veja a reportagem exibida no programa em 28/09/2025: Plantas tóxicas podem colocar a boiada em risco VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo
28/09/2025 10:30:44 +00:00
ANM e Casa da Moeda querem rastrear toda a cadeia do ouro para evitar fraudes
A Agência Nacional de Mineração (ANM) e a Casa da Moeda vão desenvolver um projeto-piloto para criar um sistema de rastreabilidade da cadeia do ouro, contemplando desde a extração até a comercialização. A iniciativa tem como objetivo reforçar a segurança do processo e garantir a rastreabilidade do ouro brasileiro, fortalecendo sua credibilidade tanto no mercado interno quanto no exterior, explicou ao g1 o diretor-geral da ANM, Mauro Henrique Moreira Sousa. "Nós vamos unir forças, a expertise, a experiência e as capacidades que a Casa da Moeda tem para que a gente consiga implantar um processo de rastreabilidade confiável, seguro, transparente, tanto para agência, mas principalmente para a sociedade e para a indústria, com reconhecimento de boas práticas internacionais", acrescentou Sousa, que assinou um acordo de cooperação técnica com a instituição nesta semana. Após esse experimento, está nos horizontes da agência criar o chamado sandbox regulatório, isto é, um ambiente experimental para desenhar a regulação do setor. Além disso, as duas instituições vão trocar informações e pretendem agregar outros órgãos. Segundo o diretor, o combate aos ilícitos na cadeia do ouro exige uma resposta "multisetorial. "É o país que deve fazer isso, não só a ANM", comenta. Minas Gerais faturou R$11 bi com produção de ouro, em 2024 STF e TCU Tanto o Supremo Tribunal Federal (STF) quanto o Tribunal de Contas da União (TCU) já vinham cobrando da administração pública a adoção de ferramentas que garantissem mais fiscalização. Em março deste ano, o STF invalidou por unanimidade a aplicação da chamada "presunção da boa-fé" no comércio de ouro – que já estava suspensa pela Corte desde 2023. Por unanimidade, STF extingue a presunção de boa fé no comércio ouro no Brasil Para o relator, ministro Gilmar Mendes, as regras invalidadas 'não apenas facilitam, como servem de incentivo à comercialização de ouro originário de garimpo ilegal". O Supremo também determinou que o Poder Executivo Federal tomasse medidas administrativas para "inviabilizar a extração e a aquisição de ouro garimpado em áreas de proteção ambiental e terras indígenas, estabelecendo, inclusive, diretrizes normativas para a fiscalização do comércio do ouro, especialmente quanto à verificação da origem legal do ouro". As ações foram direcionadas à Agência Nacional de Mineração (ANM), Banco Central (BC), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Casa da Moeda do Brasil (CMB). Em julho, o TCU viu indícios de que permissões de lavra garimpeira (regime de PLG) estão sendo usadas para “esquentar” ouro ilegal, extraído, potencialmente, de terras indígenas ou unidades de conservação. A Corte de Contas determinou à ANM que, em até 90 dias, inicie o cancelamento de permissões de lavra garimpeira ilícitas. O TCU também determinou que a Agência deve aplicar sanções aos titulares de permissão de lavra garimpeira que descumpriram seus deveres.
28/09/2025 07:01:25 +00:00
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